Ligue-se a nós

REGIÕES

MONTALEGRE: MANIFESTAÇÕES E PROTESTOS CONTRA AS MINAS DE LÍTIO

Uma marcha com tratores, caminhadas e um acampamento são iniciativas de protesto que se realizam neste mês de agosto contra as explorações mineiras de volfrâmio e lítio projetadas para Montalegre e Boticas, no distrito de Vila Real.

Online há

em

Uma marcha com tratores, caminhadas e um acampamento são iniciativas de protesto que se realizam neste mês de agosto contra as explorações mineiras de volfrâmio e lítio projetadas para Montalegre e Boticas, no distrito de Vila Real.

Movimentos e associações estão a organizar iniciativas de luta contra as minas na região do Barroso e no domingo realiza-se uma “marcha de protesto” com tratores, carros e motos na freguesia de Salto, no concelho de Montalegre.

O objetivo, segundo um comunicado divulgado pelo Movimento Não às Minas – Montalegre, é “mostrar a oposição das populações” à intenção da empresa Minerália em explorar volfrâmio na Borralha, mas também “demonstrar oposição a todos os outros projetos mineiros na região, independentemente da fase em que se encontrem (pedidos de prospeção, pedidos de exploração ou já em laboração)”.

A Minerália requereu a celebração do contrato de concessão de exploração de volfrâmio, estanho e molibdénio em área do antigo couto mineiro. As minas da Borralha abriram em 1902, encerraram em 1986 e chegaram a ser um dos principais centros mineiros de exploração de volfrâmio em Portugal.

A marcha tem início na zona do Carvalhal do Esporão e a iniciativa envolve ainda o Centro de Gestão da Empresa Agrícola do Barroso, a Associação Agroflorestal das Terras de Barroso, Associação Nacional de Criadores de Gado da Raça Barrosã, conselhos diretivos dos baldios de Paredes, Caniço e Linharelhos e o grupo Borralha Sim Minas Não.

“Esta região encontra-se seriamente ameaçada. Os seus recursos naturais estão ameaçados, assim como o modo de vida e os modelos de subsistência das populações. Poderá estar em causa a extinção de atividades ancestrais sustentáveis, assim como de produtos endógenos de elevada qualidade. Esta calamidade anunciada é extensiva à região envolvente e até a outras zonas do país”, refere ainda a nota de imprensa.

Segundo o Movimento, além deste pedido de contrato da Minerália, a freguesia de Salto está também abrangida pelo pedido “Viso”, solicitado pela Fortescue Metals Group Ltd., que abrange os concelhos de Montalegre, Vieira do Minho, Cabeceiras de Basto e Fafe e pelo futuro concurso internacional para o lítio, na área Barroso-Alvão.

“Para Cerdedo (Boticas) já foi assinado o contrato para a zona denominada ‘Capelo’. Em Couto de Dornelas encontra-se já a operar a Mina de Lousas. Covas de Barroso é o epicentro da Mina do Barroso. Além disso, toda esta região se encontra repleta de pedidos de prospeção adicionais”, pode ainda ler-se no comunicado.

Para a freguesia de Morgade foi assinado o contrato de exploração da mina do Romano com a empresa Lusorecursos, que deverá entregar o Estudo de Impacto Ambiental (EIA) até 13 de agosto.

Para domingo está também prevista uma caminhada em Morgade, uma iniciativa da associação Montalegre com Vida que quer dar a conhecer a freguesia e, ao mesmo tempo, sensibilizar as pessoas para “o perigo ambiental, social e económico decorrente da exploração mineira”.

Um dia antes, no sábado, a Associação Ambiental Unidos pela Natureza promove uma visita à região envolvente da Mina do Barroso (Boticas) para “dar a conhecer o crime ambiental que, desde 2008, decorre sem qualquer resistência”.

A associação Unidos em Defesa de Covas do Barroso está a organizar, de 14 a 18 de agosto, uma “acampada”, ou seja, um acampamento contra a exploração mineira na região que diz que “já tem impactes sociais e ambientais bem visíveis”.

A iniciativa conta com a participação de outros movimentos e coletivos, entre os quais a Greve Climática Estudantil e a Caravana Zapatista.

“A mina da Savannah é o projeto de extração de minerais de lítio mais avançado em território português. É a primeira de várias minas que o Governo português pretende desenvolver, algumas aqui na região do Barroso, mas também noutras partes do país”, salientou a organização em comunicado.

A Mina do Barroso situa-se em área das freguesias de Dornelas e Covas do Barroso, e o projeto está a ser promovido pela empresa Savannah Lithium, Lda., que prevê uma exploração de lítio e outros minerais a céu aberto. A área de concessão prevista é de 593 hectares.

No âmbito da consulta pública do EIA da Mina do Barroso, que terminou em julho, foram efetuadas 170 participações e a decisão final deverá ser anunciada pela Agência Portuguesa do Ambiente nos próximos três meses.

DEIXE O SEU COMENTÁRIO

Leave a Reply

O seu endereço de email não será publicado. Campos obrigatórios marcados com *

REGIÕES

VILA REAL: CONCURSO PARA CONCLUSÃO DO PAVILHÃO DA ESCOLA DIOGO CÃO

O município de Vila Real abriu esta quinta-feira um concurso público, pelo preço base de 900 mil euros, para concluir a requalificação de um pavilhão desportivo, depois de tomar posse administrativa da obra, em abril, por abandono da empreitada.

Online há

em

O município de Vila Real abriu esta quinta-feira um concurso público, pelo preço base de 900 mil euros, para concluir a requalificação de um pavilhão desportivo, depois de tomar posse administrativa da obra, em abril, por abandono da empreitada.

O anúncio do concurso público para a conclusão da empreitada de requalificação e beneficiação do pavilhão da Escola Diogo Cão foi publicado esta quinta-feira em Diário da República (DR).

O preço base do procedimento é de cerca de 900 mil euros, o prazo para entrega de propostas decorre até 13 de fevereiro e, depois de adjudicada, a obra deve ser concluída em 270 dias.

Em abril, a Câmara de Vila Real informou que tomou posse administrativa da obra de requalificação deste pavilhão desportivo, localizado na cidade, por alegado incumprimento do empreiteiro que terá suspendido e abandonado a empreitada.

O processo encontra-se, neste momento, em tribunal.

Em março de 2022, a Câmara de Vila Real anunciou um investimento 1,2 milhões de euros na reabilitação do pavilhão desportivo da Escola Diogo Cão e, na altura, foi referido que a intervenção demoraria cerca de um ano.

O objetivo da intervenção era dotar o pavilhão, já com mais de 50 anos, de “condições de segurança” para a prática educativa e a formação desportiva, servindo a escola e, após o horário letivo, a comunidade.

A autarquia explicou que a empreitada foi organizada em duas fases distintas, adjudicadas a duas empresas e que, ambas as fases, resultaram de candidaturas apresentadas ao Norte 2020 e tiveram uma comparticipação financeira de 85%.

No entanto, segundo explicou, a “existência de duas fases ao mesmo tempo veio a revelar-se de muito difícil compatibilização exacerbando o comportamento, já de si, pouco consensual” do empreiteiro em causa, tendo mesmo esta empresa “suspendido de forma unilateral a sua empreitada e abandonado a empreitada, obrigando o município a agir em conformidade e em defesa do interesse público municipal”.

Para efeito, a câmara avançou com a aplicação de sanção contratual no valor de cerca de 217 mil euros (mais IVA), “por atraso reiterado no cumprimento das obrigações decorrentes do contrato”, e procedeu “à resolução do contrato a título sancionatório, tomando a posse administrativa da obra, bem como dos bens móveis e imóveis à mesma afetos, procedendo aos inventários, medições e avaliações necessárias”.

O município referiu que vai conseguir recuperar parte do financiamento comunitário desta obra, já no âmbito do novo quadro comunitário.

LER MAIS

REGIÕES

MATOSINHOS: MILITAR DA GNR ALVO DE PROCESSO DISCIPLINAR POR ALEGADA AGRESSÃO

O Comando Geral da GNR instaurou um processo disciplinar a um militar na sequência de uma alegada agressão a um condutor no sábado, em Perafita, Matosinhos, confirmou hoje à Lusa a Guarda.

Online há

em

O Comando Geral da GNR instaurou um processo disciplinar a um militar na sequência de uma alegada agressão a um condutor no sábado, em Perafita, Matosinhos, confirmou hoje à Lusa a Guarda.

Questionada pela Lusa sobre a alegada agressão hoje revelada por vários órgãos de comunicação social com base num suposto vídeo, a Divisão de Comunicação e Relações Públicas da GNR respondeu sem nunca mencionar ter havido agressão.

“Cumpre-me informar que a situação visualizada no vídeo ocorreu no passado sábado, dia 25 de janeiro, na localidade de Perafita, em Matosinhos, na sequência de uma ocorrência de acidente de viação, tendo resultado na detenção do condutor envolvido, pelo crime de condução sob influência de álcool”, lê-se na resposta assinada pelo major David dos Santos.

E acrescenta: “adicionalmente, importa ainda referir que, depois de analisadas as imagens no referido vídeo, foi determinada a abertura do respetivo procedimento de âmbito disciplinar, com vista ao apuramento das circunstâncias em que ocorreram os factos”.

A Lusa perguntou também se o militar permanece em funções ou se foi afastado, mas não obteve resposta.

LER MAIS

MAIS LIDAS