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BEJA: NÚMERO DE SEM-ABRIGO TRIPLICOU DESDE 2020

O número de pessoas em situação de sem-abrigo ou em risco de o serem no concelho de Beja mais do que triplicou desde 2020, passando de 88 para 279 pessoas, revelou hoje a Cáritas Diocesana.

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O número de pessoas em situação de sem-abrigo ou em risco de o serem no concelho de Beja mais do que triplicou desde 2020, passando de 88 para 279 pessoas, revelou hoje a Cáritas Diocesana.

Em declarações à agência Lusa, Maria do Carmo Gonçalves, da Cáritas Diocesana de Beja, explicou que, em 2020, quando a instituição efetuou “um levantamento das pessoas em situação de sem-abrigo ou em risco de ficarem nessa situação [foram] sinalizadas 88 pessoas” no concelho.

Em setembro do ano seguinte, a Cáritas de Beja viu aprovado o seu projeto “Estou Tão Perto que Não Me Vês”, precisamente focado em ajudar pessoas sem-abrigo e financiado por fundos comunitários, o qual arrancou no terreno em janeiro deste ano, estando previsto terminar em dezembro de 2023.

No âmbito deste projeto, “de janeiro até agora”, a Cáritas já contabilizou “279 sinalizações” de pessoas em situação de sem-abrigo, pelo que a diferença face a 2020 “é muito significativa, tendo aumentado bastante”, afirmou Maria do Carmo Gonçalves.

De facto, mais do que triplicou o total de pessoas sem-abrigo neste concelho alentejano.

A Biblioteca Municipal José Saramago, em Beja, acolhe, na quinta-feira, a partir das 09:30, a conferência “Sem-Abrigo – Quais os desafios e o papel dos organismos públicos”, precisamente para refletir sobre os desafios que se colocam à sociedade e aos organismos públicos sobre esta temática, em particular neste concelho alentejano.

De acordo com os dados das Cáritas Diocesana de Beja, das 279 sinalizações feitas este ano, “foram atendidas 252 pessoas” e, atualmente, são “acompanhadas mais diretamente 68 pessoas”.

“Entre a sinalização e o atendimento, algumas pessoas, entretanto, acabam por não aparecer e, depois, há aquelas que vão ficando no projeto, que são estas 68”, afirmou Maria do Carmo Gonçalves, coordenadora do projeto “Estou Tão Perto que Não Me Vês”.

O projeto pretende atender, acompanhar e integrar pessoas em situação de vulnerabilidade ou de risco e em situação de sem-abrigo, sendo que a maioria dos casos sinalizados envolve homens, “mais portugueses, mas também muitos migrantes que chegam a Beja à procura de trabalho e, por não terem alojamento, acabam a pernoitar na rua”, disse.

Esta população, com uma média etária “a rondar os 45 anos”, tem associadas diversas problemáticas, pois, além dos casos de migração, muitas vezes ilegal, outras são pessoas com desemprego de longa duração, alcoolismo e mais adições, entre outros problemas, mas à qual a Cáritas procura fornecer várias respostas sociais.

A comparação com os dados a nível nacional também é reveladora de que esta é uma realidade que merece uma atenção especial no concelho de Beja, inclusive através de um trabalho em rede entre instituições, de acordo com a Cáritas.

Em comunicado, a Cáritas de Beja lembrou que o inquérito de caracterização desta população em 2020, publicado no portal da Estratégia Nacional para a Integração de Pessoas em Situação de Sem-Abrigo (ENIPSSA), revelava que a grande maioria dos sem-abrigo se concentra na Área Metropolitana de Lisboa (AML).

Mas, se a análise for feita por 100.000 habitantes, “a situação mais preocupante é no Alentejo, nos concelhos de Alvito e Beja que têm, respetivamente, 11,35 e 9,72 pessoas em situação de sem-abrigo”.

Maria do Carmo Gonçalves defendeu que é preciso constituir em Beja o Núcleo de Planeamento e Intervenção Sem-Abrigo (NPISA).

“E urge definir uma estratégia dotada de recursos humanos, financeiros e logísticos que permita, de forma articulada, acolher, proteger, promover e integrar com dignidade toda e qualquer situação de sem abrigo”, criando, igualmente, “habitação permanente e alojamentos de emergência temporários”, sustentou.

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AÇORES: AVISO AMARELO DE CHUVA FORTE E TROVOADA – IPMA

O Instituto Português do Mar e da Atmosfera (IPMA) emitiu hoje avisos amarelos para as nove ilhas dos Açores, devido às previsões de “precipitação por vezes forte, podendo ser acompanhada de trovoada”, a partir da madrugada.

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O Instituto Português do Mar e da Atmosfera (IPMA) emitiu hoje avisos amarelos para as nove ilhas dos Açores, devido às previsões de “precipitação por vezes forte, podendo ser acompanhada de trovoada”, a partir da madrugada.

Segundo o IPMA, para as ilhas do grupo Central (Terceira, São Jorge, Pico, Graciosa e Faial) o aviso vai vigorar entre as 00:00 de segunda-feira e as 06:00 de terça-feira.

No grupo Ocidental (Corvo e Flores) entre as 06:00 de segunda-feira e as 15:00 de terça-feira.

No grupo Oriental (Santa Maria e São Miguel), o aviso amarelo é válido entre as 06:00 de segunda-feira e as 12:00 de terça-feira.

O aviso amarelo, o menos grave de uma escala de três, é emitido sempre que existe uma situação de risco para determinadas atividades dependentes da situação meteorológica.

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FUNDÃO: TEMPERATURAS BAIXAS NA FLORAÇÃO PROVOCAM QUEBRAS DE 70% NA CEREJA

Uma quebra de cerca de 70% na produção da cereja do Fundão em relação a anos normais é a expectativa dos produtores para esta campanha, devido ao longo período de temperaturas baixas durante a floração.

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Uma quebra de cerca de 70% na produção da cereja do Fundão em relação a anos normais é a expectativa dos produtores para esta campanha, devido ao longo período de temperaturas baixas durante a floração.

O gerente da associação de fruticultores Cerfundão, Filipe Costa, disse que as árvores têm pouco fruto e que a situação é transversal a todas as variedades, embora tenha sublinhado que a qualidade da cereja está assegurada.

“As perspetivas são de uma quebra de produção bastante significativa em comparação com anos normais de produção, a rondar os 70% de quebra, motivada pelas condições climáticas muito nefastas no período de floração e do vingamento das cerejeiras, que resultaram em pouca fruta nas árvores”, explicou, em declarações à agência Lusa, Filipe Costa.

Segundo o engenheiro agrónomo, além das temperaturas muito baixas, registaram-se alguns episódios pontuais de granizo.

Filipe Costa acrescentou que se verificou a necrose dos tecidos da flor e a impossibilidade de vingamento do fruto, mas que “as temperaturas baixas fazem também com que os insetos polinizadores não estejam disponíveis para fazer o seu trabalho”.

“Não havendo vingamento do fruto, não há produção de uma forma transversal em todas as variedades, porque este período de temperaturas muito baixas prolongou-se por muito tempo durante a floração”, lamentou o gerente da Cerfundão.

No caso da Cerfundão, que tem 25 associados e 300 hectares de pomares de cereja, embora nem todos estejam em plena produção, e uma capacidade instalada para trabalhar com 1.200 toneladas em anos normais de produção, este ano o responsável antecipa que “não ultrapasse as 400 toneladas” na associação de fruticultores, no distrito de Castelo Branco.

Filipe Costa destacou que as condições registadas “não têm qualquer impacto na qualidade, pelo contrário”.

“Vamos ter fruto com melhor sabor, com melhor açúcar, com melhor acidez, com maior calibre. A qualidade será potenciada devido ao facto de haver menos fruta nas árvores. Há menos competição dos frutos uns com os outros e a qualidade será beneficiada na comercialização”, referiu o engenheiro agrónomo.

Apesar de prever um aumento do preço, Filipe Costa antecipou uma perda de rentabilidade.

“A quebra de produção que existe não tem elasticidade suficiente para colmatar a quebra de produção que os produtores têm nos teus pomares, de maneira que vai ser uma campanha negativa em termos de rentabilidade económica”, sublinhou, em declarações à Lusa, o gerente da Cerfundão.

Filipe Costa lembrou que desde 2020 têm sido anos “complicados para a fileira da cereja”, com o impacto económico e social que tem na região.

“Os últimos anos têm tido um impacto económico difícil de gerir”, comentou o produtor.

A Cerfundão começou esta semana a comercializar cereja, uma semana mais cedo em relação ao ano passado, e nos pomares a sul da serra da Gardunha há produtores que iniciaram a apanha na semana passada.

Filipe Costa informou que tal se deve “à própria fenologia da cultura” e às temperaturas um pouco mais amenas em dezembro e janeiro, que fizeram antecipar o ciclo vegetativo.

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