REGIÕES
PORTO: ASSEMBLEIA MUNICIPAL APROVA AUMENTO DA TAXA TURÍSTICA PARA TRÊS EUROS
A Assembleia Municipal do Porto aprovou por maioria a alteração do regulamento da Taxa Municipal Turística, que passa de dois para três euros por dormida em toda a cidade.
A Assembleia Municipal do Porto aprovou por maioria a alteração do regulamento da Taxa Municipal Turística, que passa de dois para três euros por dormida em toda a cidade.
A alteração, discutida na sessão que decorreu na segunda-feira à noite, contou com o voto favorável do movimento independente “Aqui Há Porto”, PSD, PS, BE, PAN, Chega, e com a abstenção da CDU e de dois deputados do movimento independente.
O aumento do valor da taxa é justificado com a despesa associada ao turismo e suportada pelo município em 2023 em áreas como a cultura, património, ambiente, energia, qualidade de vida, urbanismo e mobilidade.
Em 2023, a despesa associada ao turismo rondou os cerca de 15,5 milhões de euros, o que, dividindo pelos 5,5 milhões de dormidas na cidade, representa um custo de 2,81 euros por dormida.
Pela CDU, Francisco Calheiros considerou que alguns critérios do regulamento da Taxa Municipal Turística poderiam ser melhorados, nomeadamente a isenção para jovens até os 16 anos ou em contexto de visitas escolares.
“O estudo aponta para vários caminhos e numa futura discussão poderá ser tido em conta”, afirmou o deputado, defendendo que não é a taxa que “trará os equilíbrios para os problemas que o turismo causa na cidade”, mas “políticas integradas”.
Também os deputados Rui Nóvoa, do BE, e Paulo Vieira de Castro, do PAN, destacaram que o município “podia e devia” alargar o leque de situações em que o valor da taxa a cobrar poderia variar e aplicar “outro tipo de categorização”, como por exemplo, diferenciar o valor de acordo com a classificação dos hotéis.
Pelo movimento independente, Nuno Caiano salientou que a Constituição “não permite que exista diferenciação” do valor da taxa a aplicar, defendendo, no entanto, que faria sentido “pensar num IVA sobre o turismo” ainda que tal não esteja “ao alcance do executivo”.
Considerando que a alteração “não se limita a uma decisão financeira”, o social-democrata Nuno Borges defendeu que a mesma “promove a justiça e equidade, permite investir na sustentabilidade urbana e reduzir a pressão turística”.
Já a socialista Paula Roseira considerou que a taxa deve ser “um contributo para melhorias significativas” na cidade e defendeu a necessidade de converter a sua receita em políticas de habitação.
Em resposta a este apelo, partilhado também pelo BE e CDU, o independente Nuno Caiano afirmou que a receita “poderia destinar-se a outras rubricas”, mas que esta “é a opção do executivo”.
Na sessão estava prevista a discussão do orçamento municipal para 2025, mas uma alteração aprovada pela maioria dos deputados determinou a alteração da ordem de trabalhos, adiando para hoje a sua discussão.
Durante os trabalhos foram apresentadas 11 moções, votos e recomendações, tendo algumas provocado controvérsia, como a do movimento independente “Aqui Há Porto” a propósito das celebrações do 25 de Novembro.
A sessão ficou ainda marcada pela retirada de uma cidadã da sala durante o período dedicado à intervenção do público.
A cidadã, que abordou os ataques que alegadamente os manifestantes pró Palestina tem sido alvo na cidade, teceu críticas à posição do município do Porto nesta matéria, o que não agradou alguns deputados.
Depois de solicitar que terminasse o seu discurso, e por não o fazer, o presidente da Assembleia pediu à Polícia Municipal para retirar a cidadã da sala.
REGIÕES
VILA REAL: CONCURSO PARA CONCLUSÃO DO PAVILHÃO DA ESCOLA DIOGO CÃO
O município de Vila Real abriu esta quinta-feira um concurso público, pelo preço base de 900 mil euros, para concluir a requalificação de um pavilhão desportivo, depois de tomar posse administrativa da obra, em abril, por abandono da empreitada.
O município de Vila Real abriu esta quinta-feira um concurso público, pelo preço base de 900 mil euros, para concluir a requalificação de um pavilhão desportivo, depois de tomar posse administrativa da obra, em abril, por abandono da empreitada.
O anúncio do concurso público para a conclusão da empreitada de requalificação e beneficiação do pavilhão da Escola Diogo Cão foi publicado esta quinta-feira em Diário da República (DR).
O preço base do procedimento é de cerca de 900 mil euros, o prazo para entrega de propostas decorre até 13 de fevereiro e, depois de adjudicada, a obra deve ser concluída em 270 dias.
Em abril, a Câmara de Vila Real informou que tomou posse administrativa da obra de requalificação deste pavilhão desportivo, localizado na cidade, por alegado incumprimento do empreiteiro que terá suspendido e abandonado a empreitada.
O processo encontra-se, neste momento, em tribunal.
Em março de 2022, a Câmara de Vila Real anunciou um investimento 1,2 milhões de euros na reabilitação do pavilhão desportivo da Escola Diogo Cão e, na altura, foi referido que a intervenção demoraria cerca de um ano.
O objetivo da intervenção era dotar o pavilhão, já com mais de 50 anos, de “condições de segurança” para a prática educativa e a formação desportiva, servindo a escola e, após o horário letivo, a comunidade.
A autarquia explicou que a empreitada foi organizada em duas fases distintas, adjudicadas a duas empresas e que, ambas as fases, resultaram de candidaturas apresentadas ao Norte 2020 e tiveram uma comparticipação financeira de 85%.
No entanto, segundo explicou, a “existência de duas fases ao mesmo tempo veio a revelar-se de muito difícil compatibilização exacerbando o comportamento, já de si, pouco consensual” do empreiteiro em causa, tendo mesmo esta empresa “suspendido de forma unilateral a sua empreitada e abandonado a empreitada, obrigando o município a agir em conformidade e em defesa do interesse público municipal”.
Para efeito, a câmara avançou com a aplicação de sanção contratual no valor de cerca de 217 mil euros (mais IVA), “por atraso reiterado no cumprimento das obrigações decorrentes do contrato”, e procedeu “à resolução do contrato a título sancionatório, tomando a posse administrativa da obra, bem como dos bens móveis e imóveis à mesma afetos, procedendo aos inventários, medições e avaliações necessárias”.
O município referiu que vai conseguir recuperar parte do financiamento comunitário desta obra, já no âmbito do novo quadro comunitário.
REGIÕES
MATOSINHOS: MILITAR DA GNR ALVO DE PROCESSO DISCIPLINAR POR ALEGADA AGRESSÃO
O Comando Geral da GNR instaurou um processo disciplinar a um militar na sequência de uma alegada agressão a um condutor no sábado, em Perafita, Matosinhos, confirmou hoje à Lusa a Guarda.
O Comando Geral da GNR instaurou um processo disciplinar a um militar na sequência de uma alegada agressão a um condutor no sábado, em Perafita, Matosinhos, confirmou hoje à Lusa a Guarda.
Questionada pela Lusa sobre a alegada agressão hoje revelada por vários órgãos de comunicação social com base num suposto vídeo, a Divisão de Comunicação e Relações Públicas da GNR respondeu sem nunca mencionar ter havido agressão.
“Cumpre-me informar que a situação visualizada no vídeo ocorreu no passado sábado, dia 25 de janeiro, na localidade de Perafita, em Matosinhos, na sequência de uma ocorrência de acidente de viação, tendo resultado na detenção do condutor envolvido, pelo crime de condução sob influência de álcool”, lê-se na resposta assinada pelo major David dos Santos.
E acrescenta: “adicionalmente, importa ainda referir que, depois de analisadas as imagens no referido vídeo, foi determinada a abertura do respetivo procedimento de âmbito disciplinar, com vista ao apuramento das circunstâncias em que ocorreram os factos”.
A Lusa perguntou também se o militar permanece em funções ou se foi afastado, mas não obteve resposta.
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