ECONOMIA & FINANÇAS
MAIS DE 44% DAS EMPRESAS NÃO FINANCEIRAS FECHARAM 2020 COM PREJUÍZO
Mais de 44% das empresas não financeiras apresentaram resultados negativos em 2020, tendo a faturação caído 9,7% e a rendibilidade dos capitais próprios recuado para 3,8%, metade do valor de 2019, divulgou hoje o BdP.
Mais de 44% das empresas não financeiras apresentaram resultados negativos em 2020, tendo a faturação caído 9,7% e a rendibilidade dos capitais próprios recuado para 3,8%, metade do valor de 2019, divulgou hoje o BdP.
Segundo os Indicadores Económico-financeiros Anuais das Empresas Não Financeiras do Banco de Portugal (BdP), hoje atualizados para 2020, “a rendibilidade das empresas caiu” nesse ano, penalizada pela pandemia, apontando as estatísticas apuradas com base na informação da IES (Informação Empresarial Simplificada) para um recuo do volume de negócios na ordem dos 9,7%.
“Esta diminuição, transversal à maioria das empresas, foi mais acentuada nos setores mais afetados pela pandemia de covid-19, nomeadamente no alojamento e restauração (-42,5%), nas atividades artísticas, de espetáculos, desportivas e recreativas (-35,5%) e nos transportes e armazenagem (-24,2%)”, nota o banco central.
Ainda assim, precisa, “em alguns setores o volume de vendas e serviços prestados aumentou, nomeadamente na construção (3,0%) e nas atividades de informação e comunicação (4,4%)”.
De acordo com o BdP, esta redução de atividade afetou os resultados das empresas, que, medidos antes de amortizações, depreciações, juros e impostos (EBITDA), decresceram 18,9% face a 2019.
No ano passado, a rendibilidade do ativo (rácio entre o EBITDA e o total do ativo) caiu para 5,9% (7,6% em 2019) e a rendibilidade dos capitais próprios (rácio entre o resultado líquido e o capital próprio) desceu para 3,8%, metade do valor de 2019.
“Ou seja, por cada 100 euros investidos pelos acionistas, foram gerados 3,8 euros de resultado líquido (7,4 euros em 2019)”, explica o BdP.
Esta queda da rendibilidade foi “mais acentuada” nas empresas dos setores dos transportes e armazenagem e do alojamento e restauração, que registaram rendibilidades próximas de -20%.
Com 44,5% das empresas a apresentarem, em 2020, resultados líquidos negativos (contra 36,9% em 2019), o banco central alerta para que a percentagem de companhias “em potencial situação de risco” aumentou.
Segundo refere, este aumento da percentagem de empresas em potencial situação de risco foi “mais expressivo” no setor do alojamento e restauração, onde a percentagem de empresas com resultados líquidos negativos passou de 45,7% em 2019 para 67,3% em 2020.
Adicionalmente, “38% das empresas apresentaram um EBITDA negativo (31,1% em 2019) e, para 18,7% das empresas, o EBITDA gerado não foi suficiente para cobrir os gastos de financiamento (14,1% em 2019)”.
Os dados do BdP apontam ainda para um “ligeiro aumento” da percentagem de empresas com capital próprio negativo (empresas cujo valor do passivo superou o valor do ativo), que passou de 25,5% em 2019 para 26,4% em 2020.
Apesar da redução de atividade ter sido generalizada aos vários setores de atividade, o banco central ressalva que “a situação económica das empresas não foi afetada da mesma forma”: “No seu conjunto, as empresas continuaram a reforçar os capitais próprios e a autonomia financeira (medida pelo peso do capital próprio no balanço) aumentou para 38,1% em 2020 (36,5% em 2019)”, refere.
A exceção foram as empresas dos setores de transportes e armazenagem e de alojamento e restauração, cuja autonomia financeira caiu de 23,3% para 18,6% e de 32,7% para 30,2%, respetivamente.
ECONOMIA & FINANÇAS
TESLA: LUCROS RECUARAM 55% ATÉ MARÇO PARA 1.058 MILHÕES
A Tesla registou 1.130 milhões de dólares (cerca de 1.058 milhões de euros) de lucro no primeiro trimestre, um recuo de 55% face ao mesmo período de 2023, foi anunciado.
A Tesla registou 1.130 milhões de dólares (cerca de 1.058 milhões de euros) de lucro no primeiro trimestre, um recuo de 55% face ao mesmo período de 2023, foi anunciado.
Por sua vez, as receitas da fabricante automobilística ficaram em 21.300 milhões de dólares (19.946 milhões de euros), uma queda homóloga de 9%.
As vendas mundiais também apresentaram, no período em análise, uma quebra de 9%, justificada com o aumento da concorrência e a diminuição da procura por veículos elétricos.
Já as receitas exclusivamente provenientes da venda de automóveis cederam 13%, passando de 19.963 dólares para 17.378 dólares (16.273 euros), uma evolução justificada pela empresa com a baixa nos preços dos seus veículos nos Estados Unidos.
Num comunicado enviado aos investidores, a Tesla disse ainda que sofreu “numerosos problemas” devido ao conflito no Mar Vermelho e a um incêndio em uma das suas fábricas, em Berlim.
A fabricante defendeu ainda que a venda mundial de veículos elétricos está “sob pressão”, uma vez que está a ser dada prioridade aos veículos híbridos.
Apesar de não avançar datas, a empresa anunciou que vai acelerar o lançamento de novos modelos, que, inicialmente, estavam previstos para o segundo semestre de 2025.
A Tesla acredita ainda que o crescimento das vendas de veículos poderá ser “notavelmente menor” no corrente ano.
Os analistas consultados pena Associated Press (AP) acreditam que esta perda esperada levanta questões sobre a procura de Teslas e outros veículos elétricos.
Na semana passada, a Tesla anunciou uma diminuição de 10% entre os seus 140.000 funcionários.
ECONOMIA & FINANÇAS
BENEFICIÁRIOS DE PRESTAÇÕES DE DESEMPREGO SOBEM 9% EM MARÇO
O número de beneficiários de prestações de desemprego em março aumentou 9,1% em termos homólogos, mas caiu 1,1% face a fevereiro, totalizando 195.359, segundo as estatísticas mensais publicadas pela Segurança Social.
O número de beneficiários de prestações de desemprego em março aumentou 9,1% em termos homólogos, mas caiu 1,1% face a fevereiro, totalizando 195.359, segundo as estatísticas mensais publicadas pela Segurança Social.
Em relação ao mês anterior, registou-se em março uma redução de 2.237 beneficiários, mas, face ao mesmo mês do ano anterior, verificou-se uma subida em 16.252 beneficiários, de acordo com a síntese do Gabinete de Estratégia e Planeamento (GEP) do Ministério do Trabalho, Solidariedade e Segurança Social.
As prestações de desemprego são maioritariamente requeridas por mulheres, correspondendo a 110.657 beneficiárias (56,6% do total).
Tendo em conta apenas o subsídio de desemprego, o número de beneficiários totalizou 153.208, uma redução de 1% em cadeia, mas um aumento de 12,4% em comparação com o mês homólogo.
O valor médio mensal do subsídio de desemprego em março foi de 641 euros, correspondendo a uma subida homóloga de 4,2%.
No caso do subsídio social de desemprego inicial, esta prestação foi processada a 11.294 beneficiários, menos 6,1% do que em fevereiro e mais 13,5% face a março de 2023.
Já o subsídio social de desemprego subsequente abrangeu 22.197 beneficiários, uma diminuição de 0,8% em termos mensais e de 10,7% na comparação homóloga.
De acordo com os dados do Instituto do Emprego e Formação Profissional (IEFP), publicados na sexta-feira, o número de desempregados inscritos nos centros de emprego caiu 1,9% em março face a fevereiro, mas subiu 6% em termos homólogos, totalizando 324.616.
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