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VILA REAL: ARDERAM 1.700 HECTARES NO PLANALTO DE MONFORTE EM CHAVES

O incêndio que atingiu o planalto de Monforte, Chaves, e se prolongou entre o dia 16 e quinta-feira, queimou cerca de 1.700 hectares de floresta, maioritariamente pinheiros e carvalhos, mas também castanheiros e vinha, disse o presidente da câmara.

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O incêndio que atingiu o planalto de Monforte, Chaves, e se prolongou entre o dia 16 e quinta-feira, queimou cerca de 1.700 hectares de floresta, maioritariamente pinheiros e carvalhos, mas também castanheiros e vinha, disse o presidente da câmara.

“Na última semana, começando na segunda-feira, dia 16 de setembro, tivemos um conjunto muito significativo de ignições, algumas delas desenvolveram-se e transformaram-se em incêndios com dimensão, designadamente o que se desenvolveu na zona de Monforte e, depois, acabou por descer junto a Chaves”, afirmou Nuno Vaz à agência Lusa.

O autarca contabilizou cerca de 1.700 hectares de área ardida, com muita floresta, pinhal e carvalho, alguma vinha e castanheiros e uma edificação devoluta.

“O impacto no nosso território é sobretudo na área de floresta, na capacidade produtiva neste domínio, e ,naturalmente, um impacto muito relevante em termos de paisagem e ambientais”, realçou.

Nuno Vaz apontou preocupações porque, nesta fase de início do outono, se podem verificar dificuldades de estabilização dos solos.

“São terrenos com algum declive e consequentemente será necessário fazer processos de estabilização para os quais seria fundamental que houvesse alguns recursos financeiros, apoios, porque estamos a falar de terrenos que são quase exclusivamente privados”, referiu.

Explicou que são, na sua maioria, minifúndios, com pouca rentabilidade e que, por isso, os proprietários não terão grandes condições para fazer essas intervenções.

“Por isso era fundamentais terem algum apoio técnico para conter danos que podem eventualmente acontecer se houver chuvas mais intensas”, frisou, apontando, por exemplo para o Instituto de Conservação da Natureza e Florestas (ICNF).

No terreno, com o apoio dos presidentes de junta, está a ser o levantamento dos prejuízos, enquanto se aguarda por notícia dos apoios do Governo.

O incêndio, que se desenvolveu inicialmente em floresta e mato, acabou por se aproximar de algumas aldeias, como Faiões e Eiras, tendo sido extinto ao final do dia de quinta-feira, já junto à cidade de Chaves, distrito de Vila Real.

“Prolongou-se durante muitos dias, a sensação que nos foi transmitida pelo comandante de operações e pelos operacionais é que foi um incêndio que se poderia ter atacado de forma mais intensa no início, mas isso foi impossível porque não havia meios humanos para o fazer e, por isso, ele desenvolveu-se e abeirou-se de várias aldeias”, referiu.

O autarca destacou a atuação dos bombeiros, numa fase inicial apenas os do concelho, que fizeram a “defesa intransigente das habitações e vidas humanas”.

Destacou ainda a ação de populares que ajudaram também no combate, muitos com a ajuda de tratores e de cisternas.

No âmbito do combate, referiu, um bombeiro sofreu fraturas e quatro inalação de fumo.

Para além deste incêndio, o concelho contabilizou várias ignições na semana passada, uma delas que originou um fogo na zona de Vilarinho das Paranheiras, na zona de Vidago.

Também um dos incêndios de Vila Pouca de Aguiar, o de Sabroso de Aguiar, acabou por se estender ao concelho de Chaves, entrando pela zona de Oura.

Este fogo entrou em resolução na quinta-feira à noite e a chuva que caiu na sexta-feira ajudou a extinguir as chamas e a fazer as ações de rescaldo.

Sete pessoas morreram e 177 ficaram feridas devido aos incêndios que atingiram na semana passada sobretudo as regiões Norte e Centro do país e destruíram dezenas de casas.

A Autoridade Nacional de Emergência e Proteção Civil (ANEPC) contabiliza cinco mortos, excluindo da contagem dois civis que morreram de doença súbita.

A área ardida em Portugal continental desde o dia 14 ultrapassa os 124 mil hectares, segundo o sistema europeu Copernicus, que mostra que nas regiões Norte e Centro já arderam mais de 116 mil hectares, 93% da área ardida em todo o território nacional.

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VILA REAL: CONCURSO PARA CONCLUSÃO DO PAVILHÃO DA ESCOLA DIOGO CÃO

O município de Vila Real abriu esta quinta-feira um concurso público, pelo preço base de 900 mil euros, para concluir a requalificação de um pavilhão desportivo, depois de tomar posse administrativa da obra, em abril, por abandono da empreitada.

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O município de Vila Real abriu esta quinta-feira um concurso público, pelo preço base de 900 mil euros, para concluir a requalificação de um pavilhão desportivo, depois de tomar posse administrativa da obra, em abril, por abandono da empreitada.

O anúncio do concurso público para a conclusão da empreitada de requalificação e beneficiação do pavilhão da Escola Diogo Cão foi publicado esta quinta-feira em Diário da República (DR).

O preço base do procedimento é de cerca de 900 mil euros, o prazo para entrega de propostas decorre até 13 de fevereiro e, depois de adjudicada, a obra deve ser concluída em 270 dias.

Em abril, a Câmara de Vila Real informou que tomou posse administrativa da obra de requalificação deste pavilhão desportivo, localizado na cidade, por alegado incumprimento do empreiteiro que terá suspendido e abandonado a empreitada.

O processo encontra-se, neste momento, em tribunal.

Em março de 2022, a Câmara de Vila Real anunciou um investimento 1,2 milhões de euros na reabilitação do pavilhão desportivo da Escola Diogo Cão e, na altura, foi referido que a intervenção demoraria cerca de um ano.

O objetivo da intervenção era dotar o pavilhão, já com mais de 50 anos, de “condições de segurança” para a prática educativa e a formação desportiva, servindo a escola e, após o horário letivo, a comunidade.

A autarquia explicou que a empreitada foi organizada em duas fases distintas, adjudicadas a duas empresas e que, ambas as fases, resultaram de candidaturas apresentadas ao Norte 2020 e tiveram uma comparticipação financeira de 85%.

No entanto, segundo explicou, a “existência de duas fases ao mesmo tempo veio a revelar-se de muito difícil compatibilização exacerbando o comportamento, já de si, pouco consensual” do empreiteiro em causa, tendo mesmo esta empresa “suspendido de forma unilateral a sua empreitada e abandonado a empreitada, obrigando o município a agir em conformidade e em defesa do interesse público municipal”.

Para efeito, a câmara avançou com a aplicação de sanção contratual no valor de cerca de 217 mil euros (mais IVA), “por atraso reiterado no cumprimento das obrigações decorrentes do contrato”, e procedeu “à resolução do contrato a título sancionatório, tomando a posse administrativa da obra, bem como dos bens móveis e imóveis à mesma afetos, procedendo aos inventários, medições e avaliações necessárias”.

O município referiu que vai conseguir recuperar parte do financiamento comunitário desta obra, já no âmbito do novo quadro comunitário.

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MATOSINHOS: MILITAR DA GNR ALVO DE PROCESSO DISCIPLINAR POR ALEGADA AGRESSÃO

O Comando Geral da GNR instaurou um processo disciplinar a um militar na sequência de uma alegada agressão a um condutor no sábado, em Perafita, Matosinhos, confirmou hoje à Lusa a Guarda.

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O Comando Geral da GNR instaurou um processo disciplinar a um militar na sequência de uma alegada agressão a um condutor no sábado, em Perafita, Matosinhos, confirmou hoje à Lusa a Guarda.

Questionada pela Lusa sobre a alegada agressão hoje revelada por vários órgãos de comunicação social com base num suposto vídeo, a Divisão de Comunicação e Relações Públicas da GNR respondeu sem nunca mencionar ter havido agressão.

“Cumpre-me informar que a situação visualizada no vídeo ocorreu no passado sábado, dia 25 de janeiro, na localidade de Perafita, em Matosinhos, na sequência de uma ocorrência de acidente de viação, tendo resultado na detenção do condutor envolvido, pelo crime de condução sob influência de álcool”, lê-se na resposta assinada pelo major David dos Santos.

E acrescenta: “adicionalmente, importa ainda referir que, depois de analisadas as imagens no referido vídeo, foi determinada a abertura do respetivo procedimento de âmbito disciplinar, com vista ao apuramento das circunstâncias em que ocorreram os factos”.

A Lusa perguntou também se o militar permanece em funções ou se foi afastado, mas não obteve resposta.

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