REGIÕES
PORTO: RUI MOREIRA QUESTIONA A ‘CAPACIDADE’ DO IPMA NA PREVISÃO DE CHEIAS
O presidente da Câmara do Porto, Rui Moreira, questionou hoje a capacidade e dotação dos instrumentos do Instituto Português do Mar e da Atmosfera (IPMA) para prever fenómenos torrenciais como o ocorrido na cidade há mais de uma semana.

O presidente da Câmara do Porto, Rui Moreira, questionou hoje a capacidade e dotação dos instrumentos do Instituto Português do Mar e da Atmosfera (IPMA) para prever fenómenos torrenciais como o ocorrido na cidade há mais de uma semana.
“Pergunto se o IPMA está dotado dos instrumentos que deveria de ter. O IPMA tem sucessivamente fracassado nas suas previsões”, afirmou hoje Rui Moreira, durante a reunião do executivo.
No decorrer da discussão em torno da proposta apresentada pelo BE, centrada nas drenagens da cidade para impedir o risco de cheias, o autarca independente afirmou que o ocorrido há mais de uma semana no Porto não foi uma “cheia”, mas uma “tormenta” e que, em consequência, “houve um fenómeno torrencial”.
“Os radares do IPMA não conseguiram prever”, acrescentou Rui Moreira, questionando novamente se o IPMA tem “capacidade de previsão destes fenómenos” que não são exclusivos do Porto, nem “são únicos”.
O concelho do Porto registou, a 06 de janeiro, em menos de duas horas, 150 pedidos de ajuda por causa das inundações em habitações e vias públicas, principalmente na baixa da cidade, disse à Lusa fonte da Proteção Civil local.
As enxurradas causaram também danos em algumas habitações na zona das Fontainhas.
Em 09 de janeiro, o meteorologista do IPMA, Nuno Lopes, disse à Lusa que “é muito pouco provável” que o fenómeno de fortes chuvas e enxurradas volte a acontecer, não descartando totalmente essa possibilidade.
“Que pode voltar a acontecer, pode. Que é provável, não. É muito pouco provável”, disse o chefe da divisão de Previsão Meteorológica e Vigilância do IPMA.
Segundo Nuno Lopes, “já estava previsto que ocorresse muita precipitação, de forma persistente, ao longo do dia de sábado [06 de janeiro]”.
Associada à precipitação prevista estava um sistema frontal, que “normalmente tem uma frente quente e uma frente fria”, tendo as frentes “uma parte próxima da superfície, que se chama superfície frontal”.
“Normalmente, a acompanhar a superfície frontal, e até a superfície frontal fria, há, digamos, um agravamento da situação”, que sucede quando há “rajadas mais fortes” e se dá pico da precipitação.
No meio deste fenómeno há a convecção, que “tem a ver com movimentos verticais”, e “quanto mais forte for essa convecção, quanto mais elevado for esse movimento vertical, maior a quantidade [de água] na atmosfera que ele pode apanhar para despejar”.
Nos últimos eventos climatológicos em Lisboa e no Porto “tem havido convecção forte que não tem sido bem captada pelos modelos”, disse Nuno Lopes à Lusa.
“Nós sabemos que ela pode existir, temos alguns parâmetros onde tentamos aferir se ela está lá, se podemos ter essa convecção forte ou não, mas é sempre difícil”, acrescentou.
Segundo o meteorologista, “não há ciência, nesta altura, que identifique onde é que isso vai acontecer”, mas parece haver “mais disponibilidade de água na atmosfera para despejar”.
“O que aconteceu foi um bocadinho azar, se quiser. Ou seja, houve convecção forte exatamente sobre a cidade do Porto, que é uma zona impermeabilizada”, resumiu.

REGIÕES
RECUSA DOS MÉDICOS A HORAS EXTRAS CAUSA CONSTRANGIMENTOS EM 27 HOSPITAIS
A porta-voz do movimento Médicos em Luta disse esta terça-feira à Lusa que o Sistema Nacional de Saúde (SNS) “está a ruir” e que os médicos já não conseguem travar essa “demolição”, registando-se constrangimentos em 27 hospitais do país. “Já existem constrangimentos que cheguem, constrangimentos esses que já deveriam ser suficientes para sensibilizar o governo a tomar alguma medida”, afirmou Susana Costa.

A porta-voz do movimento Médicos em Luta disse esta terça-feira à Lusa que o Sistema Nacional de Saúde (SNS) “está a ruir” e que os médicos já não conseguem travar essa “demolição”, registando-se constrangimentos em 27 hospitais do país. “Já existem constrangimentos que cheguem, constrangimentos esses que já deveriam ser suficientes para sensibilizar o governo a tomar alguma medida”, afirmou Susana Costa.
Traçando um panorama geral do país, a médica revelou que entre hospitais, centros hospitalares e unidades locais de saúde, 27 estão com problemas devido ao facto de os médicos se recusarem a fazer mais horas extraordinárias do que as 150 que a lei lhes impõe, nomeadamente os de Almada, Amadora, Aveiro, Barcelos, Barreiro, Braga, Bragança, Caldas da Rainha e Torres Vedras, Coimbra, Covilhã, Famalicão, Gaia, Guarda, Leiria, Lisboa, Loures, Matosinhos, Penafiel, Portalegre, Porto, Póvoa de Varzim, Santa Maria da Feira, Santarém, Viana do Castelo, Vila Real e Viseu.
Na região Norte, há unidades hospitalares sem cirurgia geral no serviço de urgência desde domingo e até final do mês, uns onde a recusa destes profissionais em fazer horas extras ultrapassa os 90%, nomeadamente em obstetrícia, anestesiologia, cirurgia ou pediatria e outros com constrangimentos nas urgências ao receber doentes fora da área de residência, especificou Susana Costa.
No centro e sul do país, o cenário é semelhante com hospitais a cancelar a atividade cirúrgica adicional para aliviar as listas de espera, sem urgência de obstetrícia nos próximos fins de semana ou com escalas sem chefes de equipa, adiantou. Susana Costa assumiu que o SNS já está “para além da boa vontade” destes profissionais de saúde sendo, por isso, o momento de “dar um grito”.
“É o momento de nós darmos um grito e gritarmos aos portugueses e ao governo que o SNS está a ruir, ainda que haja muito boa vontade nossa já não conseguimos frenar esta demolição e, portanto, são precisas medidas”, ressalvou. Na opinião da porta-vos do movimento, o Governo de António Costa tem de olhar para o SNS com a “gravidade e a urgência com que ele se apresenta”.
Os médicos, ao recusarem fazer horas extraordinárias, expuseram a realidade “nua e crua” do SNS, sublinhou. Susana Costa assumiu que os médicos não estão mais disponíveis para continuar a ser tratados como têm sido tratados, falando em “falta de respeito” por parte do Governo. A luta destes profissionais de saúde vai-se manter até que as reivindicações sejam atendidas, garantiu ainda a médica.
REGIÕES
MIRANDA DO DOURO: PADRE CONDENADO POR BURLA À SEGURANÇA SOCIAL
Uma padre e dois dirigentes da Casa da Criança Mirandesa, em Miranda do Douro, foram condenados a penas suspensas de prisão por lesarem a Segurança Social em 81.221 euros através de esquema fraudulento.

Uma padre e dois dirigentes da Casa da Criança Mirandesa, em Miranda do Douro, foram condenados a penas suspensas de prisão por lesarem a Segurança Social em 81.221 euros através de esquema fraudulento.
De acordo com a sentença do Tribunal de Miranda do Douro, no distrito de Bragança, a que a Lusa teve hoje acesso, os três arguidos em conjunto forjaram o número de utentes.
“Por via das funções exercidas, os arguidos decidiram, em conjugação de esforços e de comum acordo, que as listas nominativas remetidas mensalmente à Segurança Social, quer em relação ao Serviço de Apoio Domiciliário quer no que respeita ao Centro de Dia, iriam incluir utentes que delas não beneficiavam, para permitir à Casa da Criança Mirandesa receber valores de comparticipação financeira que legalmente e ao abrigo dos citados Acordos de Cooperação não poderia receber, porquanto não eram legalmente devidas”, refere a sentença.
O padre, que ocupa o lugar de presidente do Conselho de Administração da Casa da Criança, com sede social em Sendim, no concelho de Miranda do Douro, foi condenado a uma pena suspensa de dois anos e cinco meses de prisão.
Outro dos arguidos, e de acordo com a sentença do tribunal, foi condenado a uma pena suspensa de prisão de dois anos e dois meses, sendo que a outra arguida foi-lhe aplicada uma pena de prisão de dois anos e um mês, também suspensa.
Em causa estão a prática dos crimes de burla tributária, na forma continuada.
A suspensão das penas dos três arguidos ficou condicionada ao pagamento da quota-parte da vantagem indevidamente obtida, no montante de 20.305,25 euros.
Também a Casa da Criança foi condenada, como responsável penal por um crime de burla tributária, a uma multa de 4.200 euros.
O tribunal condenou ainda todos os arguidos ao pagamento de uma indemnização à Segurança Social de 81.221 euros a título de comparticipações entregues e não devidas.
Contactada pela Lusa, fonte oficial da diocese Bragança – Miranda esclareceu que está acompanhar canónicamente e pastoralmente a situação até o caso estar completamente resolvido na justiça, mantendo toda a confiança no pároco, que é presidente do Conselho Administração da Casa da Criança, por inerência de funções e que o mesmo já recorreu da sentença bem como a instituição que dirige.
“Aguardamos a decisão dos recursos submetidos em fevereiro e um outro que agora foi igualmente submetido. Logo que o tribunal se pronuncie, em definitivo, sobre esta situação a diocese poderá igualmente, pronunciar-se, posteriormente. Até lá o sacerdote continua com as suas funções na Casa da Criança e funções pastorais”, rematou a mesma fonte.
-
DESPORTO4 dias atrás
BENFICA VENCE O FC PORTO COM GOLO DE DI MARIA (VÍDEO)
-
DESPORTO3 dias atrás
BENFICA X PORTO: ANÁLISE DE JOSÉ AUGUSTO SANTOS
-
DESPORTO1 semana atrás
PRIMEIRA LIGA: EUSTÁQUIO “SALVA” DRAGÃO NA VITÓRIA SOBRE GIL VICENTE (VÍDEO)
-
ECONOMIA & FINANÇAS1 semana atrás
IDOSOS COM COMPLEMENTO SOLIDÁRIO TERÃO DESCONTO IMEDIATO DE 50% EM MEDICAMENTOS
-
DESPORTO2 semanas atrás
LIGA EUROPA: SPORTING INICIA HOJE CAMINHADA FRENTE AO STURM NA ÁUSTRIA
-
ECONOMIA & FINANÇAS2 semanas atrás
GOVERNO VAI “PONDERAR” PROPOSTAS SOBRE AS RENDAS E PROMETE “DECISÃO EQUILIBRADA”
-
ECONOMIA & FINANÇAS2 semanas atrás
MINISTRO DAS FINANÇAS DIZ QUE SALÁRIO MÍNIMO NÃO PAGARÁ IRS EM 2024
-
DESPORTO2 semanas atrás
BENFICA PERDE EM CASA COM O SALZBURGO NA ESTREIA NA LIGA DOS CAMPEÕES