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LINHA AÉREA BRAGANÇA-PORTIMÃO PODERÁ SER SUSPENSA NOS PRÓXIMOS DIAS

O Grupo Sevenair entrou em contacto com o Ministério das Infraestruturas com a intenção de agendar uma reunião urgente por causa da carreira aérea regional Bragança-Portimão e espera resposta, informou o diretor de voos da empresa, Sérgio Leal.

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O Grupo Sevenair entrou em contacto com o Ministério das Infraestruturas com a intenção de agendar uma reunião urgente por causa da carreira aérea regional Bragança-Portimão e espera resposta, informou o diretor de voos da empresa, Sérgio Leal.

“Nós fizemos um contacto para a secretaria de Estado com o intuito de marcar uma reunião com caráter urgente para perceber se têm condições para nos pagarem os valores em dívida. Claro que temos noção que estes processos têm muitos trâmites que podem demorar o seu tempo. Mas nós somos uma empresa privada. O nosso intuito para por ter forma de fazer o nosso trabalho e não temos mesmo momento forma de o fazer sem os valores que nos são devidos”, declarou Sérgio Leal.

O diretor de voos acrescentou que, até ao momento, não foram contactados pelo Governo e que aguardam que tal possa acontecer brevemente.

O Grupo Sevenair anunciou quarta-feira que a ligação aérea Bragança-Vila Real-Viseu-Cascais-Portimão vai parar devido à falta de pagamento do serviço pelo Estado, que tem uma dívida total de 3,8 milhões de euros, provocando o “estrangulamento de tesouraria”.

“Em virtude do estrangulamento de tesouraria, o serviço prestado há mais de 15 anos será interrompido a 30 de setembro próximo [segunda-feira], por manifesta impossibilidade, em face do incumprimento das obrigações assumidas contratualmente pelo Estado Português”, explicou a empresa em comunicado enviado à agência Lusa.

Em janeiro, o Grupo Sevenair assinou um primeiro ajuste direto deste ano ainda com o Governo anterior, que vigorou de março a junho, por 750 mil euros, e já com o atual Executivo, liderado por Luís Montenegro, foi assinado um segundo ajuste direto, válido até setembro, por 900 mil euros.

Sérgio Leal explicou que ainda há outros montantes anteriores por liquidar, referentes aos últimos trimestres de 2022 e de 2023 e às garantias bancárias necessárias em contratos públicos, o que perfaz o total do valor em falta.

O novo concurso público internacional para a concessão do serviço foi realizado e tinha como data prevista para o seu início 01 de outubro, terça-feira, mas, até ao momento, o Governo ainda não anunciou o seu desfecho.

“Não temos, a partir de 30 de setembro, nem a decisão referente ao concurso público nem tão pouco temos outro ajuste direto. Mais grave do que isso é que, mesmo que tivéssemos uma solução para continuar após o 30 de setembro, dado os valores em dívida, nós não podemos e não temos condições para continuar a operação”, frisou Sérgio Leal.

O Grupo Sevenair voltou a concorrer à adjudicação do serviço, sendo que Sérgio Leal relembrou que a empresa é a única candidata desde há 15 anos.

No comunicado emitido quarta-feira a empresa lamentou “o imenso o impacto da suspensão da linha relativamente às populações do interior Norte de Portugal que serão afetadas, bem como o destino de perto de uma centena de trabalhadores ligados a esta linha, nas várias escalas, incluindo tripulações, manutenção e handling, tendo sido estas as razões que, apesar de nada ter recebido em 2024, levaram a Sevenair a manter a operação enquanto foi humanamente e financeiramente possível“.

Sérgio Leal adiantou que parando a ligação, a dada altura a Sevenair terá de colocar os aviões alocados à carreira regional a outras operações, para as quais revelou haver mercado e procura.

“Temos uma estrutura na empresa que temos de continuar a alimentar. Se não este serviço, teremos de ir fazer este trabalho noutros locais”, rematou Sérgio Leal.

A agência Lusa tentou entrar em contacto com o Ministério das Infraestruturas, sem resposta até ao momento.

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BOTICAS: AUTARQUIA “GARANTE” INEXISTÊNCIA DE CONTRAPARTIDAS DA EMPRESA MINEIRA

A Câmara de Boticas reiterou hoje a oposição à mina de lítio e garantiu que nunca negociou ‘royalties’ ou outro tipo de contrapartidas com a empresa Savannah Resources, segundo um comunicado assinado pelo presidente, Fernando Queiroga.

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A Câmara de Boticas reiterou hoje a oposição à mina de lítio e garantiu que nunca negociou ‘royalties’ ou outro tipo de contrapartidas com a empresa Savannah Resources, segundo um comunicado assinado pelo presidente, Fernando Queiroga.

“Nunca, e fique sublinhado, a Savannah Resources se sentou à mesa com o município de Boticas para negociar o que quer que fosse. Nem ‘royalties’, nem qualquer outro tipo de contrapartida, muito menos nos valores apresentados pela empresa, que fala numa compensação anual ao município de Boticas de 10 milhões de euros”, afirmou a autarquia do norte do distrito de Vila Real.

Essas conversações ou negociações, acrescentou, “nem sequer fariam sentido, tendo em conta a posição clara do município contra esta exploração”.

O município de Boticas presidido por Fernando Queiroga quis reiterar a sua posição contra o projeto de mineração, garantindo que se mantém ao lado da população que contesta a exploração e que vai apoiar todas as iniciativas que tenham como objetivo travar a mina do Barroso.

“A Câmara de Boticas subordina esta posição não só por todas as questões de caráter ambiental e de saúde pública que a exploração mineira acarreta, mas também pela forma ‘pouco séria’ e ‘pouco transparente’ com que este processo sempre se desenvolveu, com a Savannah Resources a usar de um discurso e uma estratégia intimidatórios, ao mesmo tempo que anuncia o ‘paraíso’ ao nível do desenvolvimento socioeconómico da região”, referiu.

A autarquia disse que a empresa se apresenta como um “‘profeta salvador’ capaz de resolver todos os problemas que afetam este território, ao criar uma espécie de ‘época dourada’ para a economia local ao distribuir, qual Robin dos Bosques dos tempos modernos, riqueza por toda a região”.

“Podem prometer os milhões que entenderem, onde entenderem, podem falar dos empregos, das estradas, dos hospitais, das escolas, das creches, dos centros de dia, num sei lá mais de contrapartidas, mas isso não passa de promessas atiradas para o ar”, salientou.

Acrescentou que a “realidade é que a única coisa que se tem visto é destruição, devassa, falta de respeito pelo espaço público e privado e sobretudo muita arrogância”.

“Podemos ser pobres, podemos ser um concelho pequeno no número de habitantes, podemos ter um orçamento municipal limitado, mas temos orgulho na gestão rigorosa, criteriosa e sem desperdício dos recursos financeiros, que faz de nós o 6.º município do país com melhor eficiência financeira e uma autarquia familiarmente responsável há 12 anos consecutivos”, pode ler-se ainda no comunicado.

O município lembrou ainda a condição do território do Barroso ser Património Agrícola Mundial e garantiu que “não há dinheiro, nem ouro, nem lítio, que cheguem perto da riqueza” desta ruralidade.

“O mais importante são e serão sempre as pessoas. Esta é a nossa verdadeira riqueza. Não tem preço e não é negociável”, concluiu.

A Agência Portuguesa do Ambiente (APA) viabilizou ambientalmente a exploração de lítio na mina do Barroso emitindo uma Declaração de Impacte Ambiental (DIA) favorável condicionada em maio de 2023.

A empresa já disse que prevê iniciar a produção em 2027.

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MACEDO DE CAVALEIROS: SUSPEITO DE VIOLÊNCIA DOMÉSTICA DETIDO PELA GNR

A Guarda Nacional Republicana (GNR) deteve um homem de 54 anos suspeito de exercer violência doméstica contra a mulher e que tinha uma arma de fogo em casa, informou hoje a autoridade em comunicado.

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A Guarda Nacional Republicana (GNR) deteve um homem de 54 anos suspeito de exercer violência doméstica contra a mulher e que tinha uma arma de fogo em casa, informou hoje a autoridade em comunicado.

A detenção aconteceu na terça-feira daquele concelho do distrito de Bragança. A GNR vinha a investigar o caso.

Segundo descreveu a Guarda, os militares “apuraram que o suspeito exerceu violência física, psicológica e verbal contra a vítima, sua mulher de 52 anos”.

No seguimento das diligências policiais, numa busca domiciliária, foi apreendida uma arma de fogo alterada ao suspeito, mais 12 munições.

O homem foi presente a tribunal no dia seguinte, quarta-feira. Como medidas de coação, ficou proibido de ter ou usar armas de fogo, vai ter de frequentar um programa específico para tratar dependência de álcool e não podeo contatar a vítima ou aproximar-se a menos de 200 metros da casa e do trabalho dela.

A GNR lembra que a violência doméstica é um crime público e que denunciar é um dever de todos.A GNR lembra que a violência doméstica é um crime público e que denunciar é um dever de todos.

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