Ligue-se a nós

REGIÕES

DOURO PATRIMÓNIO MUNDIAL ESTÁ MELHOR MAS PRECISA ESTANCAR PERDA DE POPULAÇÃO

Vinte anos após a classificação pela UNESCO, o Douro “está melhor”, afirmou-se como um destino “de excelência”, mas perdeu 30 mil habitantes e tem como “grande batalha” a fixação de pessoas, afirmou hoje o presidente da CCDR-N.

Online há

em

Vinte anos após a classificação pela UNESCO, o Douro “está melhor”, afirmou-se como um destino “de excelência”, mas perdeu 30 mil habitantes e tem como “grande batalha” a fixação de pessoas, afirmou hoje o presidente da CCDR-N.

A Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional do Norte (CCDR-N) apresentou hoje, no Peso da Régua, distrito de Vila Real, o programa das comemorações dos 20 anos da distinção do Alto Douro Vinhateiro pela UNESCO, que agregam várias instituições do território.

António Cunha, presidente da CCDR-N, entidade responsável pela gestão e salvaguarda do Património Mundial, disse que “o Douro fez um salto notável de desenvolvimento nos últimos 20 anos” em resultado da classificação e da aplicação dos fundos comunitários.

“O Douro de 2021 não é o mesmo do Douro de 2001. Está melhor. E em algumas dimensões, muito melhor”, frisou.

E apontou exemplos a nível da taxa de abandono escolar, que há 20 anos era de 17% no 2.º ciclo e de 25% no 3.º ciclo e hoje “é marginal”, sendo que a taxa de conclusão do Ensino Secundário era inferior a 60% e agora é de quase 95%.

A nível da riqueza média per capita no Douro, que era há duas décadas de 73% da riqueza média produzida per capita no Norte, hoje é superior a 85%. “O Douro convergiu com a sua região Norte e com o país”, sublinhou.

No turismo, segundo António Cunha, “afirmou-se como um destino diferenciado e de excelência, mais que duplicando o número de dormidas e, sobretudo, incrementando o seu valor”.

Em 2019, o Douro representou mais de meio milhão de dormidas, em unidades hoteleiras, sem contar com as dormidas em turismo em espaço rural.

O presidente da CCDR-N afirmou que, nos vinhos, a “região ganhou um prestígio internacional assinalável, mas também melhores níveis de rendimento” e que, na navegabilidade do rio e na rede de serviços de suporte, o Douro adquiriu atratividade, mais qualidade e mais sustentabilidade”.

Também exemplificou com as “boas práticas” na reabilitação urbana das suas cidades e vilas.

“Não basta todavia puxar os galões sobre o que fizemos, mas olhar em frente, perspetivar os desafios que temos e as respostas que precisamos. Na prática, formular e responder à questão ‘onde quer estar o Douro em 2030′”, disse.

Por isso, frisou, as comemorações incluem um pilar de marketing territorial, para valorizar a “identidade territorial singular do Douro, mas também o seu valor humano”.

“Nos últimos 20 anos o Douro perdeu mais de 30 mil habitantes, registando atualmente cerca de 190 mil habitantes, dos quais um quarto com idade superior a 65 anos. Reter população e encontrar formas de estancar esta hemorragia demográfica será decisivo para o futuro do Douro, para o futuro do Norte e para o futuro da coesão territorial”, salientou.

Para António Cunha, afirmar o “Douro como Paisagem Cultural Evolutiva e Viva, com o prestigiado selo de “Património Mundial” da UNESCO, promover o Douro como destino turístico de excelência é hoje tão importante quanto o de posicionar o Douro como um território de oportunidade para viver e trabalhar”.

“A fixação e atração de pessoas será uma das grandes batalhas do desenvolvimento regional, ao lado dos desafios das alterações climáticas e da transição energética da nossa economia”, salientou.

A demografia será, precisamente, um dos temas abordados no ciclo de conferências que serão organizados pelas instituições regionais.

DEIXE O SEU COMENTÁRIO

Leave a Reply

O seu endereço de email não será publicado. Campos obrigatórios marcados com *

REGIÕES

LISBOA: AUTARQUIA “PREOCUPADA” COM O AUMENTO DE SEM-ABRIGO EM ARROIOS

A Câmara de Lisboa aprovou esta quarta-feira um voto de preocupação sobre o aumento de pessoas em situação de sem-abrigo no largo da Igreja dos Anjos, em Arroios, e sobre os obstáculos que enfrentam para a regularização em Portugal.

Online há

em

A Câmara de Lisboa aprovou esta quarta-feira um voto de preocupação sobre o aumento de pessoas em situação de sem-abrigo no largo da Igreja dos Anjos, em Arroios, e sobre os obstáculos que enfrentam para a regularização em Portugal.

Em reunião pública do executivo municipal, o voto foi apresentado pela vereadora do Bloco de Esquerda (BE), Beatriz Gomes Dias, e foi aprovado por unanimidade.

Entre as pessoas em situação de sem-abrigo a pernoitar no largo da Igreja dos Anjos, a vereadora do BE destacou a existência de 30 migrantes timorenses, lembrando a proposta que apresentou e que foi aprovada para a criação de um projeto municipal de acolhimento de emergência de cidadãos timorenses, através de uma resposta nas áreas de habitação, trabalho, saúde e educação.

Apresentada há mais de um ano, essa proposta foi aprovada em fevereiro, com sete votos contra da liderança PSD/CDS-PP e 10 votos a favor, nomeadamente três do PS, dois do PCP, três do Cidadãos Por Lisboa (eleitos pela coligação PS/Livre), um do Livre e um do BE.

Nessa altura, a vereadora dos Direitos Humanos e Sociais, Sofia Athayde (CDS-PP), justificou o voto contra a proposta do BE com o apoio dado pelo município aos cidadãos timorenses através do centro de acolhimento de emergência na freguesia lisboeta de Campolide, criado em março de 2022 para acolher refugiados ucranianos e que encerrou em 30 setembro de 2023.

Sofia Athayde disse que foram apoiadas “172 pessoas” no centro de acolhimento de emergência de Campolide, foi feito um ponto de situação passado três meses e foi registado “97% de sucesso de automatizados”, referindo que as equipas estão a acompanhar 15 cidadãos timorenses que estão a pernoitar na Praça da Figueira e nove na Praça do Martim Moniz, no sentido de os integrar.

No voto de preocupação apresentado esta quarta-feira, o BE reforçou que “continua válida” a proposta de criação de um projeto municipal de acolhimento de emergência “ITA HOTU HAMUTUK – todos juntos”, para apoio e acompanhamento das pessoas timorenses que chegaram nos últimos meses à cidade de Lisboa, através da disponibilização de condições de habitação, trabalho, saúde e educação.

Além disso, o voto alerta para obstáculos que os cidadãos estrangeiros enfrentam para a regularização em Portugal, inclusive devido à decisão da Junta de Freguesia de Arroios de exigir um título de autorização de residência válido (arrendamento ou compra de casa) para emitir atestados de residência.

No âmbito da votação, o vereador do PCP João Ferreira disse que à câmara se pede mais do que manifestar preocupação e defendeu que esta situação “carece de uma intervenção social”, pelo que o município deve intervir “o mais rapidamente possível”.

Acompanhando a preocupação, o presidente da câmara, Carlos Moedas (PSD), deixou um voto de louvor ao trabalho que está a ser feito todos os dias na resposta às pessoas em situação de sem-abrigo, sublinhando que “a preocupação é de todos”.

A vereadora do BE reforçou que a câmara tem de concretizar a proposta de criação de um programa municipal para dar resposta às “pessoas timorenses que se encontravam em situação de sem-abrigo em outubro de 2022 e que continuam a encontrar-se em situação de sem-abrigo agora em março de 2024”.

Atualmente, o executivo da Câmara de Lisboa, que é composto por 17 membros, integra sete eleitos da coligação “Novos Tempos” (PSD/CDS-PP/MPT/PPM/Aliança) — que são os únicos com pelouros atribuídos e que governam sem maioria absoluta —, três do PS, dois do PCP, três do Cidadãos Por Lisboa (eleitos pela coligação PS/Livre), um do Livre e um do BE.

LER MAIS

REGIÕES

REGIÃO OESTE INTEGRADA NA REDE MUNDIAL DE GEOPARQUES DA UNESCO

A região Oeste é um dos 18 novos sítios mundiais que passaram a integrar a Rede Mundial de Geoparques da UNESCO, confirmou esta quarta-feira a organização.

Online há

em

A região Oeste é um dos 18 novos sítios mundiais que passaram a integrar a Rede Mundial de Geoparques da UNESCO, confirmou esta quarta-feira a organização.

O Geoparque Oeste passa a ser o sexto em Portugal e um dos 213 em todo o mundo.

Em comunicado, a Organização das Nações Unidas para a Educação, Ciência e Cultura (UNESCO, na sigla em inglês) destaca a costa marítima da região Oeste, com 15 quilómetros de praias, arribas compostas por camadas geológicas com 230 milhões de anos e as tradições ligadas à pesca.

A UNESCO faz ainda referência ao património paleontológico, com mais de 180 jazidas, nas quais foram descobertas 12 espécies e dois dos 12 ninhos fossilizados com embriões de dinossauro existentes em todo o mundo.

“É a primeira pedra de um legado para as futuras gerações, pois passarão a olhar para o seu património natural e local como algo de excecional e único,” afirma João Serra, representante do município da Lourinhã na direção da associação, citado numa nota de imprensa da Associação Geoparque Oeste.

Também citado na nota, o coordenador executivo do Geoparque Oeste, Miguel Reis Silva, sublinha que a candidatura faz parte da estratégia de desenvolvimento regional alicerçada na geologia, na biodiversidade, na história, na preservação e promoção das tradições e dos costumes que constituem a identidade da região.

A UNESCO designou esta quarta-feira 18 novos geoparques localizados no Brasil, China, Croácia, Dinamarca, Finlândia, França, Grécia, Hungria, Polónia, Portugal e Espanha, entre os quais o Geoparque Oeste.

O Geoparque Oeste é gerido pela AGEO — Associação Geoparque Oeste, constituída em 2018 pelos municípios do Bombarral, Cadaval, Caldas da Rainha, Lourinhã, Peniche e Torres Vedras.

Em 2020, a equipa técnica iniciou a investigação de sítios, atividades e programas turísticos que fundamentaram a candidatura apresentada formalmente em 2022 à Rede Mundial de Geoparques.

Além do Geoparque, o Oeste possui outras chancelas da UNESCO: as Berlengas — Reserva da Biosfera, Caldas da Rainha — Cidade Criativa do Artesanato e Artes Populares, o Mosteiro de Alcobaça – Património Mundial da UNESCO e Óbidos Cidade Criativa da Literatura.

A região Oeste integra os concelhos de Alcobaça, Nazaré, Caldas da Rainha, Óbidos, Peniche, Bombarral (distrito de Leiria), Lourinhã, Cadaval, Torres Vedras, Sobral de Monte Agraço, Alenquer e Arruda dos Vinhos (distrito de Lisboa).

A Rede de Geoparques Mundiais da Unesco foi criada em 2004 e conta atualmente com 213 geoparques distribuídos por 48 países do mundo.

Em Portugal, o Oeste junta-se a mais cinco geoparques: Naturtejo, Arouca, Açores, Terras de Cavaleiros e Serra da Estrela.

LER MAIS
RÁDIO ONLINE
LINHA CANCRO

DESPORTO DIRETO

RÁDIO REGIONAL NACIONAL: SD | HD



RÁDIO REGIONAL VILA REAL


RÁDIO REGIONAL CHAVES


RÁDIO REGIONAL BRAGANÇA


RÁDIO REGIONAL MIRANDELA


MUSICBOX

WEBRADIO 100% PORTUGAL


WEBRADIO 100% POPULAR


WEBRADIO 100% BRASIL


WEBRADIO 100% ROCK


WEBRADIO 100% OLDIES


WEBRADIO 100% LOVE SONGS


WEBRADIO 100% INSPIRATION


WEBRADIO 100% DANCE

KEYWORDS

NARCÓTICOS ANÓNIMOS
PAGAMENTO PONTUAL

MAIS LIDAS