INTERNACIONAL
RAINHA ISABEL II VAI SER SEPULTADA EM JAZIGO JUNTO AO MARIDO EM WINDSOR
A rainha Isabel II será sepultada na segunda-feira no jazigo da família real junto ao marido, príncipe Filipe, no Castelo de Windsor, numa cerimónia privada, informou o Palácio de Buckingham.
A rainha Isabel II será sepultada na segunda-feira no jazigo da família real junto ao marido, príncipe Filipe, no Castelo de Windsor, numa cerimónia privada, informou o Palácio de Buckingham.
Esta cerimónia terá lugar às 19:30 (mesma hora em Lisboa), após o funeral de Estado em Londres, que será realizado na Abadia de Westminster, junto ao Parlamento, o qual contará com a presença de numerosos chefes de estado ou governo e representantes de famílias reais.
De acordo com alguns detalhes do funeral divulgados hoje, no final do serviço religioso, pelas 11:55, serão observados dois minutos de silêncio em todo o país, após os quais será cantado o hino nacional, “God Save the King” [“Deus salve o Rei”].
A cerimónia religiosa, que contará entre outros com o Presidente dos EUA, Joe Biden, e o Presidente de França, Emmanuel Macron, será realizada às 11:00 com a presença de cerca de 2.000 pessoas, cuja lista completa não foi divulgada.
Para a cerimónia serão também convidadas pessoas distinguidas com condecorações importantes, políticos e outras figuras públicas, bem como 200 pessoas reconhecidas pela rainha pelas ações de voluntariado ou no combate à pandemia covid-19.
Uma carruagem de artilharia da Marinha Real, usada para o funeral de monarcas anteriores incluindo a rainha Vitoria, e puxada por 98 marinheiros, levará a urna do Palácio de Westminster, onde se encontra atualmente em câmara ardente, até a Abadia de Westminster, a cerca de 150 metros.
O Rei Carlos III e outros membros da família real caminharão atrás do cortejo fúnebre, que será acompanhado por gaiteiros dos regimentos escoceses e irlandeses, bem como uma banda militar da Força Aérea [Royal Air Force].
No final do funeral, o Rei e outros membros da família real vão novamente a pé num cortejo atrás da urna da Rainha até Wellington Arch, no centro de Londres, de onde seguem de automóvel para o Castelo de Windsor, que foi a residência da soberana nos últimos dois anos.
Em Windsor, terá lugar uma cerimónia religiosa, às 16:00, com a presença de 800 pessoas, incluindo membros da família da rainha e funcionários, na Capela de São Jorge.
Às 19:30 terá lugar uma nova cerimónia, desta vez privada para o Rei e membros da família real, na Capela Memorial do Rei Jorge VI, onde a rainha será sepultada aos restos mortais do pai, Jorge VI, da mãe, Rainha Mãe, e da irmã, princesa Margarida.
A urna do marido, príncipe Filipe, que morreu em 2021, aos 99 anos, será transferida do Jazigo Real de Windsor para ficar junto à rainha.
INTERNACIONAL
BIBLIOTECA SOBRE O NAZISMO E O HOLOCAUSTO ACESSÍVEL NA INTERNET DESDE HOJE
Fotografias do campo de Auschwitz-Birkenau, testemunhos e documentos sobre a ascensão do fascismo na Europa antes da Segunda Guerra Mundial integram um dos maiores arquivos sobre o Holocausto que está acessível desde hoje na internet.
Fotografias do campo de Auschwitz-Birkenau, testemunhos e documentos sobre a ascensão do fascismo na Europa antes da Segunda Guerra Mundial integram um dos maiores arquivos sobre o Holocausto que está acessível desde hoje na internet.
A Biblioteca Wiener sobre o Holocausto, com sede em Londres, reúne centenas de milhares de documentos originais sobre a situação dos judeus europeus antes de 1939, o regime nazi e o Holocausto.
A biblioteca decidiu tornar acessível hoje, no 80.º aniversário da libertação de Auschwitz, parte da sua coleção, nomeadamente fotografias, cartas e testemunhos que atestam os crimes nazis no campo da Polónia (https://wienerholocaustlibrary.org/).
“A necessidade de defender a verdade tornou-se ainda mais urgente devido ao ressurgimento do antissemitismo e de outras formas de desinformação e ódio”, explicou Toby Simpson, diretor da biblioteca, citado num comunicado.
“Ao disponibilizar gratuitamente uma grande quantidade de provas em linha [‘online’], estamos a garantir que os arquivos históricos são acessíveis a todos”, afirmou, segundo a agência francesa AFP.
Entre os mais de 150.000 documentos disponíveis em linha pela primeira vez, encontram-se numerosas fotografias tiradas aquando da libertação do campo de Auschwitz, em 27 de janeiro de 1945.
Também ficaram acessíveis documentos utilizados nos julgamentos de Nuremberga, durante os quais os principais dirigentes do Terceiro Reich, o regime nazi alemão de Adolf Hitler, foram julgados.
A biblioteca publica também cerca de 500 folhetos e livros de propaganda antifascista, distribuídos na Alemanha na década de 1930 e disfarçados de anúncios de champôs ou livros de receitas, para escapar à vigilância do regime nazi.
Revela também documentos que mostram a ascensão do fascismo no Reino Unido antes e depois da Segunda Guerra Mundial (1939-1945).
“Numa altura em que figuras de extrema-direita ameaçam a Europa e não só, estas coleções revelam não só as origens destas ideologias perigosas, mas também as motivações e estratégias daqueles que, ao longo da História, as mantiveram à distância”, disseram os responsáveis pela biblioteca.
A Biblioteca Wiener sobre o Holocausto foi fundada na década de 1930 por Alfred Wiener, que fez campanha contra o nazismo nas décadas de 1920 e 1930.
Depois de fugir da Alemanha para os Países Baixos, em 1933, começou a recolher provas da perseguição dos judeus.
Continuou o seu trabalho a partir do Reino Unido, onde se exilou pouco antes do início da guerra e onde a biblioteca ainda se encontra, no centro de Londres.
Sobreviventes de Auschwitz, acompanhados pelo Presidente polaco, Andrzej Duda, depositaram flores hoje de manhã em frente ao Muro da Morte do campo, onde os prisioneiros eram fuzilados.
Alguns usavam lenços às riscas azuis e brancas, simbolizando os antigos uniformes prisionais. Ao pé do muro, acenderam velas em memória dos mortos e tocaram o muro com uma mão, em silêncio.
A cerimónia, sob o portão de entrada de Birkenau, deverá começar às 16:00 locais (15:00 em Lisboa) e contará com a presença de 54 delegações internacionais, algumas das quais lideradas por chefes de Estado, mas o foco estará nos sobreviventes, segundo a organização.
“Este ano, estamos a centrar-nos nos sobreviventes e na sua mensagem”, disse à AFP o porta-voz do museu de Auschwitz, Pawel Sawicki.
“Não haverá discursos de políticos”, acrescentou.
Auschwitz-Birkenau tornou-se o símbolo do genocídio perpetrado pela Alemanha nazi contra seis milhões de judeus europeus, um milhão dos quais morreram no campo entre 1940 e 1945, bem como mais de 100.000 não judeus.
INTERNACIONAL
PAPA DIZ QUE HOLOCAUSTO NÃO PODE SER ESQUECIDO OU NEGADO
O Papa Francisco disse hoje que “o horror” do Holocausto não pode ser “esquecido ou negado” e exortou à luta contra o antissemitismo, lembrando que na segunda-feira se assinalam 80 anos da libertação do campo de concentração de Auschwitz.
O Papa Francisco disse hoje que “o horror” do Holocausto não pode ser “esquecido ou negado” e exortou à luta contra o antissemitismo, lembrando que na segunda-feira se assinalam 80 anos da libertação do campo de concentração de Auschwitz.
“Amanhã é o Dia Internacional da Memória das Vítimas do Holocausto, 80 anos após a libertação do campo de concentração de Auschwitz. O horror do extermínio de milhões de judeus e de pessoas de outras religiões durante esses anos não pode ser esquecido nem negado”, afirmou o Papa no final da oração do Angelus dominical.
Lembrando que, durante esses anos, foram também mortos “muitos cristãos, muitos mártires”, Francisco apelou a que “todos trabalhem em conjunto para erradicar o flagelo do antissemitismo e outras formas de discriminação e perseguição religiosa”.
“Construamos juntos um mundo mais fraterno e justo, educando os jovens a ter um coração aberto a todos na lógica da fraternidade, do perdão e da paz”, concluiu.
Proclamado oficialmente em novembro de 2005, o Dia Internacional da Memória das Vítimas do Holocausto, que se assinala na segunda-feira, comemora a libertação pelas tropas soviéticas, em 1945, do campo de concentração e extermínio nazi alemão de Auschwitz-Birkenau.
Auschwitz-Birkenau tornou-se o símbolo do genocídio perpetrado pela Alemanha nazi contra seis milhões de judeus europeus, um milhão dos quais morreram no local entre 1940 e 1945, bem como mais de 100.000 não judeus.
Na segunda-feira, uma cerimónia oficial com a presença de cerca de meia centena de sobreviventes e 54 delegações internacionais assinalará o 80.º aniversário da libertação do local.
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