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MAIS DE 190 MÉDICOS SOLIDÁRIOS COM DIRETORES DEMISSIONÁRIOS DO CENTRO HOSPITALAR DE SETÚBAL

Pelo menos 191 dos 267 médicos do Centro Hospitalar de Setúbal (CHS) estão solidários com os pedidos de demissão do diretor clínico e de 87 diretores de serviço e chefias médicas, revelou hoje fonte próxima da direção clínica.

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Pelo menos 191 dos 267 médicos do Centro Hospitalar de Setúbal (CHS) estão solidários com os pedidos de demissão do diretor clínico e de 87 diretores de serviço e chefias médicas, revelou hoje fonte próxima da direção clínica.

Num documento que deverá ser entregue à administração do CHS, em que manifestam solidariedade aos médicos demissionários, os signatários dizem concordar com a tomada de posição e com os motivos apresentados pelo diretor clínico e pelos diretores e chefes de serviço do CHS.

“Esta atitude visa a consciencialização das diversas hierarquias do poder político na área da saúde para tomarem as decisões adequadas que sejam capazes de resolver os candentes problemas do SNS (Serviço Nacional de Saúde) e, em particular, deste Hospital, com caráter de urgência”, lê-se no documento a que a agência Lusa teve acesso e que nos próximos dias poderá merecer a adesão de mais algumas dezenas de médicos do CHS.

O diretor clínico do Centro Hospitalar de Setúbal, Nuno Fachada, apresentou a demissão do cargo no passado dia 30 de setembro, justificando a decisão com a situação de rutura nas urgências, falta de recursos humanos e degradação progressiva de vários serviços.

Na informação enviada aos médicos, aquando do pedido de demissão, Nuno Fachada justificava a decisão com a “não resposta sobre a requalificação e financiamento do CHS” – que é também uma exigência da Câmara Municipal e da população de Setúbal – e com a “falta de condições de atratividade dos médicos”.

Por outro lado, o diretor clínico do CHS dava conta de uma “situação de rutura e agravamento nas urgências médicas, obstétrica, EEMI [Equipa de Emergência Médica Intra-Hospitalar]”, de “dificuldades” nas escalas de pediatria, cirurgia, via verde AVC e urgências internas, e de subaproveitamento dos blocos operatórios devido à falta de recurso humanos.

Poucos dias depois, em 06 de outubro, 87 diretores e chefes de serviço do CHS solidarizaram-se com o “grito de revolta” do diretor clínico e também anunciaram a intenção de se demitirem.

As tomadas de posição do diretor clínico, diretores e chefes de serviço, contam agora com a solidariedade da grande maioria dos restantes médicos do CHS, 191 dos quais já subscreveram um documento em que se solidarizam com as referidas tomadas de posição e com os motivos invocados para as mesmas.

O bastonário da Ordem dos Médicos, Miguel Guimarães, tem vindo a alertar, pelo menos desde fevereiro de 2020, para a insuficiência do espaço físico e de meios humanos no Hospital de São Bernardo, principal unidade de saúde do CHS.

 Na altura, após uma reunião com a direção clínica do CHS, Miguel Guimarães afirmou que, a par da falta de espaço e da falta de meios humanos, o Hospital de São Bernardo também estava a ser penalizado pela classificação que lhe está atribuída (grupo C), o que significa que recebe compensações financeiras muito inferiores às que são pagas a outras unidades hospitalares (do grupo D) pelos mesmos atos médicos.

“Em Setúbal existe uma quantidade de médicos altamente diferenciados, que fazem serviços que vão muito para além da tipologia do hospital – como está classificado na legislação -, oferecem cuidados que não têm sido reconhecidos pelo Estado, nomeadamente naquilo que é a valorização dos atos praticados”, disse.

“No CHS fazem-se técnicas altamente diferenciadas em várias áreas, que têm uma valorização mais baixa do que as mesmas técnicas em outros hospitais, só porque o hospital tem uma classificação diferente. E isto é uma coisa que urge corrigir, porque estas pessoas estão aqui a dar o melhor de si, a fazer uma medicina de elevadíssima qualidade, não estão a ter esse reconhecimento, que é importante que aconteça rapidamente”, defendeu o bastonário dos médicos.

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VILA REAL: CONCURSO PARA CONCLUSÃO DO PAVILHÃO DA ESCOLA DIOGO CÃO

O município de Vila Real abriu esta quinta-feira um concurso público, pelo preço base de 900 mil euros, para concluir a requalificação de um pavilhão desportivo, depois de tomar posse administrativa da obra, em abril, por abandono da empreitada.

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O município de Vila Real abriu esta quinta-feira um concurso público, pelo preço base de 900 mil euros, para concluir a requalificação de um pavilhão desportivo, depois de tomar posse administrativa da obra, em abril, por abandono da empreitada.

O anúncio do concurso público para a conclusão da empreitada de requalificação e beneficiação do pavilhão da Escola Diogo Cão foi publicado esta quinta-feira em Diário da República (DR).

O preço base do procedimento é de cerca de 900 mil euros, o prazo para entrega de propostas decorre até 13 de fevereiro e, depois de adjudicada, a obra deve ser concluída em 270 dias.

Em abril, a Câmara de Vila Real informou que tomou posse administrativa da obra de requalificação deste pavilhão desportivo, localizado na cidade, por alegado incumprimento do empreiteiro que terá suspendido e abandonado a empreitada.

O processo encontra-se, neste momento, em tribunal.

Em março de 2022, a Câmara de Vila Real anunciou um investimento 1,2 milhões de euros na reabilitação do pavilhão desportivo da Escola Diogo Cão e, na altura, foi referido que a intervenção demoraria cerca de um ano.

O objetivo da intervenção era dotar o pavilhão, já com mais de 50 anos, de “condições de segurança” para a prática educativa e a formação desportiva, servindo a escola e, após o horário letivo, a comunidade.

A autarquia explicou que a empreitada foi organizada em duas fases distintas, adjudicadas a duas empresas e que, ambas as fases, resultaram de candidaturas apresentadas ao Norte 2020 e tiveram uma comparticipação financeira de 85%.

No entanto, segundo explicou, a “existência de duas fases ao mesmo tempo veio a revelar-se de muito difícil compatibilização exacerbando o comportamento, já de si, pouco consensual” do empreiteiro em causa, tendo mesmo esta empresa “suspendido de forma unilateral a sua empreitada e abandonado a empreitada, obrigando o município a agir em conformidade e em defesa do interesse público municipal”.

Para efeito, a câmara avançou com a aplicação de sanção contratual no valor de cerca de 217 mil euros (mais IVA), “por atraso reiterado no cumprimento das obrigações decorrentes do contrato”, e procedeu “à resolução do contrato a título sancionatório, tomando a posse administrativa da obra, bem como dos bens móveis e imóveis à mesma afetos, procedendo aos inventários, medições e avaliações necessárias”.

O município referiu que vai conseguir recuperar parte do financiamento comunitário desta obra, já no âmbito do novo quadro comunitário.

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MATOSINHOS: MILITAR DA GNR ALVO DE PROCESSO DISCIPLINAR POR ALEGADA AGRESSÃO

O Comando Geral da GNR instaurou um processo disciplinar a um militar na sequência de uma alegada agressão a um condutor no sábado, em Perafita, Matosinhos, confirmou hoje à Lusa a Guarda.

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O Comando Geral da GNR instaurou um processo disciplinar a um militar na sequência de uma alegada agressão a um condutor no sábado, em Perafita, Matosinhos, confirmou hoje à Lusa a Guarda.

Questionada pela Lusa sobre a alegada agressão hoje revelada por vários órgãos de comunicação social com base num suposto vídeo, a Divisão de Comunicação e Relações Públicas da GNR respondeu sem nunca mencionar ter havido agressão.

“Cumpre-me informar que a situação visualizada no vídeo ocorreu no passado sábado, dia 25 de janeiro, na localidade de Perafita, em Matosinhos, na sequência de uma ocorrência de acidente de viação, tendo resultado na detenção do condutor envolvido, pelo crime de condução sob influência de álcool”, lê-se na resposta assinada pelo major David dos Santos.

E acrescenta: “adicionalmente, importa ainda referir que, depois de analisadas as imagens no referido vídeo, foi determinada a abertura do respetivo procedimento de âmbito disciplinar, com vista ao apuramento das circunstâncias em que ocorreram os factos”.

A Lusa perguntou também se o militar permanece em funções ou se foi afastado, mas não obteve resposta.

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