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BANCO MUNDIAL: AO RITMO ATUAL ACABAR COM POBREZA VAI DEMORAR MAIS DE UM SÉCULO

O Banco Mundial disse esta terça-feira que acabar com a pobreza pode demorar mais de um século se o ritmo atual se mantiver, e admitiu que o objetivo de acabar com a pobreza extrema até 2030 “está fora de alcance”.

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O Banco Mundial disse esta terça-feira que acabar com a pobreza pode demorar mais de um século se o ritmo atual se mantiver, e admitiu que o objetivo de acabar com a pobreza extrema até 2030 “está fora de alcance”.

“Ao baixo ritmo atual, poderá ser necessário mais de um século para eliminar a pobreza para quase metade do mundo tal como é definido para quase metade da população mundial, ou seja, pessoas que vivem com menos de 6,85 dólares por dia”, lê-se no relatório do Banco Mundial com o título ‘Pobreza, Prosperidade e Planeta’.

O relatório esta terça-feira divulgado em Washington, no âmbito dos Encontros Anuais do Fundo Monetário Internacional (FMI) e Banco Mundial, é a primeira avaliação dos progressos para a erradicação da pobreza e promoção da prosperidade a seguir à pandemia de covid-19, mas a conclusão não é animadora: “O objetivo global de erradicar a pobreza extrema, definida como 2,15 dólares por pessoa por dia, até 2030 está fora de alcance”, lê-se no documento.

O Banco Mundial estima que podem ser precisos 30 anos ou mais para eliminar este tipo de pobreza, que afeta principalmente os países mais pobres, onde vivem quase 700 milhões de pessoas, representando 8,5% do total, devendo baixar apenas para 7,3% até final da década.

“A pobreza extrema continua concentrada em países com um crescimento económico historicamente baixo e frágil, muitos dos quais se situam na África Subsariana”, aponta o relatório, que acrescenta que quase metade da população do mundo (44%) vive com menos de 6,85 dólares por dia, que é a linha de pobreza para os países de médio e elevado rendimento.

“Depois de décadas de progresso, o mundo está a passar por sérias contrariedades na luta contra a pobreza global, em resultado dos desafios interligados, que incluem um baixo crescimento económico, a pandemia, a elevada dívida, o conflito e a fragilidade, e os choques climáticos”, disse o diretor executivo sénior do Banco Mundial, Axel van Trotsenburg.

Comentando o relatório, o responsável defendeu uma “abordagem completamente nova” para melhorar a vida das pessoas e disse que os países precisam de lidar com os problemas atuais agora, e não mais tarde, quando se tornar mais caro para eles e mais perigoso para o planeta.

Os países de baixo rendimento, entre os quais se incluem todos os Países Africanos de Língua Oficial Portuguesa (PALOP), excetuando Angola e Guiné Equatorial, “devem dar prioridade à redução da pobreza através do crescimento económico alcançado por mais investimento na criação de emprego, capital humano, acesso a serviços e infraestruturas, ao mesmo tempo que melhoram a resiliência”, lê-se ainda no relatório.

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INVESTIGAÇÃO SUECA DESCARTA SABOTAGEM AOS CABOS SUBMARINOS

O procurador sueco que investiga a rutura de um cabo submarino de fibra ótica entre a Letónia e a Suécia, ocorrida a 26 de janeiro, descartou esta segunda-feira tratar-se de um ato de sabotagem, pelo que levantou a apreensão do navio suspeito.

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O procurador sueco que investiga a rutura de um cabo submarino de fibra ótica entre a Letónia e a Suécia, ocorrida a 26 de janeiro, descartou esta segunda-feira tratar-se de um ato de sabotagem, pelo que levantou a apreensão do navio suspeito.

“Foi estabelecido que uma combinação de condições climatéricas, falhas de equipamento e erros de navegação contribuíram” para os danos, afirmou Mats Ljungqvist em comunicado.

A Suécia tinha abordado um navio búlgaro, o “Vezhen”, no âmbito da investigação de “sabotagem agravada”.

O diretor executivo da empresa de navegação búlgara NaviBulgar negou qualquer irregularidade.

“A investigação mostra agora claramente que não se tratou de sabotagem”, graças ‘aos interrogatórios, às apreensões efetuadas e analisadas e aos exames do local do incidente’, acrescentou Ljungqvist.

O navio apreendido foi, no entanto, a causa dos danos no cabo, segundo o procurador. A investigação prossegue para determinar se foram cometidas outras infrações relacionadas com este incidente.

Na madrugada de 26 de janeiro, foi danificado um cabo de fibra ótica pertencente ao Centro Nacional de Rádio e Televisão da Letónia (LVRTC), que liga a ilha sueca de Gotland à cidade letã de Ventspils.

O LVRTC afirmou que as avaliações preliminares sugeriam “fatores externos”.

Num contexto de vigilância reforçada face às ameaças de “guerra híbrida”, a Noruega abordou brevemente, entre quinta e sexta-feira, um navio norueguês com tripulação russa por suspeita de envolvimento nos danos, antes de o deixar regressar ao mar por falta de provas.

Vários cabos submarinos foram danificados ou quebrados nos últimos meses no Mar Báltico.

Em resposta à natureza repetida destes acontecimentos, a organização do Tratyado do Atlântico Norte (NATO) anunciou em janeiro o lançamento de uma missão de patrulha para proteger esta infraestrutura submarina sensível.

Aeronaves, navios e ‘drones’ estão agora a ser destacados de forma mais frequente e regular para o Mar Báltico, no âmbito de uma nova operação designada “Baltic Sentinel” (“Sentinela do Báltico”).

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WHATSAPP DENUNCIA CIBERESPIONAGEM A JORNALISTAS COM “SOFTWARE” ISRAELITA

A rede social WhatsApp denunciou uma operação de ciberespionagem contra cerca de 90 utilizadores, incluindo jornalistas, utilizando ‘software’ de uma empresa israelita, segundo meios de comunicação especializados.

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Imagem ilustrativa gerada por AI.

A rede social WhatsApp denunciou uma operação de ciberespionagem contra cerca de 90 utilizadores, incluindo jornalistas, utilizando ‘software’ de uma empresa israelita, segundo meios de comunicação especializados.

O WhatsApp (que pertence à empresa norte-americana Meta) disse que a campanha usou ‘spyware’ da empresa israelita Paragon Solutions e teve como alvo cerca de 90 jornalistas e ativistas de 20 países, a maioria da Europa.

Os alvos foram notificados e a operação foi interrompida em dezembro de 2024, segundo noticiou a NBC News.

O WhatsApp disse que a Paragon usou um ‘vetor’ — um método de acesso ilegal a uma rede, possivelmente através de grupos de conversação e do envio de um ficheiro malicioso — mas não sabe quem perpetrou o ataque.

O WhatsApp, que não respondeu às perguntas da agência de notícias EFE sobre o ataque e a nacionalidade dos afetados, enviou uma carta à Paragon a pedir que cesse as suas atividades e não descartou ações legais, segundo a edição norte-americana do The Guardian.

O jornalista italiano Francesco Cancellato, que conduz o jornal ‘online’ de investigação Fanpage, disse na sexta-feira que foi notificado pelo WhatsApp como uma das vítimas da campanha de ciberespionagem.

“As nossas investigações indicam que pode ter recebido um ficheiro malicioso via WhatsApp e que o ‘spyware’ pode ter levado a que acedessem aos seus dados, incluindo mensagens guardadas no dispositivo”, refere a notificação da rede social.

A Paragon é a criadora do programa de espionagem Graphite, tem como clientes agências governamentais e foi recentemente adquirida pelo grupo de investimento norte-americano AE Industrial Partners.

Segundo o seu ‘site’, a Paragon define-se como uma empresa de ciberdefesa e oferece soluções “baseadas na ética” para “localizar e analisar dados digitais”, formar trabalhadores digitais ou “mitigar ameaças”.

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