INTERNACIONAL
MICHELIN ANUNCIA HOJE RESTAURANTES DISTINGUIDOS EM PORTUGAL E ESPANHA
A Michelin anuncia hoje quais os restaurantes distinguidos com uma, duas e três estrelas na edição de 2021 do guia Espanha e Portugal, numa cerimónia que será transmitida de forma virtual a partir de Madrid.
A Michelin anuncia hoje quais os restaurantes distinguidos com uma, duas e três estrelas na edição de 2021 do guia Espanha e Portugal, numa cerimónia que será transmitida de forma virtual a partir de Madrid.
Agendado para as 19:00 em Portugal, uma hora mais tarde em Espanha, o anúncio dos restaurantes distinguidos no Guia Michelin Espanha e Portugal 2021 será transmitida em direto a partir da Real Casa de Correos, na Porta do Sol, Madrid, através da plataforma galaguia.michelin.pt.
A realização da cerimónia em formato virtual deve-se às restrições impostas pela pandemia de covid-19, que também fizeram atrasar em algumas semanas o lançamento do guia, normalmente lançado em novembro, e que chegará esta terça-feira às bancas.
De acordo com a agência de notícias espanhola, Efe, que cita fonte da Michelin, na edição do próximo ano há um aumento “razoável” de restaurantes distinguidos com duas estrelas (‘cozinha excecional, merece o desvio’) e um crescimento “alto” de uma estrela (‘cozinha de grande nível, compensa parar’).
Além disso, será atribuída uma nova distinção, a estrela verde, que premeia os restaurantes pela sua sustentabilidade.
Também haverá perdas de estrelas, a maioria por encerramentos, e “uns poucos” por baixa dos padrões exigidos pelos inspetores da Michelin.
Na edição de 2020, Portugal conta com sete restaurantes com duas estrelas e 20 com uma estrela.
É esperada a perda da estrela que detinha o restaurante ‘São Gabriel’ (Almancil, Algarve), que fechou portas em novembro passado, após ter sido vendido.
Em abril, Gwendal Poullenec, diretor internacional do Guia Michelin, editado em 32 países, assegurou que os inspetores teriam um critério “flexível e realista” na avaliação dos restaurantes em contexto de pandemia, que afetou duramente o setor da restauração.
Segundo o responsável, os inspetores serão “flexíveis, sensatos, respeitosos e realistas” e oferecerão o seu apoio para contribuir para a recuperação dos restaurantes.
A diretora de comunicação e marcas da Michelin, Mónica Rius, assegurou que o inspetor-chefe “José Vallés e a sua equipa de inspetores foram capazes de assegurar a seleção de 2021 em circunstâncias tão adversas como as deste ano”.
“Foi um trabalho de campo sem precedentes, com o objetivo único de não faltar ao nosso encontro anual com os nossos leitores, e de apoiar um sector estratégico tão castigado pela pandemia”, referiu.
As galas de lançamento do Guia Espanha e Portugal realizam-se anualmente desde 2009, quando foi lançada a centésima edição do guia ibérico, decorrendo em cidades diferentes, quase sempre em Espanha. Lisboa acolheu a cerimónia em novembro de 2018.
INTERNACIONAL
BIBLIOTECA SOBRE O NAZISMO E O HOLOCAUSTO ACESSÍVEL NA INTERNET DESDE HOJE
Fotografias do campo de Auschwitz-Birkenau, testemunhos e documentos sobre a ascensão do fascismo na Europa antes da Segunda Guerra Mundial integram um dos maiores arquivos sobre o Holocausto que está acessível desde hoje na internet.
Fotografias do campo de Auschwitz-Birkenau, testemunhos e documentos sobre a ascensão do fascismo na Europa antes da Segunda Guerra Mundial integram um dos maiores arquivos sobre o Holocausto que está acessível desde hoje na internet.
A Biblioteca Wiener sobre o Holocausto, com sede em Londres, reúne centenas de milhares de documentos originais sobre a situação dos judeus europeus antes de 1939, o regime nazi e o Holocausto.
A biblioteca decidiu tornar acessível hoje, no 80.º aniversário da libertação de Auschwitz, parte da sua coleção, nomeadamente fotografias, cartas e testemunhos que atestam os crimes nazis no campo da Polónia (https://wienerholocaustlibrary.org/).
“A necessidade de defender a verdade tornou-se ainda mais urgente devido ao ressurgimento do antissemitismo e de outras formas de desinformação e ódio”, explicou Toby Simpson, diretor da biblioteca, citado num comunicado.
“Ao disponibilizar gratuitamente uma grande quantidade de provas em linha [‘online’], estamos a garantir que os arquivos históricos são acessíveis a todos”, afirmou, segundo a agência francesa AFP.
Entre os mais de 150.000 documentos disponíveis em linha pela primeira vez, encontram-se numerosas fotografias tiradas aquando da libertação do campo de Auschwitz, em 27 de janeiro de 1945.
Também ficaram acessíveis documentos utilizados nos julgamentos de Nuremberga, durante os quais os principais dirigentes do Terceiro Reich, o regime nazi alemão de Adolf Hitler, foram julgados.
A biblioteca publica também cerca de 500 folhetos e livros de propaganda antifascista, distribuídos na Alemanha na década de 1930 e disfarçados de anúncios de champôs ou livros de receitas, para escapar à vigilância do regime nazi.
Revela também documentos que mostram a ascensão do fascismo no Reino Unido antes e depois da Segunda Guerra Mundial (1939-1945).
“Numa altura em que figuras de extrema-direita ameaçam a Europa e não só, estas coleções revelam não só as origens destas ideologias perigosas, mas também as motivações e estratégias daqueles que, ao longo da História, as mantiveram à distância”, disseram os responsáveis pela biblioteca.
A Biblioteca Wiener sobre o Holocausto foi fundada na década de 1930 por Alfred Wiener, que fez campanha contra o nazismo nas décadas de 1920 e 1930.
Depois de fugir da Alemanha para os Países Baixos, em 1933, começou a recolher provas da perseguição dos judeus.
Continuou o seu trabalho a partir do Reino Unido, onde se exilou pouco antes do início da guerra e onde a biblioteca ainda se encontra, no centro de Londres.
Sobreviventes de Auschwitz, acompanhados pelo Presidente polaco, Andrzej Duda, depositaram flores hoje de manhã em frente ao Muro da Morte do campo, onde os prisioneiros eram fuzilados.
Alguns usavam lenços às riscas azuis e brancas, simbolizando os antigos uniformes prisionais. Ao pé do muro, acenderam velas em memória dos mortos e tocaram o muro com uma mão, em silêncio.
A cerimónia, sob o portão de entrada de Birkenau, deverá começar às 16:00 locais (15:00 em Lisboa) e contará com a presença de 54 delegações internacionais, algumas das quais lideradas por chefes de Estado, mas o foco estará nos sobreviventes, segundo a organização.
“Este ano, estamos a centrar-nos nos sobreviventes e na sua mensagem”, disse à AFP o porta-voz do museu de Auschwitz, Pawel Sawicki.
“Não haverá discursos de políticos”, acrescentou.
Auschwitz-Birkenau tornou-se o símbolo do genocídio perpetrado pela Alemanha nazi contra seis milhões de judeus europeus, um milhão dos quais morreram no campo entre 1940 e 1945, bem como mais de 100.000 não judeus.
INTERNACIONAL
PAPA DIZ QUE HOLOCAUSTO NÃO PODE SER ESQUECIDO OU NEGADO
O Papa Francisco disse hoje que “o horror” do Holocausto não pode ser “esquecido ou negado” e exortou à luta contra o antissemitismo, lembrando que na segunda-feira se assinalam 80 anos da libertação do campo de concentração de Auschwitz.
O Papa Francisco disse hoje que “o horror” do Holocausto não pode ser “esquecido ou negado” e exortou à luta contra o antissemitismo, lembrando que na segunda-feira se assinalam 80 anos da libertação do campo de concentração de Auschwitz.
“Amanhã é o Dia Internacional da Memória das Vítimas do Holocausto, 80 anos após a libertação do campo de concentração de Auschwitz. O horror do extermínio de milhões de judeus e de pessoas de outras religiões durante esses anos não pode ser esquecido nem negado”, afirmou o Papa no final da oração do Angelus dominical.
Lembrando que, durante esses anos, foram também mortos “muitos cristãos, muitos mártires”, Francisco apelou a que “todos trabalhem em conjunto para erradicar o flagelo do antissemitismo e outras formas de discriminação e perseguição religiosa”.
“Construamos juntos um mundo mais fraterno e justo, educando os jovens a ter um coração aberto a todos na lógica da fraternidade, do perdão e da paz”, concluiu.
Proclamado oficialmente em novembro de 2005, o Dia Internacional da Memória das Vítimas do Holocausto, que se assinala na segunda-feira, comemora a libertação pelas tropas soviéticas, em 1945, do campo de concentração e extermínio nazi alemão de Auschwitz-Birkenau.
Auschwitz-Birkenau tornou-se o símbolo do genocídio perpetrado pela Alemanha nazi contra seis milhões de judeus europeus, um milhão dos quais morreram no local entre 1940 e 1945, bem como mais de 100.000 não judeus.
Na segunda-feira, uma cerimónia oficial com a presença de cerca de meia centena de sobreviventes e 54 delegações internacionais assinalará o 80.º aniversário da libertação do local.
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