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PORTO: ESTUDANTES TRANSFORMAM LAR DE IDOSOS EM RESIDÊNCIA UNIVERSITÁRIA

Era para ser um lar de idosos, mas por causa da falta de alojamento, um edifício do centro histórico do Porto sofreu obras de adaptação e abriu este ano letivo como residência universitária totalmente gerida por estudantes.

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Era para ser um lar de idosos, mas por causa da falta de alojamento, um edifício do centro histórico do Porto sofreu obras de adaptação e abriu este ano letivo como residência universitária totalmente gerida por estudantes.

Enzo Martins e Emily Ruiz são dois dos mais recentes estudantes universitários que começaram a viver este fim de semana na Residência Academia 24. Ambos assumem estar felizes com os novos quartos e fascinados com a qualidade, conforto e comodidades idênticas às de um hotel.

A residência universitária Academia 24 nasce de um protocolo de cedência da Câmara Municipal do Porto à Federação Académica do Porto (FAP), assinado a 24 de março de 2022, Dia Nacional do Estudante.

Na estreita Rua da Bainharia, número 48, no centro histórico do Porto, classificado Património Mundial da UNESCO, entre a Ribeira e a Estação de São Bento, Enzo Martins acaba de entrar na Residência Academia 24.

O jovem de 17 anos, natural de Loulé (Algarve), é recebido com a frase de Agustina Bessa-Luís “O Porto não é um lugar é um sentimento”, inscrita na parede do “hall” da entrada.

“Fiquei fascinado. É verdade que eu fiquei fascinado quando cheguei cá, porque esta rua pareceu um lugar mais antigo, e quando entrei era uma coisa toda moderna e muito grande. Um espaço muito acolhedor”, descreveu o caloiro do curso de Física da Faculdade de Ciências da Universidade do Porto.

Enzo confirma que ligou de imediato aos pais a dizer que tinha adorado o novo quarto, composto por uma casa de banho privativa, um secretária com candeeiro, armários, e que tinha recebido um “kit cama”, com edredom, dois jogos de lençóis, almofada e uma colcha.

“Gostei bastante do meu quarto. Era super confortável, grande, espaçoso, tem um espaço para arrumar bem as coisas. Tem uma decoração bastante académica, o que dá muito aquela sensação de ser universitário e depois dei-me muito bem com as pessoas que estão aqui a residir e com as próprias pessoas da FAP”.

Enzo estava com medo de não conseguir um alojamento, vendo que os serviços de ação social não estavam a conseguir arranjar quarto, porque as residências universitárias que existem já não tinham vagas.

“Sou deslocado do Algarve e é muito difícil arranjar alojamento no Porto, porque as residências universitárias privadas são extremamente caras. Os quartos só em si também são extremamente caros”, disse à Lusa.

Sentada numa mesa de ‘coworking’, de onde sobressaem do teto dezenas de bengalas e fitas multicolores e onde há cartolas transformadas em candeeiros, a presidente da Federação Académica do Porto, Gabriela Cabilhas, explica que, das 40 camas disponíveis, 22 são destinadas a rapazes e 18 a raparigas e que há uma casa de banho para cada três estudantes.

A residência vai contar com a governanta Maria da Luz todos os dias da semana, bem como com um serviço de limpeza semanal das casas de banho e das zonas comuns como a cozinha, copa para refeições, espaços de estudo, “coworking”, área de “fitness”.

Um estudante ficará responsável por cada piso – há três pisos – para ir dando informações à FAP sobre algo que possa correr menos bem.

Segundo Gabriela Cabilhas, a Academia 24 é “o porto de encontro de estudantes do ensino universitário e politécnico e do ensino público e privado”, onde, através de cotas, estudantes da Universidade do Porto, Politécnico do Porto, Escola Superior de Enfermagem do Porto, Universidade Católica – Centro Regional do Porto e Instituto Superior de Serviço Social do Porto vão poder ali morar e contribuir “para eliminar estereótipos e ideias preconcebidas” de que o privado e o público vivem de costas voltadas.

Emily Ruiz, 17 anos, acabou de chegar do Funchal, na Ilha da Madeira. Entrou na segunda fase de candidaturas em Enfermagem na Escola Superior de Enfermagem do Porto e não podia estar mais feliz.

“Gostei imenso do espaço, talvez por serem estudantes a gerir isto, acho que torna a coisa muito mais fascinante também”, explicou Emily sentada no sofá de uma das salas de convício da Residência Academia 24, enquanto descreve que o seu novo quarto tem espaço, conforto e luz suficiente e que está satisfeita com a localização da residência, por estar perto de monumentos e do Jardim da Cordoaria.

“O desígnio desde a primeira hora, era que este serviço para alojamento fosse muito mais do que um dormitório”, assumiu a presidente da FAP.

A FAP pretende dar um conjunto de experiências e ter um conjunto de ofertas para garantir o bem-estar, qualidade de vida e, acima de tudo, dar condições para que os estudantes “consigam alcançar a sua meta com sucesso”.

Gabriela Cabilhas gostaria que o modelo da Academia 24 servisse de “inspiração para os serviços de ação social”, porque para além da resposta ser “parca atualmente”, há “residências que estão obsoletas e que pararam no tempo. Muitas nem sequer uma cozinha têm a disponibilizar aos seus estudantes”.

Os critérios para ter uma vaga na Academia 24 são as condições socioeconómicas.

O alojamento para o Porto são os 312 euros e é esse o valor que a FAP fixou para um quarto na Academia 24. Este valor do complemento de alojamento para o Porto é o valor mínimo para assegurar os custos da Academia 24 e para que o projeto também seja sustentável para que mais estudantes possam beneficiar do projeto ao longo do tempo, explicou Gabriela Cabilhas.

“O Porto não é em rigor uma cidade, é uma família”, de João Chagas, é outra das frases e poemas que se podem ler enquanto se deambula pelos corredores da residência universitária da Federação Académica de Porto, que abriu este ano letivo. Outra, de Carlos Tê e Rui Veloso, é ‘Quem vem e atravessa o rio, junto à Serra do Pilar, vê um velho casario que se estende até ao mar’.

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LISBOA-SEIXAL: POLÍCIA DESMANTELA “ESQUEMA” DE TRÁFICO DE DROGA

A PSP anunciou hoje o desmantelamento de uma célula de tráfico de droga que abastecia os concelhos de Lisboa e do Seixal, no distrito de Setúbal, tendo sido detidas duas pessoas e apreendidas várias armas.

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A PSP anunciou hoje o desmantelamento de uma célula de tráfico de droga que abastecia os concelhos de Lisboa e do Seixal, no distrito de Setúbal, tendo sido detidas duas pessoas e apreendidas várias armas.

Em comunicado, o Comando Metropolitano de Lisboa da PSP (Cometlis) refere que efetuou na quinta-feira buscas domiciliárias nas freguesias do Lumiar (Lisboa) e de Fernão Ferro (Seixal), tendo detido dois homens, de 37 e 51 anos, suspeitos de tráfico de droga.

Na sequência desta operação, as autoridades apreenderam 8.931 doses de cocaína, 82.204 de haxixe, assim como 366.280 euros, três armas de fogo, 37 munições, três automóveis e dois motociclos de alta cilindrada, entre outros objetos.

Os detidos foram presentes ao Tribunal Judicial de Lisboa para primeiro interrogatório, aguardando medida de coação.

“A PSP tem vindo, de forma incisiva, a combater o tráfico na capital e a quem a ele se dedica, estratégia que se materializa na prossecução de dezenas de operações de investigação criminal nesta área”, sublinha a nota do Cometlis.

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PORTO: DUAS FAMÍLIAS DESPEJADAS DE CASAS MUNICIPAIS DEVIDO AO TRÁFICO DE DROGA

A Câmara do Porto despejou, na quinta-feira, duas famílias de casas municipais nos bairros de Pinheiro Torres e de Lordelo, que utilizavam a habitação para o tráfico de droga, foi revelado esta sexta-feira.

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A Câmara do Porto despejou, na quinta-feira, duas famílias de casas municipais nos bairros de Pinheiro Torres e de Lordelo, que utilizavam a habitação para o tráfico de droga, foi revelado esta sexta-feira.

Fonte da autarquia esclareceu esta sexta-feira à Lusa que as duas famílias foram notificadas a 10 de maio pela empresa municipal responsável pela gestão do parque habitacional, Domus Social, de que teriam de sair das habitações.

A “ordem de despejo” foi acionada depois de um dos elementos das respetivas famílias ter sido condenado em tribunal.

“Num dos casos ficou ainda provado que a arguida pertencia a um grupo organizado, cabendo-lhe especificamente a função de armazenar a droga na habitação municipal e de fornecer outros traficantes com estupefacientes ali guardados”, refere.

Segundo o município, a família terá recorrido da ordem de despejo, mas o tribunal deu razão à Câmara do Porto.

“O município do Porto não permitirá a utilização das casas de habitação social para tráfico de droga e/ou quaisquer outros fins ilícitos”, salienta.

No final de março, a Câmara do Porto despejou outras quatro famílias, três no Agrupamento da Pasteleira e uma no bairro Dr. Pinheiro Torres, que também eram usadas para tráfico de droga.

“A resolução deste tipo de situações, para além de proteger e zelar pelo património municipal, visa, acima de tudo, garantir a segurança e qualidade de vida dos restantes moradores do parque de habitação pública e dos munícipes em geral”, acrescenta.

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