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BRAGANÇA: MÉDICO DIZ QUE GIOVANI NÃO TINHA MARCAS DE ESPANCAMENTO

O médico que assistiu Giovani Rodrigues no hospital de Bragança atestou hoje que o jovem cabo-verdiano apresentava apenas a lesão na cabeça que lhe causou a morte, sem mais sinais de espancamento no corpo.

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O médico que assistiu Giovani Rodrigues no hospital de Bragança atestou hoje que o jovem cabo-verdiano apresentava apenas a lesão na cabeça que lhe causou a morte, sem mais sinais de espancamento no corpo.

O médico Rui Terras Alexandre testemunhou hoje no julgamento em que sete jovens de Bragança são acusados do homicídio do jovem por, segundo a acusação, o terem espancado caído no chão, na madrugada de 21 de dezembro de 2019, com paus, soqueiras, cintos, pontapés.

O profissional, que estava na urgência do Hospital de Bragança na madrugada em que deu entrada Giovani, foi confrontado pelo procurador, que representa a acusação no julgamento, com o facto de que “seria de esperar outro tipo de lesões”, ao que o médico respondeu que “não havia sinal disso”, de espancamento.

O jovem apresentava, segundo o relato do clínico, apenas a lesão na cabeça, que veio a confirmar-se um traumatismo cranioencefálico grave, que lhe provocou a morte 10 dias depois, num hospital do Porto, para onde foi transferido devido à gravidade do ferimento.

O médico garantiu que o jovem foi totalmente examinado e sujeito a exames, como Tomografia Axial Computorizada (TAC), que confirmaram “a hemorragia interna na cabeça, sem mais lesões” no resto do corpo.

Na Urgência também não foram encontrados outros sinais externos de ferimentos, além de “escoriações ligeiras na zona frontal da cabeça”, correspondentes ao traumatismo cranioencefálico, e “sangue, muito pouco”, segundo o médico.

O médico explicou que o tipo de lesão que o jovem cabo-verdiano apresentava “é frequente em quedas em altura, agressões, acidentes de viação”.

Segundo disse, em caso de queda, este tipo de lesão surgem em regra de alturas superiores a dois metros, mas não excluiu a possibilidade de resultar da tese da defesa dos arguidos, de uma queda numas escadas durante a contenda, dependendo da “velocidade a que corria”.

O médico disse ainda que não foi informado, na altura dos factos, das alegadas agressões e que a vítima deu entrada na Urgência de Bragança com a indicação dos bombeiros, que a socorreram, da suspeita de um traumatismo na cabeça grave.

Disse ainda que na mesma madrugada um dos amigos de Giovani esteve no hospital e não se queixou ou apresentava qualquer ferimento.

Giovani Rodrigues, de 21 anos recém-chegado à região de Bragança para estudar no politécnico, foi encontrado por um casal, que alertou um carro patrulha da Polícia, caído e inconsciente na Avenida Sá Carneiro.

O pedido de socorro foi para um caso de intoxicação, concretamente um caso de excesso de álcool. O relatório da autópsia revelou que tinha 1,59 de álcool no sangue.

Só depois da morte, a 01 de janeiro de 2020, é que o caso foi associado por amigos do jovem a desacatos entre um grupo de cabo-verdianos, com quem estava Giovani, e um grupo de portugueses.

A desavença terá começado num bar de Bragança entre um dos cabo-verdianos e um português e continuou na rua, sem que nas várias sessões que o julgamento soma desde fevereiro se tenha esclarecido ainda o que aconteceu.

A única evidência é a existência de um pau na contenda, que nunca apareceu, e com o qual a acusação diz que Giovani foi atingido na cabeça, enquanto as defesas dos arguidos têm alegado que o ferimento pode ter resultado de uma queda numas escadas.

A autópsia não é conclusiva, apontado que o traumatismo que provocou a morte ao jovem cabo-verdiano pode ter resultado de causa acidental ou homicida.

Os sete jovens de Bragança, que se encontram no banco dos réus, estão acusados de homicídio qualificado consumado em relação a Giovani Rodrigues e homicídio qualificado na forma tentada em relação aos outros três cabo-verdianos do grupo.

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AÇORES: AUTARCA CONDENADO A PENA SUSPENSA E PERDA DE MANDATO (SÃO ROQUE)

O Tribunal de Ponta Delgada condenou nesta quarta-feira o presidente da Junta de São Roque a três anos e 10 meses de prisão, com pena suspensa, e perda de mandato por peculato na forma continuada e participação económica em negócio.

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O Tribunal de Ponta Delgada condenou nesta quarta-feira o presidente da Junta de São Roque a três anos e 10 meses de prisão, com pena suspensa, e perda de mandato por peculato na forma continuada e participação económica em negócio.

Pedro Moura, presidente daquela junta de freguesia do concelho de Ponta Delgada, na ilha de São Miguel, nos Açores, fica com a pena suspensa sob obrigação de pagamento, no prazo de um ano, de um montante superior a 3.800 euros.

Para que a perda de mandato a que foi condenado tenha efeito, terão primeiro de ser esgotados os recursos legais e Pedro Moura revelou, após a leitura do acórdão, que vai recorrer da decisão conhecida nesta quarta-feira.

O tribunal considerou como provada a acusação do Ministério Público (MP) no âmbito da investigação, que remonta a 2015, altura em que Pedro Moura era já presidente da Junta de Freguesia de São Roque, eleito pelo PS, e deputado no parlamento açoriano.

Em causa neste processo está o alegado desvio de um montante superior a 137 mil euros das contas da Junta de Freguesia para o Clube Naval de São Roque, criado e gerido por Pedro Moura.

Segundo o MP, a Junta comprou três terrenos para a realização de obras urgentes na freguesia e os bens transitaram para o Clube Naval.

Destes terrenos, dois foram posteriormente restituídos à Junta, mas um terceiro foi vendido pelo Clube Naval por 250 mil euros para sanar parte do empréstimo.

Durante a leitura da sentença, o juiz referiu que Pedro Moura era quem geria “os destinos” da Junta de Freguesia e “os restantes elementos assinavam” e “cumpriam ordens” do autarca, enquanto “o Clube Naval era uma associação fantasma”.

“Nunca existiu nenhum protocolo com a Junta para a deliberação de aquisição destes imóveis”, disse o magistrado, na leitura do acórdão, acrescentando que Pedro Moura, enquanto titular de um cargo público, “se apropriou ilicitamente de dinheiros públicos”.

O tribunal deu como provado que Pedro Moura controlava “exclusivamente” a Junta e o Clube Naval, que “foi criado para adquirir os bens imóveis”.

Ficou ainda provado que “as faturas da água e da luz foram pagas pela Junta, mas estavam no nome do Clube Naval. Segundo o juiz, “não foi um erro, foi uma apropriação ilegítima de quantias pertencentes ao erário público”.

No entender do tribunal, Pedro Moura “agiu com dolo, atuou de forma livre, sabendo que o fazia” na qualidade de presidente de Junta de Freguesia, apropriando-se de dinheiros da Junta em benefício do Clube Naval”.

Na suspensão da pena, foi tido em conta o facto de Pedro Moura não ter antecedentes criminais, bem como a sua integração familiar e social.

Quanto ao montante superior a 137 mil euros, o juiz disse que “o Clube Naval doou à Junta os dois prédios”, pelo que esta “já foi ressarcida”.

Após a leitura da sentença, Pedro Moura disse aos jornalistas estar “insatisfeito” e que vai recorrer da decisão, reforçando que foi feita obra pública e que “no saldo das contas” a Junta saiu beneficiada.

“Nós vamos recorrer. Não estamos satisfeitos. Achamos que São Roque ficou beneficiado e era a única forma que tínhamos de fazer obra para a freguesia. Está lá: uma circular, um parque de estacionamento e uma zona balnear que é das mais concorridas da ilha”, sustentou.

Segundo o autarca, “o tribunal acaba por considerar que foram feitas obras” e “não pede a restituição do valor inicial que tinha pedido”.

“Não tirámos qualquer proveito”, sublinhou.

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MATOSINHOS: QUARTAS-FEIRAS SÃO DIAS DO “COMBOIO DE BICICLETAS”

As quartas-feiras passaram a ser dias “diferentes e fixes” para os alunos das escolas da Ermida e Padre Manuel de Castro, em Matosinhos, porque a chegada não se faz a pé ou de carro, mas num comboio de bicicletas.

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As quartas-feiras passaram a ser dias “diferentes e fixes” para os alunos das escolas da Ermida e Padre Manuel de Castro, em Matosinhos, porque a chegada não se faz a pé ou de carro, mas num comboio de bicicletas.

Eram perto das 09:00 quando, já próximo da Escola Básica da Ermida, em São Mamede de Infesta, concelho de Matosinhos, no distrito do Porto, se avistou a chegada de um comboio, não de um comboio sobre carris e movido a eletricidade, mas um comboio de 27 crianças de bicicletas acompanhadas de maquinistas, igualmente de bicicletas, que têm como função não verificar se os passageiros têm bilhete, porque é gratuito, mas se chegam à escola em segurança.

O comboio de bicicletas, projeto que está a ser implementado em Matosinhos, tem, à semelhança dos comboios tradicionais hora de saída e chegada, assim como alguns atrasos, e paragens.

Para o apanhar não é preciso ser portador de qualquer bilhete, mas sim ser criança, frequentar as escolas do concelho, ter bicicleta e capacete e, às quartas-feiras, estar na paragem indicada para não perder o comboio e, assim, chegar quando soar o toque de entrada.

Os alunos chegaram a horas, em segurança, divertidos, muito contentes e sob o olhar curioso e atento dos colegas que, já no interior da escola e encostados aos gradeamentos, atiravam um “yeah” ou um simples olá.

“Andar de bicicleta é muito fixe, gosto muito”, confessou à Lusa Leonardo Cavalcante, de 6 anos, que, juntamente com o irmão, apanhou o comboio por volta das 08:05 no qual percorreu cerca de quatro quilómetros até chegar ao destino onde estava a avó com a mochila, porque vir com ela “era pesado”.

A mãe, Laura Cavalcante, que acha este comboio uma excelente iniciativa, afirmou que andar de bicicleta é algo que toda a gente deveria fazer, porque é um excelente meio de transporte, uma boa alternativa ao carro e ótimo para o ambiente.

Com três filhos, dois dos quais já utilizadores deste comboio, Laura Cavalcante, que anda de bicicleta desde os tempos de faculdade, quer que os filhos entendam que a bicicleta é um meio de transporte e tem muitas vantagens.

E que o diga Alice Ribeiro, de 9 anos, que disse que os “carros causam poluição”, por isso, sempre que puder, vai apanhar o comboio de bicicletas.

E acrescentou: “É muito fixe e não é muito perigoso, temos só de ter cuidado a andar”.

E, por falar em cuidados, o colega, João Teixeira, também com 9 anos, enumerou-os todos: usar capacete, parar nos semáforos, não passar à frente do maquinista e dar espaço a quem vai à frente.

E, se cumprirem estes requisitos, chegam em segurança e ajudam o ambiente, comentou.

“As portas das escolas são, provavelmente nas horas de ponta, os sítios mais poluídos das cidades, devido à grande concentração de carros”, afirmou João Araújo, impulsionador deste projeto em Matosinhos e pai de um dos alunos utilizadores do comboio.

Além de ser bom para o ambiente, esta iniciativa é benéfica para as crianças, porque lhes dá autonomia, autoestima, responsabilidade e divertimento, salientou, reforçando que “é seguro pedalar até à escola”.

O percurso demora cerca de 25 a 30 minutos, tem perto de 10 paragens, as crianças têm seguro e os maquinistas são pais ou apaixonados pelas bicicletas, por isso, tem tudo para correr bem, sublinhou João Araújo.

Este comboio de bicicletas ainda está numa fase piloto, sendo objetivo da autarquia estendê-lo a todas as escolas do concelho, referiu o vice-presidente e responsável pelo pelouro da mobilidade, Carlos Mouta.

“Estamos a falar de crianças muito pequeninas, do primeiro ciclo, e a ideia é que elas depois transportem isto para o secundário e mantenham este hábito de usar a bicicleta como meio de transporte”, concluiu.

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