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VISEU: AUTARQUIA ACUSADA DE ATENTADO À LIBERDADE DE EXPRESSÃO E MANIFESTAÇÃO

A Plataforma Já Marchavas acusou hoje a Câmara de Viseu de atentado aos direitos de expressão e de manifestação por ter impedido a realização de uma iniciativa do Dia Internacional das Mulheres no Mercado 2 de Maio.

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A Plataforma Já Marchavas acusou hoje a Câmara de Viseu de atentado aos direitos de expressão e de manifestação por ter impedido a realização de uma iniciativa do Dia Internacional das Mulheres no Mercado 2 de Maio.

O Dia Internacional das Mulheres seria assinalado na sexta-feira, às 17:30, no Mercado 2 de Maio, sob o mote “Feministas em união, contra toda a opressão!”.

“No ano em que se celebram os 50 anos do 25 de Abril, reforçamos o compromisso de que não daremos nem um passo atrás! Saímos à rua, sem medo, por todas as companheiras de luta, pelas que já cá não estão e pelas que hão de vir! Saímos à rua pela liberdade de todas, pois somos feministas em união contra toda a opressão!”, referia o convite da plataforma.

No entanto, a Câmara de Viseu não autorizou a realização desta iniciativa, alegando que o Mercado 2 de Maio pertence ao domínio privado do município e o respetivo logradouro destina-se a uso das frações comerciais e eventos promovidos pelo município.

A Plataforma Já Marchavas repudiou “este atentado aos direitos de expressão e de manifestação conquistados no 25 de Abril que cumpre este ano 50 anos e que estão consagrados no artigo 45 da Constituição da República”.

Fonte da autarquia confirmou à agência Lusa que essa foi a justificação para não dar a autorização à Plataforma Já Marchavas.

A mesma fonte acrescentou que, durante a campanha para as eleições legislativas, também um partido pediu para usar aquele espaço, que foi recentemente renovado, mas o município não autorizou, pelo mesmo motivo.

Segundo a Plataforma Já Marchavas, o local do evento e a hora da sua realização foram comunicados no prazo legalmente estabelecido e seria de esperar que o município se congratulasse com uma iniciativa cidadã de homenagem às mulheres e de afirmação dos seus direitos e a apoiasse.

“Ao invés, a Câmara de Viseu optou por comportar-se como o dono de um quintal murado onde só entram os amigos”, criticou.

A plataforma frisou que o Mercado 2 de Maio “é uma zona de passagem de pessoas e ao longo dos anos foi considerado um espaço público, tendo sido palco de inúmeras iniciativas”.

“Aquela praça já viu várias manifestações”, entre elas uma “pela reabilitação do centro histórico”, recordou.

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VILA REAL: CONCURSO PARA CONCLUSÃO DO PAVILHÃO DA ESCOLA DIOGO CÃO

O município de Vila Real abriu esta quinta-feira um concurso público, pelo preço base de 900 mil euros, para concluir a requalificação de um pavilhão desportivo, depois de tomar posse administrativa da obra, em abril, por abandono da empreitada.

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O município de Vila Real abriu esta quinta-feira um concurso público, pelo preço base de 900 mil euros, para concluir a requalificação de um pavilhão desportivo, depois de tomar posse administrativa da obra, em abril, por abandono da empreitada.

O anúncio do concurso público para a conclusão da empreitada de requalificação e beneficiação do pavilhão da Escola Diogo Cão foi publicado esta quinta-feira em Diário da República (DR).

O preço base do procedimento é de cerca de 900 mil euros, o prazo para entrega de propostas decorre até 13 de fevereiro e, depois de adjudicada, a obra deve ser concluída em 270 dias.

Em abril, a Câmara de Vila Real informou que tomou posse administrativa da obra de requalificação deste pavilhão desportivo, localizado na cidade, por alegado incumprimento do empreiteiro que terá suspendido e abandonado a empreitada.

O processo encontra-se, neste momento, em tribunal.

Em março de 2022, a Câmara de Vila Real anunciou um investimento 1,2 milhões de euros na reabilitação do pavilhão desportivo da Escola Diogo Cão e, na altura, foi referido que a intervenção demoraria cerca de um ano.

O objetivo da intervenção era dotar o pavilhão, já com mais de 50 anos, de “condições de segurança” para a prática educativa e a formação desportiva, servindo a escola e, após o horário letivo, a comunidade.

A autarquia explicou que a empreitada foi organizada em duas fases distintas, adjudicadas a duas empresas e que, ambas as fases, resultaram de candidaturas apresentadas ao Norte 2020 e tiveram uma comparticipação financeira de 85%.

No entanto, segundo explicou, a “existência de duas fases ao mesmo tempo veio a revelar-se de muito difícil compatibilização exacerbando o comportamento, já de si, pouco consensual” do empreiteiro em causa, tendo mesmo esta empresa “suspendido de forma unilateral a sua empreitada e abandonado a empreitada, obrigando o município a agir em conformidade e em defesa do interesse público municipal”.

Para efeito, a câmara avançou com a aplicação de sanção contratual no valor de cerca de 217 mil euros (mais IVA), “por atraso reiterado no cumprimento das obrigações decorrentes do contrato”, e procedeu “à resolução do contrato a título sancionatório, tomando a posse administrativa da obra, bem como dos bens móveis e imóveis à mesma afetos, procedendo aos inventários, medições e avaliações necessárias”.

O município referiu que vai conseguir recuperar parte do financiamento comunitário desta obra, já no âmbito do novo quadro comunitário.

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MATOSINHOS: MILITAR DA GNR ALVO DE PROCESSO DISCIPLINAR POR ALEGADA AGRESSÃO

O Comando Geral da GNR instaurou um processo disciplinar a um militar na sequência de uma alegada agressão a um condutor no sábado, em Perafita, Matosinhos, confirmou hoje à Lusa a Guarda.

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O Comando Geral da GNR instaurou um processo disciplinar a um militar na sequência de uma alegada agressão a um condutor no sábado, em Perafita, Matosinhos, confirmou hoje à Lusa a Guarda.

Questionada pela Lusa sobre a alegada agressão hoje revelada por vários órgãos de comunicação social com base num suposto vídeo, a Divisão de Comunicação e Relações Públicas da GNR respondeu sem nunca mencionar ter havido agressão.

“Cumpre-me informar que a situação visualizada no vídeo ocorreu no passado sábado, dia 25 de janeiro, na localidade de Perafita, em Matosinhos, na sequência de uma ocorrência de acidente de viação, tendo resultado na detenção do condutor envolvido, pelo crime de condução sob influência de álcool”, lê-se na resposta assinada pelo major David dos Santos.

E acrescenta: “adicionalmente, importa ainda referir que, depois de analisadas as imagens no referido vídeo, foi determinada a abertura do respetivo procedimento de âmbito disciplinar, com vista ao apuramento das circunstâncias em que ocorreram os factos”.

A Lusa perguntou também se o militar permanece em funções ou se foi afastado, mas não obteve resposta.

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