INTERNACIONAL
POLUIÇÃO MATOU PREMATURAMENTE 364.200 EUROPEUS, QUASE 5.000 ERAM PORTUGUESES
A poluição atmosférica causou em 2019 a morte prematura de 364.200 pessoas na União Europeia, estima a Agência Europeia do Ambiente (AEA), segundo a qual em Portugal nesse ano só a exposição a partículas finas provocou 4.900 mortes prematuras.
A poluição atmosférica causou em 2019 a morte prematura de 364.200 pessoas na União Europeia, estima a Agência Europeia do Ambiente (AEA), segundo a qual em Portugal nesse ano só a exposição a partículas finas provocou 4.900 mortes prematuras.
Num relatório hoje divulgado na página da AEA indica-se que as mortes prematuras devido à poluição atmosférica têm vindo a descer (especialmente relacionadas com o dióxido de azoto) mas acrescenta-se que a “poluição atmosférica continuou a levar a uma carga significativa de mortes prematuras e doenças nos 27 Estados-membros da União Europeia” (UE).
De acordo com o documento, no ano em análise (2019) a exposição a partículas finas (partículas poluentes em suspensão) provocou 307.000 mortes prematuras na UE, 40.400 mortes foram atribuídas à exposição crónica ao dióxido de azoto, e 16.800 mortes prematuras à exposição aguda ao ozono.
Muitas destas mortes, considera a AEA, podiam ser evitadas se os Estados cumprissem as normas de qualidade do ar da UE e os valores de referência da Organização Mundial de Saúde (OMS). Em Portugal, estima-se no relatório, seriam poupadas 1.900 mortes prematuras se fossem cumpridos os valores da OMS.
As doenças cardíacas e os acidentes vasculares cerebrais são as razões mais comuns de mortes prematuras atribuíveis à poluição do ar, seguidas das doenças pulmonares e do cancro do pulmão.
A UE tem como meta reduzir o número de mortes prematuras devidas à exposição a partículas finas em 55% até 2030, em comparação com os valores de 2005. Assim, de 456.000 mortes atribuíveis a partículas finas, em 2005, seria o equivalente a reduzir o número de mortes prematuras para 250.800.
Comparando com 2005, em 2019 as mortes prematuras atribuíveis à exposição a partículas finas diminuíram em 33% nos 27 Estados da UE.
A AEA diz no documento que se esta taxa de redução se mantiver no futuro espera-se que a UE atinja a meta do Plano de Ação de Poluição Zero (com especial ênfase nas partículas finas).
As novas diretrizes da OMS sobre a qualidade do ar foram publicadas este ano e as normas da UE, baseadas nas antigas diretrizes da OMS, são menos exigentes. A UE já iniciou a revisão das diretivas de qualidade do ar, para as alinhar com as novas recomendações da OMS.
A AEA considera que para cumprir a meta para 2030 é preciso que os Estados implementem plenamente os seus programas nacionais de controlo de poluição atmosférica. E alerta para os desafios acrescidos relacionados com as tendências de envelhecimento e urbanização da população europeia. Porque pessoas mais idosas são mais sensíveis à poluição atmosférica, e nas cidades as pessoas estão mais expostas a concentrações de partículas finas.
INTERNACIONAL
ADVOGADOS DE TRUMP DECLARAM EX-PRESIDENTE INOCENTE NO INÍCIO DE JULGAMENTO
Os advogados de defesa do ex-presidente dos EUA Donald Trump declararam hoje o seu cliente inocente, alegando que o Ministério Público nem sequer devia ter iniciado este processo.
Os advogados de defesa do ex-presidente dos EUA Donald Trump declararam hoje o seu cliente inocente, alegando que o Ministério Público nem sequer devia ter iniciado este processo.
Nas declarações iniciais do julgamento de Trump, os procuradores defenderam que o ex-presidente “orquestrou um esquema criminoso para subverter” as eleições presidenciais de 2016.
Os advogados de defesa alegaram que Trump está inocente, acrescentando que o gabinete do procurador distrital de Manhattan “nunca deveria ter aberto este caso”.
Um painel de jurados nova-iorquinos — 12 jurados e seis suplentes — tomou posse na passada sexta-feira, após quatro dias de seleção do júri, e começou hoje a participar naquele que é o primeiro julgamento criminal contra um ex-presidente dos EUA.
Trump é acusado de falsificar registos comerciais como parte de um alegado esquema para dissimular histórias que acreditava que poderiam prejudicar a sua campanha presidencial em 2016.
No centro das acusações está um pagamento de cerca de 100 mil euros feito à atriz pornográfica Stormy Daniels por Michael Cohen, ex-advogado de Trump, para evitar que fosse conhecida uma relação extramatrimonial com o empresário.
Os procuradores dizem que Trump dissimulou a verdadeira natureza dos pagamentos falsificando documentos comerciais.
O ex-presidente nega ter tido um encontro sexual com Daniels e os seus advogados argumentam que os pagamentos feitos a Cohen foram despesas legais legítimas, declarando-se inocente de 34 acusações criminais de falsificação de registos comerciais.
Um dos advogados de defesa de Donald Trump concentrou-se durante as declarações iniciais em repetir argumentos colocando em questão a credibilidade de uma das principais testemunhas da acusação: Michael Cohen.
O advogado Todd Blanche forneceu um extenso relato sobre o cadastro criminal de Cohen e sobre o facto de ele já ter sido condenado por mentir sob juramento.
Blanche acusou Cohen de ser “obcecado pelo ex-presidente”, dizendo que “o seu sustento financeiro depende da destruição da reputação de Trump.
“Não se pode tomar uma decisão séria sobre o presidente Trump confiando nas palavras de Michael Cohen”, argumentou Blanche.
Antecipando os prováveis ataques da defesa à sua principal testemunha, o procurador Matthew Colangelo reconheceu o cadastro criminal de Cohen, logo no início do julgamento.
Os advogados de defesa argumentaram ainda que Trump não teve nada a ver com os pagamentos feitos para evitar que histórias sobre a sua vida sexual se tornassem públicas, nas vésperas das eleições presidenciais de 2016.
Blanche questionou em particular a insinuação feita pela acusação de que o pagamento a Stormy Daniels se destinava a tentar influenciar o resultado das eleições presidenciais.
“Não há nada de errado em tentar influenciar uma eleição. Isso chama-se democracia”, concluiu o advogado.
INTERNACIONAL
RÚSSIA VAI TOMAR MEDIDAS SE A POLÓNIA INSTALAR ARMAS NUCLEARES
Moscovo declarou que vai tomar medidas para garantir a própria segurança se a Polónia acolher armas nucleares, depois de o Presidente polaco ter evocado a possibilidade de instalar esse armamento no país.
Moscovo declarou que vai tomar medidas para garantir a própria segurança se a Polónia acolher armas nucleares, depois de o Presidente polaco ter evocado a possibilidade de instalar esse armamento no país.
“As Forças Armadas vão, naturalmente, analisar a situação e, em qualquer caso, tomar todas as medidas de retaliação necessárias para garantir a nossa segurança”, disse o porta-voz da presidência russa, Dmitri Peskov.
O porta-voz do chefe de Estado russo referia-se diretamente às declarações do Presidente polaco Andrzej Duda, que declarou que a Polónia é um país “pronto a aceitar armas nucleares” de países aliados.
Numa entrevista publicada pelo diário polaco “Fakt”, Duda afirmou que “a Rússia está a militarizar cada vez mais Kaliningrado”, o antigo enclave russo que faz fronteira com a Polónia e a Lituânia, e que Moscovo “também tem transferido armas nucleares para a Bielorrússia”.
“Se os nossos aliados decidirem instalar mísseis nucleares no nosso território, estamos preparados”, afirmou.
“Fazemos parte da Aliança do Atlântico Norte e, por conseguinte, temos obrigações nesta matéria, o que significa que aplicamos simplesmente uma política de interesses comuns”, acrescentou.
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