REGIÕES
URGÊNCIAS ORTOPÉDICA DE VILA REAL E PEDIATRIA EM CHAVES VÃO ENCERRAR PARCIALMENTE
A urgência de ortopedia do hospital de Vila Real vai estar indisponível em 11 noites de novembro, mês em que a urgência pediátrica de Chaves está também fechada, informou o Centro Hospitalar de Trás-os-Montes e Alto Douro (CHTMAD).
A urgência de ortopedia do hospital de Vila Real vai estar indisponível em 11 noites de novembro, mês em que a urgência pediátrica de Chaves está também fechada, informou o Centro Hospitalar de Trás-os-Montes e Alto Douro (CHTMAD).
O centro hospitalar que agrega os dois hospitais fez hoje, em comunicado, um ponto de situação sobre os serviços afetados pela indisponibilidade dos médicos para realizar horas extraordinárias.
De acordo com a administração do CHTMAD, no serviço de urgência da unidade hospitalar de Vila Real a valência de ortopedia vai estar disponível no período noturno dos dias 04, 05, 09, 10, 11, 12, 13, 17, 20, 24 e 26, entre as 20:00 e as 08:00 do dia seguinte.
Já na terça-feira tinha sido anunciado o fecho da urgência de ortopedia no hospital de Chaves durante todo o mês de novembro devido à necessidade de concentrar os recursos médicos de ortopedia existentes, na urgência da unidade hospitalar de Vila Real.
O CHTMAD fica, assim, sem urgência ortopédica durante aquelas 11 noites do mês de novembro.
Segundo o comunicado do centro hospitalar, a urgência pediátrica do hospitalar de Chaves também vai estar fechada a partir de sexta-feira e durante todo o mês do novembro.
Este tem sido o serviço mais afetado naquela unidade hospitalar, que serve de referência à população dos concelhos de Chaves, Boticas, Montalegre e Valpaços, tendo estado indisponível em vários períodos desde a Páscoa, com o atendimento aos utentes em idade pediátrica a fazer-se na sede social do CHTMAD, em Vila Real.
As cidades de Chaves e Vila Real distam cerca de 70 quilómetros e são ligadas pela Autoestrada 24 (A24).
O CHTMAD solicita a todos os utentes que, antes de se deslocarem a um serviço de urgência, façam um contacto prévio com a Linha SNS 24 — 808242424 – que disponibilizará aconselhamento e encaminhamento, em situações de doença e medicação.
Pede ainda que, em situações urgentes ou emergentes, seja contactado o 112 e que se aguardem indicações por parte do operador.
No sábado, centenas de populares e autarcas do Alto Tâmega vestiram camisolas pretas e protestaram contra o fecho de serviços no hospital de Chaves previsto para o mês novembro devido à indisponibilidade dos médicos para realizar mais horas extraordinárias além das 150 previstas na lei.
Para além do fecho da urgência de ortopedia e de pediatria, já confirmado, pode ainda estar em causa o fecho de outros serviços como a urgência médico-cirúrgica.
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PORTO: RUI MOREIRA DIZ QUE O FUNCIONAMENTO DA AIMA É UM “ESCÂNDALO”
O presidente da Câmara Municipal do Porto considerou hoje que o funcionamento da Agência para a Integração, Migrações e Asilo (AIMA) “atinge foros de escândalo” e que aquela entidade “não está a cumprir a sua missão”.
O presidente da Câmara Municipal do Porto considerou hoje que o funcionamento da Agência para a Integração, Migrações e Asilo (AIMA) “atinge foros de escândalo” e que aquela entidade “não está a cumprir a sua missão”.
“AAIMA não está a cumprir aquilo que são as suas obrigações perante aqueles que são os imigrantes que se querem legalizar em Portugal. Objetivamente, eu acho que isto atinge foros de escândalo”, afirmou Rui Moreira, numa conferência de imprensa convocada pelo autarca para esta manhã.
Rui Moreira considerou que a AIMA tem como missão o “acolhimento e integração” de migrantes mas que, “objetivamente, não está a funcionar”.
O autarca referiu que há mais de 7.500 processos em tribunal contra a AIMA “por atrasos de regularização de cidadãos estrangeiros”, o que tem causado problemas: “Ao mesmo tempo que nós queremos imigrantes, não somos capazes de os acolher. Temos uma instituição cuja competência é tratar dos imigrantes e não estão a ser devidamente tratados”.
E continuou: “Aquilo que acontece é que um imigrante em situação ilegal está sujeito a um conjunto de pressões, nomeadamente na sua relação com o mercado de trabalho, isto é uma situação que me preocupa”.
Moreira defendeu que os imigrantes têm “que ter acesso a tudo aquilo que os portugueses têm acesso e, se não são legalizados, alguma coisa está mal”. Criticou também a atuação da AIMA no caso da agressão a imigrantes no Bonfim.
No dia 04, homens encapuzados forçaram a entrada numa casa onde vive um grupo de imigrantes no Porto, tendo-os agredido, um ataque que foi considerado como tendo motivações racistas.
“Naquele sábado, esta agência ligou para a Câmara Municipal do Porto a perguntar o que a CMP pode fazer relativamente aos imigrantes. Esta é uma competência deles, com meios deles, com um escritório aqui deles e perguntam-nos a nós?”, questionou Rui Moreira.
No dia 06, o independente que preside a autarquia do Porto considerou que aquele ataque é “inaceitável e um crime de ódio”, defendendo a extinção da AIMA e a utilização dos recursos de que dispõe para habilitar os municípios a darem uma resposta e a reforçar as forças policiais dos recursos de que hoje não dispõem para combater a criminalidade.
“Repito, a AIMA é uma agência inoperante que desperdiça dinheiros públicos sem o cumprimento da missão a que se propôs e, por isso, deve ser extinta”, insistiu, em declarações no início da reunião do executivo municipal.
No mesmo dia, o sindicato dos trabalhadores da AIMA avisou que não serão “bode expiatório” para “a incapacidade de outros”, classificando de “infelizes” as declarações do autarca do Porto que defendeu a extinção daquele organismo na sequência do ataque contra migrantes.
“A AIMA e os seus trabalhadores não servirão de arma de arremesso nem de “bode expiatório” para a manifesta incapacidade de outros”, avisou, numa resposta à Lusa, o Sindicato dos Funcionários do Serviço de Estrangeiros e Fronteiras (SINSEF).
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LISBOA: DEPUTADO DA GUINÉ-BISSAU DETIDO COM 13 KG DE COCAÍNA
Um deputado guineense foi detido na terça-feira no aeroporto de Lisboa com 13 quilogramas de cocaína e será esta quinta-feira ouvido em primeiro interrogatório para aplicação de medidas de coação, disse fonte judicial à Lusa.
Um deputado guineense foi detido na terça-feira no aeroporto de Lisboa com 13 quilogramas de cocaína e será esta quinta-feira ouvido em primeiro interrogatório para aplicação de medidas de coação, disse fonte judicial à Lusa.
A mesma fonte adiantou que o primeiro interrogatório judicial do deputado esteve agendado para esta quinta-feira de manhã, mas não se realizou, estando previsto para esta tarde.
O deputado do Movimento para a Alternância Democrática (MADEM-G 15) Manuel Irénio Nascimento Lopes, de 57 anos, foi detetado na terça-feira no Aeroporto Humberto Delgado, em Lisboa, após um voo da transportadora aérea portuguesa TAP proveniente de Bissau, com 13 quilos de cocaína dissimulados na bagagem.
Este é o segundo caso de suspeita de tráfico de droga por parte de individualidades guineenses detidas no Aeroporto de Lisboa nas últimas semanas.
O Procurador Eduardo Mancanha, que se encontrava de licença de serviço para estudar em Portugal, há mais de três anos, foi detido no passado dia 21 de abril “em flagrante delito” na posse de dois quilogramas de um produto que se presume ser droga, segundo um comunicado do Conselho Superior de Magistratura do Ministério Público guineense, emitido dia 25, no qual foi anunciada a sua suspensão de funções.
O Presidente da Guiné-Bissau, Umaro Sissoco Embaló, lamentou a detenção de Mancanha, sublinhando que o caso está a ser tratado entre as magistraturas dos dois países.
O jornal guineense O Democrata refere que o deputado Manuel Irénio Lopes, conhecido como “Manelinho”, é “um empresário que investe no setor da pedreira” e também dirigente político, fazendo parte dos 15 deputados dissidentes do Partido Africano para a Independência da Guiné e Cabo Verde (PAIGC), que, em 2015, criaram o MADEM-G 15, a segunda maior força política do país.
Manuel Lopes presidiu à Federação de Futebol da Guiné-Bissau durante oito anos, tendo sido destituído em 2020 pela FIFA, após ter sido considerado culpado por ter “falhado na proteção da integridade física e mental de um homem vítima de um ataque em massa”, e ficou impedido de manter ligações à modalidade durante 10 anos, acrescenta o jornal.
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