ECONOMIA & FINANÇAS
VENDAS DE VEÍCULOS ELÉTRICOS SOBEM 67,2% NO PRIMEIRO TRIMESTRE
O mercado de veículos elétricos cresceu 67,2% no primeiro trimestre do ano face ao período homólogo, para 23.142 automóveis novos comercializados, segundo dados divulgados hoje pela ACAP – Associação Automóvel de Portugal.
O mercado de veículos elétricos cresceu 67,2% no primeiro trimestre do ano face ao período homólogo, para 23.142 automóveis novos comercializados, segundo dados divulgados hoje pela ACAP – Associação Automóvel de Portugal.
Tendo em conta apenas o mês de março, o aumento das vendas foi de 80,6%, em comparação com o mesmo mês do ano anterior, para 9.363 veículos elétricos.
Por categorias e tipos de veículos, os dados da ACAP indicam que as vendas de automóveis ligeiros de passageiros novos elétricos, ‘plug-in’ e híbridos elétricos subiram 66,1%, para 22.566, no primeiro trimestre, em termos homólogos.
Observando especificamente os veículos elétricos alimentados a bateria (BEV, na sigla inglesa), os dados mostram uma subida no primeiro trimestre de 125,5% nas vendas de ligeiros de passageiros, para 8.399.
Apenas no mês de março, registou-se um crescimento homólogo de 108,4% nesta categoria, tendo sido matriculados 3.549 novos ligeiros de passageiros elétricos.
Já tendo em consideração os ligeiros de passageiros elétricos, ‘plug-in’ e híbridos, o crescimento homólogo foi de 77,4% em março, para 9.133 automóveis.
Quanto aos veículos ligeiros de mercadorias, o mercado de elétricos, ‘plug-in’ e híbridos registou, em março, um crescimento de 545,7% face ao mês homólogo, situando-se em 226 unidades matriculadas.
De janeiro a março, este mercado atingiu 567 unidades, um crescimento homólogo de 148,7%, indica a ACAP.
Por sua vez, o mercado de veículos pesados, que engloba os tipos de passageiros e de mercadorias, em março aumentou 300% face ao mesmo mês de 2022, tendo sido matriculados quatro veículos pesados elétricos novos.
Em termos acumulados, nos três primeiros meses do ano, verificou-se uma queda de 71,9% face ao primeiro trimestre de 2022, totalizando nove veículos pesados elétricos.
ECONOMIA & FINANÇAS
RECICLAGEM EM PORTUGAL CONTINUA AQUÉM DAS METAS DEFINIDAS
A recolha seletiva de resíduos em Portugal continua abaixo das metas definidas para 2025, sendo o plástico o menos reciclado, segundo dados da Agência Portuguesa do Ambiente (APA).
A recolha seletiva de resíduos em Portugal continua abaixo das metas definidas para 2025, sendo o plástico o menos reciclado, segundo dados da Agência Portuguesa do Ambiente (APA).
No relatório da Agência Portuguesa do Ambiente (APA) sobre reciclagem relativo a 2022, a recolha indiferenciada (lixo comum) representa 77% dos resíduos recolhidos, enquanto a recolha seletiva (reciclagem) representa apenas 21%.
A APA alerta que, apesar de algumas melhorias na recolha seletiva, que tem aumentado na última década, a taxa de recolha indiferenciada “mantém-se elevada” e que “é crucial inverter” o panorama.
Segundo os dados do relatório, o vidro foi o resíduo mais reciclado em 2022, representando cerca de 55% da recolha, enquanto a percentagem de plástico reciclado é de apenas 22% e a de papel e cartão de 47%.
A agência refere que nos resíduos urbanos produzidos em Portugal, a maioria – cerca de 57% – é depositada em aterro e apenas 16% são encaminhados para reciclagem.
A recolha de resíduos indiferenciados representa cerca de 80% do recolhido em 2022, sendo este um indicador “que ao longo dos anos não tem dado sinais de melhoria”, apesar dos investimentos efetuados para o efeito.
A APA diz ainda que os resíduos recolhidos de forma indiferenciada têm “um enorme potencial” que é pouco aproveitado, por terem como destino o aterro ou a valorização energética.
Citada em comunicado a propósito do Dia Internacional da Reciclagem, que se comemora hoje, a diretora executiva da Sociedade Ponto Verde, Ana Trigo Morais, defende que Portugal “tem feito um trabalho notável no que diz respeito à reciclagem de embalagens” e o sistema “tem vindo a evoluir”, mas considera que “é preciso acelerar” porque o país “tem novas metas para cumprir”.
“Motivar para gerar ainda mais ação é fundamental. São os cidadãos que depositam as suas embalagens nos ecopontos e, por isso, a par de terem ao dispor um serviço de qualidade e conveniente, há que investir em campanhas de proximidade e diferenciadoras, ensinando o impacto positivo que este gesto tem no planeta”, argumenta.
De acordo com os objetivos definidos pela União Europeia, os estados-membros devem reciclar cerca de 65% de todas as embalagens colocadas no mercado até ao final de 2025.
ECONOMIA & FINANÇAS
IMPOSTOS: COBRANÇA COERCIVA DE DÍVIDAS FISCAIS DISPARA 21% EM 2023
O valor da cobrança coerciva de dívidas fiscais ascendeu a 1.294,9 milhões de euros em 2023, mais 20,9% face ao ano anterior, segundo a Conta Geral do Estado (CGE) do ano passado, hoje divulgada.
O valor da cobrança coerciva de dívidas fiscais ascendeu a 1.294,9 milhões de euros em 2023, mais 20,9% face ao ano anterior, segundo a Conta Geral do Estado (CGE) do ano passado, hoje divulgada.
A Conta Geral do Estado de 2023, publicada hoje pela Direção-Geral do Orçamento (DGO) e entregue na quarta-feira à Assembleia da República e ao Tribunal de Contas, revela que foi registado em receita do Estado decorrente da cobrança coerciva um acréscimo de 223,6 milhões de euros em 2023 face a 2022, totalizando 1.294,9 milhões de euros.
Para este acréscimo contribuíram, essencialmente, o imposto sobre o rendimento das pessoas singulares (IRS), com um acréscimo de 24,3%, o imposto sobre o valor acrescentado (IVA), com um aumento de 15,2%, e nos juros de mora, de 34,8%.
Apenas se observa um decréscimo pouco significativo na recuperação de dívidas relativas ao Imposto do Selo (IS) e nas reposições não abatidas nos pagamentos, de 23,1% e 37,8%, respetivamente, o correspondente a cerca de 3,4 e 0,4 milhões de euros.
O IRS é o imposto com o maior peso das dívidas fiscais recuperadas (29,7%), totalizando 384,8 milhões de euros, seguido pelo IRC (14,8%), com um total de 191,2 milhões de euros, e pelo IVA (23,3%), que ascendeu a 301,3 milhões de euros.
Por outro lado, as reposições não abatidas nos pagamentos têm o menor peso das dívidas fiscais recuperadas (0,1%), seguida pelo imposto do selo (1%).
De acordo com a CGE, a receita por cobrar pela Autoridade Tributária e Aduaneira (AT) — passado o prazo de cobrança voluntária – ascendeu a 26.757,7 milhões de euros no final de 2023, representando um aumento de 10,2% face ao valor de 2022.
O documento indica que “para esta evolução contribuiu o aumento de 721,4 milhões de euros (+10,1%) da dívida ativa e de 1726,6 milhões de euros (+19,9%) da dívida incobrável”.
No final de 2023, 29,9% da carteira correspondia a dívida ativa, 31,6% a suspensa e 38,9% classificada como incobrável.
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