REGIÕES
ALENQUER: MAIS DE METADE DOS UTENTES DO CONCELHO SEM MÉDICO DE FAMÍLIA
Mais de metade dos utentes do concelho de Alenquer está sem médico de família, sendo o Carregado a zona mais afetada, segundo o portal do Bilhete de Identidade dos Cuidados de Saúde Primários do Ministério da Saúde.
Mais de metade dos utentes do concelho de Alenquer está sem médico de família, sendo o Carregado a zona mais afetada, segundo o portal do Bilhete de Identidade dos Cuidados de Saúde Primários do Ministério da Saúde.
Dos 40.812 utentes de saúde deste concelho do distrito de Lisboa, 22.213 estão sem médico de família, existindo pelo menos 11 profissionais em falta, de acordo com a mesma fonte.
Segundo os dados, 18.474 têm médico, existindo 12 profissionais em funções.
O problema agrava-se na extensão de saúde do Carregado, a zona mais populosa a seguir à sede do concelho e onde, dos 13.007 utentes inscritos, 86,2% (11.213 utentes) estão sem médico de família.
Por este motivo, o Carregado é uma das duas zonas consideradas carenciadas dentro do Agrupamento de Centros de Saúde do Estuário do Tejo, para a qual foram abertas duas vagas, num despacho dos ministérios da Saúde e das Finanças, publicado na quarta-feira em Diário da República.
Na terça-feira, em sede da discussão do Orçamento do Estado, o deputado do PS João Nicolau pediu à ministra da Saúde, Marta Temido, para que “olhe para a situação urgente e dramática que se vive no centro de saúde do Carregado”, qualificando a situação como “gritante” e “desesperante”.
Na resposta, a secretária de Estado da Saúde, Fátima Fonseca, anunciou a abertura das vagas para o concelho de Alenquer, entretanto já concretizada no despacho.
O despacho define as zonas geográficas qualificadas como carenciadas para efeitos da atribuição dos incentivos aos procedimentos de mobilidade e de recrutamento de pessoal médico iniciados a partir de 01 de janeiro de 2022, por estabelecimento de saúde e especialidade médica.
De acordo com o despacho, a medida visa contribuir para “a equidade no acesso aos cuidados de saúde médicos, minimizando as assimetrias que ainda se denotam, sobretudo em zonas mais periféricas ou de maior pressão demográfica”.
Os profissionais que aceitem trabalhar para as instituições, identificadas no despacho, poderão receber um conjunto de incentivos que passam, entre outros, por um vencimento superior em 40%, mais dois dias de férias e preferência na colocação do cônjuge e dos filhos nas escolas, e compensação das despesas de deslocação e transporte.
REGIÕES
AÇORES: AVISO AMARELO DE CHUVA FORTE E TROVOADA – IPMA
O Instituto Português do Mar e da Atmosfera (IPMA) emitiu hoje avisos amarelos para as nove ilhas dos Açores, devido às previsões de “precipitação por vezes forte, podendo ser acompanhada de trovoada”, a partir da madrugada.
O Instituto Português do Mar e da Atmosfera (IPMA) emitiu hoje avisos amarelos para as nove ilhas dos Açores, devido às previsões de “precipitação por vezes forte, podendo ser acompanhada de trovoada”, a partir da madrugada.
Segundo o IPMA, para as ilhas do grupo Central (Terceira, São Jorge, Pico, Graciosa e Faial) o aviso vai vigorar entre as 00:00 de segunda-feira e as 06:00 de terça-feira.
No grupo Ocidental (Corvo e Flores) entre as 06:00 de segunda-feira e as 15:00 de terça-feira.
No grupo Oriental (Santa Maria e São Miguel), o aviso amarelo é válido entre as 06:00 de segunda-feira e as 12:00 de terça-feira.
O aviso amarelo, o menos grave de uma escala de três, é emitido sempre que existe uma situação de risco para determinadas atividades dependentes da situação meteorológica.
REGIÕES
FUNDÃO: TEMPERATURAS BAIXAS NA FLORAÇÃO PROVOCAM QUEBRAS DE 70% NA CEREJA
Uma quebra de cerca de 70% na produção da cereja do Fundão em relação a anos normais é a expectativa dos produtores para esta campanha, devido ao longo período de temperaturas baixas durante a floração.
Uma quebra de cerca de 70% na produção da cereja do Fundão em relação a anos normais é a expectativa dos produtores para esta campanha, devido ao longo período de temperaturas baixas durante a floração.
O gerente da associação de fruticultores Cerfundão, Filipe Costa, disse que as árvores têm pouco fruto e que a situação é transversal a todas as variedades, embora tenha sublinhado que a qualidade da cereja está assegurada.
“As perspetivas são de uma quebra de produção bastante significativa em comparação com anos normais de produção, a rondar os 70% de quebra, motivada pelas condições climáticas muito nefastas no período de floração e do vingamento das cerejeiras, que resultaram em pouca fruta nas árvores”, explicou, em declarações à agência Lusa, Filipe Costa.
Segundo o engenheiro agrónomo, além das temperaturas muito baixas, registaram-se alguns episódios pontuais de granizo.
Filipe Costa acrescentou que se verificou a necrose dos tecidos da flor e a impossibilidade de vingamento do fruto, mas que “as temperaturas baixas fazem também com que os insetos polinizadores não estejam disponíveis para fazer o seu trabalho”.
“Não havendo vingamento do fruto, não há produção de uma forma transversal em todas as variedades, porque este período de temperaturas muito baixas prolongou-se por muito tempo durante a floração”, lamentou o gerente da Cerfundão.
No caso da Cerfundão, que tem 25 associados e 300 hectares de pomares de cereja, embora nem todos estejam em plena produção, e uma capacidade instalada para trabalhar com 1.200 toneladas em anos normais de produção, este ano o responsável antecipa que “não ultrapasse as 400 toneladas” na associação de fruticultores, no distrito de Castelo Branco.
Filipe Costa destacou que as condições registadas “não têm qualquer impacto na qualidade, pelo contrário”.
“Vamos ter fruto com melhor sabor, com melhor açúcar, com melhor acidez, com maior calibre. A qualidade será potenciada devido ao facto de haver menos fruta nas árvores. Há menos competição dos frutos uns com os outros e a qualidade será beneficiada na comercialização”, referiu o engenheiro agrónomo.
Apesar de prever um aumento do preço, Filipe Costa antecipou uma perda de rentabilidade.
“A quebra de produção que existe não tem elasticidade suficiente para colmatar a quebra de produção que os produtores têm nos teus pomares, de maneira que vai ser uma campanha negativa em termos de rentabilidade económica”, sublinhou, em declarações à Lusa, o gerente da Cerfundão.
Filipe Costa lembrou que desde 2020 têm sido anos “complicados para a fileira da cereja”, com o impacto económico e social que tem na região.
“Os últimos anos têm tido um impacto económico difícil de gerir”, comentou o produtor.
A Cerfundão começou esta semana a comercializar cereja, uma semana mais cedo em relação ao ano passado, e nos pomares a sul da serra da Gardunha há produtores que iniciaram a apanha na semana passada.
Filipe Costa informou que tal se deve “à própria fenologia da cultura” e às temperaturas um pouco mais amenas em dezembro e janeiro, que fizeram antecipar o ciclo vegetativo.
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