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BLOCO DE ESQUERDA QUESTIONA PAGAMENTO DE 11 MILHÕES AO WEB SUMMIT

O vereador do BE na Câmara de Lisboa questionou esta quarta-feira as alterações das condições da realização da Web Summit, que irá decorrer ‘online’, e pediu explicações sobre o destino dos 11 milhões de euros que a organização recebe anualmente.

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O vereador do BE na Câmara de Lisboa questionou esta quarta-feira as alterações das condições da realização da Web Summit, que irá decorrer ‘online’, e pediu explicações sobre o destino dos 11 milhões de euros que a organização recebe anualmente.

Num requerimento dirigido ao presidente da autarquia, Fernando Medina (PS), e que foi esta quarta-feira entregue, o vereador responsável pelo pelouro da Educação e dos Direitos Sociais, Manuel Grilo (BE, partido que tem um acordo de governação da cidade com os socialistas), pede informações sobre o destino que será dado aos 11 milhões de euros públicos anuais que o contrato assinado, em 2018, pelo Governo, a Câmara de Lisboa e a empresa irlandesa Connected Intelligent Limited, prevê que sejam pagos para assegurar a manutenção da Web Summit na capital até 2028.

Desses 11 milhões, três milhões são assumidos pela Câmara de Lisboa, através da Associação de Turismo de Lisboa.

Perante a alteração das condições de realização do evento, foi ou não negociada com a empresa organizadora do evento uma alteração contratual, designadamente para redução do valor a transferir, por forma a que esse montante seja alocado ao apoio a empresas em dificuldade na cidade de Lisboa”, questiona Manuel Grilo.

O vereador do BE interroga ainda o presidente da autarquia sobre o ponto de situação das negociações com a Fundação AIP para a expansão da Feira Internacional de Lisboa (FIL), “tendo por base a expansão do parque exposições previsto no contrato celebrado com a empresa organizadora” da Web Summit até 2022.

Conforme é recordado no requerimento, o responsável pela empresa que organiza a Web Summit, Paddy Cosgrave, anunciou no início de outubro que, devido à pandemia de Covid-19, o evento deste ano, que decorre entre 02 e 04 de dezembro, será realizado exclusivamente ‘online’.

De acordo com o Governo, é referido no documento, a realização da Web Summit em Lisboa teria um impacto estimado na economia do país de 300 milhões de euros anuais.

Contudo, “a transição de um modelo presencial para o ‘online’ torna o argumento do benefício para a cidade, dado pelo Governo e Câmara Municipal de Lisboa, sem sentido”, é acrescentado.

“O valor despendido neste evento torna-se danoso tendo em conta que não significa qualquer retorno para Lisboa ou para o país”, lê-se ainda no requerimento, salientando-se que as empresas de produção, de hotelaria, de ‘catering’, de restauração, e todas as empresas que davam apoio aos participantes e ao próprio evento “não receberão nenhum benefício do investimento público de 11 milhões de euros no evento”.

No documento é ainda lembrado que nas últimas semanas têm existido “justos protestos” do setor da restauração, comércio e cultura, que consideram as medidas de apoio dada pelo Governo devido à pandemia de covid-19 “muito insuficientes”.

“Só em Lisboa estima-se que existiam 150 mil pessoas a trabalhar na área do turismo e que, de um momento para outro, perderam tudo. Na Baixa já fecharam dezenas de lojas, os comerciantes do Bairro Alto estão em agonia e já há grupos informais de trabalhadores da cultura a recolher comida para quem montava os espetáculos da EGEAC”, é referido no requerimento.

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VILA REAL: CONCURSO PARA CONCLUSÃO DO PAVILHÃO DA ESCOLA DIOGO CÃO

O município de Vila Real abriu esta quinta-feira um concurso público, pelo preço base de 900 mil euros, para concluir a requalificação de um pavilhão desportivo, depois de tomar posse administrativa da obra, em abril, por abandono da empreitada.

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O município de Vila Real abriu esta quinta-feira um concurso público, pelo preço base de 900 mil euros, para concluir a requalificação de um pavilhão desportivo, depois de tomar posse administrativa da obra, em abril, por abandono da empreitada.

O anúncio do concurso público para a conclusão da empreitada de requalificação e beneficiação do pavilhão da Escola Diogo Cão foi publicado esta quinta-feira em Diário da República (DR).

O preço base do procedimento é de cerca de 900 mil euros, o prazo para entrega de propostas decorre até 13 de fevereiro e, depois de adjudicada, a obra deve ser concluída em 270 dias.

Em abril, a Câmara de Vila Real informou que tomou posse administrativa da obra de requalificação deste pavilhão desportivo, localizado na cidade, por alegado incumprimento do empreiteiro que terá suspendido e abandonado a empreitada.

O processo encontra-se, neste momento, em tribunal.

Em março de 2022, a Câmara de Vila Real anunciou um investimento 1,2 milhões de euros na reabilitação do pavilhão desportivo da Escola Diogo Cão e, na altura, foi referido que a intervenção demoraria cerca de um ano.

O objetivo da intervenção era dotar o pavilhão, já com mais de 50 anos, de “condições de segurança” para a prática educativa e a formação desportiva, servindo a escola e, após o horário letivo, a comunidade.

A autarquia explicou que a empreitada foi organizada em duas fases distintas, adjudicadas a duas empresas e que, ambas as fases, resultaram de candidaturas apresentadas ao Norte 2020 e tiveram uma comparticipação financeira de 85%.

No entanto, segundo explicou, a “existência de duas fases ao mesmo tempo veio a revelar-se de muito difícil compatibilização exacerbando o comportamento, já de si, pouco consensual” do empreiteiro em causa, tendo mesmo esta empresa “suspendido de forma unilateral a sua empreitada e abandonado a empreitada, obrigando o município a agir em conformidade e em defesa do interesse público municipal”.

Para efeito, a câmara avançou com a aplicação de sanção contratual no valor de cerca de 217 mil euros (mais IVA), “por atraso reiterado no cumprimento das obrigações decorrentes do contrato”, e procedeu “à resolução do contrato a título sancionatório, tomando a posse administrativa da obra, bem como dos bens móveis e imóveis à mesma afetos, procedendo aos inventários, medições e avaliações necessárias”.

O município referiu que vai conseguir recuperar parte do financiamento comunitário desta obra, já no âmbito do novo quadro comunitário.

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MATOSINHOS: MILITAR DA GNR ALVO DE PROCESSO DISCIPLINAR POR ALEGADA AGRESSÃO

O Comando Geral da GNR instaurou um processo disciplinar a um militar na sequência de uma alegada agressão a um condutor no sábado, em Perafita, Matosinhos, confirmou hoje à Lusa a Guarda.

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O Comando Geral da GNR instaurou um processo disciplinar a um militar na sequência de uma alegada agressão a um condutor no sábado, em Perafita, Matosinhos, confirmou hoje à Lusa a Guarda.

Questionada pela Lusa sobre a alegada agressão hoje revelada por vários órgãos de comunicação social com base num suposto vídeo, a Divisão de Comunicação e Relações Públicas da GNR respondeu sem nunca mencionar ter havido agressão.

“Cumpre-me informar que a situação visualizada no vídeo ocorreu no passado sábado, dia 25 de janeiro, na localidade de Perafita, em Matosinhos, na sequência de uma ocorrência de acidente de viação, tendo resultado na detenção do condutor envolvido, pelo crime de condução sob influência de álcool”, lê-se na resposta assinada pelo major David dos Santos.

E acrescenta: “adicionalmente, importa ainda referir que, depois de analisadas as imagens no referido vídeo, foi determinada a abertura do respetivo procedimento de âmbito disciplinar, com vista ao apuramento das circunstâncias em que ocorreram os factos”.

A Lusa perguntou também se o militar permanece em funções ou se foi afastado, mas não obteve resposta.

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