INTERNACIONAL
QUÉNIA: TRÊS LEÕES E OUTROS ANIMAIS SELVAGENS MORTOS POR CAÇADORES EM ARMADILHAS
Três leões e outros animais morreram depois de terem ficado presos em armadilhas de caça colocadas no exterior da reserva queniana de Ol Chorro, no Parque Nacional Masai Mara, disseram esta segunda-feira fontes oficiais.
Três leões e outros animais morreram depois de terem ficado presos em armadilhas de caça colocadas no exterior da reserva queniana de Ol Chorro, no Parque Nacional Masai Mara, disseram esta segunda-feira fontes oficiais.
“É com tremenda tristeza que anunciamos a trágica morte de Rafiki e Lenkume, assim como de uma das crias de Lenkume, e ainda quatro hienas e um antílope, vítimas de um conjunto de armadilhas mortais para capturar animais selvagens”, lê-se no relatório oficial do Programa de Conservação de Predadores de Mara, divulgado na rede social Facebook. Este programa visa a preservação dos felinos.
O comércio ilegal de carne de caça, que inclui desde girafas ou zebras até antílopes ou búfalos, é uma grande ameaça aos ecossistemas do Parque Nacional Maasai Mara e Serengeti na Tanzânia, uma vez que estes dois países fazem fronteira.
No comunicado, o programa especifica que o antílope teria sido o primeiro a cair na armadilha, e que sua presença teria atraído leões e hienas, que “também ficaram presos” num espaço que tinha mais de cinquenta armadilhas.
A estagnação económica causada pela pandemia da Covid-19 tem aumentado, nos últimos meses, a presença deste tipo de armadilhas – um pedaço de arame que termina num laço formado por um nó deslizante – devido ao facto da venda deste tipo a carne ser uma maneira rápida e fácil de ganhar dinheiro.
O Programa de Conservação de Depredador Mara também anunciou que a área está com novas armadilhas e prometeu “uma investigação completa” sobre o que aconteceu.
De acordo com este órgão, os guardas de Mara, que patrulham áreas designadas diariamente, removem anualmente milhares de armadilhas para caçar animais selvagens.
Por sua vez, diferentes organizações ambientais, como o Projeto Mara Elefante, estimam que 90% dos animais nelas presos nunca chegam ao mercado ilegal, mas morrem ao serem feridos, e sua carne acaba por apodrecer.
INTERNACIONAL
RÚSSIA: “PUTIN SUCEDE A PUTIN” E INICIA QUINTO MANDATO COMO PRESIDENTE
O Presidente russo, Vladimir Putin, no poder desde 2000, tomou hoje posse no Kremlin, em Moscovo, para um quinto mandato de seis anos à frente da Rússia.
O Presidente russo, Vladimir Putin, no poder desde 2000, tomou hoje posse no Kremlin, em Moscovo, para um quinto mandato de seis anos à frente da Rússia.
“Juro (…) respeitar e proteger os direitos humanos e civis e as liberdades, respeitar e proteger a Constituição, a soberania, a independência, a segurança e a integridade do governo”, declarou Putin, citado pela agência francesa AFP.
Putin disse que liderar a Rússia “é um dever sagrado” e prometeu que o país saíra “mais forte” do “período difícil” que atravessa.
A Rússia está em guerra com a Ucrânia, que invadiu em 2022, e é alvo de sanções internacionais por causa da ofensiva contra o país vizinho.
INTERNACIONAL
GUERRA: RÚSSIA “ALERTA” QUE F-16 NA UCRÂNIA SERÁ CONSIDERADO “PROVOCAÇÃO”
A Rússia advertiu hoje que o envio de caças F-16 à Ucrânia será considerado uma provocação dos Estados Unidos e da NATO, estejam ou não capacitados para transportar armamento nuclear.
A Rússia advertiu hoje que o envio de caças F-16 à Ucrânia será considerado uma provocação dos Estados Unidos e da NATO, estejam ou não capacitados para transportar armamento nuclear.
“Independentemente das alterações efetuadas aos aviões entregues, serão por nós considerados como portadores de armas nucleares e consideramos esse passo dos Estados Unidos e da NATO como uma deliberada provocação”, assinalou em comunicado o Ministério dos Negócios Estrangeiros russo.
Moscovo tem sublinhado desde há vários anos que este tipo de aviões tem sido utilizados nas designadas “missões nucleares conjuntas” da NATO.
“Espera-se que surjam em breve no teatro de operações da Ucrânia aviões polivalentes F-16 de fabrico norte-americano (…), não podemos ignorar o facto de esses aviões pertencerem às plataformas de duplo equipamento: nuclear e não nuclear”, assinala o texto.
A Ucrânia insiste desde há semanas na necessidade de apressar o envio destes aviões face aos contínuos bombardeamentos das forças russas contra infraestruturas civis e posições do seu Exército.
A coligação de países ocidentais que há um ano se comprometeu em disponibilizar F-16 a Kiev inclui a Dinamarca, que se propõe enviar os primeiros aviões este verão, a Bélgica, Países Baixos e Noruega.
Moscovo tem condenado os planos ocidentais sobre o aumento do apoio de armamento a Kiev e a suas implicações nos combates na Ucrânia, que podem sugerir novas ameaças militares ocidentais dirigidas à Rússia.
Em particular, Moscovo acusa o ocidente de apoiar abertamente ações de sabotagem da Ucrânia em território russo, para além de fornecer a Kiev mísseis de longo alcance franceses e britânicos, e os novos ATACMS norte-americanos, que podem alcançar território russo.
A Rússia também acusa os EUA de prosseguir com os seus planos de utilização de mísseis de curto e médio alcance “em diversas regiões do mundo” e acrescenta que, quando esse armamento for efetivamente disponibilizado, responderá suspendendo a sua própria moratória sobre estes envios.
O MNE russo também denuncia as afirmações do Presidente francês, Emmanuel Macron, sobre o possível envio à Ucrânia de contingentes da NATO e salienta as informações sobre a presença no terreno de efetivos da Legião Estrangeira francesa.
A diplomacia russa acusa o bloco ocidental de procurar “uma maior escalada da crise ucraniana até um confronto militar direto dos países da NATO e Rússia” com o objetivo de provocar uma “derrota estratégica” a Moscovo.
Este cenário, segundo Moscovo, justifica a ordem emitida pelo Presidente russo Vladimir Putin às Forças Armadas sobre a realização “em breve” de manobras com armas nucleares táticas.
Caso se concretizem, estes exercícios — com o envolvimento da Força Aérea e Marinha –, poderão ocorrer em território ucraniano, pelo facto de o Distrito militar sul incluir as quatro regiões ucranianas ocupadas (Donetsk, Lugansk, Kherson e Zaporijia).
Moscovo também lamenta que a situação se encontre próximo do descalabro devido à acumulação de “decisões irracionais” por parte de Kiev e aliados ocidentais, e frisa que estas ameaças estão “especificamente” contempladas na doutrina de dissuasão nuclear da Rússia.
A Ucrânia tem garantido uma substancial ajuda financeira e armamento dos aliados ocidentais desde que a Rússia invadiu o país, em 24 de fevereiro de 2022.
Os aliados de Kiev também têm decretado sanções contra setores-chave da economia russa para tentar diminuir a capacidade de Moscovo de financiar o esforço de guerra na Ucrânia.
Já no terceiro ano de guerra, as Forças Armadas ucranianas têm-se confrontado com falta de armamento e munições, apesar das reiteradas promessas de ajuda dos aliados ocidentais e que agora parecem estar ultrapassadas.
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