ECONOMIA & FINANÇAS
CRISE: TURISMO FLUVIAL NO DOURO RECUPERA 23% EM 2021 FACE A ANO DIFÍCIL DE 2020
A Via Navegável do Douro (VND) recebeu 279.151 passageiros em 2021, uma recuperação de 23,34% face a 2020, ano com quebras acentuadas devido à covid-19, segundo a Administração dos Portos do Douro, Leixões e Viana do Castelo (APDL).
A Via Navegável do Douro (VND) recebeu 279.151 passageiros em 2021, uma recuperação de 23,34% face a 2020, ano com quebras acentuadas devido à covid-19, segundo a Administração dos Portos do Douro, Leixões e Viana do Castelo (APDL).
Segundo dados disponibilizados na página da Internet pela gestora da VND, a APDL, no ano passado o turismo fluvial no rio Douro registou uma recuperação de 23% face a 2020, ano em que este segmento sofreu um duro golpe por causa da pandemia de covid-19 e se contabilizou uma quebra de 86,24% comparativamente com 2019.
Em 2021, viajaram na via navegável 279.151 passageiros, 160.897 (58%) dos quais em cruzeiros na mesma albufeira e noturnos, 74.438 em cruzeiros de um dia (27%), 33.307 em barcos-hotel (12%) e 10.151 (4%) em embarcações de recreio.
No ano de 2020, em que devido à pandemia de covid-19 as embarcações estiveram paradas entre março e junho/julho, transitaram no rio Douro 226.333 passageiros, menos 86,24% do que em 2019, ano em que viajaram naquela via 1.644.937 turistas, mais 26,92% do que em 2018.
De acordo com os dados da gestora da via navegável, em 2021 foram 98 os operadores com registo de atividade no rio Douro e 205 as embarcações que estiveram em operação, com uma lotação de 11.718 passageiros.
No ano passado, os melhores meses para o turismo fluvial foram agosto (21,2%), seguido de setembro (16,6%), julho (15%) e outubro (12,9%), tendo sido praticamente residual no primeiro trimestre.
Em 1990, com a inauguração dos 210 quilómetros da VND entre o Porto e Barca d´Alva, abriu-se uma porta ao turismo que foi, depois, consolidada em 2001 com a classificação do Douro como Património Mundial da UNESCO.
Quanto ao transporte de mercadorias na via navegável, segundo a APDL, no ano passado foram transportadas 20.545 toneladas, o que representa uma quebra de 50,32% face a 2020 (41.357 toneladas).
Em 2020, dos dois portos comerciais existentes no rio Douro (Sardoura e Várzea), só se verificou atividade no porto comercial da Várzea.
Em 2019, dos dois portos foram transportadas 44.706 toneladas de mercadorias, um crescimento de 32,15% face ao ano anterior.
A covid-19 provocou pelo menos 5,723 milhões de mortes em todo o mundo desde o início da pandemia, segundo o mais recente balanço da agência France-Presse, divulgado no sábado.
Em Portugal, desde março de 2020, morreram 20.222 pessoas e foram contabilizados 2.915.971 casos de infeção, segundo dados de hoje da Direção-Geral da Saúde.
A doença é provocada pelo coronavírus SARS-CoV-2, detetado no final de 2019 em Wuhan, cidade do centro da China.
A variante Ómicron, que se dissemina e sofre mutações rapidamente, tornou-se dominante do mundo desde que foi detetada pela primeira vez, em novembro, na África do Sul.
ECONOMIA & FINANÇAS
INE CONFIRMA DESACELERAÇÃO DA SUBIDA DOS PREÇOS PARA 2,2% EM ABRIL
A taxa de inflação homóloga fixou-se nos 2,2% em abril, menos 0,1 pontos percentuais do que em março, confirmou, esta segunda-feira, o Instituto Nacional de Estatística (INE).
A taxa de inflação homóloga fixou-se nos 2,2% em abril, menos 0,1 pontos percentuais do que em março, confirmou, esta segunda-feira, o Instituto Nacional de Estatística (INE).
Com arredondamento a uma casa decimal, a taxa de variação do Índice de Preços no Consumidor (IPC), esta segunda-feira, avançada pelo INE, confirma o valor da estimativa rápida divulgada em 30 de abril.
O indicador de inflação subjacente (índice total excluindo produtos alimentares não transformados e energéticos) registou uma variação homóloga de 2,0%, taxa inferior em 0,5 pontos percentuais à de março.
ECONOMIA & FINANÇAS
PORTUGAL ENTRE OS PAÍSES QUE MAIS PROTEGEM DIREITOS DOS TRABALHADORES
Portugal é um dos cinco países que mais protegem os direitos dos trabalhadores, que estão entre os direitos humanos menos protegidos do mundo, indica um estudo divulgado hoje pela Universidade de Binghamton, nos Estados Unidos.
Portugal é um dos cinco países que mais protegem os direitos dos trabalhadores, que estão entre os direitos humanos menos protegidos do mundo, indica um estudo divulgado hoje pela Universidade de Binghamton, nos Estados Unidos.
De acordo com o trabalho, publicado na revista académica Human Rights Quarterly, os cinco países com as melhores pontuações na proteção dos direitos dos trabalhadores são o Canadá, a Suécia, a Nova Zelândia, a Noruega e Portugal. Os cinco piores são o Irão, a Síria, a Coreia do Norte, a China e o Iraque.
Em comunicado, a universidade adianta que os dados integram o relatório anual de 2023 do CIRIGHTS Data Project, “o maior conjunto de dados sobre direitos humanos do mundo”.
“O projeto classifica países de todo o mundo [195] quanto ao respeito pelos direitos humanos”, tendo por base “25 direitos humanos internacionalmente reconhecidos”, e é coliderado por David Cingranelli, professor de Ciência Política na Universidade de Binghamton, no estado de Nova Iorque.
Na avaliação dos direitos dos trabalhadores são tidos em conta dados sobre sindicalização, negociação coletiva, a existência de um horário de trabalho, o trabalho forçado, trabalho infantil, salário mínimo, condições de trabalho seguras e tráfico humano.
O direito de formar um sindicato e o da negociação coletiva, “estão entre os direitos humanos menos protegidos” e são “sempre violados até certo ponto”, escreveram os investigadores.
Por exemplo, em relação ao respeito pela negociação coletiva, 51% dos países receberam uma pontuação de zero, o que significa violações generalizadas deste direito, e apenas 16 “pontuaram dois”, ou seja, os investigadores não encontraram qualquer indicação de violação. No caso do trabalho infantil, o relatório indica que “cerca de 87% dos países” em todo o mundo registaram casos de emprego de crianças e adolescentes e que “num terço dos países as violações foram generalizadas”.
“Investigações anteriores mostram que é improvável que os governos protejam os direitos a um salário mínimo adequado, à saúde e segurança no trabalho ou a limites razoáveis das horas de trabalho (incluindo horas extraordinárias voluntárias), a menos que seja permitido aos trabalhadores formar sindicatos independentes e negociar coletivamente”, disse Cingranelli, citado no comunicado.
“O direito à sindicalização, à negociação e à greve são os direitos de acesso. Se forem protegidos, é provável que todos os outros direitos laborais também sejam protegidos. Mas os direitos de acesso estão em declínio a nível mundial”, acrescentou.
Cignarelli indicou que, embora os países democráticos e ricos protejam os direitos laborais mais do que outros, a desigualdade económica aumentou em quase todo o lado.
“A globalização económica aumentou a concorrência entre as nações, o que tem levado os governos a favorecer as empresas em detrimento dos trabalhadores nos conflitos entre os dois”, explicou o professor.
Segundo Cignarelli, nos países economicamente menos desenvolvidos, as grandes empresas agrícolas, mineiras e de extração de petróleo fazem o que querem em relação aos trabalhadores.
Disse ainda ser “importante lembrar que as empresas e os trabalhadores normalmente assumem posições antagónicas sobre quanta atenção os líderes empresariais devem prestar ao que os trabalhadores querem em relação aos termos e condições do seu trabalho”, acrescentando que os primeiros “preferem normalmente distribuir a maior parte do lucro (…) aos acionistas e não aos trabalhadores”.
A existência num país de uma lei do trabalho exigente pode levar empresas a deslocalizarem-se, mas Cignarelli observou que o governo tem o papel de garantir que os trabalhadores tenham uma oportunidade justa de fazer ouvir as suas preocupações.
“Sem políticas governamentais que protejam os trabalhadores, as empresas podem fazer o que quiserem para manter os sindicatos afastados”, declarou o investigador.
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