INTERNACIONAL
UCRÂNIA ASSINALA AMANHÃ SEIS MESES DE GUERRA
A Ucrânia está a assinalar os seis meses da invasão do seu território pela Rússia, em 24 de fevereiro, com uma exposição em Kyiv de equipamento militar destruído ao inimigo.
A Ucrânia está a assinalar os seis meses da invasão do seu território pela Rússia, em 24 de fevereiro, com uma exposição em Kyiv de equipamento militar destruído ao inimigo.
Os seis meses da guerra coincidem com o 31.º aniversário da independência da Ucrânia, declarada em 24 de agosto de 1991, pouco antes da dissolução formal da União Soviética, de que fazia parte.
O material de guerra russo está exposto na Rua Khreschatyk, dominada pela Praça da Independência, onde há um ano, o Presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, representantes de vários países, incluindo Portugal, e milhares de ucranianos assistiram a uma parada militar.
O contraste não podia ser maior: se há um ano a Ucrânia exibia uma força militar que estava a modernizar com ajuda ocidental desde 2014, quando a Rússia anexou a Crimeia, na mesma rua há agora carcaças enferrujadas de tanques e canhões.
Esse material fará parte do “diário de guerra” divulgado pela Ucrânia, à semelhança do que faz a Rússia, mas as informações carecem de confirmação independente.
No boletim de segunda-feira, as forças ucranianas disseram ter destruído, entre outro equipamento militar, 234 aviões, 198 helicópteros, 815 ‘drones’ (aeronaves não tripuladas), 1.919 tanques e outros blindados e 4.230 sistemas de artilharia.
No mesmo dia, pela voz apressada do tenente-general Igor Konashenkov, a Rússia alegou a destruição de 267 aviões, 148 helicópteros, 1.790 ‘drones’, 4.372 tanques e outros veículos blindados de combate, e 3.329 armas de artilharia, entre outras armas.
As autoridades russas têm destacado a destruição ou captura de armas fornecidas por países ocidentais e o ministro da Defesa, Serguei Shoigu, numa entrevista ao canal Rossiya-1 no domingo, enumerou as mais importantes.
Trata-se, segundo disse, do sistema móvel de obuses M-777, do sistema móvel de lançamento múltiplo de foguetes HIMARS, dos sistemas de mísseis antitanque portáteis NLAW e Javelin e do sistema de mísseis antiaéreos portáteis Stinger.
Shoigu disse que os militares e cientistas russos estão a estudar estas armas fornecidas por aliados da Ucrânia, como Estados Unidos, Reino Unido e outros países europeus, para determinar a melhor forma de as neutralizar.
O grupo Oryx, com base nos Países Baixos, tem divulgado dados sobre a destruição de armamento russo na Ucrânia, com base em fotografias ou vídeos enviados da zona de guerra, segundo o canal público britânico BBC.
A metodologia implica uma série de verificações em busca de informação falsa e duplicações antes de ser registada a perda.
Segundo o centro de estudos polaco Instituto de Varsóvia, os dados do Oryx poderão ser distorcidos por haver mais fotografias publicadas na Internet de equipamento russo destruído, mas, mesmo assim, “são considerados como uma das fontes mais precisas”.
Os analistas do Oryx contabilizaram já a destruição ou abandono de 1.876 tanques russos, 1.027 veículos de combate de infantaria, 142 veículos blindados de transporte ou ainda de 154 peças de artilharia autopropulsionadas.
O jornal ucraniano Kyiv Post, que cita estes dados, diz que outras fontes, como a Defesa norte-americana ou os serviços de informações britânicos, “são um pouco mais conservadoras, estimando as perdas geralmente 20-30 por cento inferiores ao Oryx ou ao Ministério da Defesa” ucraniano.
Mais ainda do que a perda de armamento, a morte de soldados é uma informação muito sensível pelo efeito que pode causar sobre como está a correr a guerra para cada um dos lados.
“Isso é algo de que ambos os lados estarão muito conscientes”, disse recentemente à BBC o diretor da organização “Every Casualty Counts”, Gavin Crowden.
As duas partes reivindicam a morte de dezenas de milhares soldados inimigos, mas os números poderão estar inflacionados e, como muitas informações numa guerra, carecem de verificação.
Quanto a baixas próprias, os ucranianos admitiram, na segunda-feira, 9.000 mortos, e os russos mais de 1.300, mas em março.
Também se desconhece o número de baixas civis.
A ONU já confirmou a morte de mais de 5.500 civis, mas continua a alertar que o número será consideravelmente superior.
A destruição de infraestruturas está mais documentada e, no domingo, a Escola de Economia de Kyiv (KSE) divulgou estimativas dos prejuízos já causados pela guerra à Ucrânia: 113.500 milhões de dólares (mais de 114.000 milhões de euros, ao câmbio atual).
INTERNACIONAL
BIBLIOTECA SOBRE O NAZISMO E O HOLOCAUSTO ACESSÍVEL NA INTERNET DESDE HOJE
Fotografias do campo de Auschwitz-Birkenau, testemunhos e documentos sobre a ascensão do fascismo na Europa antes da Segunda Guerra Mundial integram um dos maiores arquivos sobre o Holocausto que está acessível desde hoje na internet.
Fotografias do campo de Auschwitz-Birkenau, testemunhos e documentos sobre a ascensão do fascismo na Europa antes da Segunda Guerra Mundial integram um dos maiores arquivos sobre o Holocausto que está acessível desde hoje na internet.
A Biblioteca Wiener sobre o Holocausto, com sede em Londres, reúne centenas de milhares de documentos originais sobre a situação dos judeus europeus antes de 1939, o regime nazi e o Holocausto.
A biblioteca decidiu tornar acessível hoje, no 80.º aniversário da libertação de Auschwitz, parte da sua coleção, nomeadamente fotografias, cartas e testemunhos que atestam os crimes nazis no campo da Polónia (https://wienerholocaustlibrary.org/).
“A necessidade de defender a verdade tornou-se ainda mais urgente devido ao ressurgimento do antissemitismo e de outras formas de desinformação e ódio”, explicou Toby Simpson, diretor da biblioteca, citado num comunicado.
“Ao disponibilizar gratuitamente uma grande quantidade de provas em linha [‘online’], estamos a garantir que os arquivos históricos são acessíveis a todos”, afirmou, segundo a agência francesa AFP.
Entre os mais de 150.000 documentos disponíveis em linha pela primeira vez, encontram-se numerosas fotografias tiradas aquando da libertação do campo de Auschwitz, em 27 de janeiro de 1945.
Também ficaram acessíveis documentos utilizados nos julgamentos de Nuremberga, durante os quais os principais dirigentes do Terceiro Reich, o regime nazi alemão de Adolf Hitler, foram julgados.
A biblioteca publica também cerca de 500 folhetos e livros de propaganda antifascista, distribuídos na Alemanha na década de 1930 e disfarçados de anúncios de champôs ou livros de receitas, para escapar à vigilância do regime nazi.
Revela também documentos que mostram a ascensão do fascismo no Reino Unido antes e depois da Segunda Guerra Mundial (1939-1945).
“Numa altura em que figuras de extrema-direita ameaçam a Europa e não só, estas coleções revelam não só as origens destas ideologias perigosas, mas também as motivações e estratégias daqueles que, ao longo da História, as mantiveram à distância”, disseram os responsáveis pela biblioteca.
A Biblioteca Wiener sobre o Holocausto foi fundada na década de 1930 por Alfred Wiener, que fez campanha contra o nazismo nas décadas de 1920 e 1930.
Depois de fugir da Alemanha para os Países Baixos, em 1933, começou a recolher provas da perseguição dos judeus.
Continuou o seu trabalho a partir do Reino Unido, onde se exilou pouco antes do início da guerra e onde a biblioteca ainda se encontra, no centro de Londres.
Sobreviventes de Auschwitz, acompanhados pelo Presidente polaco, Andrzej Duda, depositaram flores hoje de manhã em frente ao Muro da Morte do campo, onde os prisioneiros eram fuzilados.
Alguns usavam lenços às riscas azuis e brancas, simbolizando os antigos uniformes prisionais. Ao pé do muro, acenderam velas em memória dos mortos e tocaram o muro com uma mão, em silêncio.
A cerimónia, sob o portão de entrada de Birkenau, deverá começar às 16:00 locais (15:00 em Lisboa) e contará com a presença de 54 delegações internacionais, algumas das quais lideradas por chefes de Estado, mas o foco estará nos sobreviventes, segundo a organização.
“Este ano, estamos a centrar-nos nos sobreviventes e na sua mensagem”, disse à AFP o porta-voz do museu de Auschwitz, Pawel Sawicki.
“Não haverá discursos de políticos”, acrescentou.
Auschwitz-Birkenau tornou-se o símbolo do genocídio perpetrado pela Alemanha nazi contra seis milhões de judeus europeus, um milhão dos quais morreram no campo entre 1940 e 1945, bem como mais de 100.000 não judeus.
INTERNACIONAL
PAPA DIZ QUE HOLOCAUSTO NÃO PODE SER ESQUECIDO OU NEGADO
O Papa Francisco disse hoje que “o horror” do Holocausto não pode ser “esquecido ou negado” e exortou à luta contra o antissemitismo, lembrando que na segunda-feira se assinalam 80 anos da libertação do campo de concentração de Auschwitz.
O Papa Francisco disse hoje que “o horror” do Holocausto não pode ser “esquecido ou negado” e exortou à luta contra o antissemitismo, lembrando que na segunda-feira se assinalam 80 anos da libertação do campo de concentração de Auschwitz.
“Amanhã é o Dia Internacional da Memória das Vítimas do Holocausto, 80 anos após a libertação do campo de concentração de Auschwitz. O horror do extermínio de milhões de judeus e de pessoas de outras religiões durante esses anos não pode ser esquecido nem negado”, afirmou o Papa no final da oração do Angelus dominical.
Lembrando que, durante esses anos, foram também mortos “muitos cristãos, muitos mártires”, Francisco apelou a que “todos trabalhem em conjunto para erradicar o flagelo do antissemitismo e outras formas de discriminação e perseguição religiosa”.
“Construamos juntos um mundo mais fraterno e justo, educando os jovens a ter um coração aberto a todos na lógica da fraternidade, do perdão e da paz”, concluiu.
Proclamado oficialmente em novembro de 2005, o Dia Internacional da Memória das Vítimas do Holocausto, que se assinala na segunda-feira, comemora a libertação pelas tropas soviéticas, em 1945, do campo de concentração e extermínio nazi alemão de Auschwitz-Birkenau.
Auschwitz-Birkenau tornou-se o símbolo do genocídio perpetrado pela Alemanha nazi contra seis milhões de judeus europeus, um milhão dos quais morreram no local entre 1940 e 1945, bem como mais de 100.000 não judeus.
Na segunda-feira, uma cerimónia oficial com a presença de cerca de meia centena de sobreviventes e 54 delegações internacionais assinalará o 80.º aniversário da libertação do local.
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