REGIÕES
LISBOA: PROTESTO CONTRA TOURADA JUNTA MAIS DE MIL PESSOAS
Cerca de 1.500 pessoas estiveram concentradas junto à praça de touros do Campo Pequeno, em Lisboa, em protesto contra as touradas e a homenagem ao cavaleiro João Moura, gritando palavras de ordem como “assassinos” ou “vergonha”.
Cerca de 1.500 pessoas estiveram concentradas junto à praça de touros do Campo Pequeno, em Lisboa, em protesto contra as touradas e a homenagem ao cavaleiro João Moura, gritando palavras de ordem como “assassinos” ou “vergonha”.
Os manifestantes, concentrados pelos menos desde as 19:00, e espalhados ao longo do passeio em frente à entrada principal do Campo Pequeno, atrás de grades colocadas para o efeito, gritam palavras de ordem como “assassinos” ou “vergonha” e vaiam as pessoas que vão entrando para a praça.
Além de assobiarem e vaiarem quem entra no Campo Pequeno, os protestantes fazem barulho com buzinas, vuvuzelas e tambores.
Hoje decorre no Campo Pequeno uma tourada de homenagem ao cavaleiro tauromáquico João Moura, que conta também com participação do seu filho, João Moura Jr.
Em fevereiro do ano passado, João Moura foi detido na sequência do cumprimento de um mandado de busca à sua propriedade, em Monforte, que resultou, ainda, na apreensão de 18 cães subnutridos.
Os manifestantes exibem faixas e cartazes onde se leem mensagens como “Abaixo a tortura animal”; “É uma vergonha nacional”; “A minha homenagem vai para os galgos que sobreviveram ao João Moura”; “Tauromaquia não é cultura, é tortura”; “Pelo fim da tourada e maus-tratos”.
E outras como: “Criminosos homenageados, e os animais esfomeados?”; “Filho de peixe sabe nadar, ou como dizem os Moura: assassinar”; “João Moura aldrabão, o teu lugar é na prisão” ou ainda “Um criminoso nunca será um herói”.
Junto ao protesto está também estacionado um autocarro do IRA – Intervenção e resgate animal e são visíveis camisolas e bandeiras da organização.
No autocarro foi colocada uma faixa com imagens dos cães quando foram encontrados e a mensagem: “João Moura, trouxemos os teus cães para a homenagem”.
A Lusa constatou no local alguns momentos de tensão entre manifestantes e pessoas que se deslocaram ao local para a homenagem, mas foram rapidamente resolvidos com intervenção dos agentes da PSP presentes.
Entretanto foram deslocados para o local da manifestação cerca de uma dezena de agentes da Unidade Especial de Polícia (UEP).
A porta-voz do partido Pessoas-Animais-Natureza (PAN), Inês Sousa Real, marcou presença na manifestação e, em declarações aos jornalistas, defendeu que “é absolutamente revoltante que o setor tauromáquico tenha feito esta homenagem, ainda para mais uma homenagem que se diz ser mundial”, apontando que “este não é o cartão de visita” de Portugal.
“Homenagear alguém que já faz a sua vida a sacrificar animais na arena é absolutamente incompreensível, mas mais incompreensível ainda quando se trata de alguém que tem contra si um processo-crime a correr por maus-tratos a animais de companhia, nomeadamente 18 galgos que foram deixados a morrer à fome”, frisou.
Apontando que “não há cidadãos intocáveis” e que “a tauromaquia não pode continuar a achar-se acima da própria lei”, Inês Sousa Real afirmou que “a tauromaquia tem os dias contados”.
Para a líder do PAN, esta manifestação mostra que “há uma sociedade em movimento que respeita e tem uma sensibilidade para com os animais e que não aceita que em Portugal, em plano coração da capital, se perpetue esta atividade”.
A porta-voz do PAN, que estava acompanhada pela candidata à Câmara Municipal de Lisboa, Manuela Gonzaga, vestia uma camisola com a imagem de um galgo e de um touro onde se lia “Os animais não têm voz, mas têm-nos a nós, pelo fim da violência”.
REGIÕES
VILA REAL: CONCURSO PARA CONCLUSÃO DO PAVILHÃO DA ESCOLA DIOGO CÃO
O município de Vila Real abriu esta quinta-feira um concurso público, pelo preço base de 900 mil euros, para concluir a requalificação de um pavilhão desportivo, depois de tomar posse administrativa da obra, em abril, por abandono da empreitada.
O município de Vila Real abriu esta quinta-feira um concurso público, pelo preço base de 900 mil euros, para concluir a requalificação de um pavilhão desportivo, depois de tomar posse administrativa da obra, em abril, por abandono da empreitada.
O anúncio do concurso público para a conclusão da empreitada de requalificação e beneficiação do pavilhão da Escola Diogo Cão foi publicado esta quinta-feira em Diário da República (DR).
O preço base do procedimento é de cerca de 900 mil euros, o prazo para entrega de propostas decorre até 13 de fevereiro e, depois de adjudicada, a obra deve ser concluída em 270 dias.
Em abril, a Câmara de Vila Real informou que tomou posse administrativa da obra de requalificação deste pavilhão desportivo, localizado na cidade, por alegado incumprimento do empreiteiro que terá suspendido e abandonado a empreitada.
O processo encontra-se, neste momento, em tribunal.
Em março de 2022, a Câmara de Vila Real anunciou um investimento 1,2 milhões de euros na reabilitação do pavilhão desportivo da Escola Diogo Cão e, na altura, foi referido que a intervenção demoraria cerca de um ano.
O objetivo da intervenção era dotar o pavilhão, já com mais de 50 anos, de “condições de segurança” para a prática educativa e a formação desportiva, servindo a escola e, após o horário letivo, a comunidade.
A autarquia explicou que a empreitada foi organizada em duas fases distintas, adjudicadas a duas empresas e que, ambas as fases, resultaram de candidaturas apresentadas ao Norte 2020 e tiveram uma comparticipação financeira de 85%.
No entanto, segundo explicou, a “existência de duas fases ao mesmo tempo veio a revelar-se de muito difícil compatibilização exacerbando o comportamento, já de si, pouco consensual” do empreiteiro em causa, tendo mesmo esta empresa “suspendido de forma unilateral a sua empreitada e abandonado a empreitada, obrigando o município a agir em conformidade e em defesa do interesse público municipal”.
Para efeito, a câmara avançou com a aplicação de sanção contratual no valor de cerca de 217 mil euros (mais IVA), “por atraso reiterado no cumprimento das obrigações decorrentes do contrato”, e procedeu “à resolução do contrato a título sancionatório, tomando a posse administrativa da obra, bem como dos bens móveis e imóveis à mesma afetos, procedendo aos inventários, medições e avaliações necessárias”.
O município referiu que vai conseguir recuperar parte do financiamento comunitário desta obra, já no âmbito do novo quadro comunitário.
REGIÕES
MATOSINHOS: MILITAR DA GNR ALVO DE PROCESSO DISCIPLINAR POR ALEGADA AGRESSÃO
O Comando Geral da GNR instaurou um processo disciplinar a um militar na sequência de uma alegada agressão a um condutor no sábado, em Perafita, Matosinhos, confirmou hoje à Lusa a Guarda.
O Comando Geral da GNR instaurou um processo disciplinar a um militar na sequência de uma alegada agressão a um condutor no sábado, em Perafita, Matosinhos, confirmou hoje à Lusa a Guarda.
Questionada pela Lusa sobre a alegada agressão hoje revelada por vários órgãos de comunicação social com base num suposto vídeo, a Divisão de Comunicação e Relações Públicas da GNR respondeu sem nunca mencionar ter havido agressão.
“Cumpre-me informar que a situação visualizada no vídeo ocorreu no passado sábado, dia 25 de janeiro, na localidade de Perafita, em Matosinhos, na sequência de uma ocorrência de acidente de viação, tendo resultado na detenção do condutor envolvido, pelo crime de condução sob influência de álcool”, lê-se na resposta assinada pelo major David dos Santos.
E acrescenta: “adicionalmente, importa ainda referir que, depois de analisadas as imagens no referido vídeo, foi determinada a abertura do respetivo procedimento de âmbito disciplinar, com vista ao apuramento das circunstâncias em que ocorreram os factos”.
A Lusa perguntou também se o militar permanece em funções ou se foi afastado, mas não obteve resposta.
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