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GUERRA PODERÁ ATRASAR NOVO HOSPITAL CENTRAL DO ALENTEJO

O Governo admitiu que um agravamento da situação de guerra poderá “condicionar o cumprimento” dos prazos previstos para a conclusão das obras do novo Hospital Central do Alentejo, numa resposta enviada ao PSD, divulgou esta terça-feira o partido.

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O Governo admitiu que um agravamento da situação de guerra poderá “condicionar o cumprimento” dos prazos previstos para a conclusão das obras do novo Hospital Central do Alentejo, numa resposta enviada ao PSD, divulgou esta terça-feira o partido.

Este cenário foi admitido na resposta que, no final de setembro, o ministro da Saúde, Manuel Pizarro, deu a questões colocadas pelo grupo parlamentar do PSD, que neste dia a divulgou.

Os deputados sociais-democratas questionaram se o ministro poderia garantir que a obra do novo Hospital Central do Alentejo, que está em curso, irá estar concluída no final de 2023, de modo a “não se perder o financiamento” do Programa Operacional Regional do Alentejo 2020.

Na resposta, com data da passada sexta-feira, Manuel Pizarro sublinhou que “os esforços de todas as equipas” envolvidas no projeto de construção da nova unidade hospitalar “concentram-se no sentido de que a obra esteja concluída no final do ano de 2023”.

“Apenas a alteração das circunstâncias, para além do previsível neste momento, nomeadamente o agravamento da guerra na Europa, com todas as suas implicações, poderá vir a condicionar o cumprimento deste objetivo”, ressalvou o governante.

Porém, observou, “se tal vier a acontecer”, os projetos em curso “sofrerão ajustamentos não só em Portugal, como na Europa”.

“Esperamos que, mesmo no pior cenário, sejam encontrados mecanismos para garantir o financiamento do PO [Programa Operacional] Regional, uma vez que a própria União Europeia terá de reavaliar o cumprimento das suas próprias metas”, afirmou.

O ministro da Saúde disse ainda que “as dotações necessárias” para o cumprimento das obrigações associadas à construção do novo hospital serão asseguradas pela tutela “conforme se revelem necessárias no decorrer da obra”.

Já os parlamentares sociais-democratas sustentavam, na pergunta ao Governo, que, dos 183 milhões de euros em investimento previsto para o projeto, apenas 40 milhões são cofinanciados pelo programa operacional regional.

O PSD questionava ainda “por que razão o investimento nesta obra” diminuiu substancialmente, alegando que “o Orçamento do Estado para 2022 previa investir 54 milhões de euros” e que na atualização do quadro de investimentos plurianuais estruturantes que o Ministério das Finanças submeteu ao parlamento, em agosto, “surgem apenas dois milhões para esta obra“.

O novo hospital, em construção desde agosto, envolve um investimento total de cerca de 210 milhões de euros, já que, aos cerca de 180 milhões da construção, se juntam perto de mais 30 milhões para equipamentos.

A futura unidade hospitalar, na periferia da cidade de Évora, vai ocupar uma área de 1,9 hectares e ter uma capacidade de 351 camas em quartos individuais, que pode ser aumentada, em caso de necessidade, até 487.

Com 30 camas de cuidados intensivos/intermédios e 15 de cuidados paliativos, a nova unidade vai ter, entre outras valências, 11 blocos operatórios, três dos quais para atividade convencional, seis para ambulatório e dois de urgência, cinco postos de pré-operatório e 43 postos de recobro.

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VILA REAL: CONCURSO PARA CONCLUSÃO DO PAVILHÃO DA ESCOLA DIOGO CÃO

O município de Vila Real abriu esta quinta-feira um concurso público, pelo preço base de 900 mil euros, para concluir a requalificação de um pavilhão desportivo, depois de tomar posse administrativa da obra, em abril, por abandono da empreitada.

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O município de Vila Real abriu esta quinta-feira um concurso público, pelo preço base de 900 mil euros, para concluir a requalificação de um pavilhão desportivo, depois de tomar posse administrativa da obra, em abril, por abandono da empreitada.

O anúncio do concurso público para a conclusão da empreitada de requalificação e beneficiação do pavilhão da Escola Diogo Cão foi publicado esta quinta-feira em Diário da República (DR).

O preço base do procedimento é de cerca de 900 mil euros, o prazo para entrega de propostas decorre até 13 de fevereiro e, depois de adjudicada, a obra deve ser concluída em 270 dias.

Em abril, a Câmara de Vila Real informou que tomou posse administrativa da obra de requalificação deste pavilhão desportivo, localizado na cidade, por alegado incumprimento do empreiteiro que terá suspendido e abandonado a empreitada.

O processo encontra-se, neste momento, em tribunal.

Em março de 2022, a Câmara de Vila Real anunciou um investimento 1,2 milhões de euros na reabilitação do pavilhão desportivo da Escola Diogo Cão e, na altura, foi referido que a intervenção demoraria cerca de um ano.

O objetivo da intervenção era dotar o pavilhão, já com mais de 50 anos, de “condições de segurança” para a prática educativa e a formação desportiva, servindo a escola e, após o horário letivo, a comunidade.

A autarquia explicou que a empreitada foi organizada em duas fases distintas, adjudicadas a duas empresas e que, ambas as fases, resultaram de candidaturas apresentadas ao Norte 2020 e tiveram uma comparticipação financeira de 85%.

No entanto, segundo explicou, a “existência de duas fases ao mesmo tempo veio a revelar-se de muito difícil compatibilização exacerbando o comportamento, já de si, pouco consensual” do empreiteiro em causa, tendo mesmo esta empresa “suspendido de forma unilateral a sua empreitada e abandonado a empreitada, obrigando o município a agir em conformidade e em defesa do interesse público municipal”.

Para efeito, a câmara avançou com a aplicação de sanção contratual no valor de cerca de 217 mil euros (mais IVA), “por atraso reiterado no cumprimento das obrigações decorrentes do contrato”, e procedeu “à resolução do contrato a título sancionatório, tomando a posse administrativa da obra, bem como dos bens móveis e imóveis à mesma afetos, procedendo aos inventários, medições e avaliações necessárias”.

O município referiu que vai conseguir recuperar parte do financiamento comunitário desta obra, já no âmbito do novo quadro comunitário.

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MATOSINHOS: MILITAR DA GNR ALVO DE PROCESSO DISCIPLINAR POR ALEGADA AGRESSÃO

O Comando Geral da GNR instaurou um processo disciplinar a um militar na sequência de uma alegada agressão a um condutor no sábado, em Perafita, Matosinhos, confirmou hoje à Lusa a Guarda.

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O Comando Geral da GNR instaurou um processo disciplinar a um militar na sequência de uma alegada agressão a um condutor no sábado, em Perafita, Matosinhos, confirmou hoje à Lusa a Guarda.

Questionada pela Lusa sobre a alegada agressão hoje revelada por vários órgãos de comunicação social com base num suposto vídeo, a Divisão de Comunicação e Relações Públicas da GNR respondeu sem nunca mencionar ter havido agressão.

“Cumpre-me informar que a situação visualizada no vídeo ocorreu no passado sábado, dia 25 de janeiro, na localidade de Perafita, em Matosinhos, na sequência de uma ocorrência de acidente de viação, tendo resultado na detenção do condutor envolvido, pelo crime de condução sob influência de álcool”, lê-se na resposta assinada pelo major David dos Santos.

E acrescenta: “adicionalmente, importa ainda referir que, depois de analisadas as imagens no referido vídeo, foi determinada a abertura do respetivo procedimento de âmbito disciplinar, com vista ao apuramento das circunstâncias em que ocorreram os factos”.

A Lusa perguntou também se o militar permanece em funções ou se foi afastado, mas não obteve resposta.

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