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ECONOMIA & FINANÇAS

PREÇO DO AZEITE DESCE QUASE 30% EM 2024 – INE

O preço do azeite diminuiu quase 30% este ano face a 2023, em resultado do aumento da produção mundial e da normalização da oferta, estimou hoje o Instituto Nacional de Estatística (INE).

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O preço do azeite diminuiu quase 30% este ano face a 2023, em resultado do aumento da produção mundial e da normalização da oferta, estimou hoje o Instituto Nacional de Estatística (INE).

De acordo com a primeira estimativa das “Contas Económicas da Agricultura – 2024” do INE, “na produção de azeite é expectável, para o ano civil de 2024, um acréscimo de produção em volume (18,7%), em resultado da conjugação da excelente campanha anterior (2023/2024) com a boa campanha em curso (2024/2025)”.

“O preço deverá registar uma diminuição acentuada (-29,3%), comparativamente aos elevados preços praticados em 2023, como consequência do aumento da produção mundial de azeite e da normalização da oferta”, avança.

Na mesma linha, o preço das azeitonas deverá terminar o ano com um recuo de 29,5%, traduzindo sobretudo “a normalização da procura de azeitona para azeite, que foi muito elevada nos anos anteriores, em resultado da escassez no mercado internacional”.

No geral, os preços dos frutos deverão diminuir 4,0%, prevendo o INE um acréscimo da produção em volume (7,3%), com destaque para as azeitonas (27,1%), perspetivando-se produtividades “bastante superiores às registadas no ano anterior, devido, essencialmente, à entrada em produção de novos olivais no Alentejo”.

Já no que se refere à produção de cereais, as estimativas do INE apontam para um aumento em volume (10,5%), impulsionada pela generalidade dos cereais, à exceção do milho (-14,8%).

Segundo o instituto estatístico, as condições meteorológicas “foram favoráveis às culturas cerealíferas de outono/inverno de sequeiro, após duas campanhas fortemente marcadas pela seca”, sendo que os preços de base terão aumentado 2,5%.

Para os vegetais e produtos hortícolas prevê-se um aumento em volume de 8,1%, com destaque para o tomate para indústria, cuja produção deverá aumentar 3,5% devido ao alargamento da área cultivada em 5,0%, uma vez que a produtividade e respetiva qualidade diminuíram.

Já o preço dos vegetais e produtos hortícolas terá recuado 9,4%, sobretudo refletindo a descida dos hortícolas frescos, cujos preços caíram 14,2%, após terem subido 23,2% em 2023.

Em relação ao vinho, as vindimas decorreram “com normalidade”, mas o INE estima um decréscimo de 5,0% da produção face ao ano anterior, sendo que, “apesar de alguns problemas fitossanitários, são esperados vinhos de boa qualidade”.

Globalmente, a produção vegetal deverá registar em 2024 uma evolução nominal negativa de -1,4%, em resultado de um acréscimo em volume de 5,1% e de uma redução dos preços de base (-6,2%), tendo os vegetais e produtos hortícolas, as plantas forrageiras e o azeite sido “determinantes para este decréscimo nominal”.

Já para a produção animal, o INE antevê um acréscimo em volume de 3,6% e uma diminuição dos preços de base de 3,5%, resultando numa estabilização do valor.

Para os bovinos, as estimativas apontam para um acréscimo em volume face a 2023 (5,3%) devido ao aumento do abate de bovinos adultos, em particular de novilhos, que segundo o INE estará relacionado com “perturbações de exportações de animais vivos para Israel, decorrentes de razões sanitárias e bélicas”. O preço de base deverá ser semelhante ao de 2023.

Já os suínos deverão registar um acréscimo em volume de 5,2% e preços de base 6,8% abaixo de 2023, enquanto os ovinos e caprinos verão a produção crescer 15,0% em volume e os preços de base subir 20,6%, “como consequência do aumento dos montantes pagos classificados como subsídios ao produto”.

Quanto às aves de capoeira, o INE prevê um acréscimo do volume (5,5%), sobretudo devido a uma maior produção de frango e de peru (que foi afetada por problemas sanitários em 2023), e um recuo dos preços de 2,9%.

Relativamente à produção de leite, são estimados decréscimos em volume (-0,9%) e, mais acentuadamente, de preço (-7,5%), após um aumento de 17,0% em 2023.

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NÚMERO DE INQUILINOS COM APOIO À RENDA VOLTA A CAIR EM JANEIRO

O apoio à renda chegava em janeiro a 145.870 inquilinos, segundo o Instituto da Habitação e da Reabilitação Urbana (IHRU), número que traduz uma descida face aos 233.323 beneficiários identificados um ano antes.

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O apoio à renda chegava em janeiro a 145.870 inquilinos, segundo o Instituto da Habitação e da Reabilitação Urbana (IHRU), número que traduz uma descida face aos 233.323 beneficiários identificados um ano antes.

“Em janeiro de 2025 foi atualizado o universo de locatários com apoio extraordinário, e processados apoios para 145.870 locatários”, disse, em resposta à Lusa, fonte oficial do IHRU, adiantando que além destes há mais 46.364 inquilinos “passíveis de enquadramento na medida” tendo em conta as regras de atribuição do apoio previstas na lei.

Este apoio extraordinário, cujo valor máximo pode chegar aos 200 euros, dirige-se a pessoas cujo pagamento da renda de casa lhes exige uma taxa de esforço acima dos 35%, ou seja, que têm de usar mais de 35% do seu rendimento mensal para pagar esta despesa.

A atribuição do apoio é feita de forma oficiosa pelo IHRU com base nos elementos que lhe são disponibilizados pela Autoridade Tributária e Aduaneira (AT), Segurança Social (SS), Caixa Geral de Aposentações (CGA) e Fundação para a Ciência e a Tecnologia (FCT).

Há, porém, situações passíveis de ser elegíveis, mas em que a atribuição do apoio está dependente de validação prévia pelos beneficiários dos dados utilizados para apuramento da sua situação.

Em causa estão inquilinos cujo montante de renda ultrapassa o valor dos seus rendimentos ou as situações em que são detetadas desconformidades entre a declaração fiscal do rendimento de rendas do senhorio, a declaração fiscal relativas ao recebimento ou faturação de rendas, a participação dos contratos de arrendamento e a declaração fiscal dos inquilinos que a AT reporta ao IHRU.

Na mesma resposta, o IHRU refere que desenvolveu uma aplicação informática para efeitos de validação prévia dos dados pelos locatários, adiantando que a mesma “será disponibilizada durante a semana em curso”.

Depois de uma primeira subida, o universo de beneficiários tem vindo a reduzir-se: em janeiro do ano passado eram 233.323, tendo recuado para 223.200 no final de abril e agora para os cerca de 146 mil, sendo que a estes podem ainda vir a somar-se os referidos 46.36, num total de 192 mil.

Quando em junho de 2023 foi pela primeira vez pago o apoio (com retroativos a janeiro desse ano), este chegou a 154.212 agregados, tendo sido na altura identificados mais 32 mil passíveis de o receber.

O IHRU salienta que a atualização que é feita sobre beneficiários “pode resultar em mudanças nas condições de elegibilidade do apoio” que podem levar à sua “interrupção, diminuição ou aumento do valor do mesmo ou a novas atribuições”.

Do universo de beneficiários a quem foi processado apoio à renda em janeiro, há 25.141 que recebem o valor máximo de 200 euros.

Em termos globais, o valor médio deste apoio ronda os 100,46 euros.

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SETE EM CADA DEZ EMPRESAS DISCORDAM DA SEMANA DE QUATRO DIAS

Sete em cada dez empresas são contra a implementação da semana de quatro dias, sobretudo no comércio, indústria e construção, e 71% das que concordam defendem que a medida deveria ser facultativa, segundo um inquérito hoje divulgado.

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Sete em cada dez empresas são contra a implementação da semana de quatro dias, sobretudo no comércio, indústria e construção, e 71% das que concordam defendem que a medida deveria ser facultativa, segundo um inquérito hoje divulgado.

Elaborado pela Associação Industrial Portuguesa — Câmara de Comércio e Indústria (AIP-CCI) e referente ao quarto trimestre de 2024, o “Inquérito de Contexto Empresarial sobre o Mercado Laboral” indica ainda que 70% das empresas defendem que matérias laborais como carreiras, benefícios, remunerações complementares ou limites de horas extraordinárias deveriam ser concertadas no interior das empresas e não em sede de Contrato Coletivo de Trabalho (CCT).

Relativamente ao banco de horas individual, 71% das empresas inquiridas dá parecer favorável e, destas, 74% entende que deveria ser fixado por acordo dentro da empresa, em vez de nas convenções coletivas de trabalho.

Segundo nota a AIP, entre as empresas que mais defendem esta concertação interna estão as pequenas e médias empresas.

Já em termos de modelo de trabalho, 81% das 523 empresas participantes dizem praticar trabalho presencial, 17% um modelo híbrido e 2% teletrabalho. Entre as que adotaram um modelo híbrido ou remoto, 73% afirmam que tal contribuiu para uma melhoria da produtividade e 84% consideram manter este modelo.

Quando questionadas sobre o Salário Mínimo Nacional (SMN), 83% das empresas concordam com a sua existência, ainda que 65% entendam que não deve ser encarado como um instrumento de redistribuição de riqueza.

Entre as que consideram que o SMN deve ser um instrumento com este fim, 45% diz que deveria ser a sociedade a suportá-lo, através de impostos negativos nos rendimentos mais baixos, enquanto as restantes 55% defendem que deveria ser suportado pelos custos de exploração das empresas.

Relativamente ao valor de 1.020 euros mensais projetados para o SMN até ao final da atual legislatura, mais de metade (56%) das empresas inquiridas apontam que é suportável pela conta de exploração das empresas, embora 95% desconheça algum estudo que aponte o seu setor de atividade como tendo capacidade para o financiar.

Para 65% das empresas, a fixação anual do salário mínimo deveria estar dependente da evolução da produtividade.

Quando questionadas sobre a autodeclaração de doença, 55% das empresas manifestou-se contra, apesar de 89% assinalar que nunca registou um caso destes ou que estes são muito pouco frequentes.

No que respeita ao designado “direito a desligar”, metade das empresas defende-o e outras tantas discordam, sendo que entre as que apresentam maior taxa de rejeição à implementação desta medida estão, sobretudo, as médias e microempresas.

Já quanto a sua comunicação à ACT, 86% das empresas discordam deste procedimento.

O inquérito da AIP-CCI foi realizado entre 12 de outubro e 11 de novembro de 2024 junto de 523 sociedades comerciais de todo o país (24% do Norte, 32% do Centro, 26% da Área Metropolitana de Lisboa, 12% do Alentejo, 3% do Algarve e 3% das ilhas).

A indústria representou 47% da amostra, seguida pelos serviços (26%), comércio (14%), construção (7%), agricultura (3%), alojamento e restauração (2%) e transportes e armazenagem (1%), sendo que 3% eram grandes empresas, 8% médias, 45% pequenas e 44% microempresas.

Da totalidade da amostra, 49,01% são empresas exportadoras.

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