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CABO ESPICHEL: DESCOBERTAS PEGADAS DE CROCODILO COM 129 MILHÕES DE ANOS

Raras pegadas de crocodilo com cerca de 129 milhões de anos foram descobertas nos últimos dias na zona do Cabo Espichel, Sesimbra, pelos mesmos investigadores que em janeiro anunciaram ali ter identificado 614 pegadas de dinossauro.

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Raras pegadas de crocodilo com cerca de 129 milhões de anos foram descobertas nos últimos dias na zona do Cabo Espichel, Sesimbra, pelos mesmos investigadores que em janeiro anunciaram ali ter identificado 614 pegadas de dinossauro.

Os primeiros dias de trabalho de campo, depois de um inverno dedicado à publicação de artigos científicos, superaram as expectativas dos exploradores.

Segundo o paleontólogo Silvério Figueiredo, presidente do Centro Português de Geo-História e Pré-História, as pegadas de crocodilo agora descobertas são mais raras do que as de dinossauro.

“Encontrámos algumas pegadas de crocodilo, além das de dinossauro (…), talvez mais importantes do que as dos dinossauros, uma vez que pegadas de dinossauro existem bastantes em Portugal. Pegadas de crocodilos contemporâneos dos dinossauros já existem menos, assim em dois, três sítios, no máximo, identificadas em Portugal e não deste período. Existem do Jurássico. Do Cretácico, estas serão provavelmente as primeiras a serem identificadas”, avançou o investigador à agência Lusa.

A equipa de Silvério Figueiredo, professor no Instituto Politécnico de Tomar e autor de várias publicações sobre dinossauros, inclui outros especialistas, como o geólogo Pedro Proença e Cunha, da Universidade de Coimbra, que acompanha os trabalhos no terreno.

Nas falésias do Cabo Espichel, procuram identificar, em formações do Cretácico Inferior, vestígios da vida há cerca de 129 milhões de anos, tendo já encontrado novas pegadas de dinossauro e de outros animais.

“Vamos tentar identificar trilhos, medir os trilhos para saber algum comportamento que eles tinham, nomeadamente a direção. Temos marcas que nos indicam que provavelmente o crocodilo estava nadar e vamos também orientá-las, saber qual era a orientação, para depois fazer um estudo para saber de onde é que eles vinham, para onde iam, bem como depois os estudos sedimentares e estratigráficos, feitos pelo colega Pedro Proença Cunha, para sabermos os ambientes e essas questões que nos ajudam depois a caracterizar melhor o sítio”, indicou Silvério Figueiredo.

Lado a lado com as pegadas de crocodilo, são visíveis pegadas de dinossauro, o que não significa que os animais tenham coexistido. A passagem das diferentes espécies pelo mesmo local pode estar separada por séculos ou mesmo milénios, de acordo com o investigador.

“Pensamos que, se não todas, pelo menos a maioria das pegadas dos dinossáurios terão sido feitas numa camada superior e que depois deformou esta em que estavam as pegadas do crocodilo. Terão sido feitas em momentos diferentes”, admitiu.

Nos próximos dias, esperam continuar a encontrar pegadas de dinossauro, ossos e dentes daqueles animais, de antepassados dos atuais crocodilos, de pterossauros e outros restos de fauna, como tem vindo a acontecer.

Os investigadores – que trabalham naquela zona desde 1998 – são acompanhados nesta fase por um grupo de jovens do programa Ciência Viva.

Afonso Dias, aluno do 11.º ano na área de Ciências, foi o primeiro a ver as marcas de crocodilo gravadas na rocha.

Limpava o campo com os colegas quando, no primeiro dia de trabalhos, se deparou com os orifícios que corresponderão às garras do crocodilo pré-histórico.

“Fomos tirando a terra e depois notei estas quatro marcas. Veem-se muito bem. Perguntei ao professor Silvério o que é que poderia ser. Ao início, o professor Silvério achou que podia ser de pterossauro, mas depois disse-nos a todos que podia ser de crocodilo e começamos a encontrar muitas mais ao longo do tempo, como se pode ver, estas aqui e outras espalhadas por esta zona”, mostrou o jovem, fã de Parque Jurássico, de Steven Spielberg, e de visitas de museus como o da História Natural, em Lisboa, onde se encontra uma vasta amostra do que foram aqueles animais pré-históricos.

Junto ao mar, numa anterior fase de prospeção, cujos resultados foram anunciados no início do ano, foram identificadas 614 pegadas de dinossauro, uma quantidade considerada rara numa área de “poucos metros quadrados”.

O projeto inclui elementos de outras instituições, como o Geopark Naturtejo e colaboradores estrangeiros, da Universidade do Rio de Janeiro, especialistas do País Basco e de França.

O trabalho de campo e análises posteriores mais detalhadas permitem “aferir algumas informações acerca do comportamento dos dinossauros e da própria forma como as pegadas se formaram”, explicou Silvério Figueiredo.

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LISBOA: DOIS HOMENS ESFAQUEADOS NO MARTIM MONIZ

Dois homens ficaram gravemente feridos depois de terem sido esfaqueados, esta segunda-feira. O incidente aconteceu na sequência de uma rixa que ocorreu na zona de Martim Moniz, em Lisboa, e que envolveu quatro pessoas, como avança uma fonte da PSP à agência Lusa.

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Dois homens ficaram gravemente feridos depois de terem sido esfaqueados, esta segunda-feira. O incidente aconteceu na sequência de uma rixa que ocorreu na zona de Martim Moniz, em Lisboa, e que envolveu quatro pessoas, como avança uma fonte da PSP à agência Lusa.

“Isto aconteceu cerca das 9h05 na Praça Martim Moniz. Foi uma desordem entre quatro pessoas e que envolveu armas brancas. Duas delas apresentaram ferimentos bastante graves”, explicou à agência Lusa fonte do Comando Metropolitano de Lisboa da PSP (Cometlis).

Segundo a mesma fonte, um dos homens foi esfaqueado no peito e numa orelha e o outro no pulso e na face, tendo sido transportados para o Hospital de São José, a poucos metros do local.

As autoridades desconhecem o que motivou o desentendimento e a identidade de todos os envolvidos.

Segundo o Cometlis não está previsto qualquer reforço de policiamento na zona.

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PÓVOA DE VARZIM: MULHER MORRE NA PRAIA JUNTO A UM BAR

Uma mulher desapareceu hoje no mar na Póvoa de Varzim junto a um bar, foi encontrada pouco depois na praia em paragem cardiorrespiratória e acabou por morrer no local, disse à Lusa fonte dos bombeiros locais.

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Uma mulher desapareceu hoje no mar na Póvoa de Varzim junto a um bar, foi encontrada pouco depois na praia em paragem cardiorrespiratória e acabou por morrer no local, disse à Lusa fonte dos bombeiros locais.

De acordo com a fonte, a vítima, que estava acompanhada por alguém que deu o alerta, desapareceu hoje no mar cerca das 06:00 em circunstâncias que ainda estão a ser apuradas.

A mulher jovem terá entrado no mar nas traseiras do Bar na Praia e desaparecido na água, tendo “pouco tempo depois” dado à costa ainda viva, mas em paragem cardiorrespiratória irreversível, explicou a fonte dos Bombeiros Voluntários da Póvoa de Varzim que foram chamados para o local.

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