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ECONOMIA & FINANÇAS

CRISE ENERGÉTICA: NUMA SEMANA O GASÓLEO SUBIU 2,3 CÊNTIMOS E GASOLINA 3 CÊNTIMOS

O preço médio de venda ao público (PMVP) do gasóleo e da gasolina subiu 2,3 e 3,0 cêntimos por litro, respetivamente, na semana terminada em 14 de fevereiro, segundo a Entidade Nacional para o Setor Energético (ENSE).

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O preço médio de venda ao público (PMVP) do gasóleo e da gasolina subiu 2,3 e 3,0 cêntimos por litro, respetivamente, na semana terminada em 14 de fevereiro, segundo a Entidade Nacional para o Setor Energético (ENSE).

No seu relatório semanal, divulgado esta quarta-feira, a entidade fiscalizadora do setor indica que “o PMVP do gasóleo simples e da gasolina simples subiu 2,3 cts/l [cêntimos por litro] e 3,0 cts/l respetivamente”, entre os dias 7 e 14 de fevereiro.

Por outro lado, os preços de referência ENSE, na mesma semana, “registaram uma redução de 0,5 cts/l no gasóleo simples e um aumento de 3,8 cts/l na gasolina simples”.

No que se refere à média semanal, no período em análise o PMVP da gasolina e do gasóleo foi de 1,825 euros/litro e 1,703 euros/litro, respetivamente.

A média semanal do preço antes de impostos da gasolina foi de 0,682 euros/litro e do gasóleo de 0,740 euros/litro, enquanto a do preço de referência foi de 1,635 e 1,529 euros/litro, respetivamente, e a da margem bruta (que engloba a margem de comercialização e os custos de distribuição dos operadores) se situou nos 0,189 e 0,174 euros/litro, pela mesma ordem.

Segundo a ENSE, a semana de 7 a 11 de fevereiro “ficou marcada por alguma volatilidade, registando, no final da semana, uma forte subida das cotações de petróleo“.

“O início da semana registou uma descida das cotações do petróleo, fruto da reação dos mercados a algumas reuniões bilaterais que estão a procurar desanuviar a tensão geopolítica na fronteira entre a Ucrânia e a Rússia, ao mesmo tempo que os investidores deram sinais positivos face aos avanços nas negociações do acordo nuclear iraniano que pode permitir retomar as exportações de petróleo bruto deste país, reforçando a oferta em pelo menos um milhão de barris diários”, refere.

“Nos dias seguintes continuou verificar-se uma ligeira subida das cotações do petróleo, após o anúncio da descida inesperada dos ‘stocks’ norte-americanos de petróleo com uma quebra de 4,756 milhões de barris face a uma previsão de aumento de 500 mil barris, sendo que a valorização não foi tão ampla devido à expectativa sobre a evolução positiva das negociações sobre o acordo nuclear iraniano”.

Já no final da semana, “a tendência de subida das cotações manteve-se, atingindo-se novos máximos de sete anos, predominando a reação dos mercados à informação veiculada pela Casa Branca do aumento do nível de risco de invasão militar da Ucrânia por tropas da Rússia, havendo mesmo suspeita de que a mesma pudesse acontecer no decorrer do fim de semana (o que, felizmente, não se confirmou)”.

Assim, destaca a ENSE no relatório, “o cenário do lado da oferta do mercado refletiu estas oscilações, tendo o petróleo Brent começado a semana a valer 92,69 dólares (fecho da primeira sessão) e encerrado a sessão de 11 de fevereiro de 2022 a valer 94,44 dólares (um aumento de 1,75 dólares)”.

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SETE EM CADA DEZ EMPRESAS DISCORDAM DA SEMANA DE QUATRO DIAS

Sete em cada dez empresas são contra a implementação da semana de quatro dias, sobretudo no comércio, indústria e construção, e 71% das que concordam defendem que a medida deveria ser facultativa, segundo um inquérito hoje divulgado.

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Sete em cada dez empresas são contra a implementação da semana de quatro dias, sobretudo no comércio, indústria e construção, e 71% das que concordam defendem que a medida deveria ser facultativa, segundo um inquérito hoje divulgado.

Elaborado pela Associação Industrial Portuguesa — Câmara de Comércio e Indústria (AIP-CCI) e referente ao quarto trimestre de 2024, o “Inquérito de Contexto Empresarial sobre o Mercado Laboral” indica ainda que 70% das empresas defendem que matérias laborais como carreiras, benefícios, remunerações complementares ou limites de horas extraordinárias deveriam ser concertadas no interior das empresas e não em sede de Contrato Coletivo de Trabalho (CCT).

Relativamente ao banco de horas individual, 71% das empresas inquiridas dá parecer favorável e, destas, 74% entende que deveria ser fixado por acordo dentro da empresa, em vez de nas convenções coletivas de trabalho.

Segundo nota a AIP, entre as empresas que mais defendem esta concertação interna estão as pequenas e médias empresas.

Já em termos de modelo de trabalho, 81% das 523 empresas participantes dizem praticar trabalho presencial, 17% um modelo híbrido e 2% teletrabalho. Entre as que adotaram um modelo híbrido ou remoto, 73% afirmam que tal contribuiu para uma melhoria da produtividade e 84% consideram manter este modelo.

Quando questionadas sobre o Salário Mínimo Nacional (SMN), 83% das empresas concordam com a sua existência, ainda que 65% entendam que não deve ser encarado como um instrumento de redistribuição de riqueza.

Entre as que consideram que o SMN deve ser um instrumento com este fim, 45% diz que deveria ser a sociedade a suportá-lo, através de impostos negativos nos rendimentos mais baixos, enquanto as restantes 55% defendem que deveria ser suportado pelos custos de exploração das empresas.

Relativamente ao valor de 1.020 euros mensais projetados para o SMN até ao final da atual legislatura, mais de metade (56%) das empresas inquiridas apontam que é suportável pela conta de exploração das empresas, embora 95% desconheça algum estudo que aponte o seu setor de atividade como tendo capacidade para o financiar.

Para 65% das empresas, a fixação anual do salário mínimo deveria estar dependente da evolução da produtividade.

Quando questionadas sobre a autodeclaração de doença, 55% das empresas manifestou-se contra, apesar de 89% assinalar que nunca registou um caso destes ou que estes são muito pouco frequentes.

No que respeita ao designado “direito a desligar”, metade das empresas defende-o e outras tantas discordam, sendo que entre as que apresentam maior taxa de rejeição à implementação desta medida estão, sobretudo, as médias e microempresas.

Já quanto a sua comunicação à ACT, 86% das empresas discordam deste procedimento.

O inquérito da AIP-CCI foi realizado entre 12 de outubro e 11 de novembro de 2024 junto de 523 sociedades comerciais de todo o país (24% do Norte, 32% do Centro, 26% da Área Metropolitana de Lisboa, 12% do Alentejo, 3% do Algarve e 3% das ilhas).

A indústria representou 47% da amostra, seguida pelos serviços (26%), comércio (14%), construção (7%), agricultura (3%), alojamento e restauração (2%) e transportes e armazenagem (1%), sendo que 3% eram grandes empresas, 8% médias, 45% pequenas e 44% microempresas.

Da totalidade da amostra, 49,01% são empresas exportadoras.

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ERC: APENAS 4% DOS MEDIA PORTUGUESES FATURAM ACIMA DE 10 MILHÕES

As empresas de media com rendimentos acima de 10 milhões de euros representavam 4% da totalidade em 2023, segundo a análise económico-financeira da ERC hoje divulgada, que aponta que as receitas não registaram melhoria face ao ano anterior.

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As empresas de media com rendimentos acima de 10 milhões de euros representavam 4% da totalidade em 2023, segundo a análise económico-financeira da ERC hoje divulgada, que aponta que as receitas não registaram melhoria face ao ano anterior.

Esta é uma das conclusões do estudo de análise económica e financeira sobre os media em Portugal da Entidade Reguladora para a Comunicação Social (ERC) relativo ao exercício de 2023, que tem por base dados reportados pelos regulados, no âmbito da Lei da Transparência da Titularidade dos Meios de Comunicação Social (Lei nº 78/2015, de 29 de julho).

“A análise conduzida pela ERC apurou que os ativos totais das empresas de comunicação social ascenderam a 1.123.063 euros e os rendimentos totais da atividade a 1.166.911 euros”, lê-se no comunicado do regulador.

Constatou-se “que as empresas com rendimentos superiores a 10 milhões de euros apenas representaram 4% da totalidade de entidades, mas 86% dos ativos, 84% dos capitais próprios do setor e 89% dos rendimentos”, prossegue a ERC.

O regulador refere que sobressai “o facto de não se ter assistido, em 2023, a uma melhoria dos rendimentos das empresas de comunicação social em Portugal, mantendo-se em 53% a percentagem de empresas que registam crescimento dos rendimentos”.

No período em análise, “o número de empresas com resultados líquidos positivos, resultados operacionais ou EBITDA positivos, e capitais próprios positivos situou-se em proporções inferiores a 2022”.

O estudo caracteriza o setor dos media português de “granular, composto por muitas pequenas empresas, em especial nos segmentos mais tradicionais, como as publicações periódicas e as rádios hertzianas”.

Aliás, “são as pequenas empresas que enfrentam maiores dificuldades face à alteração paradigmática da forma como os conteúdos são consumidos e dos interesses e composição dos consumidores, limitando ou inibindo a capacidade de crescimento”.

A publicidade continuou a ser a principal fonte de receitas do setor em 2023, “mas a sua evolução apresentou um comportamento misto entre as principais instituições”.

De acordo com a análise, “verificou-se um aumento das receitas de publicidade do segmento de televisão, mas mais centrado nos canais de televisão por subscrição (STVS) em detrimento do ‘free-to-air’ [canais gratuitos]”.

O consumo de notícias “é cada vez mais fragmentado entre diferentes plataformas comunicacionais e que a utilização do vídeo como fonte noticiosa tem vindo a crescer, especialmente entre os mais jovens”, refere a análise, que adianta que como “principal fonte de conteúdos de vídeo noticiosos surgem as plataformas de partilha de vídeo em detrimento dos ‘sites’ dos editores, o que aumenta os desafios de monetização de produção de conteúdos e conexão destes últimos”.

O estudo completo da ‘Análise Económica e Financeira ao Setor de Media em Portugal no ano 2023’ pode ser consultado na página da ERC.

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