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GUIMARÃES AVANÇA COM LIGAÇÃO POR ‘METROBUS’ A BRAGA E À ALTA VELOCIDADE

O presidente da Câmara de Guimarães anunciou hoje que o município vai avançar com o projeto para a ligação à alta velocidade ferroviária e à cidade de Braga através de ‘metrobus’ ou de metro ligeiro de superfície.

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O presidente da Câmara de Guimarães anunciou hoje que o município vai avançar com o projeto para a ligação à alta velocidade ferroviária e à cidade de Braga através de ‘metrobus’ ou de metro ligeiro de superfície.

Durante a reunião de câmara, e depois de questionado pelo vereador do PSD Ricardo Araújo, Domingos Bragança (PS) revelou que, na semana passada, reuniu com o ministro do Ambiente e da Mobilidade, Duarte Cordeiro, e com o secretário de Estado da Mobilidade Urbana, Jorge Delgado, para abordar a ligação de Guimarães à alta velocidade e a Braga, cidade onde deverá ser instalada a estação de alta velocidade da região.

“Hoje já não é uma ambição, uma ideia. Hoje, o Governo compreende a necessidade de ligação de Guimarães à alta velocidade e da ligação dos sistemas de mobilidade de Guimarães e de Braga, em via própria, em via dedicada, que pode ser por ‘metrobus’ ou por metro ligeiro de superfície. O que exclui é a ligação por ferrovia”, explicou o autarca, em declarações aos jornalistas, após a reunião do executivo camarário.

Domingos Bragança lembrou as declarações do secretário de Estado das Infraestruturas, Frederico Francisco, proferidas em 27 de janeiro, o qual considerou que seria “muito difícil justificar” a existência de ferrovia pesada entre Braga e Guimarães, pelo elevado custo estimado da empreitada, de “centenas de milhões de euros”.

“Uma ligação em ferrovia pesada entre Braga e Guimarães exigiria provavelmente um túnel de nove quilómetros, o que coloca o valor da ligação facilmente, numas estimativas por alto, para as muitas centenas de milhões de euros, perto dos mil milhões de euros, com facilidade”, disse Frederico Francisco à margem da conferência “Portugal e a Alta Velocidade Ferroviária”, que decorreu no Porto.

Segundo o presidente da Câmara de Guimarães, que defende a opção pelo metro ligeiro de superfície em detrimento do ‘metrobus’, “começa a haver um completo consenso quanto à solução” encontrada, quer pelas autarquias de Guimarães e de Braga, quer pelo Governo.

“A Câmara de Guimarães vai avançar para o projeto desta ligação Guimarães – Braga. Neste momento, o PDM [Plano Diretor Municipal] já esta a trabalhar e a definir, em termos concretos, o canal por onde vai passar esta ligação. Terá de passar pelo território e nós já estamos a defini-lo em PDM”, adiantou Domingos Bragança.

Questionado se já está tomada a decisão de a estação de alta velocidade da região ficar localizada em Braga, Domingos Bragança responde que “o sítio certo ainda não está definido”, mas que “tudo aponta para [localização] a proximidade do centro da cidade de Braga”.

O autarca deu ainda conta de que o estudo do professor Álvaro Costa, elaborado sobre a mobilidade de Guimarães, “é o que está a servir de sustentação, de fundamentação para o canal que está a ser definido no âmbito do PDM”.

O autarca refere que “o Governo está a par de todos os estudos” realizados pelo município, os quais foram enviados para os ministros das Infraestruturas e do Ambiente e da Mobilidade.

“Eles estão sempre a par do que estamos a fazer. O que eu propus ao senhor ministro da Mobilidade é que o projeto é um, mas podemos, se assim entender, dividir por duas fases de execução: a primeira que ligará a cidade de Guimarães, Fermentões, Silvares, Ponte e Vila das Taipas, e depois, numa segunda fase, Vila das Taipas ao sistema de mobilidade de Braga. E é essa a avaliação que o senhor ministro está a fazer com o senhor secretário de Estado e depois nos dará conhecimento, brevemente”, disse.

Domingos Bragança garante ainda que “o ‘metrobus’ ou o metro ligeiro de superfície “deve passar onde as pessoas moram e onde as pessoas trabalham”.

Para o vereador eleito pela coligação PSD/CDS-PP Ricardo Araújo, a localização em Braga da estação de alta velocidade da região “não é aquela que serve os interesses de Guimarães”, lamentando que esse facto esteja a ser dado como “consumado”.

O vereador social-democrata mostra-se ainda preocupado quanto ao tratamento que o executivo liderado por Domingos Bragança tem dado à questão e as medidas tomadas para resolver os problemas da mobilidade no concelho, lembrando que Braga anunciou “100 milhões de euros” para investir na mobilidade interna.

“E?”, questionou Ricardo Araújo.

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MATOSINHOS: MILITAR DA GNR ALVO DE PROCESSO DISCIPLINAR POR ALEGADA AGRESSÃO

O Comando Geral da GNR instaurou um processo disciplinar a um militar na sequência de uma alegada agressão a um condutor no sábado, em Perafita, Matosinhos, confirmou hoje à Lusa a Guarda.

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O Comando Geral da GNR instaurou um processo disciplinar a um militar na sequência de uma alegada agressão a um condutor no sábado, em Perafita, Matosinhos, confirmou hoje à Lusa a Guarda.

Questionada pela Lusa sobre a alegada agressão hoje revelada por vários órgãos de comunicação social com base num suposto vídeo, a Divisão de Comunicação e Relações Públicas da GNR respondeu sem nunca mencionar ter havido agressão.

“Cumpre-me informar que a situação visualizada no vídeo ocorreu no passado sábado, dia 25 de janeiro, na localidade de Perafita, em Matosinhos, na sequência de uma ocorrência de acidente de viação, tendo resultado na detenção do condutor envolvido, pelo crime de condução sob influência de álcool”, lê-se na resposta assinada pelo major David dos Santos.

E acrescenta: “adicionalmente, importa ainda referir que, depois de analisadas as imagens no referido vídeo, foi determinada a abertura do respetivo procedimento de âmbito disciplinar, com vista ao apuramento das circunstâncias em que ocorreram os factos”.

A Lusa perguntou também se o militar permanece em funções ou se foi afastado, mas não obteve resposta.

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OVAR: PENA SUSPENSA PARA EX-FUNCIONÁRIA QUE DESVIO DINHEIRO DA AUTARQUIA

O Tribunal de Aveiro condenou esta quarta-feira a três anos e nove meses de prisão suspensa uma antiga funcionária da Câmara de Ovar suspeita de se ter apropriado de cerca de 70 mil euros da tesouraria municipal durante quatro anos.

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O Tribunal de Aveiro condenou esta quarta-feira a três anos e nove meses de prisão suspensa uma antiga funcionária da Câmara de Ovar suspeita de se ter apropriado de cerca de 70 mil euros da tesouraria municipal durante quatro anos.

Durante a leitura do acórdão, a juíza presidente disse que ficaram demonstrados os factos que eram imputados à arguida, ocorridos entre 2014 e 2017.

A arguida foi condenada a três anos de prisão, por um crime de peculato na forma continuada, e dois anos e dois meses, por um crime de falsidade informática.

Em cúmulo jurídico, foi-lhe aplicada uma pena única de três anos e nove meses de prisão, suspensa na sua execução por igual período.

O tribunal julgou ainda totalmente procedente o pedido cível deduzido pelo município de Ovar, pelo que a arguida terá de restituir a quantia de que se apropriou.

O caso teve origem em 2017, após uma auditoria da Inspeção-Geral de Finanças ter detetado irregularidades relativas à arrecadação de receita.

Na altura, o executivo então liderado pelo social-democrata Salvador Malheiro ordenou a instauração de um inquérito para apuramento dos factos, que deu origem à abertura de um processo disciplinar de que resultou o despedimento da funcionária acusada e a participação dos factos ao Ministério Público (MP).

O caso está relacionado com um esquema de atribuição de notas de crédito, em que a funcionária registava como recebidas verbas que na verdade não chegavam a entrar nos cofres da autarquia.

Segundo a acusação do MP, a arguida terá procedido à emissão de notas de crédito, mediante as quais se terá procedido à anulação de faturas emitidas, sem que fosse emitida nova fatura, ficando para si com o dinheiro cobrado.

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