DESPORTO
ANTEVISÃO: FC PORTO APOSTA NA SOLIDEZ DEFENSIVA FACE AO BARCELONA
A solidez defensiva vai ser preponderante para o FC Porto condicionar o FC Barcelona, projetou hoje o treinador Sérgio Conceição, na véspera do duelo da segunda jornada do Grupo H da Liga dos Campeões de futebol.
A solidez defensiva vai ser preponderante para o FC Porto condicionar o FC Barcelona, projetou hoje o treinador Sérgio Conceição, na véspera do duelo da segunda jornada do Grupo H da Liga dos Campeões de futebol.
“O FC Barcelona é a equipa com mais percentagem de posse de bola em Espanha, tem sido bastante perigoso no ataque à profundidade e joga com muita largura. Temos de ter algumas cautelas no nosso processo defensivo. Depois, têm individualidades que podem resolver o jogo de um momento para o outro. Quanto à organização defensiva, estão há alguns jogos sem sofrer golos, mas sabemos das fragilidades que todas as equipas têm. Acho que tem muito a ver com a nossa consistência defensiva e, depois, aproveitarmos algumas fragilidades do FC Barcelona”, analisou o técnico, em conferência de imprensa.
As duas equipas estão igualadas na liderança da ‘poule’, após os ‘dragões’ terem batido os ucranianos do Shakhtar Donetsk (3-1), num jogo disputado em Hamburgo, na Alemanha, devido à invasão da Rússia à Ucrânia, enquanto o campeão espanhol derrotou em casa os belgas do Antuérpia (5-0), com dois golos e uma assistência do português João Félix.
Sérgio Conceição elogiou a “qualidade individual acima da média” do avançado, que, tal como o também internacional português João Cancelo, reforçou os catalães no final da janela de transferências de verão e chegou para “acrescentar” em posições carenciadas.
“Estamos a defrontar um dos melhores clubes do mundo. Se vamos jogar numa estrutura de ‘4-4-2’, ‘4-3-3’ ou ‘5-4-1’, depende da estratégia. Importa é que cada jogador se sinta confortável no espaço que vai pisar. Acho que será muito por aí nestes jogos de Liga dos Campeões, cujo nível é muito alto e há equilíbrio. Temos de estar à altura. Vamos sofrer com o FC Barcelona, mas o FC Barcelona também vai sofrer com o FC Porto”, afiançou.
Relativizando o passado recente dos ‘blaugrana’, que falharam o acesso aos oitavos de final nas duas edições anteriores da prova, o técnico dos ‘azuis e brancos’ admitiu que o plano pode consistir em “recuar um bocado a equipa e pressionar em zonas diferentes”.
“Estes jogos são sempre apetecíveis. Eu tenho a caixa de correio cheia com pedidos de convites, mas queria era que os pedissem para os jogos de menor dimensão. É um jogo de ‘Champions’, entre dois clubes históricos e que, não sendo das capitais, representam regiões que elevam os nomes dos seus países na Europa e em todo o mundo”, ilustrou.
Pepe está de fora para um embate de “enorme mediatismo” com os detentores de cinco títulos continentais (1991/92, 2005/06, 2008/09, 2010/11 e 2014/15) e acompanha Iván Marcano, Zaidu, Gabriel Veron e Evanilson no boletim clínico do FC Porto, que apenas contará com Fábio Cardoso e David Carmo entre as alternativas para o eixo defensivo.
“A experiência e os minutos de ‘Champions’ são importantes, mas Pepe e Marcano não estarão disponíveis. Vão estar outros e cada jogador tem de assumir a responsabilidade, independentemente da idade. No final do jogo, irá estar sempre uma pessoa a dar a cara por aquilo que fizemos. Eu represento este grupo e não há problema nenhum, desde que eles façam o seu trabalho e estejam preparados no plano emocional para estes palcos. Senão, não podem representar um clube como o FC Porto”, terminou Sérgio Conceição.
O FC Porto recebe o FC Barcelona, ambos com três pontos, na quarta-feira, a partir das 20:00, no Estádio do Dragão, no Porto, em encontro da segunda jornada do Grupo H da Liga dos Campeões, que será arbitrado pelo inglês Anthony Taylor, horas depois de os belgas do Antuérpia medirem forças em casa face aos ucranianos do Shakhtar Donetsk.
DESPORTO
PRIMEIRA LIGA: SCHMIDT DIZ-SE “PREPARADO” SEM FALAR DO FUTURO NO BENFICA
O treinador Roger Schmidt recusou hoje falar sobre o seu futuro no Benfica, mas lembrou que as dificuldades fazem parte de treinar o clube da I Liga de futebol e assumiu estar preparado para corresponder às expectativas.
O treinador Roger Schmidt recusou hoje falar sobre o seu futuro no Benfica, mas lembrou que as dificuldades fazem parte de treinar o clube da I Liga de futebol e assumiu estar preparado para corresponder às expectativas.
“Foi uma época difícil, no geral. Como disse no domingo, será bom falar um pouco depois de terminarmos a época, mas hoje não vou falar de mim”, disse o técnico, no Seixal, questionado sobre se já tinha tido com o clube a conversa que, no final do encontro anterior, admitiu ser necessária.
Logo de seguida, questionado diretamente sobre se pode garantir aos adeptos que continua no Benfica na próxima época, voltou a recusar abordar o assunto.
“Já respondi a essa pergunta tantas vezes nas conferências de imprensa. Hoje não vou falar sobre isso”, desabafou o técnico, na antevisão da visita ao Rio Ave.
Pouco depois, no entanto, lembrou que também teve “momentos difíceis” na última época e deu o exemplo de quando o Benfica perdeu “três jogos numa semana, com o Inter Milão, o FC Porto e o [Desportivo de] Chaves”, garantindo estar preparado para essas situações.
“Faz parte do nosso trabalho no Benfica. Temos de ganhar, porque as pessoas esperam que ganhemos muitos jogos, de preferência todos. Essa é a nossa realidade no Benfica. É difícil, mas já mostrámos que estamos preparados para corresponder a estas expectativas”, comentou o alemão.
Sobre o encontro com o Rio Ave, que encerra “uma época longa e exigente” do Benfica, Schmidt assumiu pretender “um bom jogo e os três pontos” para “ir de férias com boas sensações”, mas lembrou as dificuldades que esperam a equipa em Vila do Conde.
“Desde o último jogo que fizemos com o Rio Ave em casa perderam um jogo. Defrontaram todas as equipas e perderam uma vez. Isso diz tudo sobre a dificuldade para amanhã [sexta-feira]”, lembrou.
O Benfica visita o Rio Ave na sexta-feira, em partida da 34.ª e última jornada da I Liga portuguesa de futebol com início previsto para as 20:45, no Estádio do Rio Ave Futebol Clube, em Vila do Conde, e arbitragem de David Rafael Silva, da associação do Porto.
A equipa orientada por Roger Schmidt falhou objetivo do título, conquistado nesta época pelo Sporting, e tem a garantia de terminar em segundo lugar, enquanto o Rio Ave ocupa o 10.º lugar, com 36 pontos, e só pode ultrapassar o Farense, que soma 37, mas já assegurou a manutenção na I Liga.
DESPORTO
PEDRO PROENÇA PEDE REFLEXÃO IMEDIATA SOBRE A JUSTIÇA DESPORTIVA
O presidente da Liga Portuguesa de Futebol Profissional (LPFP) considerou hoje essencial “uma reflexão imediata” sobre justiça desportiva em Portugal, defendendo mais celeridade nos processos de forma a responder às exigências de um futebol altamente profissional”.
O presidente da Liga Portuguesa de Futebol Profissional (LPFP) considerou hoje essencial “uma reflexão imediata” sobre justiça desportiva em Portugal, defendendo mais celeridade nos processos de forma a responder às exigências de um futebol altamente profissional”.
“Temos que, de uma vez por todas, assumir que, sem uma justiça desportiva célere e capaz de responder às exigências de um futebol altamente profissional, não conseguimos ter uma capacidade de resposta àquilo que são as nossas necessidades. Essa arquitetura tem que ser rapidamente e drasticamente mudada, sob pena de descredibilizarmos aquilo que são as instâncias desportivas”, disse Pedro Proença, à margem do I Congresso de Justiça Desportiva, que decorre hoje e sexta-feira, em Lisboa.
O líder da LPFP lembrou a “abrangência do congresso”, promovido pelo Tribunal Arbitral do Desporto (TAD), mas admitiu que no que diz respeito ao futebol há algum inconformismo.
“No que diz respeito ao futebol em concreto, a verdade é que de alguma forma não responde àquilo que são as solicitações e aquilo que nós pretendíamos relativamente ao resultado do efeito desportivo”, afirmou.
Pedro Proença considerou que a “celeridade processual deve ser um dos bastiões de suporte da credibilidade de um setor”, acrescentando: “No que diz respeito ao futebol, de alguma forma, estamos inconformados com aquilo que tem acontecido. A capacidade de resposta, a forma com que nós temos decisões finais sobre os assuntos que estão em litigância, nesta arquitetura que nós temos e neste modelo atual, não responde”.
O líder da Liga referiu que o organismo que gere o futebol profissional em Portugal tem feito o seu trabalho nesta área, lamentando que depois haja atrasos nas respostas finais.
“Na Liga Portuguesa de Futebol Profissional temos feito o nosso trabalho. Profissionalizámos tudo o que tem a ver com a instrução dos próprios processos. Conseguimos reduzir, e muito, toda a fase processual que era acima dos 90 dias. Hoje, tudo o que é a fase de instrução é habilitado em pouco mais do que 15 dias. Mas a verdade é que depois as respostas finais e o acumular de decisões que não têm a sua tramitação final não ajudam. Não ajudam àquilo que é a capacidade de resposta”, afirmou.
Lembrando que nas instâncias internacionais como a FIFA e a UEFA “os processos são quase sumários”, Proença pediu ao Governo que se envolva no processo: “É necessária uma reflexão imediata, e que o poder político perceba que tem de haver uma intervenção, para que a capacidade de resposta seja uma realidade. Não podemos ter processos com morosidades imensas”.
“Quando o Tribunal Arbitral do Desporto foi criado, foi criado como instância final. E a verdade é que a sua inconstitucionalidade levou a que os recursos pudessem ser feitos, potenciassem, o que dificulta muito aquilo que é a decisão final”, acrescentou.
Com quase 10 anos de existência, o TAD pretende que o I Congresso de Justiça Desportiva sirva para promover a troca de conhecimentos, experiências e boas práticas no âmbito dos vários níveis e manifestações da justiça desportiva, favorecendo a reflexão e o diálogo sobre questões relacionadas com o ordenamento jurídico-desportivo, contribuindo para o estudo, evolução e divulgação do Direito do Desporto.
A sessão de abertura, do evento, que decorre na Faculdade de Direito de Lisboa, contou com a presença Pedro Dias, secretário de Estado do Desporto, que considerou o congresso “o momento adequado” para fazer uma reflexão e destacou o empenho do Governo nas áreas da justiça desportiva, equidade, imparcialidade e respeito.
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