REGIÕES
VALPAÇOS: VENTO FORTE CAUSA PREJUÍZOS AVULTADOS NA CASTANHA
O vento forte provocou prejuízos avultados no setor da castanha, no concelho de Valpaços, derrubando castanheiros e imensos ouriços a cerca de duas semanas do início da apanha, segundo uma associação e o município.
O vento forte provocou prejuízos avultados no setor da castanha, no concelho de Valpaços, derrubando castanheiros e imensos ouriços a cerca de duas semanas do início da apanha, segundo uma associação e o município.
“Na parte da montanha, os soutos estavam carregados e a castanha estava já na fase de maturação e veio este vento e partiu castanheiros e deitou ouriços ao chão. É uma tragédia”, afirmou António de Medeiros à agência Lusa.
O autarca estima que o mau tempo tenha provocado uma quebra de produção de castanha na ordem dos 40% a 50%.
“Esta foi uma nova praga que nos atingiu esta noite e que provocou a queda de imensos ouriços. Temos imensos ramos partidos, temos castanheiros arrancados e isto a 15, 20 dias da colheita é um prejuízo enormíssimo. É uma facada que levamos depois de um ano inteiro a tomar conta da cultura”, afirmou Lino Sampaio, da associação Agrifuturo.
O responsável disse que este já era um ano de pouca produção, devido à pouca floração e, consequentemente, a menos quantidade de ouriços que num ano médio naquela zona.
“Precisamos de ajuda. Estamos no campo neste momento e vemos proprietários por todo o lado a deitar as mãos à cabeça porque, de facto, isto é algo que nos transcende. O vento foi enormíssimo e com o peso da humidade que os ouriços tinham, partiu tudo. É inacreditável ”, salientou Lino Sampaio.
Na serra da Padrela, zona de Carrazedo de Montenegro, situa-se a maior mancha de castanha judia da Europa, com a apanha a iniciar-se dentro de duas a três semanas.
A presidente da Junta de São João da Corveira, Fátima Machado, mostrou-se preocupada com as consequências do mau tempo no rendimento de cerca de 90% da população daquela freguesia.
“Rachou castanheiros e há ouriços por todo o lado caídos no chão. Nunca vi nada assim”, salientou.
Fátima Machado exemplificou com um proprietário que, só num souto, contabilizou “10 castanheiros rachados a meio” e lamentou os anos consecutivos de má produção, ou por doenças que afetam os castanheiros e a castanha ou por consequência do mau tempo.
“Aquela região só vive da castanha e os produtores vão para o terceiro ano consecutivo de uma colheita fraca. É um pouco aflitivo”, salientou António de Medeiros.
No entanto, o autarca realçou que se “passou o mesmo no olival”.
“Na parte mais quente do concelho tem-nos chegado informações de que há olivais em que a queda de azeitona foi bastante grave”, apontou.
O concelho do distrito de Vila Real assenta a sua economia na agricultura e a produção com mais significado são, precisamente, a da castanha e da azeitona.
António de Medeiros disse que hoje mesmo vai ser feito um pedido ao Ministério da Agricultura e à Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional do Norte (CCDR-N) para um levantamento dos prejuízos.
Por causa do mau tempo e devido a falhas de eletricidade, as escolas de Mondim de Basto, Vila Pouca de Aguiar e Montalegre não abriram hoje, e, durante a manhã, foram várias as ocorrências decorrentes da queda de árvores verificadas um pouco por todo o distrito de Vila Real.
Na cidade de Vila Real a queda de árvores danificou nove viaturas e quatro coberturas de edifícios e, em Vila Pouca de Aguiar, caiu a vedação do complexo desportivo, a cobertura das piscinas também sofreu danos e caíram postes de eletricidade.
Mas o vento forte tombou ainda um camião no tabuleiro do viaduto da Autoestrada 24, perto de Vila Pouca de Aguiar, num troço que esteve cortado ao trânsito várias horas por causa das condições meteorológicas.
O estado do tempo em Portugal foi afetado pela tempestade Kirk.
REGIÕES
VILA REAL: CONCURSO PARA CONCLUSÃO DO PAVILHÃO DA ESCOLA DIOGO CÃO
O município de Vila Real abriu esta quinta-feira um concurso público, pelo preço base de 900 mil euros, para concluir a requalificação de um pavilhão desportivo, depois de tomar posse administrativa da obra, em abril, por abandono da empreitada.
O município de Vila Real abriu esta quinta-feira um concurso público, pelo preço base de 900 mil euros, para concluir a requalificação de um pavilhão desportivo, depois de tomar posse administrativa da obra, em abril, por abandono da empreitada.
O anúncio do concurso público para a conclusão da empreitada de requalificação e beneficiação do pavilhão da Escola Diogo Cão foi publicado esta quinta-feira em Diário da República (DR).
O preço base do procedimento é de cerca de 900 mil euros, o prazo para entrega de propostas decorre até 13 de fevereiro e, depois de adjudicada, a obra deve ser concluída em 270 dias.
Em abril, a Câmara de Vila Real informou que tomou posse administrativa da obra de requalificação deste pavilhão desportivo, localizado na cidade, por alegado incumprimento do empreiteiro que terá suspendido e abandonado a empreitada.
O processo encontra-se, neste momento, em tribunal.
Em março de 2022, a Câmara de Vila Real anunciou um investimento 1,2 milhões de euros na reabilitação do pavilhão desportivo da Escola Diogo Cão e, na altura, foi referido que a intervenção demoraria cerca de um ano.
O objetivo da intervenção era dotar o pavilhão, já com mais de 50 anos, de “condições de segurança” para a prática educativa e a formação desportiva, servindo a escola e, após o horário letivo, a comunidade.
A autarquia explicou que a empreitada foi organizada em duas fases distintas, adjudicadas a duas empresas e que, ambas as fases, resultaram de candidaturas apresentadas ao Norte 2020 e tiveram uma comparticipação financeira de 85%.
No entanto, segundo explicou, a “existência de duas fases ao mesmo tempo veio a revelar-se de muito difícil compatibilização exacerbando o comportamento, já de si, pouco consensual” do empreiteiro em causa, tendo mesmo esta empresa “suspendido de forma unilateral a sua empreitada e abandonado a empreitada, obrigando o município a agir em conformidade e em defesa do interesse público municipal”.
Para efeito, a câmara avançou com a aplicação de sanção contratual no valor de cerca de 217 mil euros (mais IVA), “por atraso reiterado no cumprimento das obrigações decorrentes do contrato”, e procedeu “à resolução do contrato a título sancionatório, tomando a posse administrativa da obra, bem como dos bens móveis e imóveis à mesma afetos, procedendo aos inventários, medições e avaliações necessárias”.
O município referiu que vai conseguir recuperar parte do financiamento comunitário desta obra, já no âmbito do novo quadro comunitário.
REGIÕES
MATOSINHOS: MILITAR DA GNR ALVO DE PROCESSO DISCIPLINAR POR ALEGADA AGRESSÃO
O Comando Geral da GNR instaurou um processo disciplinar a um militar na sequência de uma alegada agressão a um condutor no sábado, em Perafita, Matosinhos, confirmou hoje à Lusa a Guarda.
O Comando Geral da GNR instaurou um processo disciplinar a um militar na sequência de uma alegada agressão a um condutor no sábado, em Perafita, Matosinhos, confirmou hoje à Lusa a Guarda.
Questionada pela Lusa sobre a alegada agressão hoje revelada por vários órgãos de comunicação social com base num suposto vídeo, a Divisão de Comunicação e Relações Públicas da GNR respondeu sem nunca mencionar ter havido agressão.
“Cumpre-me informar que a situação visualizada no vídeo ocorreu no passado sábado, dia 25 de janeiro, na localidade de Perafita, em Matosinhos, na sequência de uma ocorrência de acidente de viação, tendo resultado na detenção do condutor envolvido, pelo crime de condução sob influência de álcool”, lê-se na resposta assinada pelo major David dos Santos.
E acrescenta: “adicionalmente, importa ainda referir que, depois de analisadas as imagens no referido vídeo, foi determinada a abertura do respetivo procedimento de âmbito disciplinar, com vista ao apuramento das circunstâncias em que ocorreram os factos”.
A Lusa perguntou também se o militar permanece em funções ou se foi afastado, mas não obteve resposta.
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