REGIÕES
LEIRIA: GRÁVIDAS COM DIFICULDADE NA MARCAÇÃO DE EXAMES NO HOSPITAL
Algumas grávidas estão com dificuldade em agendar a primeira consulta, que integra a realização da primeira ecografia e rastreio bioquímico, por falta de resposta do serviço de Obstetrícia do hospital de Leiria.
Algumas grávidas estão com dificuldade em agendar a primeira consulta, que integra a realização da primeira ecografia e rastreio bioquímico, por falta de resposta do serviço de Obstetrícia do hospital de Leiria.
Adenúncia foi feita por médicos de família que se depararam com recusas de agendamento. O Centro Hospitalar de Leiria confirmou as dificuldades pontuais.
O protocolo estipulado em Portugal prevê que os médicos de família encaminhem as grávidas, no primeiro trimestre, para o hospital, a fim de realizarem a primeira ecografia e o rastreio bioquímico, que contribuirá para a deteção precoce de eventuais malformações no feto, adiantou à Lusa um médico de família do concelho de Leiria.
No entanto, nem sempre os clínicos conseguem agendar a consulta das suas utentes. Numa das situações, o médico fez a referenciação de uma grávida de nove semanas, mas, quando entrou no sistema, o pedido foi recusado pelo Hospital de Santo André, em Leiria.
Para o médico, a situação torna-se mais “grave”, pela falta de resposta das instituições particulares com protocolo com o Serviço Nacional de Saúde (SNS), nas quais os tempos de espera para a realização de uma ecografia superam, muitas vezes, os três meses.
Além disso, alertou o clínico, “nem todas as pessoas têm capacidade financeira para realizar a ecografia por sua conta”.
Já no caso do rastreio bioquímico, o mesmo “não é comparticipado pelo SNS fora da rede pública, situação que também prejudica os mais desfavorecidos”.
“É fundamental a realização destes exames no primeiro trimestre de gravidez, uma vez que ajudam a detetar possíveis malformações no feto”, reforçou o médico.
O Centro Hospitalar de Leiria (CHL), que detém o Hospital de Santo André, confirmou que, “pontualmente, há dificuldade em responder a todos os pedidos de consulta de Obstetrícia referência do 1.º trimestre – protocolo I (consulta + ecografia + rastreio bioquímico) pelo envio tardio dos respetivos pedidos, ultrapassando a capacidade de resposta em tempo útil e considerando o período de gestação muito restrito para realização do rastreio (entre as 12 e as 13 semanas e seis dias)”.
O CHL informou ainda que o serviço tem “uma capacidade de 16 vagas por semana para a realização deste rastreio, sendo todas ocupadas”.
“Estamos a desenvolver esforços no sentido de aumentar a capacidade de resposta em causa”, rematou.
REGIÕES
VILA REAL: CONCURSO PARA CONCLUSÃO DO PAVILHÃO DA ESCOLA DIOGO CÃO
O município de Vila Real abriu esta quinta-feira um concurso público, pelo preço base de 900 mil euros, para concluir a requalificação de um pavilhão desportivo, depois de tomar posse administrativa da obra, em abril, por abandono da empreitada.
O município de Vila Real abriu esta quinta-feira um concurso público, pelo preço base de 900 mil euros, para concluir a requalificação de um pavilhão desportivo, depois de tomar posse administrativa da obra, em abril, por abandono da empreitada.
O anúncio do concurso público para a conclusão da empreitada de requalificação e beneficiação do pavilhão da Escola Diogo Cão foi publicado esta quinta-feira em Diário da República (DR).
O preço base do procedimento é de cerca de 900 mil euros, o prazo para entrega de propostas decorre até 13 de fevereiro e, depois de adjudicada, a obra deve ser concluída em 270 dias.
Em abril, a Câmara de Vila Real informou que tomou posse administrativa da obra de requalificação deste pavilhão desportivo, localizado na cidade, por alegado incumprimento do empreiteiro que terá suspendido e abandonado a empreitada.
O processo encontra-se, neste momento, em tribunal.
Em março de 2022, a Câmara de Vila Real anunciou um investimento 1,2 milhões de euros na reabilitação do pavilhão desportivo da Escola Diogo Cão e, na altura, foi referido que a intervenção demoraria cerca de um ano.
O objetivo da intervenção era dotar o pavilhão, já com mais de 50 anos, de “condições de segurança” para a prática educativa e a formação desportiva, servindo a escola e, após o horário letivo, a comunidade.
A autarquia explicou que a empreitada foi organizada em duas fases distintas, adjudicadas a duas empresas e que, ambas as fases, resultaram de candidaturas apresentadas ao Norte 2020 e tiveram uma comparticipação financeira de 85%.
No entanto, segundo explicou, a “existência de duas fases ao mesmo tempo veio a revelar-se de muito difícil compatibilização exacerbando o comportamento, já de si, pouco consensual” do empreiteiro em causa, tendo mesmo esta empresa “suspendido de forma unilateral a sua empreitada e abandonado a empreitada, obrigando o município a agir em conformidade e em defesa do interesse público municipal”.
Para efeito, a câmara avançou com a aplicação de sanção contratual no valor de cerca de 217 mil euros (mais IVA), “por atraso reiterado no cumprimento das obrigações decorrentes do contrato”, e procedeu “à resolução do contrato a título sancionatório, tomando a posse administrativa da obra, bem como dos bens móveis e imóveis à mesma afetos, procedendo aos inventários, medições e avaliações necessárias”.
O município referiu que vai conseguir recuperar parte do financiamento comunitário desta obra, já no âmbito do novo quadro comunitário.
REGIÕES
MATOSINHOS: MILITAR DA GNR ALVO DE PROCESSO DISCIPLINAR POR ALEGADA AGRESSÃO
O Comando Geral da GNR instaurou um processo disciplinar a um militar na sequência de uma alegada agressão a um condutor no sábado, em Perafita, Matosinhos, confirmou hoje à Lusa a Guarda.
O Comando Geral da GNR instaurou um processo disciplinar a um militar na sequência de uma alegada agressão a um condutor no sábado, em Perafita, Matosinhos, confirmou hoje à Lusa a Guarda.
Questionada pela Lusa sobre a alegada agressão hoje revelada por vários órgãos de comunicação social com base num suposto vídeo, a Divisão de Comunicação e Relações Públicas da GNR respondeu sem nunca mencionar ter havido agressão.
“Cumpre-me informar que a situação visualizada no vídeo ocorreu no passado sábado, dia 25 de janeiro, na localidade de Perafita, em Matosinhos, na sequência de uma ocorrência de acidente de viação, tendo resultado na detenção do condutor envolvido, pelo crime de condução sob influência de álcool”, lê-se na resposta assinada pelo major David dos Santos.
E acrescenta: “adicionalmente, importa ainda referir que, depois de analisadas as imagens no referido vídeo, foi determinada a abertura do respetivo procedimento de âmbito disciplinar, com vista ao apuramento das circunstâncias em que ocorreram os factos”.
A Lusa perguntou também se o militar permanece em funções ou se foi afastado, mas não obteve resposta.
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