INTERNACIONAL
SISMO: NOVO BALANÇO ULTRAPASSA OS 9.500 MORTOS NA TURQUIA E NA SÍRIA
O último balanço provisório dos sismos que atingiram a Turquia e a Síria indica a morte de 9.500 pessoas, no conjunto dos dois países.
O último balanço provisório dos sismos que atingiram a Turquia e a Síria indica a morte de 9.500 pessoas, no conjunto dos dois países.
Na Turquia, 6.957 corpos foram retirados dos escombros de acordo com a Afad, organismo de socorro turco que contabiliza pelo menos 37 mil feridos.
Segundo as autoridades e médicos sírios, contabilizam-se 2.547 mortos no norte da Síria.
As equipas de resgate mantêm-se nos locais mais afetados pelo sismo de segunda-feira esperando encontrar sobreviventes nos escombros.
A Turquia envolveu mais de 60 mil pessoas em missões de resgate e salvamento, mas como as zonas devastadas são muito afastadas entre si torna-se difícil chegar a todos os pontos afetados.
O presidente turco, Recep Tayyip Erdogan esteve na cidade de Pazarcik, epicentro do sismo, e deve deslocar-se hoje à província de Hatay.
Nas últimas horas, as televisões turcas noticiaram o salvamento de uma criança de três anos de idade que se encontrava desde segunda-feira sob os escombros de um edifício na cidade de Kahramanmaras, perto do epicentro.
Poucas horas depois um rapariga de 10 anos de idade foi retirada dos escombros da casa onde residia em Adiyaman.
Mesmo assim, os casos de salvamento de sobreviventes são raros, até porque as baixas temperaturas afetam de forma grave os sobreviventes assim como dificultam seriamente o trabalho das equipas de socorro.
Até ao momento mais de 12 países enviaram equipas de salvamento para a Turquia.
Na Síria a situação é considerada muito grave devido ao isolamento das povoações mais afetadas e numa região muito afetada pela guerra que se prolonga desde 2011.
As regiões sírias atingidas pelo sismo situam-se nos últimos redutos da oposição ao regime de Damasco onde operam grupos armados oposicionistas e membros de grupos extremistas islâmicos.
Na segunda-feira à tarde, no nordeste sírio, os residentes encontraram um recém nascido que sobreviveu à mãe pelo córdão umbilical.
A mãe não resistiu aos ferimentos tendo todos os membros da família morrido na sequência do sismo.
Na Síria, nas zonas controladas pela oposição encontram-se milhares de civis: refugiados e deslocados internos que vivem em tendas e dependem da ajuda humanitária distribuída pelas organizações não-governamentais.
Segundo, Adelheid Marschang, responsável pela Organização Mundial de Saúde que se encontra no local mais de 23 milhões de pessoas podem vir a necessitar de ajuda de emergência nas zonas afetadas da Turquia e da Síria.
Na Turquia, muitas pessoas estão a dormir em carros ou em abrigos montados pelo Governo.
“Não temos tendas, não temos sequer um fogão. Não temos nada. As nossas crianças estão em más condições. Estamos encharcados devido à chuva e os miúdos andam por aí ao frio”, disse à Associated Press, Asyan Kurt.
“Não morremos do tremor de terra nem de fome, mas vamos morrer de frio”, acrescentou.
Erdogan disse que 13 milhões de pessoas na Turquia foram afetadas pelos efeitos destrutivos do tremor de terra e em relação à Síria as Nações Unidas garantem que vão utilizar todas “as vias possíveis” para fornecer ajuda aos sobreviventes das zonas controladas pela oposição.
INTERNACIONAL
BIBLIOTECA SOBRE O NAZISMO E O HOLOCAUSTO ACESSÍVEL NA INTERNET DESDE HOJE
Fotografias do campo de Auschwitz-Birkenau, testemunhos e documentos sobre a ascensão do fascismo na Europa antes da Segunda Guerra Mundial integram um dos maiores arquivos sobre o Holocausto que está acessível desde hoje na internet.
Fotografias do campo de Auschwitz-Birkenau, testemunhos e documentos sobre a ascensão do fascismo na Europa antes da Segunda Guerra Mundial integram um dos maiores arquivos sobre o Holocausto que está acessível desde hoje na internet.
A Biblioteca Wiener sobre o Holocausto, com sede em Londres, reúne centenas de milhares de documentos originais sobre a situação dos judeus europeus antes de 1939, o regime nazi e o Holocausto.
A biblioteca decidiu tornar acessível hoje, no 80.º aniversário da libertação de Auschwitz, parte da sua coleção, nomeadamente fotografias, cartas e testemunhos que atestam os crimes nazis no campo da Polónia (https://wienerholocaustlibrary.org/).
“A necessidade de defender a verdade tornou-se ainda mais urgente devido ao ressurgimento do antissemitismo e de outras formas de desinformação e ódio”, explicou Toby Simpson, diretor da biblioteca, citado num comunicado.
“Ao disponibilizar gratuitamente uma grande quantidade de provas em linha [‘online’], estamos a garantir que os arquivos históricos são acessíveis a todos”, afirmou, segundo a agência francesa AFP.
Entre os mais de 150.000 documentos disponíveis em linha pela primeira vez, encontram-se numerosas fotografias tiradas aquando da libertação do campo de Auschwitz, em 27 de janeiro de 1945.
Também ficaram acessíveis documentos utilizados nos julgamentos de Nuremberga, durante os quais os principais dirigentes do Terceiro Reich, o regime nazi alemão de Adolf Hitler, foram julgados.
A biblioteca publica também cerca de 500 folhetos e livros de propaganda antifascista, distribuídos na Alemanha na década de 1930 e disfarçados de anúncios de champôs ou livros de receitas, para escapar à vigilância do regime nazi.
Revela também documentos que mostram a ascensão do fascismo no Reino Unido antes e depois da Segunda Guerra Mundial (1939-1945).
“Numa altura em que figuras de extrema-direita ameaçam a Europa e não só, estas coleções revelam não só as origens destas ideologias perigosas, mas também as motivações e estratégias daqueles que, ao longo da História, as mantiveram à distância”, disseram os responsáveis pela biblioteca.
A Biblioteca Wiener sobre o Holocausto foi fundada na década de 1930 por Alfred Wiener, que fez campanha contra o nazismo nas décadas de 1920 e 1930.
Depois de fugir da Alemanha para os Países Baixos, em 1933, começou a recolher provas da perseguição dos judeus.
Continuou o seu trabalho a partir do Reino Unido, onde se exilou pouco antes do início da guerra e onde a biblioteca ainda se encontra, no centro de Londres.
Sobreviventes de Auschwitz, acompanhados pelo Presidente polaco, Andrzej Duda, depositaram flores hoje de manhã em frente ao Muro da Morte do campo, onde os prisioneiros eram fuzilados.
Alguns usavam lenços às riscas azuis e brancas, simbolizando os antigos uniformes prisionais. Ao pé do muro, acenderam velas em memória dos mortos e tocaram o muro com uma mão, em silêncio.
A cerimónia, sob o portão de entrada de Birkenau, deverá começar às 16:00 locais (15:00 em Lisboa) e contará com a presença de 54 delegações internacionais, algumas das quais lideradas por chefes de Estado, mas o foco estará nos sobreviventes, segundo a organização.
“Este ano, estamos a centrar-nos nos sobreviventes e na sua mensagem”, disse à AFP o porta-voz do museu de Auschwitz, Pawel Sawicki.
“Não haverá discursos de políticos”, acrescentou.
Auschwitz-Birkenau tornou-se o símbolo do genocídio perpetrado pela Alemanha nazi contra seis milhões de judeus europeus, um milhão dos quais morreram no campo entre 1940 e 1945, bem como mais de 100.000 não judeus.
INTERNACIONAL
PAPA DIZ QUE HOLOCAUSTO NÃO PODE SER ESQUECIDO OU NEGADO
O Papa Francisco disse hoje que “o horror” do Holocausto não pode ser “esquecido ou negado” e exortou à luta contra o antissemitismo, lembrando que na segunda-feira se assinalam 80 anos da libertação do campo de concentração de Auschwitz.
O Papa Francisco disse hoje que “o horror” do Holocausto não pode ser “esquecido ou negado” e exortou à luta contra o antissemitismo, lembrando que na segunda-feira se assinalam 80 anos da libertação do campo de concentração de Auschwitz.
“Amanhã é o Dia Internacional da Memória das Vítimas do Holocausto, 80 anos após a libertação do campo de concentração de Auschwitz. O horror do extermínio de milhões de judeus e de pessoas de outras religiões durante esses anos não pode ser esquecido nem negado”, afirmou o Papa no final da oração do Angelus dominical.
Lembrando que, durante esses anos, foram também mortos “muitos cristãos, muitos mártires”, Francisco apelou a que “todos trabalhem em conjunto para erradicar o flagelo do antissemitismo e outras formas de discriminação e perseguição religiosa”.
“Construamos juntos um mundo mais fraterno e justo, educando os jovens a ter um coração aberto a todos na lógica da fraternidade, do perdão e da paz”, concluiu.
Proclamado oficialmente em novembro de 2005, o Dia Internacional da Memória das Vítimas do Holocausto, que se assinala na segunda-feira, comemora a libertação pelas tropas soviéticas, em 1945, do campo de concentração e extermínio nazi alemão de Auschwitz-Birkenau.
Auschwitz-Birkenau tornou-se o símbolo do genocídio perpetrado pela Alemanha nazi contra seis milhões de judeus europeus, um milhão dos quais morreram no local entre 1940 e 1945, bem como mais de 100.000 não judeus.
Na segunda-feira, uma cerimónia oficial com a presença de cerca de meia centena de sobreviventes e 54 delegações internacionais assinalará o 80.º aniversário da libertação do local.
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