REGIÕES
BEJA: FURTADOS 600 LITROS DE AZEITE DAS INSTALAÇÕES DO BANCO ALIMENTAR
As instalações do Banco Alimentar Contra a Fome (BACF) de Beja foram assaltadas hoje de madrugada, tendo sido levados 600 litros de azeite, num valor estimado de cinco mil euros, revelou hoje o presidente da instituição.
As instalações do Banco Alimentar Contra a Fome (BACF) de Beja foram assaltadas hoje de madrugada, tendo sido levados 600 litros de azeite, num valor estimado de cinco mil euros, revelou hoje o presidente da instituição.
Em declarações à agência Lusa, o responsável do BACF de Beja, José Tadeu Freitas, lamentou que a instituição tenha ficado agora “sem azeite para entregar às cerca de quatro mil pessoas que são apoiadas todos os meses”.
“Os assaltos são sempre maus, seja com quem for, mas para nós isto ainda é pior, porque é roubar a comida de quem precisa”, afirmou.
Segundo o presidente do BACF de Beja, o assalto terá ocorrido durante a última noite, já que, no domingo, um elemento da direção esteve no armazém e o alerta foi dado esta manhã por um voluntário, que ia iniciar a sua atividade.
O voluntário, adiantou o responsável, “verificou que a porta de trás tinha sido arrombada e que tinham roubado cerca de 600 litros de azeite, avaliados em cerca de cinco mil euros”.
José Tadeu Freitas salientou que o azeite furtado tinha sido doado recentemente por duas empresas da região e ainda se encontrava encaixotado, assinalando que, de acordo com os recibos de donativo, o produto estava avaliado em cinco mil euros.
“É um produto caro e muito necessitado, porque é um dos principais temperos no Alentejo e o óleo não é, para nós, considerado como um substituto, embora tenhamos algum, mas não temos também muito”, realçou.
Assinalando que o Banco Alimentar ficou sem azeite, o responsável alertou que, se não forem feitos donativos, os cabazes a entregar às famílias apoiadas, até à próxima campanha de recolha de alimentos, em maio, não vão com este produto.
“O azeite que roubaram, com certeza, vai para o mercado e já deve estar a ser vendido num sítio qualquer”, disse.
De acordo com o presidente do BACF de Beja, os assaltantes terão usado os “carrinhos tipo de supermercado” que a instituição tem nas suas instalações para transportar o azeite entre o armazém e um veículo.
A PSP já esteve no local e está a investigar o caso, acrescentou.
REGIÕES
BOTICAS: AUTARQUIA “GARANTE” INEXISTÊNCIA DE CONTRAPARTIDAS DA EMPRESA MINEIRA
A Câmara de Boticas reiterou hoje a oposição à mina de lítio e garantiu que nunca negociou ‘royalties’ ou outro tipo de contrapartidas com a empresa Savannah Resources, segundo um comunicado assinado pelo presidente, Fernando Queiroga.
A Câmara de Boticas reiterou hoje a oposição à mina de lítio e garantiu que nunca negociou ‘royalties’ ou outro tipo de contrapartidas com a empresa Savannah Resources, segundo um comunicado assinado pelo presidente, Fernando Queiroga.
“Nunca, e fique sublinhado, a Savannah Resources se sentou à mesa com o município de Boticas para negociar o que quer que fosse. Nem ‘royalties’, nem qualquer outro tipo de contrapartida, muito menos nos valores apresentados pela empresa, que fala numa compensação anual ao município de Boticas de 10 milhões de euros”, afirmou a autarquia do norte do distrito de Vila Real.
Essas conversações ou negociações, acrescentou, “nem sequer fariam sentido, tendo em conta a posição clara do município contra esta exploração”.
O município de Boticas presidido por Fernando Queiroga quis reiterar a sua posição contra o projeto de mineração, garantindo que se mantém ao lado da população que contesta a exploração e que vai apoiar todas as iniciativas que tenham como objetivo travar a mina do Barroso.
“A Câmara de Boticas subordina esta posição não só por todas as questões de caráter ambiental e de saúde pública que a exploração mineira acarreta, mas também pela forma ‘pouco séria’ e ‘pouco transparente’ com que este processo sempre se desenvolveu, com a Savannah Resources a usar de um discurso e uma estratégia intimidatórios, ao mesmo tempo que anuncia o ‘paraíso’ ao nível do desenvolvimento socioeconómico da região”, referiu.
A autarquia disse que a empresa se apresenta como um “‘profeta salvador’ capaz de resolver todos os problemas que afetam este território, ao criar uma espécie de ‘época dourada’ para a economia local ao distribuir, qual Robin dos Bosques dos tempos modernos, riqueza por toda a região”.
“Podem prometer os milhões que entenderem, onde entenderem, podem falar dos empregos, das estradas, dos hospitais, das escolas, das creches, dos centros de dia, num sei lá mais de contrapartidas, mas isso não passa de promessas atiradas para o ar”, salientou.
Acrescentou que a “realidade é que a única coisa que se tem visto é destruição, devassa, falta de respeito pelo espaço público e privado e sobretudo muita arrogância”.
“Podemos ser pobres, podemos ser um concelho pequeno no número de habitantes, podemos ter um orçamento municipal limitado, mas temos orgulho na gestão rigorosa, criteriosa e sem desperdício dos recursos financeiros, que faz de nós o 6.º município do país com melhor eficiência financeira e uma autarquia familiarmente responsável há 12 anos consecutivos”, pode ler-se ainda no comunicado.
O município lembrou ainda a condição do território do Barroso ser Património Agrícola Mundial e garantiu que “não há dinheiro, nem ouro, nem lítio, que cheguem perto da riqueza” desta ruralidade.
“O mais importante são e serão sempre as pessoas. Esta é a nossa verdadeira riqueza. Não tem preço e não é negociável”, concluiu.
A Agência Portuguesa do Ambiente (APA) viabilizou ambientalmente a exploração de lítio na mina do Barroso emitindo uma Declaração de Impacte Ambiental (DIA) favorável condicionada em maio de 2023.
A empresa já disse que prevê iniciar a produção em 2027.
REGIÕES
MACEDO DE CAVALEIROS: SUSPEITO DE VIOLÊNCIA DOMÉSTICA DETIDO PELA GNR
A Guarda Nacional Republicana (GNR) deteve um homem de 54 anos suspeito de exercer violência doméstica contra a mulher e que tinha uma arma de fogo em casa, informou hoje a autoridade em comunicado.
A Guarda Nacional Republicana (GNR) deteve um homem de 54 anos suspeito de exercer violência doméstica contra a mulher e que tinha uma arma de fogo em casa, informou hoje a autoridade em comunicado.
A detenção aconteceu na terça-feira daquele concelho do distrito de Bragança. A GNR vinha a investigar o caso.
Segundo descreveu a Guarda, os militares “apuraram que o suspeito exerceu violência física, psicológica e verbal contra a vítima, sua mulher de 52 anos”.
No seguimento das diligências policiais, numa busca domiciliária, foi apreendida uma arma de fogo alterada ao suspeito, mais 12 munições.
O homem foi presente a tribunal no dia seguinte, quarta-feira. Como medidas de coação, ficou proibido de ter ou usar armas de fogo, vai ter de frequentar um programa específico para tratar dependência de álcool e não podeo contatar a vítima ou aproximar-se a menos de 200 metros da casa e do trabalho dela.
A GNR lembra que a violência doméstica é um crime público e que denunciar é um dever de todos.A GNR lembra que a violência doméstica é um crime público e que denunciar é um dever de todos.
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