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PORTO X BARCELONA: A ANÁLISE DE JOSÉ AUGUSTO SANTOS

FC Porto faz um bom jogo, consegue ser dominador em especial na 2ª parte, mas continua a revelar muitas dificuldades de eficácia na finalização e na definição do último passe. O Barcelona, por intermédio de Ferran Torres, aproveitou um erro clamoroso de Romário Baró, a juntar à hesitação de Fábio Cardoso, para marcar o golo que lhe garantiu a vitória.

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FC Porto faz um bom jogo, consegue ser dominador em especial na 2ª parte, mas continua a revelar muitas dificuldades de eficácia na finalização e na definição do último passe. O Barcelona, por intermédio de Ferran Torres, aproveitou um erro clamoroso de Romário Baró, a juntar à hesitação de Fábio Cardoso, para marcar o golo que lhe garantiu a vitória.

Assistimos a uma primeira parte equilibrada com os jogadores portistas com uma boa pressão coletiva a condicionar o famoso tiki-taka que é a imagem do Barça desde os tempos de Cruijff e que não conseguiu impor, por mérito do Porto e porque, por exemplo, Oriol Romeu não é Sérgio Busquets, que era determinante para aquela forma de jogar, para não falar em Xavi, Iniesta ou Messi.

Em posse o Porto foi rápido nas transições, provocou alguns amarelos, bem mostrados, porque foi a solução que os jogadores espanhóis encontraram para parar algumas jogadas rápidas de perigo. Faltou uma melhor tomada de decisão no último passe para poder criar mais oportunidades para marcar. Defensivamente controlou bem algumas iniciativas de João Félix, na esquerda e Yamal na direita, que normalmente fizeram movimentos para espaço interior à procura do remate com o seu melhor pé e bloqueou bem a criatividade de Gabi e Gundongan, com os 3 médios, Alan Varela, Eustáquio e Romário em excelente plano. O Barça perde a sua referência ofensiva, Lewandowski que foi substituído por o herói do jogo Ferran Torres que aproveitou o erro de Romário Baró para marcar o único golo do jogo.

Na segunda parte o Porto intensificou a sua dinâmica ofensiva foi muito forte até zonas próximas da grande área, mas revelou as habituais dificuldades na finalização, relembro que é só o 8º melhor ataque na nossa Liga, Gil Vicente, Boavista Farense e Estoril para além dos 3 outros grandes tem mais golos marcados do que o FC Porto o que é preocupante para Sérgio Conceição. Não tem um grande marcador de golos como historicamente teve em Fernando Gomes, Domingos, Jardel, Falcão, Jackson Martinez e também revelou problemas no último passe, falta um médio que faça a diferença, que marque golos e forte na marcação das bolas paradas, outra lacuna evidente do plantel portista, eventualmente Ivan Jaime, depois de adaptado à dimensão do clube, pode ser a solução. Algum mérito para a forma como coletivamente o Barcelona se organizou defensivamente e algumas ações individuais, nomeadamente de Ronald Araújo e Koundé que fizeram cortes decisivos.

Sérgio Conceição demorou a alterar a equipa e compreende-se porque o Porto estava a jogar bem, a dominar e ainda demonstrava frescura física e quando se reúnem esse conjunto de fatores o treinador tem tendência a não correr o risco de alterar com receio de que quem entra não consiga acompanhar o ritmo do jogo. No tudo por tudo ainda colocou velocidade e criatividade nas alas, com Francisco Conceição e Ivan Jaime, agressividade e dinâmica no meio-campo com Nico Gonzalez e presença na área com Evanilson e Namaso mas não foi suficiente para no mínimo chegar ao empate que seria um resultado mais de acordo com o que as 2 equipas produziram.

No Porto os 3 jogadores do meio-campo conseguiram superiorizar-se e foram responsáveis pelo bom jogo do Porto até à entrada da grande área e pelo jogo menos conseguido de Oiriol Romeu e Gabi, foi pena o erro de Romário Baró. Galeno e Pêpê estiveram em muito bom nível, os melhores do Porto com Wendell e David Carmo, mais confiantes a fazerem também um bom jogo

No Barça, Koundé e Ronald Araújo foram os melhores, bom jogo de Cancelo que geriu bem o amarelo que viu no início do jogo, Gundogan foi o melhor médio, alguns bons apontamentos de João Félix e Ferran Torres fica na história do jogo por ter marcado o golo da importante vitória do Barça.

Anthony Taylor cometeu um erro no puxão da camisola de Taremi por Koundé. É um erro importante com responsabilidade do VAR. Retificou a má decisão de assinalar penalti na bola no braço de Cancelo com recurso ao visionamento das imagens, Eustáquio domina a bola com o braço e anulou bem, por fora de jogo, aquele que provavelmente seria o golo da jornada europeia naquela fantástica “bicicleta” de Taremi após assistência primorosa de Pêpê.

Fica a sensação de que o Porto pode igualar o nível de jogo do Barcelona e que são as 2 melhores equipas do grupo. Terá o FC Porto de materializar com vitórias essa superioridade, que passará por melhorar a tomada de decisão no último passe, a eficácia na finalização e claro não cometer erros como o do jogo de hoje.


José Augusto Santos, Comentador Desportivo e Treinador de Futebol Nível IV UEFA Pro.

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ÁLVARO PACHECO: TREINADOR DEIXA O VITÓRIA ÀS PORTAS DA VISITA A AROUCA

O treinador Álvaro Pacheco está de saída do Vitória de Guimarães, após falhar hoje o treino de preparação à visita ao Arouca, da 34.ª e última jornada da I Liga de futebol, disse à Lusa fonte ligada ao processo.

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O treinador Álvaro Pacheco está de saída do Vitória de Guimarães, após falhar hoje o treino de preparação à visita ao Arouca, da 34.ª e última jornada da I Liga de futebol, disse à Lusa fonte ligada ao processo.

Depois de ter começado a época no Estoril Praia, o técnico, de 52 anos, estreou–se pelos minhotos com um triunfo sobre o vizinho Famalicão (3–1), em 08 de outubro de 2023, para a oitava jornada do campeonato, e deixa–o no quinto lugar, com 60 pontos, com um registo de 18 vitórias, seis empates e nove derrotas e a hipótese de bater o recorde pontual do clube de 62 pontos na I Liga.

Quarto treinador do Vitória de Guimarães na presente época, depois de Moreno, de João Aroso e de Paulo Turra, Álvaro Pacheco está a ser associado a uma transferência para o Vasco da Gama, 13.º classificado do principal campeonato brasileiro, com seis pontos após seis jornadas.

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FC PORTO X BOAVISTA FC: ANÁLISE DE JOSÉ AUGUSTO SANTOS

Sem fazer um bom jogo o Porto ganha no último lance e colocou os dois clubes a precisar de conquistar um ponto para conseguirem alcançar os seus objetivos. O FC Porto para garantir o 3º lugar e o Boavista a manutenção.

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Sem fazer um bom jogo o Porto ganha no último lance e colocou os dois clubes a precisar de conquistar um ponto para conseguirem alcançar os seus objetivos. O FC Porto para garantir o 3º lugar e o Boavista a manutenção.

Foi um Porto demasiado lento e previsível nos seus movimentos ofensivos, com Alan Varela e Nico González a procurarem quase sempre a largura que era dada por Francisco Conceição e Galeno e muito pouco a profundidade, até à imprudente e justa expulsão de Pedro Malheiro. Esta forma de atacar facilitou muito a boa organização defensiva dos boavisteiros, que neste jogo abdicaram de jogar com um jogador de posição e características de ponta-de-lança (Bozenik ou Martim Tavares). Esta alteração tática promovida por Jorge Simão, teve duas intenções. A de poupar alguns jogadores que se vissem amarelo ficariam fora das opções do próximo e decisivo jogo contra o Vizela, no Estádio do Bessa e de tornar a equipa mais móvel e imprevisível nas transições/contra-ataques. Foi perfeita e resultou até ao momento em que ficou reduzido a 10.

Na segunda parte o Porto tentou imprimir uma dinâmica e velocidade superior, mas seria um Boavista a marcar por intermédio de Bruno Lourenço, com remate indefensável, na sequência de uma jogada de excelente recorte técnico, para mais tarde recordar. O plano tático estava a resultar em pleno até a expulsão de Pedro Malheiro. A partir daí e com as alterações que Sérgio Conceição promoveu o domínio foi avassalador, foi criando e desperdiçando oportunidades e com o desgaste acumulado dos jogadores do Boavista, o Porto com alguma sorte, empatou depois de Otávio falhar o remate e acertar na cabeça de Zé Pedro que direcionou bem o seu cabeceamento. A pressão dos azuis e brancos acentuou-se e no último lance do jogo, quando o empate parecia que ia ser o resultado final, o irrequieto Francisco Conceição fez um excelente cruzamento e Taremi, no sítio certo, finalizou com êxito e despediu-se do estádio do dragão a marcar. Final épico para os dragões e inglório para as panteras.

Taremi foi decisivo pelo golo que marcou, Francisco Conceição, Pepê, Martim Fernandes e Zé Pedro, foram os jogadores que mais se destacaram.

No Boavista Chidozie e Sasso formaram excelente dupla de defesas centrais, Salvador Agra, Luís Santos e João Gonçalves, também se exibiram a alto nível. Bruno Lourenço marca um fantástico golo e teve pormenores de craque.

O negativo deste jogo foi a incompreensível forma como Makouta viu o cartão amarelo que o impede de jogar com o Vizela na última e decisiva jornada.

O árbitro Artur Soares Dias mostrou muitos amarelos e um vermelho no cumprimento das leis de jogo.


José Augusto Santos, Comentador Desportivo e Treinador de Futebol Nível IV UEFA Pro.

Fonte: Vídeo Sport TV

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