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REDE SOCIAL X (TWITTER) PERMITE OFICIALMENTE CONTEÚDOS PORNOGRÁFICOS

A rede social X atualizou na segunda-feira as suas regras, para permitir que utilizadores publiquem “nudez ou comportamento sexual adulto produzido e distribuído com consentimento”, desde que não esteja num local de destaque, como uma imagem de perfil.

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A rede social X atualizou na segunda-feira as suas regras, para permitir que utilizadores publiquem “nudez ou comportamento sexual adulto produzido e distribuído com consentimento”, desde que não esteja num local de destaque, como uma imagem de perfil.

“Acreditamos na autonomia dos adultos para interagir e criar conteúdos que reflitam as suas próprias crenças, desejos e experiências, inclusive aquelas relacionadas à sexualidade”, realçou, em comunicado, a empresa de Elon Musk, anteriormente conhecida como Twitter.

Uma das novas medidas que surgiu com Musk foi o Twitter Blue (agora X Premium), que permite aos utilizadores vender conteúdo extra para seguidores que estejam disponíveis para pagar.

Este tipo de subscrições permite proporcionar outra forma de rendimento para o X, que viu as suas receitas publicitárias caírem após a aquisição de Musk e as suas medidas controversas.

A plataforma passa agora a exigir que os utilizadores que “publicam regularmente” conteúdo adulto ajustem as suas configurações para marcar as imagens e vídeos que publicam como conteúdo sensível.

A empresa indicou ainda, no comunicado, que este “conteúdo adulto” também se aplica a conteúdos fotográficos ou animados gerados por Inteligência Artificial (IA), “como desenhos animados, hentai ou anime”.

Os utilizadores menores de 18 anos ou que não tenham inserido a data de nascimento no perfil não poderão clicar em conteúdo pornográfico.

As novas regras também proíbem conteúdos “que promovam a exploração, a falta de consentimento, a objetificação, a sexualização ou danos a menores e comportamento obsceno”.

Após a divulgação do comunicado, a conta X dedicada à segurança publicou: “Lançamos políticas de conteúdo adulto e conteúdo violento para fornecer mais clareza às nossas regras e transparência na aplicação nessas áreas. Essas políticas substituem as nossas políticas anteriores sobre media sensível e discurso violento, mas o que aplicamos não mudou”.

“O conteúdo violento abrange o discurso violento e os media violentos para permitir uma abordagem mais completa no combate à violência em todas as suas formas”, detalhou ainda.

Desde a chegada de Musk, após comprar a rede social por 44 mil milhões de dólares (cerca de 40 mil milhões de euros) em 2022, as regras do X foram suavizadas e o magnata retirou o veto a diversas contas, como a do ex-presidente norte-americano, o republicano Donald Trump.

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CIÊNCIA & TECNOLOGIA

MARTE TEVE PERÍODOS QUENTES E ÁGUA DURANTE 40 MILHÕES DE ANOS

Cientistas de Harvard determinaram os mecanismos químicos através dos quais Marte era capaz de manter calor suficiente nos seus primórdios para sustentar água e possivelmente vida.

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Cientistas de Harvard determinaram os mecanismos químicos através dos quais Marte era capaz de manter calor suficiente nos seus primórdios para sustentar água e possivelmente vida.

O facto de atualmente Marte ser frio e seco mas ter tido rios e lagos há vários milhares de milhões de anos intriga os cientistas há décadas.

“Tem sido um verdadeiro mistério que houvesse água líquida em Marte, porque Marte está mais longe do Sol e, além disso, o Sol era mais fraco no início”, explicou, em comunicado, Danica Adams, investigadora de pós-doutoramento da NASA na Escola de Engenharia e Ciências Aplicadas John A. Paulson (SEAS) de Harvard e principal autora do novo artigo publicado na Nature Geoscience.

Anteriormente, existia a teoria de que o hidrogénio era o ingrediente mágico que, quando misturado com o dióxido de carbono da atmosfera marciana, desencadeava episódios de aquecimento global. Mas a vida útil do hidrogénio atmosférico é curta, pelo que foi necessária uma análise mais detalhada.

Agora, Adams, o professor Robin Wordsworth de Ciências Ambientais e Engenharia na SEAS, e a sua equipa realizaram modelação fotoquímica (semelhante aos métodos utilizados hoje em dia para rastrear poluentes atmosféricos) para preencher os detalhes da relação da atmosfera marciana primitiva com o hidrogénio e como este relacionamento mudou ao longo do tempo.

“Marte antiga é um mundo perdido, mas pode ser reconstruído em detalhe se fizermos as perguntas certas”, frisou Wordsworth.

“Este estudo sintetiza a química atmosférica e o clima pela primeira vez para fazer algumas previsões surpreendentes que podem ser testadas quando trouxermos rochas de Marte para a Terra”, acrescentou.

Adams modificou um modelo chamado CINETICA para simular como uma combinação de hidrogénio e outros gases que reagem com o solo e o ar controlavam o clima marciano primitivo.

Descobriu que durante os períodos Noachiano e Hesperian, entre há 4 e 3 mil milhões de anos, Marte passou por períodos quentes episódicos ao longo de cerca de 40 milhões de anos, com cada evento a durar 100.000 anos ou mais.

Estas estimativas são consistentes com as características geológicas de Marte atualmente. Os períodos quentes e húmidos eram causados pela hidratação da crosta, ou perda de água do solo, que fornecia hidrogénio suficiente para se acumular na atmosfera durante milhões de anos.

“Identificámos escalas de tempo para todas estas alternâncias. E descrevemos todas as peças no mesmo modelo fotoquímico”, sublinhou Adams.

O trabalho de modelação fornece novas perspetivas potenciais sobre as condições que sustentaram a química prebiótica (os fundamentos da vida posterior como a conhecemos) durante os períodos quentes, e os desafios para a persistência dessa vida durante os intervalos frios e oxidativos.

Adams e outros cientistas estão a começar a trabalhar para encontrar evidências destas alternâncias utilizando modelos químicos isotópicos e planeiam comparar estes resultados com rochas da próxima missão Mars Sample Return (MRS).

Como Marte não possui placas tectónicas, ao contrário da Terra, a superfície visível atualmente é semelhante à de antigamente, tornando a sua história dos lagos e rios muito mais intrigante, realçou ainda.

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ASTEROIDE BENNU REVELOU EXISTÊNCIA DE MOLÉCULAS DE ADN

Cientistas japoneses detetaram numa amostra do asteroide Bennu as moléculas necessárias para a formação de ADN e ARN, suportando a teoria de que os asteroides podem ter transportado, por impacto, os blocos de construção da vida para a Terra.

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Cientistas japoneses detetaram numa amostra do asteroide Bennu as moléculas necessárias para a formação de ADN e ARN, suportando a teoria de que os asteroides podem ter transportado, por impacto, os blocos de construção da vida para a Terra.

De acordo com o trabalho publicado esta quarta-feira na revista científica Nature Astronomy, as amostras analisadas revelaram a presença das cinco bases nitrogenadas — adenina, guanina, citosina, timina e uracilo — necessárias para a construção de ADN e ARN.

Foram igualmente identificados pelos investigadores da Universidade Hokkaido, no Japão, os compostos xantina, hipoxantina e ácido nicotínico (vitamina B3).

Uma amostra de 121,6 gramas do asteroide Bennu chegou à Terra em 2023 à “boleia” da missão Osiris-Rex, da agência espacial norte-americana (NASA).

Tratou-se da maior amostra extraterrestre recolhida e enviada para a Terra.

Segundo uma das teses, os asteroides (corpos rochosos do Sistema Solar) contribuíram com água e componentes químicos essenciais para a vida na Terra há milhares de milhões de anos.

Embora os meteoritos na Terra provenham de asteroides, a interpretação dos seus dados “é desafiante” face à “exposição à humidade” da atmosfera e a “uma biosfera descontrolada”, refere a Universidade Hokkaido em comunicado, assinalando que “amostras imaculadas recolhidas de asteroides no espaço são os candidatos ideais”.

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