INTERNACIONAL
SOLIDARIEDADE: PORTUGAL JÁ DOOU CERCA DE SETE MILHÕES DE VACINAS COVID-19
Portugal já doou cerca de sete milhões de vacinas contra a covid-19, das quais metade foi entregue aos países africanos de língua portuguesa (PALOP) e Timor-Leste, adiantou à Lusa o ministro dos Negócios Estrangeiros, Augusto Santos Silva.
Portugal já doou cerca de sete milhões de vacinas contra a covid-19, das quais metade foi entregue aos países africanos de língua portuguesa (PALOP) e Timor-Leste, adiantou à Lusa o ministro dos Negócios Estrangeiros, Augusto Santos Silva.
“O caso português é muito interessante. Nós até agora disponibilizámos praticamente sete milhões de vacinas”, disse o governante à margem de uma reunião conjunta de ministros dos Negócios Estrangeiros e da Saúde da União Europeia (UE) em Lyon, França.
De acordo com Augusto Santos Silva, metade foi entregue “noutras geografias que não a de cooperação tradicional de Portugal, no resto da Europa, noutros países africanos que não são de língua portuguesa, países latino-americanos ou do Médio Oriente ou da Ásia”.
“Se a primeira metade não teve uma grande projeção internacional, porque […] foi uma doação particular de disponibilização específica num momento, num momento também ele específico, já o nosso programa de doação de vacinas aos PALOP foi e tem sido um sucesso muito reconhecido em todos esses países dos PALOP”, observou.
Augusto Santos Silva lembrou que se trata de “mais um passo de cooperação na área da saúde” com países africanos de língua portuguesa, dizendo que desde o início da pandemia Portugal tem apoiado as nações com testes, equipamentos de proteção individual, formação de profissionais de saúde e de governos civis.
“O caso português e outros casos semelhantes mostram que a nossa diplomacia púbica é tanto mais frutífera quanto mais coerente e abrangente for a nossa intervenção”, frisou.
A Comissão Europeia disse hoje querer “uma África pronta a enfrentar não só a covid-19”, como também outras doenças, anunciando ajuda financeira de 125 milhões de euros aos países africanos para vacinação, além dos 100 milhões já prometidos.
Discursando hoje numa reunião conjunta de ministros dos Negócios Estrangeiros e da Saúde da União Europeia (UE) em Lyon, França, a comissária europeia da tutela sanitária, Stella Kyriakides, defendeu “uma África pronta a enfrentar não só a covid-19, mas também a malária, VIH, tuberculose, doenças tropicais negligenciadas e as doenças mortais do futuro”.
“A menos de 10 dias da Cimeira UE – União Africana, estamos prontos a estabelecer uma parceria com África para tornar esse futuro uma realidade”, vincou a responsável, assinalando que “este trabalho já começou”.
Em concreto, segundo a comissária da Saúde, a UE já “lançou uma iniciativa de 100 milhões de euros para apoiar o lançamento de vacinas em África, com um financiamento adicional de 125 milhões de euros para países africanos para vacinação, formação, equipamento médico e sequenciação” agora anunciado.
“Todos sabem hoje em dia que doar vacinas é uma coisa e garantir que vacinamos as pessoas é outra e que a equidade exige mais do que donativos. Requer acesso a médicos, enfermeiros, hospitais, e equipamento médico, exige cientistas, tecnologia e institutos de investigação e requer capacidades de fabrico de última geração”, justificou Stella Kyriakides.
Intervindo na reunião dos ministros europeus, durante um debate sobre apoio aos países de baixo e médio rendimento ao nível da saúde global, a responsável adiantou que “o reforço dos sistemas de saúde e das capacidades de imunização dos países mais vulneráveis do mundo deve ser o foco”, o que significa “ir além das vacinas anticovid-19”.
A posição da responsável surge dias antes de os dirigentes da UE e da União Africana (UA), bem como dos respetivos Estados-membros, se reunirem em Bruxelas para a sexta cimeira conjunta.
O encontro diplomático de alto nível visa estabelecer as bases de uma parceria UA-UE renovada e aprofundada, esperando-se desde logo um pacote de investimento África-Europa, tendo em conta desafios mundiais como as alterações climáticas e a atual crise sanitária causada pela pandemia de covid-19.
Em discussão estarão ainda questões sobre como promover a estabilidade e a segurança.
Falando sobre a cimeira, que se realiza a 17 e 18 de fevereiro, Stella Kyriakides considerou ser “um momento político importante em termos dos resultados em matéria de saúde pública”.
“O nosso objetivo na cimeira deve ser partir com planos concretos de ação e parceria com África”, concluiu.
Dados da Comissão Europeia revelam que a UE já mobilizou um apoio financeiro de 46 mil milhões de euros para ajudar 130 países para a resposta e recuperação da covid-19, com quase um quarto desse montante – 10 mil milhões – a ser destinado a África.
A UE é também uma das doadoras do mecanismo de acesso a vacinas Covax, no âmbito do qual prometeu alocar três mil milhões de euros.
Além disso, até agora, a UE já partilhou 407,4 milhões de doses de vacinas anticovid-19 com as regiões mais desfavorecidas do mundo, principalmente através da Covax, juntamente com os Estados-membros.
O objetivo de Bruxelas é de chegar até meados de 2022 com um total de 700 milhões de doses doadas.
INTERNACIONAL
BIBLIOTECA SOBRE O NAZISMO E O HOLOCAUSTO ACESSÍVEL NA INTERNET DESDE HOJE
Fotografias do campo de Auschwitz-Birkenau, testemunhos e documentos sobre a ascensão do fascismo na Europa antes da Segunda Guerra Mundial integram um dos maiores arquivos sobre o Holocausto que está acessível desde hoje na internet.
Fotografias do campo de Auschwitz-Birkenau, testemunhos e documentos sobre a ascensão do fascismo na Europa antes da Segunda Guerra Mundial integram um dos maiores arquivos sobre o Holocausto que está acessível desde hoje na internet.
A Biblioteca Wiener sobre o Holocausto, com sede em Londres, reúne centenas de milhares de documentos originais sobre a situação dos judeus europeus antes de 1939, o regime nazi e o Holocausto.
A biblioteca decidiu tornar acessível hoje, no 80.º aniversário da libertação de Auschwitz, parte da sua coleção, nomeadamente fotografias, cartas e testemunhos que atestam os crimes nazis no campo da Polónia (https://wienerholocaustlibrary.org/).
“A necessidade de defender a verdade tornou-se ainda mais urgente devido ao ressurgimento do antissemitismo e de outras formas de desinformação e ódio”, explicou Toby Simpson, diretor da biblioteca, citado num comunicado.
“Ao disponibilizar gratuitamente uma grande quantidade de provas em linha [‘online’], estamos a garantir que os arquivos históricos são acessíveis a todos”, afirmou, segundo a agência francesa AFP.
Entre os mais de 150.000 documentos disponíveis em linha pela primeira vez, encontram-se numerosas fotografias tiradas aquando da libertação do campo de Auschwitz, em 27 de janeiro de 1945.
Também ficaram acessíveis documentos utilizados nos julgamentos de Nuremberga, durante os quais os principais dirigentes do Terceiro Reich, o regime nazi alemão de Adolf Hitler, foram julgados.
A biblioteca publica também cerca de 500 folhetos e livros de propaganda antifascista, distribuídos na Alemanha na década de 1930 e disfarçados de anúncios de champôs ou livros de receitas, para escapar à vigilância do regime nazi.
Revela também documentos que mostram a ascensão do fascismo no Reino Unido antes e depois da Segunda Guerra Mundial (1939-1945).
“Numa altura em que figuras de extrema-direita ameaçam a Europa e não só, estas coleções revelam não só as origens destas ideologias perigosas, mas também as motivações e estratégias daqueles que, ao longo da História, as mantiveram à distância”, disseram os responsáveis pela biblioteca.
A Biblioteca Wiener sobre o Holocausto foi fundada na década de 1930 por Alfred Wiener, que fez campanha contra o nazismo nas décadas de 1920 e 1930.
Depois de fugir da Alemanha para os Países Baixos, em 1933, começou a recolher provas da perseguição dos judeus.
Continuou o seu trabalho a partir do Reino Unido, onde se exilou pouco antes do início da guerra e onde a biblioteca ainda se encontra, no centro de Londres.
Sobreviventes de Auschwitz, acompanhados pelo Presidente polaco, Andrzej Duda, depositaram flores hoje de manhã em frente ao Muro da Morte do campo, onde os prisioneiros eram fuzilados.
Alguns usavam lenços às riscas azuis e brancas, simbolizando os antigos uniformes prisionais. Ao pé do muro, acenderam velas em memória dos mortos e tocaram o muro com uma mão, em silêncio.
A cerimónia, sob o portão de entrada de Birkenau, deverá começar às 16:00 locais (15:00 em Lisboa) e contará com a presença de 54 delegações internacionais, algumas das quais lideradas por chefes de Estado, mas o foco estará nos sobreviventes, segundo a organização.
“Este ano, estamos a centrar-nos nos sobreviventes e na sua mensagem”, disse à AFP o porta-voz do museu de Auschwitz, Pawel Sawicki.
“Não haverá discursos de políticos”, acrescentou.
Auschwitz-Birkenau tornou-se o símbolo do genocídio perpetrado pela Alemanha nazi contra seis milhões de judeus europeus, um milhão dos quais morreram no campo entre 1940 e 1945, bem como mais de 100.000 não judeus.
INTERNACIONAL
PAPA DIZ QUE HOLOCAUSTO NÃO PODE SER ESQUECIDO OU NEGADO
O Papa Francisco disse hoje que “o horror” do Holocausto não pode ser “esquecido ou negado” e exortou à luta contra o antissemitismo, lembrando que na segunda-feira se assinalam 80 anos da libertação do campo de concentração de Auschwitz.
O Papa Francisco disse hoje que “o horror” do Holocausto não pode ser “esquecido ou negado” e exortou à luta contra o antissemitismo, lembrando que na segunda-feira se assinalam 80 anos da libertação do campo de concentração de Auschwitz.
“Amanhã é o Dia Internacional da Memória das Vítimas do Holocausto, 80 anos após a libertação do campo de concentração de Auschwitz. O horror do extermínio de milhões de judeus e de pessoas de outras religiões durante esses anos não pode ser esquecido nem negado”, afirmou o Papa no final da oração do Angelus dominical.
Lembrando que, durante esses anos, foram também mortos “muitos cristãos, muitos mártires”, Francisco apelou a que “todos trabalhem em conjunto para erradicar o flagelo do antissemitismo e outras formas de discriminação e perseguição religiosa”.
“Construamos juntos um mundo mais fraterno e justo, educando os jovens a ter um coração aberto a todos na lógica da fraternidade, do perdão e da paz”, concluiu.
Proclamado oficialmente em novembro de 2005, o Dia Internacional da Memória das Vítimas do Holocausto, que se assinala na segunda-feira, comemora a libertação pelas tropas soviéticas, em 1945, do campo de concentração e extermínio nazi alemão de Auschwitz-Birkenau.
Auschwitz-Birkenau tornou-se o símbolo do genocídio perpetrado pela Alemanha nazi contra seis milhões de judeus europeus, um milhão dos quais morreram no local entre 1940 e 1945, bem como mais de 100.000 não judeus.
Na segunda-feira, uma cerimónia oficial com a presença de cerca de meia centena de sobreviventes e 54 delegações internacionais assinalará o 80.º aniversário da libertação do local.
-
REGIÕES3 semanas atrás
ANACOM E ERC RENOVAM LICENÇAS DA RÁDIO REGIONAL
-
NACIONAL2 semanas atrás
JOSÉ MANUEL MOURA É O NOVO PRESIDENTE DA PROTEÇÃO CIVIL
-
DESPORTO4 semanas atrás
PRIMEIRA LIGA: JOGO “NACIONAL X PORTO” INTERROMPIDO DEVIDO AO NEVOEIRO
-
DESPORTO4 semanas atrás
PRIMEIRA LIGA: VITÓRIA E SPORTING EMPATAM EM JOGO “ÉPICO” COM CHUVA DE GOLOS (VÍDEO)
-
DESPORTO4 semanas atrás
PRIMEIRA LIGA: BENFICA PERDE NA LUZ COM O BRAGA E DESPERDIÇA EMPATE DO SPORTING (VÍDEO)
-
REGIÕES4 semanas atrás
TROFA: ACIDENTE DE TRABALHO CAUSA UM MORTO EM SANTIAGO DE BOUGADO
-
NACIONAL4 semanas atrás
MINISTÉRIO PÚBLICO ACUSA MULHER DE ACESSO ILEGAL A MAIS DE 80 CONTAS BANCÁRIAS
-
DESPORTO4 semanas atrás
PRIMEIRA LIGA: MOREIRENSE EMPATA COM O AVES E SOMA QUATRO JOGOS SEM VENCER (VÍDEO)