REGIÕES
PORTO: BARES E DISCOTECAS COM QUEBRAS DE 60% A 90% DEVIDO A RESTRIÇÕES
O presidente da Associação de Bares e Discotecas da Movida do Porto (ABDMP) afirmou hoje que as novas medidas de combate à covid-19 provocaram “quebras de clientela e faturação acima dos 60%, chegando nalguns casos aos 90%”.
O presidente da Associação de Bares e Discotecas da Movida do Porto (ABDMP) afirmou hoje que as novas medidas de combate à covid-19 provocaram “quebras de clientela e faturação acima dos 60%, chegando nalguns casos aos 90%”.
De acordo com as novas restrições, com data de 30 de novembro, o acesso a bares e discotecas e outros estabelecimentos de bebidas sem espetáculo e a estabelecimentos com espaço de dança está dependente da apresentação pelos clientes de “certificado de covid da União Europeia (UE) nas modalidades de certificado de teste ou de recuperação” ou “outro comprovativo de realização laboratorial de teste com resultado negativo”.
“Estes primeiros dias, e eu falo aqui da realidade da cidade e baixa do Porto, nos cerca de 30 estabelecimentos, tirando uma ou outra exceção, a maior parte teve quebras de clientela e faturação acima dos 60%, chegando a haver casas com quebras de 90% durante neste fim de semana”, afirmou Miguel Camões.
Em declarações à Lusa, o presidente da ABDMP referiu que o setor vive na cidade do Porto “uma situação muito complicada”, sublinhando que “alguns já equacionam fechar as suas casas porque, de facto, estiveram sábado à noite com casas praticamente vazias”.
“Isso deve-se à situação de, por um lado, alguns clientes, numa facha etária mais velha, não estarem na disposição de fazer um teste quando já estão vacinados, e alguns até com a terceira dose, para se deslocarem a um espaço para beber um copo e, por outro lado, os que querem fazer teste têm uma enorme dificuldade porque faltam nas farmácias, ou não conseguem agendamento ou porque nalguns postos de testagem as filas são enormes”, apontou.
Em seu entender, “este é mais um condicionamento que o Governo fez à atividade”.
“Não nos encerrou, mas no fundo acabou por, de alguma forma, nos fechar as portas, com quebras avultadas de faturação num setor que passou um calvário de 20 meses e quando estava, neste momento, a tentar a sua retoma vê-se novamente nesta difícil situação”, disse.
Miguel Camões apela, por isso, ao Governo que disponibilize testes e, “acima de tudo, que avance com apoios para o setor”.
“De facto, tirou-nos um dos melhores meses do ano, que é o mês de dezembro. As perspetivas são negras para todo o setor. É quase um regresso ao período em que estivemos encerrados porque temos casas que estiveram completamente vazias ou com quebras de 90%”, frisou.
O responsável acrescentou que “o setor mergulha novamente numa situação muito complicada e com ausência de apoios do Governo, dos ‘lay-off’ e as quebras de faturação vai ser difícil. Houve quem sobrevivesse quase 20 meses, mas, se calhar, desta vez não aguenta e terá que encerrar os seus negócios de forma definitiva”.
Na declaração à Lusa, Miguel Camões afirmou que se registou “uma quebra abrupta” do anterior fim de semana para este.
“E à semana temos casas na cidade do Porto com zero clientes. Prevemos um dezembro muito negro, o Governo tem de perceber que quando impõe restrições ao exercício da atividade económica tem automaticamente de pôr apoios em cima da mesa”, afirmou.
No domingo, a Direção-Geral da Saúde (DGS) esclareceu à Lusa que a orientação que define as regras aplicáveis a bares e discotecas apenas prevê a utilização obrigatória de máscara pelos respetivos trabalhadores, mas “recomenda a utilização de máscara comunitária certificada ou máscara cirúrgica na comunidade, em todos os espaços interiores, sempre que possível (designadamente, no caso concreto, quando os respetivos utilizadores não se encontrem a dançar ou a beber)”.
A exigência de certificado de teste ou de recuperação ou outro comprovativo de realização de teste laboratorial com resultado negativo não se aplica aos “trabalhadores dos espaços ou estabelecimentos bem como a eventuais fornecedores ou prestadores de serviços que habilitem o funcionamento dos mesmos, exceto se tal for exigido ao abrigo de outras normas”.
A entrada nos bares com espaço de dança e discotecas, que abriram em 01 de outubro depois de encerrados cerca de 19 meses devido à pandemia, estava até agora cingida apenas à apresentação do certificado digital, que podia ser relativo a vacinação, recuperação ou à realização de teste negativo.
Em Portugal, desde março de 2020, morreram 18.537 pessoas e foram contabilizados 1.166.787 casos de infeção, segundo dados da DGS.
REGIÕES
VILA REAL: CONCURSO PARA CONCLUSÃO DO PAVILHÃO DA ESCOLA DIOGO CÃO
O município de Vila Real abriu esta quinta-feira um concurso público, pelo preço base de 900 mil euros, para concluir a requalificação de um pavilhão desportivo, depois de tomar posse administrativa da obra, em abril, por abandono da empreitada.
O município de Vila Real abriu esta quinta-feira um concurso público, pelo preço base de 900 mil euros, para concluir a requalificação de um pavilhão desportivo, depois de tomar posse administrativa da obra, em abril, por abandono da empreitada.
O anúncio do concurso público para a conclusão da empreitada de requalificação e beneficiação do pavilhão da Escola Diogo Cão foi publicado esta quinta-feira em Diário da República (DR).
O preço base do procedimento é de cerca de 900 mil euros, o prazo para entrega de propostas decorre até 13 de fevereiro e, depois de adjudicada, a obra deve ser concluída em 270 dias.
Em abril, a Câmara de Vila Real informou que tomou posse administrativa da obra de requalificação deste pavilhão desportivo, localizado na cidade, por alegado incumprimento do empreiteiro que terá suspendido e abandonado a empreitada.
O processo encontra-se, neste momento, em tribunal.
Em março de 2022, a Câmara de Vila Real anunciou um investimento 1,2 milhões de euros na reabilitação do pavilhão desportivo da Escola Diogo Cão e, na altura, foi referido que a intervenção demoraria cerca de um ano.
O objetivo da intervenção era dotar o pavilhão, já com mais de 50 anos, de “condições de segurança” para a prática educativa e a formação desportiva, servindo a escola e, após o horário letivo, a comunidade.
A autarquia explicou que a empreitada foi organizada em duas fases distintas, adjudicadas a duas empresas e que, ambas as fases, resultaram de candidaturas apresentadas ao Norte 2020 e tiveram uma comparticipação financeira de 85%.
No entanto, segundo explicou, a “existência de duas fases ao mesmo tempo veio a revelar-se de muito difícil compatibilização exacerbando o comportamento, já de si, pouco consensual” do empreiteiro em causa, tendo mesmo esta empresa “suspendido de forma unilateral a sua empreitada e abandonado a empreitada, obrigando o município a agir em conformidade e em defesa do interesse público municipal”.
Para efeito, a câmara avançou com a aplicação de sanção contratual no valor de cerca de 217 mil euros (mais IVA), “por atraso reiterado no cumprimento das obrigações decorrentes do contrato”, e procedeu “à resolução do contrato a título sancionatório, tomando a posse administrativa da obra, bem como dos bens móveis e imóveis à mesma afetos, procedendo aos inventários, medições e avaliações necessárias”.
O município referiu que vai conseguir recuperar parte do financiamento comunitário desta obra, já no âmbito do novo quadro comunitário.
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MATOSINHOS: MILITAR DA GNR ALVO DE PROCESSO DISCIPLINAR POR ALEGADA AGRESSÃO
O Comando Geral da GNR instaurou um processo disciplinar a um militar na sequência de uma alegada agressão a um condutor no sábado, em Perafita, Matosinhos, confirmou hoje à Lusa a Guarda.
O Comando Geral da GNR instaurou um processo disciplinar a um militar na sequência de uma alegada agressão a um condutor no sábado, em Perafita, Matosinhos, confirmou hoje à Lusa a Guarda.
Questionada pela Lusa sobre a alegada agressão hoje revelada por vários órgãos de comunicação social com base num suposto vídeo, a Divisão de Comunicação e Relações Públicas da GNR respondeu sem nunca mencionar ter havido agressão.
“Cumpre-me informar que a situação visualizada no vídeo ocorreu no passado sábado, dia 25 de janeiro, na localidade de Perafita, em Matosinhos, na sequência de uma ocorrência de acidente de viação, tendo resultado na detenção do condutor envolvido, pelo crime de condução sob influência de álcool”, lê-se na resposta assinada pelo major David dos Santos.
E acrescenta: “adicionalmente, importa ainda referir que, depois de analisadas as imagens no referido vídeo, foi determinada a abertura do respetivo procedimento de âmbito disciplinar, com vista ao apuramento das circunstâncias em que ocorreram os factos”.
A Lusa perguntou também se o militar permanece em funções ou se foi afastado, mas não obteve resposta.
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