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CIÊNCIA & TECNOLOGIA

COVID-19: ESTUDO CONCLUI QUE CONCENTRAÇÃO DE PÓLEN AUMENTA TAXAS DE INFEÇÃO

Um estudo internacional, com investigadores da Universidade de Évora, revelou “uma correlação direta entre maior concentração de pólen no ar e o aumento nas taxas de infeção” pelo novo coronavírus SARS-CoV-2, divulgou hoje a academia alentejana.

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Um estudo internacional, com investigadores da Universidade de Évora, revelou “uma correlação direta entre maior concentração de pólen no ar e o aumento nas taxas de infeção” pelo novo coronavírus SARS-CoV-2, divulgou hoje a academia alentejana.

A investigação, que a Universidade de Évora (UÉ) realçou, em comunicado, ser o “maior estudo desenvolvido até agora nesta área”, envolveu a análise de dados de 130 estações polínicas dispersas por 31 países dos cinco continentes.

A equipa contou com a participação, da parte da UÉ, de Célia Antunes, Ana Rodrigues Costa e Ana Galveias, do Instituto de Ciências da Terra (ICT), e Elsa Caeiro, do MED – Instituto Mediterrâneo para a Agricultura, Ambiente e Desenvolvimento da Universidade de Évora.

Os investigadores realizaram “uma análise transversal e longitudinal de dados sobre a quantidade de pólen no ar, tendo em consideração fatores meteorológicos e a infeção por SARS-CoV-2”, explicou a academia.

A “principal conclusão” deste estudo é, precisamente, o facto de ter revelado a existência de “uma correlação positiva, robusta e significativa entre a taxa de infeção” por SARS-CoV-2 “e as concentrações de pólen no ar”, destacou a UÉ.

Célia Antunes, citada pela universidade, lembrou que “a exposição ao pólen enfraquece a imunidade contra certos vírus respiratórios”, pelo que os investigadores, partindo dessa premissa, pretendiam saber “se o mesmo se aplicava à síndrome respiratória provocada pelo novo coronavírus”.

Só que os resultados apontam que a maior incidência de infeções por SARS-CoV-2, que provoca a doença covid-19, “coincide com as altas concentrações de pólen no ar”, indicou.

“Existe uma correlação direta entre maior concentração de pólen no ar e o aumento nas taxas de infeção de covid-19”, sublinhou a também professora do Departamento de Ciências Médicas e da Saúde da academia de Évora.

O estudo alude ainda à circunstância de que o facto de a pandemia de covid-19 ter atingido a Europa e a América do Norte durante a primavera explica o número mais elevado de infetados pelo novo coronavírus, uma vez que, “o aumento da temperatura leva também ao aumento das atividades sociais e ao ar livre, disse a UÉ.

“O que, por sua vez, significou uma maior exposição ambiental a bioaerossóis” explicou a investigadora.

Por outro lado, no hemisfério sul, no mesmo período, “países como a Argentina, a África do Sul ou a Austrália apresentaram baixa concentração de pólen e também menos infeções por SARS-CoV-2”, precisamente por não estarem na primavera.

A densidade populacional nos diferentes países ou ainda os graus de confinamento adotado foram variáveis tidas em conta pelo estudo.

“Sabe-se agora que o pólen transportado pelo ar, associado a aspetos como a idade, a humidade e a temperatura ajudam a explicar em média, 44% da variabilidade da taxa de infeção” pelo SARS-CoV-2, o coronavírus que provoca a doença covid-19, destacou Célia Antunes, acrescentando ter ficado demonstrado no estudo que as taxas de infeção pelo novo coronavírus “aumentaram após o registo de maior concentração de pólen nos quatro dias anteriores à infeção de determinado indivíduo”.

Os investigadores envolvidos neste estudo realçaram ainda que, embora a infeção seja transmitida de pessoa para pessoa, o pólen constitui um fator de risco adicional, cuja ocorrência em simultâneo tem impacto nas infeções sazonais das vias respiratórias, não só por coronavírus, mas também por outros vírus (como os da constipação comum).

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CIÊNCIA & TECNOLOGIA

DESCOBERTA UMA NOVA FORMA DE PRODUZIR HIDROGÉNIO EM GRANDE ESCALA

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Investigadores no Japão apresentaram uma forma de poupar o uso do metal raro irídio na produção de hidrogénio, o que pode permitir a produção do gás em larga escala, indica um estudo esta quinta-feira divulgado.

A produção de hidrogénio “verde” em grande escala, importante para a transição energética para tecnologias sustentáveis, é difícil porque requer irídio, um metal extremamente raro, mas o método apresentado pelos investigadores liderados por Ryuhei Nakamura, do Centro RIKEN para a Ciência dos Recursos Sustentáveis (CSRS), no Japão, reduz em 95% a quantidade de irídio necessária para a reação química, sem alterar a taxa de produção de hidrogénio.

Os investigadores conseguiram estabilizar a produção de hidrogénio verde (assim chamado se for gerado com recurso a energias renováveis) a um nível relativamente elevado, utilizando uma forma de óxido de manganês como catalisador da reação química de eletrólise que extrai hidrogénio da água. No entanto, reconhecem que ainda faltam muitos anos para se conseguir uma produção a nível industrial desta forma.

“Esta descoberta poderá revolucionar a nossa capacidade de produzir hidrogénio ecológico e ajudar a criar uma economia de hidrogénio neutra em termos de carbono”, dizem os investigadores no estudo que será publicado na sexta-feira na revista Science, lembrando que o hidrogénio é uma fonte de energia renovável e que existe em larga escala, embora a sua produção ainda não rivalize com os combustíveis fósseis.

Para extrair hidrogénio da água é preciso um catalisador que provoca uma reação química. Os catalisadores mais eficientes são metais raros, sendo o irídio o mais eficiente, mas tão raro que usá-lo para que o hidrogénio alcance uma escala de produção de energia da ordem dos terawatts, tal como hoje é produzida a partir de combustíveis fósseis, serão precisos 40 anos, disse Shuang Kong, coautor da investigação.

“Precisamos de uma forma de preencher a lacuna entre os eletrolisadores baseados em metais raros e os baseados em metais comuns (…) para o hidrogénio verde ser completamente sustentável”, disse Ryuhei Nakamura.

A técnica apresentada no estudo faz isso, combinando manganês com irídio. Os investigadores descobriram que espalhar átomos de irídio em óxido de manganês permite manter o ritmo de produção de hidrogénio no mesmo nível de quando é utilizado apenas irídio, mas com 95% menos irídio.

Com o novo catalisador, a produção contínua de hidrogénio foi possível durante mais de 3.000 horas (cerca de quatro meses) com uma eficiência de 82% sem degradação.

“A interação inesperada entre o óxido de manganês e o irídio foi a chave do nosso sucesso”, afirmou o coautor do estudo Ailong Li.

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CIENTISTAS CRIAM CÉLULAS PARA TRATAMENTO DA DOENÇA DE MACHADO-JOSEPH

Uma equipa de cientistas liderada pela Universidade de Coimbra conseguiu criar células estaminais humanas, a partir de células da pele, que têm potencial para o tratamento de longa duração da doença de Machado-Joseph, segundo um estudo hoje divulgado.

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Uma equipa de cientistas liderada pela Universidade de Coimbra conseguiu criar células estaminais humanas, a partir de células da pele, que têm potencial para o tratamento de longa duração da doença de Machado-Joseph, segundo um estudo hoje divulgado.

A Universidade de Coimbra referiu que esta investigação abre caminho para o desenvolvimento de células que possam vir a ser usadas no tratamento desta doença neurodegenerativa que afeta, nomeadamente, os movimentos e a articulação verbal, e que tem grande incidência em Portugal.

A líder do estudo, Liliana Mendonça, explicou que a descoberta feita pela equipa de investigação demonstra a viabilidade da aplicação de terapias personalizadas a pessoas portadoras desta doença, através da criação de células estaminais dos doentes que se pretendem tratar.

Isto irá traduzir-se numa maior aceitação do transplante, frisou a investigadora do Centro de Neurociências e Biologia Celular da Universidade de Coimbra (CNC-UC) e do Centro de Inovação em Biomedicina e Biotecnologia (CIBB).

Consideradas muito versáteis, as células estaminais permitem dar origem a células especializadas de vários tecidos e órgãos do corpo humano.

A doença de Machado-Joseph ainda não tem tratamento. O cerebelo é uma das regiões do cérebro mais afetadas, levando a extensa morte neuronal, dificuldades de coordenação motora, de deglutição e de articulação do discurso.

“Tem uma grande prevalência nos Açores, especialmente na ilha das Flores, que regista a maior incidência da doença a nível mundial”, contou a investigadora.

A equipa de investigação criou células que demonstraram ter capacidade de originar neurónios em culturas celulares (conjunto de técnicas para testar o comportamento de células num ambiente artificial) e também em organóides cerebrais (tecidos gerados ‘in vitro’, ou seja, fora de organismos vivos).

Segundo Liliana Mendonça, simultaneamente, os investigadores observaram que as células estaminais humanas sobreviveram até seis meses após transplante no cerebelo do modelo animal, tendo-se diferenciado em células da glia (células do sistema nervoso central que desempenham diversas funções) e neurónios, o que significa que revelaram ter potencial para atuar positivamente no controlo de doenças neurodegenerativas.

“Existe uma elevada necessidade de desenvolver estratégias terapêuticas que possam tratar doenças neurodegenerativas, que, de forma robusta, melhorem a qualidade de vida dos doentes, contribuindo, assim, para reduzir os encargos de saúde dos sistemas de saúde e das famílias destes doentes”, alertou.

Este trabalho, que foi desenvolvido pela equipa do Grupo de Investigação de Terapias Génicas e Estaminais para o Cérebro do CNC-UC, encontra-se a ser aprofundado.

Um dos objetivos é estudar de que forma é que estas células conseguem melhorar os problemas de coordenação motora da doença, com recurso a um modelo animal.

A coordenadora da investigação avançou que os cientistas vão também desenvolver estratégias para melhorar a migração das células e, seguidamente, a sua diferenciação em neurónios cerebelares, após o seu transplante para o cérebro, algo que pode aumentar significativamente os efeitos terapêuticos destas células.

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