NACIONAL
ACESSO AO MEDICAMENTO QUE PREVINE VIH PODERÁ SER ALARGADO EM 2025
A diretora-geral da Saúde, Rita Sá Machado, disse hoje que o alargamento da prescrição do medicamento usado para prevenir a infeção por VIH deverá ser implementado “na sua plenitude” em 2025.

A diretora-geral da Saúde, Rita Sá Machado, disse hoje que o alargamento da prescrição do medicamento usado para prevenir a infeção por VIH deverá ser implementado “na sua plenitude” em 2025.
“Pelo menos a nível dos centros de saúde e de organizações de base comunitária pensamos que isso poderá ser alcançado. Depois as outras medidas, se calhar durante o próximo ano conseguiremos implementar na sua plenitude”, adiantou à agência Lusa Rita Sá Machado.
Em dezembro do ano passado, o Ministério da Saúde (MS) anunciou que a prescrição do medicamento usado para prevenir a infeção por VIH iria ser alargada aos cuidados primários, organizações comunitárias, consultas realizadas nos setores social e privado, e podem ser dispensados em farmácias comunitárias.
A diretora-geral da Saúde falava após a conferência denominada “40 anos do VIH em Portugal”, no pequeno auditório da Culturgest, em Lisboa, onde foi assinalado o 40.º aniversário desde que foi notificado o primeiro caso de infeção no país.
A conferência serviu também para homenagear 40 entidades/personalidades e iniciativas de “relevante impacto na resposta à infeção por VIH em Portugal”.
“Idealmente o nosso objetivo era que, pelo menos, ficasse operacional, não diria a 100%, mas já com algum grau de operacionalização até ao final do ano [2024]”, salientou.
A responsável explicou à Lusa que a Direção-Geral da Saúde (DGS) está a trabalhar com o Ministério da Saúde para “realmente possibilitar” o alargamento do acesso à Profilaxia Pré-Exposição ao VIH (PrEP).
“Começou-se por aquilo que são as organizações de base comunitária e com alguns daqueles contratos programa com essas associações. Depois também será feito ou irá ser implementada o alargamento da PrEP que está associada a uma componente de farmácia. Portanto, as coisas estão a avançar, mas ainda não temos uma plena implementação de tudo o que é o alargamento da PrEP”, acrescentou.
Segundo o MS, a prescrição e dispensa dos medicamentos destinados a prevenir a infeção por VIH permite um regime excecional de comparticipação de 69% sobre o preço atual que não deverá ultrapassar 40 euros mensais.
Até aqui, a prescrição de PrEP era realizada apenas em consulta de especialidade hospitalar, com dispensa nos serviços farmacêuticos dos hospitais do Serviço Nacional de Saúde.

NACIONAL
ERC DETETA HIBRIDIZAÇÃO ENTRE INFORMAÇÃO E OPINIÃO EM NOTICIÁRIOS EM 2023
Os noticiários de horário nobre da RTP1, RTP2, SIC, TVI e CMTV em 2023 têm em comum a tendência de inserção de comentário nos alinhamentos demarcados como opinião, detetando-se “a hibridização entre informação e opinião” em certos casos.

Os noticiários de horário nobre da RTP1, RTP2, SIC, TVI e CMTV em 2023 têm em comum a tendência de inserção de comentário nos alinhamentos demarcados como opinião, detetando-se “a hibridização entre informação e opinião” em certos casos.
Esta informação consta do relatório de avaliação dos deveres de rigor e de isenção na informação diária de horário nobre, elaborado pela Entidade Reguladora para a Comunicação Social (ERC), hoje divulgado.
No total foram analisadas 140 edições de blocos informativos com 3.952 peças dos quatro serviços de programas generalistas nacionais de acesso não condicionado livre — RTP1, RTP2, SIC e TVI — e pelo serviço de programas generalista nacional de acesso não condicionado com assinatura — CMTV, num total de 170 horas, 28 minutos e 53 segundos de emissão.
“Neste relatório, a ERC destaca como característica comum a todos os noticiários a tendência de inserção de espaços de comentário nos alinhamentos devidamente demarcados como opinião, sendo atribuídos a personalidades que os operadores apresentam como comentadores”, refere o regulador de media.
“Porém, detetou-se a hibridização entre informação e opinião em certos casos que desafiam a delimitação clara da natureza do conteúdo emitido, o que merece reflexão”, acrescenta.
Nos noticiários da RTP1, RTP2, SIC e TVI, a ERC regista que “a percentagem de peças que têm informação atribuída (isto é, que identificam pelo menos uma fonte de informação) se situa entre os 86% e 93%” e que, “no caso da CMTV, a tendência verificada neste indicador é relativamente inferior (66% das peças)”.
Quando analisado o nível de atribuição da origem da informação, para todos os serviços de programas, observa-se “que essa atribuição foi parcial entre 24% a 34% dos casos, o que significa que apenas parte das fontes de informação foram identificadas corretamente”.
De acordo com a análise, registou-se também “o predomínio de peças que não exigiram a aplicação do princípio do contraditório, sendo que, nos casos em que era exigido, tal foi genericamente respeitado”.
Constata-se ainda que “são residuais (0,4%) as peças com elementos suscetíveis de desrespeitar a presunção da inocência, observando-se que a grande maioria dos casos identificados ocorre no ‘Grande Jornal’ da CMTV”.
Na análise, “não foram identificadas situações de incitamento à violência ou ao ódio contra pessoas ou grupos de pessoas em razão do sexo, raça, cor, origem étnica ou social, orientação sexual ou outros fatores passíveis de discriminação”.
A versão completa do relatório pode ser consultada em: https://www.erc.pt/pt/a-erc/noticias/erc-analisa-rigor-e-isencao-nos-noticiarios-de-horario-nobre-da-rtp1-rtp2-sic-tvi-e-cmtv-em-2023/.
NACIONAL
GOVERNO APROVA NOVO REGIME DE CIBERSEGURANÇA
O Conselho de Ministros aprovou hoje a proposta de lei do novo regime de cibersegurança que vai ser enviada para o parlamento, anunciou o ministro da Presidência, António Leitão Amaro, que a classificou de “reforma profunda”.

O Conselho de Ministros aprovou hoje a proposta de lei do novo regime de cibersegurança que vai ser enviada para o parlamento, anunciou o ministro da Presidência, António Leitão Amaro, que a classificou de “reforma profunda”.
“Esta proposta de lei para enviar para o parlamento (…) reforça muito a capacidade e robustez dos sistemas informáticos e digitais e das defesas de empresa e das entidades públicas em Portugal, por um lado”, afirmou o ministro, na conferência de imprensa.
O novo regime “robustece o nível de segurança, aumenta os poderes de supervisão, alarga as obrigações e os deveres que as empresas e as entidades públicas têm para proteger a sua atividade” e os seus sistemas no espaço digital.
Por outro lado, uma “opção típica deste Governo, diferente de muitos governos europeus, queremos fazê-lo reduzindo ao máximo os custos de contexto, simplificando a legislação, facilitando a vida às empresas e aos cidadãos”, acrescentou.
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