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UCRÂNIA: 40 MIL SÍRIOS VÃO ‘AJUDAR’ A RÚSSIA NA INVASÃO – OSDH

A Rússia tem mais de 40.000 militares das Forças Armadas sírias e combatentes de milícias apoiantes preparados para integrar a invasão à Ucrânia, denunciou esta terça-feira o Observatório Sírio para os Direitos Humanos (OSDH).

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A Rússia tem mais de 40.000 militares das Forças Armadas sírias e combatentes de milícias apoiantes preparados para integrar a invasão à Ucrânia, denunciou esta terça-feira o Observatório Sírio para os Direitos Humanos (OSDH).

Na última sexta-feira o Kremlin incentivou a participação, ao lado dos militares russos, de voluntários na invasão ao território ucraniano, incluindo militares e combatentes provenientes da Síria. Moscovo é um dos principais aliados de Damasco.

De acordo com o OSDH, vários oficiais russos, em coordenação com as Forças Armadas da Síria e milícias apoiantes do regime do Presidente sírio, Bashar al-Assad, abriram inscrições para participar na guerra que começou em 24 de fevereiro.

“Mais de 40.000 sírios inscreveram-se para lutar ao lado da Rússia na Ucrânia“, sustentou o diretor da OSDH, Rami Abdulrahman, em declarações à Wide Network of Sources in Syria (Rede de Fontes na Síria).

O responsável acrescentou que as autoridades russas aceitaram as candidaturas de pelo menos 22.000 e que tanto os militares como os combatentes milicianos têm experiência de combate em locais urbanos.

O diretor desta organização não-governamental (ONG) sediada no Reino Unido disse também que foi feita a promessa de um salário equivalente a 1.100 dólares (pouco mais de 1.000 euros), muito mais do que o vencimento habitual dos militares sírios, que está entre os 13 e os 32 euros mensais.

Na eventualidade de um destes voluntários ficar ferido durante a guerra, o Kremlin prometeu também uma indemnização de 7.700 dólares (cerca de 7.000 euros), e em caso de morte em combate as famílias são ressarcidas em 16.500 dólares (pouco mais de 15.000 euros).

Rami Abdulrahman referiu que outros 18.000 sírios participarão sob a alçada do grupo Wagner, uma multinacional paramilitar privada da Rússia, com ligações ao Kremlin.

No entanto, prosseguiu, ainda não há informações sobre a saída de sírios para combater na Ucrânia.

Fonte do Governo sírio negou à France-Presse (AFP) a existência da campanha de recrutamento denunciada pelo Observatório Sírio para os Direitos Humanos: “Até agora, nenhum nome foi alistado, nenhum soldado está inscrito e ninguém viajou para a Rússia para lutar na Ucrânia”.

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INTERNACIONAL

BIBLIOTECA SOBRE O NAZISMO E O HOLOCAUSTO ACESSÍVEL NA INTERNET DESDE HOJE

Fotografias do campo de Auschwitz-Birkenau, testemunhos e documentos sobre a ascensão do fascismo na Europa antes da Segunda Guerra Mundial integram um dos maiores arquivos sobre o Holocausto que está acessível desde hoje na internet.

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Fotografias do campo de Auschwitz-Birkenau, testemunhos e documentos sobre a ascensão do fascismo na Europa antes da Segunda Guerra Mundial integram um dos maiores arquivos sobre o Holocausto que está acessível desde hoje na internet.

A Biblioteca Wiener sobre o Holocausto, com sede em Londres, reúne centenas de milhares de documentos originais sobre a situação dos judeus europeus antes de 1939, o regime nazi e o Holocausto.

A biblioteca decidiu tornar acessível hoje, no 80.º aniversário da libertação de Auschwitz, parte da sua coleção, nomeadamente fotografias, cartas e testemunhos que atestam os crimes nazis no campo da Polónia (https://wienerholocaustlibrary.org/).

“A necessidade de defender a verdade tornou-se ainda mais urgente devido ao ressurgimento do antissemitismo e de outras formas de desinformação e ódio”, explicou Toby Simpson, diretor da biblioteca, citado num comunicado.

“Ao disponibilizar gratuitamente uma grande quantidade de provas em linha [‘online’], estamos a garantir que os arquivos históricos são acessíveis a todos”, afirmou, segundo a agência francesa AFP.

Entre os mais de 150.000 documentos disponíveis em linha pela primeira vez, encontram-se numerosas fotografias tiradas aquando da libertação do campo de Auschwitz, em 27 de janeiro de 1945.

Também ficaram acessíveis documentos utilizados nos julgamentos de Nuremberga, durante os quais os principais dirigentes do Terceiro Reich, o regime nazi alemão de Adolf Hitler, foram julgados.

A biblioteca publica também cerca de 500 folhetos e livros de propaganda antifascista, distribuídos na Alemanha na década de 1930 e disfarçados de anúncios de champôs ou livros de receitas, para escapar à vigilância do regime nazi.

Revela também documentos que mostram a ascensão do fascismo no Reino Unido antes e depois da Segunda Guerra Mundial (1939-1945).

“Numa altura em que figuras de extrema-direita ameaçam a Europa e não só, estas coleções revelam não só as origens destas ideologias perigosas, mas também as motivações e estratégias daqueles que, ao longo da História, as mantiveram à distância”, disseram os responsáveis pela biblioteca.

A Biblioteca Wiener sobre o Holocausto foi fundada na década de 1930 por Alfred Wiener, que fez campanha contra o nazismo nas décadas de 1920 e 1930.

Depois de fugir da Alemanha para os Países Baixos, em 1933, começou a recolher provas da perseguição dos judeus.

Continuou o seu trabalho a partir do Reino Unido, onde se exilou pouco antes do início da guerra e onde a biblioteca ainda se encontra, no centro de Londres.

Sobreviventes de Auschwitz, acompanhados pelo Presidente polaco, Andrzej Duda, depositaram flores hoje de manhã em frente ao Muro da Morte do campo, onde os prisioneiros eram fuzilados.

Alguns usavam lenços às riscas azuis e brancas, simbolizando os antigos uniformes prisionais. Ao pé do muro, acenderam velas em memória dos mortos e tocaram o muro com uma mão, em silêncio.

A cerimónia, sob o portão de entrada de Birkenau, deverá começar às 16:00 locais (15:00 em Lisboa) e contará com a presença de 54 delegações internacionais, algumas das quais lideradas por chefes de Estado, mas o foco estará nos sobreviventes, segundo a organização.

“Este ano, estamos a centrar-nos nos sobreviventes e na sua mensagem”, disse à AFP o porta-voz do museu de Auschwitz, Pawel Sawicki.

“Não haverá discursos de políticos”, acrescentou.

Auschwitz-Birkenau tornou-se o símbolo do genocídio perpetrado pela Alemanha nazi contra seis milhões de judeus europeus, um milhão dos quais morreram no campo entre 1940 e 1945, bem como mais de 100.000 não judeus.

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PAPA DIZ QUE HOLOCAUSTO NÃO PODE SER ESQUECIDO OU NEGADO

O Papa Francisco disse hoje que “o horror” do Holocausto não pode ser “esquecido ou negado” e exortou à luta contra o antissemitismo, lembrando que na segunda-feira se assinalam 80 anos da libertação do campo de concentração de Auschwitz.

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O Papa Francisco disse hoje que “o horror” do Holocausto não pode ser “esquecido ou negado” e exortou à luta contra o antissemitismo, lembrando que na segunda-feira se assinalam 80 anos da libertação do campo de concentração de Auschwitz.

“Amanhã é o Dia Internacional da Memória das Vítimas do Holocausto, 80 anos após a libertação do campo de concentração de Auschwitz. O horror do extermínio de milhões de judeus e de pessoas de outras religiões durante esses anos não pode ser esquecido nem negado”, afirmou o Papa no final da oração do Angelus dominical.

Lembrando que, durante esses anos, foram também mortos “muitos cristãos, muitos mártires”, Francisco apelou a que “todos trabalhem em conjunto para erradicar o flagelo do antissemitismo e outras formas de discriminação e perseguição religiosa”.

“Construamos juntos um mundo mais fraterno e justo, educando os jovens a ter um coração aberto a todos na lógica da fraternidade, do perdão e da paz”, concluiu.

Proclamado oficialmente em novembro de 2005, o Dia Internacional da Memória das Vítimas do Holocausto, que se assinala na segunda-feira, comemora a libertação pelas tropas soviéticas, em 1945, do campo de concentração e extermínio nazi alemão de Auschwitz-Birkenau.

Auschwitz-Birkenau tornou-se o símbolo do genocídio perpetrado pela Alemanha nazi contra seis milhões de judeus europeus, um milhão dos quais morreram no local entre 1940 e 1945, bem como mais de 100.000 não judeus.

Na segunda-feira, uma cerimónia oficial com a presença de cerca de meia centena de sobreviventes e 54 delegações internacionais assinalará o 80.º aniversário da libertação do local.

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