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LISBOA: GREVE CLIMÁTICA APARTIDÁRIA … MAS COM PARTIDOS À MISTURA

Longe da mobilização de outros anos, a greve climática estudantil levou hoje à rua em Lisboa cerca de 200 pessoas, num protesto que se declara apartidário, mas a que se colaram diversos partidos, com ou sem bandeiras.

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Longe da mobilização de outros anos, a greve climática estudantil levou hoje à rua em Lisboa cerca de 200 pessoas, num protesto que se declara apartidário, mas a que se colaram diversos partidos, com ou sem bandeiras.

PCP, Bloco de Esquerda, PAN, Livre, MAS e Volt marcaram presença na concentração que começou no jardim Amália Rodrigues, no alto do Parque Eduardo VII, onde a primeira faixa a levantar-se proclamava que “o capitalismo não é verde”.

A porta-voz da Greve Climática Estudantil Diana Neves disse à agência Lusa que “só deixa de haver motivos para fazer greve quando os governos e as instituições decidirem dar ouvidos” e “fazer uma transição justa, tanto climática como social”.

“Até lá, vamos continuar a sair e a reivindicar os nossos direitos, sobretudo o direito a ter futuro”, declarou, apontando que “o sistema socioeconómico continua a ser guiado pelas empresas [que exploram combustíveis] fósseis”.

Questionada sobre a presença dos partidos que se foram juntando à concentração, Diana Neves declarou que “a greve é apartidária”, recusando associar a greve climática a qualquer “partido em específico ou movimento político partidário”.

Sobre o tom ideológico do manifesto lançado pelo movimento internacional Fridays for Future para balizar a greve, em que se aponta o sistema capitalista, o “Norte global” e os “colonizadores do Norte” como responsáveis, referiu que “a Ciência diz e a História diz” também que os países do hemisfério Norte “têm a responsabilidade histórica” pelo maior nível de emissões de gases poluentes para a atmosfera.

É a esses países, defendeu Diana Neves, que cabe a responsabilidade de cortarem o maior volume de emissões. “É óbvio que as pessoas do Sul global, que estão mais expostas e já sofrem as consequências [das alterações climáticas] não têm tanta responsabilidade de cortar emissões porque também não as produzem tanto”, argumentou.

Outro dos vetores do Fridays for Future é a associação entre alterações climáticas e problemas sociais como o racismo, o sexismo ou a discriminação em função da sexualidade, que Diana Neves analisa referindo que “a crise climática é um dos fatores que vai aumentar todas as outras crises”.

“Sabemos que são sempre as mesmas pessoas que estão mais expostas e são mais fragilizadas a qualquer crise social, desde as minorias étnicas às mulheres, aos trabalhadores ou aos ‘LGBTQIA+”, disse a porta-voz da Greve Climática Estudantil.

Beatriz Lopes, que não teve que faltar às aulas para estar na greve uma vez que concluiu este ano a licenciatura em Geografia e Planeamento Regional, disse à Lusa que “justiça climática” significa “alterar este sistema capitalista que não permite ser verde, que não permite a alteração para as energias renováveis”.

“A nível internacional, há uma maior tendência para quererem puxar para a agenda verde, mas não sei se é só para efeitos políticos e para trazer votos ou se é mesmo a intenção dos políticos. Por isso é que continuamos a sair para a rua, porque podemos ver isso apenas como agenda política e não mesmo como intenção de mudar o sistema que está cada vez mais a colher os recursos do nosso planeta”, acrescentou.

Entre ensaios de palavras de ordem, canções e elaboração à mão de cartazes, o número de aderentes ao protesto foi aumentando paulatinamente no cimo do Parque Eduardo VII.

Pouco a pouco, foram-se-lhes juntando bandeiras dos partidos que se quiseram associar, incluindo os candidatos autárquicos a Lisboa do PAN, Manuela Gonzaga, Beatriz Gomes Dias, do Bloco de Esquerda, e Tiago Matos Gomes, do Volt e um deputado europeu ex-PAN.

A assistir a tudo, a estudante alemã Sophie disse à Lusa que fez questão de reservar um dia da viagem de duas semanas que está a fazer entre Faro e o Porto para engrossar a manifestação.

“Os políticos precisam de entender que a luta é contra as alterações climáticas. Não importa se a manifestação é grande ou pequena. Estarem cá todos os que estão é melhor que do que não estar ninguém”, afirmou.

Sensivelmente à mesma hora a que decorria a concentração de Lisboa, na capital do seu país natal, Berlim, a ativista que deu origem à greve climática estudantil, a sueca Greta Thunberg, desfilava também.

“A geração mais jovem está a fazer barulho e quer que [os políticos] saibam. Na Alemanha, o tema está bem presente por causa das eleições [legislativas], é por isso que há lá tantos protestos, tal como em toda a Europa”.

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SENHOR DE MATOSINHOS ARRANCA SEXTA-FEIRA COM CONCERTOS E MARCHAS DE BONECOS

A romaria do Senhor de Matosinhos, que se realiza há mais de 700 anos naquele concelho do distrito do Porto, arranca sexta-feira e prolonga-se até 02 de junho com dezenas de concertos, exposições e arruadas, anunciou hoje a câmara.

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A romaria do Senhor de Matosinhos, que se realiza há mais de 700 anos naquele concelho do distrito do Porto, arranca sexta-feira e prolonga-se até 02 de junho com dezenas de concertos, exposições e arruadas, anunciou hoje a câmara.

Ao longo das cerca de três semanas de festividades, além das tradicionais tendas de louças, artesanato, comidas, bebidas e divertimentos, as ruas, com iluminações decorativas, vão ser ocupadas por espetáculos de bandas de músicas, ranchos folclóricos ou grupos etnográficos, segundo a programação publicada na página oficial da autarquia.

Uma das novidades da edição deste ano é a Marcha dos Bonecos, um cortejo de marionetas gigantes inspiradas no espetáculo do fogo dos bonecos e no figurado do barro em geral, que se realizará a 10, 11 e 12 de maio.

O cortejo partirá do edifício dos paços do concelho até ao adro da Igreja do Bom Jesus de Matosinhos.

Entre os vários espetáculos destaca-se ainda o concerto do cantor Diogo Piçarra, a 17 de maio, pelas 22:00, nos jardins da Biblioteca Florbela Espanca.

O tradicional fogo-de-artifício acontece a 18 de maio, pelas 00:00.

O principal atrativo destas festas é a devoção ao Senhor de Matosinhos, motivo pelo qual a 19 de maio haverá uma procissão do Bom Jesus de Matosinhos, pelas 16:00, pelas ruas da cidade em direção ao Monumento do Senhor do Padrão.

A 21 de maio, feriado municipal, realiza-se pelas 11:00 a celebração de uma missa solene do Bom Jesus de Matosinhos, presidida pelo bispo auxiliar do Porto, Pio Alves.

A Igreja do Bom Jesus de Matosinhos, que nesta ocasião tem os altares artisticamente decorados com flores, poderá ser visitada entre as 09:30 e as 24:00.

A propósito destas festas, a Câmara de Matosinhos lançou uma campanha de incentivo à compra no comércio tradicional dando prémios a quem apresentar faturas com número de contribuinte num valor igual ou superior a 5 euros.

A roleta da sorte vai estar no Jardim Basílio Teles e os prémios vão desde entradas nas piscinas das Marés e da Quinta da Conceição e nos museus municipais, oferta de livros, viagens na roda gigante e nos carrosséis, pipocas, farturas, algodão doce e vales de compras para serem trocados nas lojas aderentes.

“Este ano, as festas prometem muita animação e momentos únicos”, referiu a presidente da Câmara Municipal de Matosinhos, Luísa Salgueiro, numa nota inicial publicada na programação oficial das festas.

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PORTO: 2 MORTES E 139 VÍTIMAS DESDE 2019 EM ACIDENTES NA AVENIDA DA BOAVISTA

A Avenida da Boavista, que está atualmente em obras para receber o ‘metrobus’ e manterá duas vias em cada sentido para os automóveis, registou 118 acidentes que causaram 139 vítimas nos últimos quatro anos, entre os quais dois mortos.

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A Avenida da Boavista, que está atualmente em obras para receber o ‘metrobus’ e manterá duas vias em cada sentido para os automóveis, registou 118 acidentes que causaram 139 vítimas nos últimos quatro anos, entre os quais dois mortos.

De acordo com dados da Autoridade Nacional de Segurança Rodoviária (ANSR) enviados à Lusa, o ano mais grave foi o de 2022, em que se registaram 27 acidentes com vítimas (mortos, feridos graves ou ligeiros nas primeiras 24 horas após a ocorrência) na Avenida da Boavista, causando um morto, um ferido grave e 33 ligeiros.

O ano de 2022 foi também o último antes das obras do ‘metrobus’, autocarro a hidrogénio que ligará a Casa da Música à Praça do Império e à Anémona circulando no eixo da avenida, que manterá duas vias em cada sentido, privilegiando o espaço para o automóvel e não contemplando uma ciclovia na sua totalidade (manter-se-á uma bidirecional entre a Fonte da Moura e Castelo do Queijo).

Em 2019, houve 24 acidentes que causaram um ferido grave e 29 ligeiros, e em 2023 (janeiro a novembro), com parte da avenida já em obras, também houve 24 acidentes, causando um morto e 23 feridos ligeiros. A PSP também indicou à Lusa que registou 82 acidentes nesse ano, com e sem vítimas.

Nos anos de 2020 e 2021, apesar do menor tráfego devido à pandemia de covid-19, a sinistralidade não registou uma grande diminuição, já que houve 20 acidentes com vítimas em 2020 (26 feridos ligeiros) e 23 em 2021 (um ferido grave e 23 ligeiros).

A Lusa questionou a autarquia liderada por Rui Moreira sobre se, face aos números, estavam previstas medidas como a elevação de passadeiras, a redução de velocidade máxima permitida, a opção pela manutenção de duas faixas para carros ou a criação de uma ciclovia retirando espaço ao carro.

A autarquia referiu que a Boavista “está classificada no Plano Diretor Municipal como Eixo Urbano Estruturante, ao qual se associa a adoção de uma organização capaz de concentrar fluxos com eficácia e bom desempenho viário, onde a velocidade máxima de circulação é de 50 quilómetros por hora”.

“Outro princípio subjacente a este eixo urbano estruturante é o recurso a tecnologias de apoio à gestão do congestionamento e à promoção da segurança rodoviária”, estando previsto “o reforço e a manutenção da semaforização de todas as passadeiras, conferindo a respetiva segurança no momento de atravessamento do peão”.

A Câmara do Porto diz também que a “largura de via mais reduzida” para os carros funcionará “como medida de acalmia de tráfego”.

O próprio PDM, consultou a Lusa, defende que “nestes eixos deve ser evitada a criação de corredores dedicados a bicicletas e veículos equivalentes que, a existirem, devem ser segregados das vias ‘automóvel’, sem prejuízo do sistema pedonal e da arborização”.

A Lusa também questionou se a Câmara do Porto não considera que as ciclovias poderiam ser uma alternativa de mobilidade utilizada diariamente pelos portuenses de forma segura, se houver infraestrutura dedicada, mas não obteve resposta a esta questão.

Em janeiro, numa visita de responsáveis de mobilidade do Porto a Nantes (França), estes puderam ver uma avenida semelhante à da Boavista, com o ‘metrobus’ ao centro, mas com apenas uma via para carros em cada sentido, passadeiras alteadas que reduzem a velocidade dos carros, e ciclovias tanto junto à estrada como ao passeio.

Com a criação de infraestruturas e rede pública de partilha, a circulação em bicicleta em Nantes alcançou os 12% entre todos os meios de transporte nos últimos quatro ou cinco anos, vindo de 1,5%. A cidade francesa quer reduzir as viagens de carro em 35% até 2030, o mesmo ano em que o Porto se propõe a atingir a neutralidade carbónica.

Em Nantes, o presidente da Metro do Porto, Tiago Braga, referiu que “a disponibilização de um canal para um conjunto muito significativo de bicicletas que compensasse como transporte de massas, neste momento, era completamente extemporânea”, e que “as opções são sempre tomadas em estreita colaboração” com a Câmara.

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