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EM 2022 JÁ FORAM DETIDAS 117 PESSOAS POR SUSPEITA DE CRIME DE INCÊNDIO FLORESTAL

Pelo menos 117 pessoas foram detidas este ano pelo crime de incêndio florestal e o uso do fogo em dias inadequados representa dois terços das causas investigadas, revelou hoje a Agência para a Gestão Integrada de Fogos Rurais.

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Pelo menos 117 pessoas foram detidas este ano pelo crime de incêndio florestal e o uso do fogo em dias inadequados representa dois terços das causas investigadas, revelou hoje a Agência para a Gestão Integrada de Fogos Rurais.

“É mesmo muito importante que as pessoas se abstenham de usar o fogo e máquinas nos dias críticos, porque estes representam mais de dois terços dos incêndios que têm as causas investigadas”, disse à agência Lusa o presidente da Agência para a Gestão Integrada de Fogos Rurais (AGIF).

Tiago Oliveira deu também conta que este ano foram detidas pela Guarda Nacional Republicana e Polícia Judiciária 117 pessoas pelo crime de incêndio florestal e destacou o trabalho destas duas polícias, que “estão há muito no terreno a acompanhar as situações”.

O responsável pela agência, que tem como missão a coordenação estratégica, sublinhou igualmente que a GNR, juntamente com a Força Aérea, está a fazer um trabalho de vigilância e dissuasão aérea “para apanhar as pessoas” que estão a fazer queimadas porque entendem que devem as fazer em dias de proibição.

“Têm que ser detidas naquele ato flagrante, porque é proibido e é crime. Aquele gesto que estão a fazer, que habitualmente no passado não gerava grandes problemas, mas agora, com as condições meteorológicas que temos e no estado da secura que existe e num dia de vento, pode fazer um incêndio de grandes dimensões e três quilómetros adiante até contribui para matar alguém”, sustentou.

Tiago Oliveira frisou que é “mesmo muito importante que as pessoas se abstenham de utilizar o fogo e utilizar as máquinas e terem cuidado com o território”.

O presidente da AGIF, que falava à Lusa no dia em que foi lançada uma campanha de sensibilização sobre o uso do fogo e medidas de autoproteção junto dos emigrantes que chegam a Portugal de férias, considerou que agosto “vai depender muito da existência ou não de ondas de calor”, uma vez que o ano é seco, e “todos os cuidados são muito relevantes” e todos os portugueses devem adaptar os comportamentos quando se deslocarem para os espaços rurais no próximo mês.

“O dispositivo tem limitações, os recursos são finitos e daí estarmos sempre a apelar ao comportamento das pessoas para não usarem as máquinas nos dias mais difíceis, não utilizarem o fogo e queimadas”, precisou ainda.

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VILA REAL: CONCURSO PARA CONCLUSÃO DO PAVILHÃO DA ESCOLA DIOGO CÃO

O município de Vila Real abriu esta quinta-feira um concurso público, pelo preço base de 900 mil euros, para concluir a requalificação de um pavilhão desportivo, depois de tomar posse administrativa da obra, em abril, por abandono da empreitada.

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O município de Vila Real abriu esta quinta-feira um concurso público, pelo preço base de 900 mil euros, para concluir a requalificação de um pavilhão desportivo, depois de tomar posse administrativa da obra, em abril, por abandono da empreitada.

O anúncio do concurso público para a conclusão da empreitada de requalificação e beneficiação do pavilhão da Escola Diogo Cão foi publicado esta quinta-feira em Diário da República (DR).

O preço base do procedimento é de cerca de 900 mil euros, o prazo para entrega de propostas decorre até 13 de fevereiro e, depois de adjudicada, a obra deve ser concluída em 270 dias.

Em abril, a Câmara de Vila Real informou que tomou posse administrativa da obra de requalificação deste pavilhão desportivo, localizado na cidade, por alegado incumprimento do empreiteiro que terá suspendido e abandonado a empreitada.

O processo encontra-se, neste momento, em tribunal.

Em março de 2022, a Câmara de Vila Real anunciou um investimento 1,2 milhões de euros na reabilitação do pavilhão desportivo da Escola Diogo Cão e, na altura, foi referido que a intervenção demoraria cerca de um ano.

O objetivo da intervenção era dotar o pavilhão, já com mais de 50 anos, de “condições de segurança” para a prática educativa e a formação desportiva, servindo a escola e, após o horário letivo, a comunidade.

A autarquia explicou que a empreitada foi organizada em duas fases distintas, adjudicadas a duas empresas e que, ambas as fases, resultaram de candidaturas apresentadas ao Norte 2020 e tiveram uma comparticipação financeira de 85%.

No entanto, segundo explicou, a “existência de duas fases ao mesmo tempo veio a revelar-se de muito difícil compatibilização exacerbando o comportamento, já de si, pouco consensual” do empreiteiro em causa, tendo mesmo esta empresa “suspendido de forma unilateral a sua empreitada e abandonado a empreitada, obrigando o município a agir em conformidade e em defesa do interesse público municipal”.

Para efeito, a câmara avançou com a aplicação de sanção contratual no valor de cerca de 217 mil euros (mais IVA), “por atraso reiterado no cumprimento das obrigações decorrentes do contrato”, e procedeu “à resolução do contrato a título sancionatório, tomando a posse administrativa da obra, bem como dos bens móveis e imóveis à mesma afetos, procedendo aos inventários, medições e avaliações necessárias”.

O município referiu que vai conseguir recuperar parte do financiamento comunitário desta obra, já no âmbito do novo quadro comunitário.

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MATOSINHOS: MILITAR DA GNR ALVO DE PROCESSO DISCIPLINAR POR ALEGADA AGRESSÃO

O Comando Geral da GNR instaurou um processo disciplinar a um militar na sequência de uma alegada agressão a um condutor no sábado, em Perafita, Matosinhos, confirmou hoje à Lusa a Guarda.

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O Comando Geral da GNR instaurou um processo disciplinar a um militar na sequência de uma alegada agressão a um condutor no sábado, em Perafita, Matosinhos, confirmou hoje à Lusa a Guarda.

Questionada pela Lusa sobre a alegada agressão hoje revelada por vários órgãos de comunicação social com base num suposto vídeo, a Divisão de Comunicação e Relações Públicas da GNR respondeu sem nunca mencionar ter havido agressão.

“Cumpre-me informar que a situação visualizada no vídeo ocorreu no passado sábado, dia 25 de janeiro, na localidade de Perafita, em Matosinhos, na sequência de uma ocorrência de acidente de viação, tendo resultado na detenção do condutor envolvido, pelo crime de condução sob influência de álcool”, lê-se na resposta assinada pelo major David dos Santos.

E acrescenta: “adicionalmente, importa ainda referir que, depois de analisadas as imagens no referido vídeo, foi determinada a abertura do respetivo procedimento de âmbito disciplinar, com vista ao apuramento das circunstâncias em que ocorreram os factos”.

A Lusa perguntou também se o militar permanece em funções ou se foi afastado, mas não obteve resposta.

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