REGIÕES
PORTO: RUI MOREIRA QUEIXA-SE DOS ATRASOS NAS OBRAS DO METRO
O presidente da Câmara do Porto, Rui Moreira, enviou pela terceira vez em pouco mais de um ano uma carta à Metro do Porto com queixas sobre obras na cidade, considerando que é “impossível confiar” nos planos da transportadora.
O presidente da Câmara do Porto, Rui Moreira, enviou pela terceira vez em pouco mais de um ano uma carta à Metro do Porto com queixas sobre obras na cidade, considerando que é “impossível confiar” nos planos da transportadora.
“Será impossível confiar num plano de obra apresentado pela Metro do Porto, cuja imprevisbilidade é uma constante”, pode ler-se na carta que o autarca independente enviou, no dia 04 de janeiro, ao presidente da Metro do Porto, Tiago Braga, a que a Lusa teve hoje acesso.
Para Rui Moreira, “nada do que foi planeado e apresentado (…) está a ser cumprido” pela Metro do Porto, surgindo ainda “alterações ao que estava anteriormente projetado que vão agravando, ainda mais, as condições de mobilidade e os constrangimentos ao normal funcionamento da cidade”.
Na missiva, Rui Moreira refere-se concretamente às obras da futura linha Rosa (São Bento – Casa da Música) e às do ‘metrobus’ (Casa da Música – Praça do Império).
Desta vez, o presidente da autarquia foca-se particularmente na Avenida do Marechal Gomes da Costa em que, segundo o autarca, “inicialmente, estava prevista uma intervenção leve”, mas “alterou-se o projeto, e (…) tornou-se necessária a construção de uma caixa de pavimento com uma profundidade de um metro em relação ao nível da via pública, o que provocou um atraso de dois meses”.
“É inevitável que se perca toda e qualquer confiança nos cronogramas apresentados, nas soluções construtivas propostas, assim como nas promessas de entrega do espaço público nas datas apresentadas”, considera Rui Moreira.
Para o autarca, “nada segue de acordo com o plano previsto, pelo que o impacto na vida das pessoas e na economia da cidade assume proporções intoleráveis”, pretentendo ainda “sinalização mais eficaz e uma informação mais abrangente e detalhada” sobre os trabalhos em curso.
Na missiva de 04 de janeiro a que a Lusa teve hoje acesso, já depois de ser conhecido que a Metro do Porto não vai fechar o túnel do Campo Alegre durante as obras da Linha Rubi (Casa da Música – Santo Ovídio), suprimindo um acesso pedonal à futura estação na zona, Rui Moreira apresentou um novo calendário de atrasos.
Segundo os serviços da autarquia portuense, na linha Rosa a galeria do Rio da Vila tem um atraso de 621 dias, a estação da Praça da Galiza tem 244 dias de atraso, a do Hospital Santo António 92 dias, na Casa da Música há um atraso de 434 dias, o poço de emergência do Largo Ferreira Lapa conta com 190 dias e o de Miguel Bombarda 488 dias.
Quanto ao ‘metrobus’, Rui Moreira sinalizou a Tiago Braga 162 dias de atraso entre as ruas Dominguez Alvarez e Bessa Leite, 207 dias entre as ruas Agramonte e João de Deus, 140 dias entre Pedro Hispano e Azevedo Coutinho, 177 dias entre São João de Brito e Pinheiro Manso, e 66 dias entre a interceção das avenidas da Boavista e Marechal Gomes da Costa e a rua João de Barros.
Esta é a terceira vez em pouco mais de um ano que Rui Moreira utiliza a carta como meio de se queixar sobre as obras da Metro do Porto.
Em novembro do ano passado, a Câmara do Porto já tinha acusado a Metro do Porto de resvalar para 2025 as obras da linha Rosa, inicialmente previstas para o final deste ano.
Já num ofício enviado em novembro de 2022 ao presidente do Conselho de Administração da Metro do Porto, Rui Moreira já tinha manifestado a sua preocupação com “o impacto profundamente negativo gerado pela empreitada da nova linha do metro” que, defendeu à época, apresentava “excessivos atrasos” em “praticamente todas as frentes”.
A Lusa contactou a Metro do Porto com vista à obtenção de uma reação, e aguarda resposta.
REGIÕES
MATOSINHOS: MILITAR DA GNR ALVO DE PROCESSO DISCIPLINAR POR ALEGADA AGRESSÃO
O Comando Geral da GNR instaurou um processo disciplinar a um militar na sequência de uma alegada agressão a um condutor no sábado, em Perafita, Matosinhos, confirmou hoje à Lusa a Guarda.
O Comando Geral da GNR instaurou um processo disciplinar a um militar na sequência de uma alegada agressão a um condutor no sábado, em Perafita, Matosinhos, confirmou hoje à Lusa a Guarda.
Questionada pela Lusa sobre a alegada agressão hoje revelada por vários órgãos de comunicação social com base num suposto vídeo, a Divisão de Comunicação e Relações Públicas da GNR respondeu sem nunca mencionar ter havido agressão.
“Cumpre-me informar que a situação visualizada no vídeo ocorreu no passado sábado, dia 25 de janeiro, na localidade de Perafita, em Matosinhos, na sequência de uma ocorrência de acidente de viação, tendo resultado na detenção do condutor envolvido, pelo crime de condução sob influência de álcool”, lê-se na resposta assinada pelo major David dos Santos.
E acrescenta: “adicionalmente, importa ainda referir que, depois de analisadas as imagens no referido vídeo, foi determinada a abertura do respetivo procedimento de âmbito disciplinar, com vista ao apuramento das circunstâncias em que ocorreram os factos”.
A Lusa perguntou também se o militar permanece em funções ou se foi afastado, mas não obteve resposta.
REGIÕES
OVAR: PENA SUSPENSA PARA EX-FUNCIONÁRIA QUE DESVIO DINHEIRO DA AUTARQUIA
O Tribunal de Aveiro condenou esta quarta-feira a três anos e nove meses de prisão suspensa uma antiga funcionária da Câmara de Ovar suspeita de se ter apropriado de cerca de 70 mil euros da tesouraria municipal durante quatro anos.
O Tribunal de Aveiro condenou esta quarta-feira a três anos e nove meses de prisão suspensa uma antiga funcionária da Câmara de Ovar suspeita de se ter apropriado de cerca de 70 mil euros da tesouraria municipal durante quatro anos.
Durante a leitura do acórdão, a juíza presidente disse que ficaram demonstrados os factos que eram imputados à arguida, ocorridos entre 2014 e 2017.
A arguida foi condenada a três anos de prisão, por um crime de peculato na forma continuada, e dois anos e dois meses, por um crime de falsidade informática.
Em cúmulo jurídico, foi-lhe aplicada uma pena única de três anos e nove meses de prisão, suspensa na sua execução por igual período.
O tribunal julgou ainda totalmente procedente o pedido cível deduzido pelo município de Ovar, pelo que a arguida terá de restituir a quantia de que se apropriou.
O caso teve origem em 2017, após uma auditoria da Inspeção-Geral de Finanças ter detetado irregularidades relativas à arrecadação de receita.
Na altura, o executivo então liderado pelo social-democrata Salvador Malheiro ordenou a instauração de um inquérito para apuramento dos factos, que deu origem à abertura de um processo disciplinar de que resultou o despedimento da funcionária acusada e a participação dos factos ao Ministério Público (MP).
O caso está relacionado com um esquema de atribuição de notas de crédito, em que a funcionária registava como recebidas verbas que na verdade não chegavam a entrar nos cofres da autarquia.
Segundo a acusação do MP, a arguida terá procedido à emissão de notas de crédito, mediante as quais se terá procedido à anulação de faturas emitidas, sem que fosse emitida nova fatura, ficando para si com o dinheiro cobrado.
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