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PORTO: MORADORES EXIGEM MEDIDAS PARA TRAVAR O TRÁFICO DE DROGA NA PASTELEIRA

Moradores nas proximidades do bairro da Pasteleira e de Pinheiro Torres asseguraram hoje que com o consumo e tráfico de droga aquela zona do Porto “ficou insustentável” e apelaram à atuação do Governo para travar o fenómeno.

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Moradores nas proximidades do bairro da Pasteleira e de Pinheiro Torres asseguraram hoje que com o consumo e tráfico de droga aquela zona do Porto “ficou insustentável” e apelaram à atuação do Governo para travar o fenómeno.

“Há uma impunidade do tráfico. Não se faz nada. Não há vontade nenhuma de acabar com o tráfico”, afirmou aos jornalistas Cristina Costa Reis, representante dos moradores que vivem na avenida Marechal Gomes da Costa.

Depois de uma reunião com o presidente da Câmara do Porto, a moradora destacou que os problemas naquela zona se intensificaram com a pandemia da covid-19, refletindo-se no aumento de viaturas assaltadas, nas quais, muitas das vezes, os toxicodependentes “acabam por pernoitar”, contou.

“A nossa zona ficou insustentável”, afirmou Cristina, acrescentando que os moradores se sentem “abandonados” pelas autoridades, mas também pelo Estado.

À semelhança de Cristina, também Rui Carrapa, da associação Jardim do Fluvial Sem Drogas, destacou que “há mais de quatro anos” se defronta diariamente com o consumo de droga, fenómeno que, afirmou, “se tem degradado” naquela zona localizada nas proximidades dos bairros da Pasteleira e de Pinheiro Torres.

Destacando que a solução para travar aquele fenómeno passa por um reforço da segurança, Rui Carrapa afirmou, no entanto, que a situação “dificilmente se resolverá sem a criminalização do consumo no espaço público”.

“O primeiro-ministro certamente não gostaria de sair de casa e à porta ter alguém a injetar-se no pescoço”, afirmou, apelando a uma maior atuação do Ministério da Administração Interna (MAI), do Ministério da Saúde e da Segurança Social.

Também Manuel Gericota, da associação de moradores das Condominhas, defendeu ser necessária uma “resposta” do Estado para travar este fenómeno, a qual, disse, “não tem existido”.

“O Estado não dá resposta”, disse o morador, referindo-se tanto à situação dos moradores, como dos toxicodependentes.

Aos jornalistas, o presidente da Câmara do Porto instou hoje o ministro da Administração Interna a assumir “competências” para resolver o problema do consumo e tráfico de estupefacientes na cidade, e “não esconder debaixo do tapete” esta matéria.

“Por mim é fácil, se o ministro da Administração Interna tiver uma varinha mágica para resolver o problema, ele que resolva porque a competência é dele. A competência é do senhor ministro. Enquanto ele não assumir essa competência, porque não tem sabido assumir, nós faremos o que está ao nosso alcance”, afirmou Rui Moreira.

Numa carta enviada a 26 de janeiro à ministra da Defesa, a que a Lusa teve acesso, Rui Moreira pediu ao Ministério da Defesa que se adotem medidas para resolver o “grave problema de segurança” do Quartel de Manutenção Militar e da Casa da Superintendência, espaços frequentados por toxicodependentes.

“A verdade é que se tem vindo a agravar o clima de insegurança que se vive na zona”, afirmou Rui Moreira, acrescentando que os edifícios, que estão devolutos, “têm vindo a ser ocupados por toxicodependentes” e, mais recentemente, “de forma premente, na sequência das recentes intervenções policiais de desmantelamento dos acampamentos de droga na zona da Pasteleira”.

“Trata-se de um foco de insalubridade, que ameaça a segurança de pessoas e bens, inclusivamente com risco de incêndio”, observou.

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MATOSINHOS: MILITAR DA GNR ALVO DE PROCESSO DISCIPLINAR POR ALEGADA AGRESSÃO

O Comando Geral da GNR instaurou um processo disciplinar a um militar na sequência de uma alegada agressão a um condutor no sábado, em Perafita, Matosinhos, confirmou hoje à Lusa a Guarda.

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O Comando Geral da GNR instaurou um processo disciplinar a um militar na sequência de uma alegada agressão a um condutor no sábado, em Perafita, Matosinhos, confirmou hoje à Lusa a Guarda.

Questionada pela Lusa sobre a alegada agressão hoje revelada por vários órgãos de comunicação social com base num suposto vídeo, a Divisão de Comunicação e Relações Públicas da GNR respondeu sem nunca mencionar ter havido agressão.

“Cumpre-me informar que a situação visualizada no vídeo ocorreu no passado sábado, dia 25 de janeiro, na localidade de Perafita, em Matosinhos, na sequência de uma ocorrência de acidente de viação, tendo resultado na detenção do condutor envolvido, pelo crime de condução sob influência de álcool”, lê-se na resposta assinada pelo major David dos Santos.

E acrescenta: “adicionalmente, importa ainda referir que, depois de analisadas as imagens no referido vídeo, foi determinada a abertura do respetivo procedimento de âmbito disciplinar, com vista ao apuramento das circunstâncias em que ocorreram os factos”.

A Lusa perguntou também se o militar permanece em funções ou se foi afastado, mas não obteve resposta.

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OVAR: PENA SUSPENSA PARA EX-FUNCIONÁRIA QUE DESVIO DINHEIRO DA AUTARQUIA

O Tribunal de Aveiro condenou esta quarta-feira a três anos e nove meses de prisão suspensa uma antiga funcionária da Câmara de Ovar suspeita de se ter apropriado de cerca de 70 mil euros da tesouraria municipal durante quatro anos.

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O Tribunal de Aveiro condenou esta quarta-feira a três anos e nove meses de prisão suspensa uma antiga funcionária da Câmara de Ovar suspeita de se ter apropriado de cerca de 70 mil euros da tesouraria municipal durante quatro anos.

Durante a leitura do acórdão, a juíza presidente disse que ficaram demonstrados os factos que eram imputados à arguida, ocorridos entre 2014 e 2017.

A arguida foi condenada a três anos de prisão, por um crime de peculato na forma continuada, e dois anos e dois meses, por um crime de falsidade informática.

Em cúmulo jurídico, foi-lhe aplicada uma pena única de três anos e nove meses de prisão, suspensa na sua execução por igual período.

O tribunal julgou ainda totalmente procedente o pedido cível deduzido pelo município de Ovar, pelo que a arguida terá de restituir a quantia de que se apropriou.

O caso teve origem em 2017, após uma auditoria da Inspeção-Geral de Finanças ter detetado irregularidades relativas à arrecadação de receita.

Na altura, o executivo então liderado pelo social-democrata Salvador Malheiro ordenou a instauração de um inquérito para apuramento dos factos, que deu origem à abertura de um processo disciplinar de que resultou o despedimento da funcionária acusada e a participação dos factos ao Ministério Público (MP).

O caso está relacionado com um esquema de atribuição de notas de crédito, em que a funcionária registava como recebidas verbas que na verdade não chegavam a entrar nos cofres da autarquia.

Segundo a acusação do MP, a arguida terá procedido à emissão de notas de crédito, mediante as quais se terá procedido à anulação de faturas emitidas, sem que fosse emitida nova fatura, ficando para si com o dinheiro cobrado.

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