Ligue-se a nós

REGIÕES

TRÁS-OS-MONTES: MAIS AZEITONA POUCO SE REFLETIU NA PRODUÇÃO DE AZEITE

O aumento da colheita de azeitona nesta campanha em Trás-os-Montes pouco se refletiu na quantidade de azeite produzida, porque foram precisos mais quilos do fruto para o mesmo litro, prevendo-se uma manutenção dos preços no próximo ano.

Online há

em

O aumento da colheita de azeitona nesta campanha em Trás-os-Montes pouco se refletiu na quantidade de azeite produzida, porque foram precisos mais quilos do fruto para o mesmo litro, prevendo-se uma manutenção dos preços no próximo ano.

A campanha da apanha de azeitona está na reta final e na região já se começam a fazer balanços de mais um ano difícil para o setor, um ano em que a produção do fruto aumentou comparativamente com 2022, mas, segundo afirmaram operadores à agência Lusa, pouco se refletiu na quantidade de azeite produzido.

Num ano médio, Trás-os-Montes produz à volta de 15 mil toneladas de azeite.

“Houve um aumento até superior ao que tínhamos pensado de cerca de 20%, é provável que ande nos 30% de mais quilos de azeitona, o que não se reflete na quantidade de litros. Ou seja, o que verificamos é que precisámos de mais quilos de azeitona para produzir o mesmo litro de azeite”, disse o presidente da Cooperativa dos Olivicultores de Murça, no distrito de Vila Real, Francisco Ribeiro.

O ano 2022 ficou marcado por uma descida acentuada na produção e, segundo exemplificou o também dirigente da Associação de Olivicultores de Trás-os-Montes e Alto Douro (AOTAD), em Murça a quebra atingiu os 53% comparativamente a 2021.

“Este ano devia ser de franca recuperação, mas temos apenas uma ligeira recuperação e depois temos uma perda pelo rendimento”, referiu.

O fruto tinha, explicou, mais humidade, as condições meteorológicas sentidas ao longo do ano agrícola não beneficiaram o vingamento da azeitona, a maturação foi precoce e a apanha começou mais cedo.

Devido à quebra de produção em 2022, em Portugal e nos países produtores de azeite, como Espanha e Itália, o preço do produto chegou aos 10 euros o litro, estando o garrafão de cinco litros a ser vendido a 50 euros em alguns locais. Muitos operadores esgotaram os ‘stocks’ e, segundo Francisco Ribeiro, há três anos que o consumo mundial é superior à produção de azeite.

O dirigente não concorda quando se fala em preço elevado do azeite, defendeu que o valor “é justo para territórios como Trás-os-Montes”, em que a apanha tem custos muito elevados, e citou um estudo recente que refere que, em olival de sequeiro e de montanha – a realidade transmontana – o “custo de produção por litro de azeite passa os 10 euros”.

Por isso, acrescentou que o valor do mercado reflete a realidade vivida pelo agricultor.

Na cooperativa de Murça entraram, nesta campanha, cerca de 2,5 milhões de quilos de azeitona e foram produzidos à volta de 300 mil litros de azeite. Francisco Ribeiro referiu que a organização deverá pagar aos mil associados um euro por quilo de azeitona, mais do que os 57 cêntimos (mais IVA) pagos em 2022.

“Vamos fazer mais cerca de um milhão de quilos que no ano passado, apesar de o rendimento não ter sido melhor, mas o azeite é de ótima qualidade”, referiu Hélder Morais, da empresa Epordouro, que tem um lagar em Sabrosa.

Com uma produção de 4,5 milhões de quilos em 2021, este lagar recebeu apenas 800 toneladas em 2022. “Foi uma quebra muito grande”, frisou, considerando que 2023 é um ano “relativamente melhor”.

Hélder Morais contou que muitos dos seus clientes têm optado por pagar a maquia em dinheiro e levar todo o azeite para casa, enquanto em anos anteriores deixavam o produto.

A empresa também compra azeitona e, segundo o responsável, o preço por quilo subiu aos 1,20 a 1,30, considerando que este aumento também se reflete no preço final do produto.

O mercado nacional ainda é maioritário e as vendas fazem-se muito à porta, com a Suíça a ser o principal país exportador.

A Casa do Eirô — Lagar de Azeite, em Alijó, já superou a quantidade de azeitona recebida no ano passado, “mas não por muito”.

“O rendimento está um pouco mais baixo do que no ano passado, raramente vai acima dos 14, 15%. Em termos de produção de azeite, acredito que andará na mesma ordem do ano passado”, afirmou Sérgio Alves, responsável por este lagar, que se mostrou preocupado com os efeitos das alterações climática no setor.

O operador disse ter dúvidas que o preço do azeite desça. “Porque Espanha continua com uma campanha fraca e Espanha é que faz mexer o mercado”, sustentou, referindo ainda que a campanha um pouco maior registada na região é “insuficiente para que haja mexidas no preço”.

Várias localidades da região foram afetadas pela queda de granizo e, na reta final, verificou-se também um ataque da gafa, uma doença que afeta azeitonas maduras e que se reflete na qualidade o azeite. “É necessário fazer uma triagem mais cuidadosa no lagar”, referiu Sérgio Alves.

Publicidade

HELPO, EU CONSIGNO EU CONSIGO, IRS 2024
ASSOCIAÇÃO SALVADOR, HÁ 20 ANOS A TIRAR SONHOS DO PAPEL

DEIXE O SEU COMENTÁRIO

Leave a Reply

O seu endereço de email não será publicado. Campos obrigatórios marcados com *

REGIÕES

LISBOA: AUTARQUIA APROVA MOÇÃO PARA MANTER LIMITES AO ALOJAMENTO LOCAL

A Câmara de Lisboa aprovou nesta quarta-feira, por maioria, uma moção do PS que defende a não revogação das limitações ao alojamento local em vigor na cidade, instando a liderança do executivo a negociar essa garantia com o Governo.

Online há

em

A Câmara de Lisboa aprovou nesta quarta-feira, por maioria, uma moção do PS que defende a não revogação das limitações ao alojamento local em vigor na cidade, instando a liderança do executivo a negociar essa garantia com o Governo.

Na moção, aprovada com os votos contra da coligação “Novos Tempos” (PSD/CDS-PP/MPT/PPM/Aliança) e a favor das restantes forças políticas, é referido que “o acesso à habitação é o maior desafio com que Lisboa lida” e que “o aumento da procura imobiliária tem mantido o valor dos imóveis e das rendas incomportável para a classe média”.

De acordo com os dados oficiais, cerca de 8.200 alojamentos locais não fizeram prova de vida, no prazo legal estabelecido para o efeito, sem que a Câmara de Lisboa tenha dado início às respetivas audiências prévias que permitirão cancelar aqueles registos, e, por essa via, fazer a migração daqueles fogos para habitação”, lê-se na moção, a que a agência Lusa teve acesso.

Os subscritores do documento sublinham que a eliminação das limitações ao alojamento local, em vigor em algumas zonas da cidade de Lisboa, podem agravar os problemas no acesso à habitação e instam o presidente da autarquia, Carlos Moedas (PSD), a negociar com o Governo, liderado pelo social-democrata Luís Montenegro, a manutenção das medidas.

“Bem sabemos que o CDS e o PSD sempre votaram contra qualquer medida de limitação ao alojamento local, mas, senhor presidente, o que lhe pedimos é que com esta moção deixe de lado a rigidez ideológica e dê resposta aos problemas reais das pessoas”, afirmou a deputada socialista Inês Drummond, durante a apresentação do documento.

Nesse sentido, a moção aprovada insta o Governo para que, “em matéria de habitação, nos concelhos onde foi declarada carência habitacional, não revogue as limitações ao alojamento local em vigor”, mandatando o presidente da Câmara de Lisboa como intermediário no processo.

Pretende-se ainda que Carlos Moedas negoceie com o Governo a não revogação das limitações aos vistos “gold” e ao regime de residentes não habituais em vigor, “sob pena de que o acesso à habitação fique ainda mais distante da capacidade das famílias no concelho de Lisboa”.

O Programa de Governo (PSD-CDS/PP), apresentado na Assembleia da República em 10 de abril, inclui a revogação de medidas do programa Mais Habitação, entre as quais as “medidas penalizadoras” do alojamento local.

O documento indica que serão revogadas, “de imediato”, a contribuição extraordinária sobre esta atividade e a caducidade das licenças anteriores ao programa Mais Habitação.

O executivo da Câmara de Lisboa, que é composto por 17 membros, integra sete eleitos da coligação “Novos Tempos” (PSD/CDS-PP/MPT/PPM/Aliança) — que são os únicos com pelouros atribuídos e que governam sem maioria absoluta –, três do PS, dois do PCP, três do Cidadãos Por Lisboa (eleitos pela coligação PS/Livre), um do Livre e um do BE.

LER MAIS

REGIÕES

OPERAÇÃO PRETORIANO: MADUREIRA E “POLACO” CONTINUAM EM PRISÃO PREVENTIVA

O Tribunal de Instrução Criminal (TIC) do Porto decidiu manter em prisão preventiva Fernando Madureira, líder da claque do FC Porto Super Dragões, e Hugo Carneiro, conhecido por ‘Polaco’, no âmbito da Operação Pretoriano.

Online há

em

O Tribunal de Instrução Criminal (TIC) do Porto decidiu manter em prisão preventiva Fernando Madureira, líder da claque do FC Porto Super Dragões, e Hugo Carneiro, conhecido por ‘Polaco’, no âmbito da Operação Pretoriano.

O despacho assinado pela Juíza de Instrução Criminal (JIC) Filipa Azevedo, com data de terça-feira e ao qual a agência Lusa teve hoje acesso, refere que se “mantêm inalterados os fundamentos de facto e de direito que justificaram a imposição das medidas de coação aplicadas aos arguidos”, há exatamente três meses.

Nesse sentido, Madureira e ‘Polaco’ vão permanecer em prisão preventiva, enquanto Vítor Catão, adepto do FC Porto e antigo presidente do São Pedro da Cova, continuará em prisão domiciliária com vigilância eletrónica, como defendia o Ministério Público (MP).

A Operação Pretoriano investiga os incidentes ocorridos na Assembleia Geral (AG) do FC Porto, em 13 de novembro de 2023, sustentando o MP que a claque Super Dragões pretendeu “criar um clima de intimidação e medo”, para que fosse aprovada a revisão estatutária “do interesse” da então direção ‘azul e branca’, liderada por Pinto da Costa.

No pedido de reavaliação das medidas de coação, os arguidos evocaram que, desde a data da aplicação das medidas de coação, volvidos três meses, “realizaram-se inúmeras ações e eventos da campanha sem que tenha ocorrido qualquer desacato ou altercação”.

“Sendo que, no passado dia 27 de abril, realizaram-se as eleições para os órgãos sociais do FC Porto, que decorreram com paz e tranquilidade, sem registo de incidentes, agressão, intimidação, pressão ou insultos, por parte seja de quem for. Assim e estando ultrapassado o período eleitoral, os perigos de perturbação na ordem pública e paz social encontram-se substancialmente diminuídos”, sustentaram os arguidos.

Contudo, estes argumentos não convenceram o TIC do Porto.

“Veja-se que as medidas de coação privativas da liberdade não se fundaram apenas na realização do ato eleitoral do FC Porto, como sugerem os arguidos, mas antes tiveram subjacentes um vasto acervo de circunstâncias explanadas no despacho judicial de aplicação de medidas de coação e que integram os perigos de continuação da atividade delituosa, de perturbação da ordem e tranquilidade públicas e de aquisição, conservação ou veracidade da prova”, justifica a JIC.

Filipa Azevedo acrescenta que “mesmo que se equacione a passagem do ato eleitoral do FC Porto, o certo é que ainda se vivencia o seu rescaldo, com a futura transferência de funções e transição de poder no seio do clube, ainda não plenamente concretizada”.

“Sendo legítimo concluir, por outro lado, que a falta de agitação social e de incidentes a nível desportivo como os que se vinham verificando decorre justamente do regime coativo imposto nos presentes autos aos arguidos. Acresce que a investigação tem seguido o seu curso e mantêm-se inalterados os perigos relativos à aquisição, preservação e genuinidade da prova justificativos da aplicação de tais medidas, importando ainda realizar diligências complementares de inquérito, de forma livre e isenta de pressões”, concluiu a magistrada do TIC do Porto.

Em 31 de janeiro deste ano, a PSP deteve 12 pessoas – incluindo dois funcionários do FC Porto e o líder dos Super Dragões, Fernando Madureira -, no âmbito da Operação Pretoriano, que investiga os incidentes verificados numa AG extraordinária do clube.

Em causa estão crimes de ofensa à integridade física no âmbito de espetáculo desportivo ou em acontecimento relacionado com o fenómeno desportivo, coação e ameaça agravada, instigação pública a um crime, arremesso de objetos ou produtos líquidos e ainda atentado à liberdade de informação.

LER MAIS
Subscrever Canal WhatsApp
RÁDIO ONLINE
ASSOCIAÇÃO SALVADOR, HÁ 20 ANOS A TIRAR SONHOS DO PAPEL
LINHA CANCRO

DESPORTO DIRETO

RÁDIO REGIONAL NACIONAL: SD | HD



RÁDIO REGIONAL VILA REAL


RÁDIO REGIONAL CHAVES


RÁDIO REGIONAL BRAGANÇA


RÁDIO REGIONAL MIRANDELA


MUSICBOX

WEBRADIO 100% PORTUGAL


WEBRADIO 100% POPULAR


WEBRADIO 100% LOVE SONGS


WEBRADIO 100% BRASIL


WEBRADIO 100% OLDIES


WEBRADIO 100% ROCK


WEBRADIO 100% DANCE


WEBRADIO 100% INSPIRATION

KEYWORDS

ASSOCIAÇÃO SALVADOR, HÁ 20 ANOS A TIRAR SONHOS DO PAPEL
NARCÓTICOS ANÓNIMOS
PAGAMENTO PONTUAL

MAIS LIDAS