REGIÕES
BRAGANÇA: HERNÂNI DIAS TEME EFEITO CONTÁGIO DA SAÍDA DO PORTO E PEDE ISENÇÃO À ANMP
Hernâni Dias considerou, esta quinta-feira, que a intenção da saída do Porto da Associação Nacional de Municípios Portugueses (ANMP) poderá ter um efeito de contágio que exige isenção da parte daquela organização. À Lusa, o autarca social-democrata disse entender a posição, “legítima”, do presidente da Câmara do Porto, Rui Moreira, para quem foi “total o fracasso” da ANMP no processo de descentralização de competências do Estado.
Hernâni Dias considerou, esta quinta-feira, que a intenção da saída do Porto da Associação Nacional de Municípios Portugueses (ANMP) poderá ter um efeito de contágio que exige isenção da parte daquela organização. À Lusa, o autarca social-democrata disse entender a posição, “legítima”, do presidente da Câmara do Porto, Rui Moreira, para quem foi “total o fracasso” da ANMP no processo de descentralização de competências do Estado.
O presidente da Câmara de Bragança concorda com algumas das críticas ao processo, mas defende, em vez da saída, os municípios devem é “obrigar e exigir da associação que faça o seu trabalho de forma absolutamente isenta no que tem a ver com a ligação ao Governo e olhe para aquilo que são os interesses dos municípios”.
Para Hernâni Dias, se todos os municípios fizessem “como está previsto ou, pelo menos, é intenção do presidente da Câmara do Porto, não havia nenhum tipo de descentralização” e se todos fizessem o mesmo, “a associação deixaria de existir.” O autarca transmontano concorda que “há algumas competências claramente deficitárias” ao nível financeiro, mas defende que os municípios devem “estar abertos, pelo menos, àquelas que são obrigatórias”.
“E fazer um balanço depois no ano seguinte e solicitar ou exigir inclusivamente a abertura do Governo, da Administração Central, para correções de âmbito financeiro”, concretizou. Hernâni Dias sustenta que a ANMP não desempenhou da melhor forma o papel de articulação e defesa dos municípios no processo de negociação da transferência de competências da Administração Central para a Administração Local.
Recordou que, nos últimos anos, os municípios foram “bombardeados com propostas de legislação de forma praticamente avulsa”, com “dois ou três dias” para se pronunciarem, sem que municípios mais pequenos, como o de Bragança, tenham “uma estrutura técnica capacitada para analisar todos esses diplomas e poder expor aquilo que poderão ser situações menos agradáveis”.
Ainda assim, entende que “a saída de qualquer município da ANMP, e ainda por cima um município como o Porto, fragiliza muito a associação” e teme um efeito de contágio para “outras tomadas de posição relativamente a outros processos que venham a ser ponderados num futuro próximo”.
Para Hernâni Dias, os municípios devem exigir à ANMP que defenda os interesses do poder local e “um diálogo mais estreito” com as autarquias, para se articular posições de defesa dos interesses comuns.
“Nós não podemos estar numa associação em que o corpo dirigente possa estar numa posição de alguma subserviência para com o Governo em funções”, afirmou.
REGIÕES
VILA REAL: CONCURSO PARA CONCLUSÃO DO PAVILHÃO DA ESCOLA DIOGO CÃO
O município de Vila Real abriu esta quinta-feira um concurso público, pelo preço base de 900 mil euros, para concluir a requalificação de um pavilhão desportivo, depois de tomar posse administrativa da obra, em abril, por abandono da empreitada.
O município de Vila Real abriu esta quinta-feira um concurso público, pelo preço base de 900 mil euros, para concluir a requalificação de um pavilhão desportivo, depois de tomar posse administrativa da obra, em abril, por abandono da empreitada.
O anúncio do concurso público para a conclusão da empreitada de requalificação e beneficiação do pavilhão da Escola Diogo Cão foi publicado esta quinta-feira em Diário da República (DR).
O preço base do procedimento é de cerca de 900 mil euros, o prazo para entrega de propostas decorre até 13 de fevereiro e, depois de adjudicada, a obra deve ser concluída em 270 dias.
Em abril, a Câmara de Vila Real informou que tomou posse administrativa da obra de requalificação deste pavilhão desportivo, localizado na cidade, por alegado incumprimento do empreiteiro que terá suspendido e abandonado a empreitada.
O processo encontra-se, neste momento, em tribunal.
Em março de 2022, a Câmara de Vila Real anunciou um investimento 1,2 milhões de euros na reabilitação do pavilhão desportivo da Escola Diogo Cão e, na altura, foi referido que a intervenção demoraria cerca de um ano.
O objetivo da intervenção era dotar o pavilhão, já com mais de 50 anos, de “condições de segurança” para a prática educativa e a formação desportiva, servindo a escola e, após o horário letivo, a comunidade.
A autarquia explicou que a empreitada foi organizada em duas fases distintas, adjudicadas a duas empresas e que, ambas as fases, resultaram de candidaturas apresentadas ao Norte 2020 e tiveram uma comparticipação financeira de 85%.
No entanto, segundo explicou, a “existência de duas fases ao mesmo tempo veio a revelar-se de muito difícil compatibilização exacerbando o comportamento, já de si, pouco consensual” do empreiteiro em causa, tendo mesmo esta empresa “suspendido de forma unilateral a sua empreitada e abandonado a empreitada, obrigando o município a agir em conformidade e em defesa do interesse público municipal”.
Para efeito, a câmara avançou com a aplicação de sanção contratual no valor de cerca de 217 mil euros (mais IVA), “por atraso reiterado no cumprimento das obrigações decorrentes do contrato”, e procedeu “à resolução do contrato a título sancionatório, tomando a posse administrativa da obra, bem como dos bens móveis e imóveis à mesma afetos, procedendo aos inventários, medições e avaliações necessárias”.
O município referiu que vai conseguir recuperar parte do financiamento comunitário desta obra, já no âmbito do novo quadro comunitário.
REGIÕES
MATOSINHOS: MILITAR DA GNR ALVO DE PROCESSO DISCIPLINAR POR ALEGADA AGRESSÃO
O Comando Geral da GNR instaurou um processo disciplinar a um militar na sequência de uma alegada agressão a um condutor no sábado, em Perafita, Matosinhos, confirmou hoje à Lusa a Guarda.
O Comando Geral da GNR instaurou um processo disciplinar a um militar na sequência de uma alegada agressão a um condutor no sábado, em Perafita, Matosinhos, confirmou hoje à Lusa a Guarda.
Questionada pela Lusa sobre a alegada agressão hoje revelada por vários órgãos de comunicação social com base num suposto vídeo, a Divisão de Comunicação e Relações Públicas da GNR respondeu sem nunca mencionar ter havido agressão.
“Cumpre-me informar que a situação visualizada no vídeo ocorreu no passado sábado, dia 25 de janeiro, na localidade de Perafita, em Matosinhos, na sequência de uma ocorrência de acidente de viação, tendo resultado na detenção do condutor envolvido, pelo crime de condução sob influência de álcool”, lê-se na resposta assinada pelo major David dos Santos.
E acrescenta: “adicionalmente, importa ainda referir que, depois de analisadas as imagens no referido vídeo, foi determinada a abertura do respetivo procedimento de âmbito disciplinar, com vista ao apuramento das circunstâncias em que ocorreram os factos”.
A Lusa perguntou também se o militar permanece em funções ou se foi afastado, mas não obteve resposta.
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