REGIÕES
CHUVA ATINGIU EM 24 HORAS 63% DOS VALORES DE TODO O MÊS DE DEZEMBRO
A chuva que caiu na última noite atingiu os 80 milímetros, cerca de 63% do valor esperado para o mês de dezembro, ainda assim longe dos 118 milímetros que caíram num só dia em 2008, segundo uma meteorologista do IPMA.

A chuva que caiu na última noite atingiu os 80 milímetros, cerca de 63% do valor esperado para o mês de dezembro, ainda assim longe dos 118 milímetros que caíram num só dia em 2008, segundo uma meteorologista do IPMA.
Patrícia Gomes, meteorologista de serviço no Instituto Português do Mar e da Atmosfera (IPMA), disse à agência Lusa que a precipitação caída desde o final da tarde de quarta-feira “não tem nada de extraordinário, uma vez que é inverno e situações de chuva são bastante recorrentes nesta altura do ano”.
O que teve de extraordinário, explicou, foram “os valores que ocorreram em alguns locais, bastante elevados e que atingiram valores para avisos laranjas e pontualmente avisos vermelhos em alguns locais, numa hora e em seis horas”.
De acordo com a meteorologista, a situação deveu-se “a uma depressão centrada entre os Açores e o continente, ligeiramente cavada e que transporta uma massa de ar quente e instável e que acabou por afetar o território do continente e originou precipitação forte em alguns locais”.
Patrícia Gomes explicou que os valores médios de precipitação para todo o mês de dezembro rondam os 126 milímetros para Lisboa, valores que não foram atingidos, situando-se nos 80 milímetros, em 24 horas.
“Se compararmos com outros episódios de precipitação em anos passados, estão relativamente longe dos maiores valores de precipitação ocorridos em 24 horas para a cidade de Lisboa”, disse, recordando o dia de 18 de fevereiro de 2008, quando se registaram 118 milímetros em 24 horas.
A meteorologista referiu que, para a noite de quinta-feira e madrugada de sexta-feira, está prevista “precipitação forte” e, devido a esta situação, alguns dos distritos que atualmente estão a alerta amarelo poderão ser elevados para avisos laranja.
Os distritos de Lisboa, Faro e Santarém estiveram até cerca das 02:30 de hoje em aviso vermelho, devido às previsões de chuva forte e trovoada, o mais grave de uma escala de três, é emitido sempre que existe uma situação meteorológica de risco extremo.
Setúbal, Leiria e Beja foram colocados em aviso laranja e os restantes distritos em amarelo.
Entretanto, a Autoridade Nacional de Emergência e Proteção Civil elevou o estado de alerta para laranja nos distritos de Lisboa, Setúbal, Faro e Santarém até às 14:00 devido às chuvas fortes que se fazem sentir no continente.
O comandante nacional de Emergência e Proteção Civil, André Fernandes, disse ainda que Leiria, Beja, Évora e Portalegre se encontram em alerta amarelo.
Falando na sede da ANEPC em Carnaxide, em Oeiras, ao início da madrugada, André Fernandes indicou que no distrito de Lisboa e Setúbal havia várias estradas e linhas de comboio cortadas.
Os 18 distritos de Portugal Continental encontram-se hoje sob aviso amarelo, devido à previsão de chuva por vezes forte, podendo ser acompanhada de trovoada e de rajadas fortes de vento.
Também os arquipélagos dos Açores e da Madeira estão sob aviso amarelo devido sobretudo à agitação marítima e ao vento forte.
O aviso amarelo corresponde a uma “situação de risco para determinadas atividades dependentes da situação meteorológica”.

REGIÕES
LEIRIA: VÍTIMAS DE VIOLÊNCIA DOMÉSTICA VÃO TER ALOJAMENTO EM CASTANHEIRA DE PERA
A Cercicaper — Cooperativa para a Educação e Reabilitação de Cidadãos Inadaptados de Castanheira de Pera, no distrito de Leiria, vai criar nove quartos de habitação para mulheres vítimas de violência doméstica até abril de 2024.

A Cercicaper — Cooperativa para a Educação e Reabilitação de Cidadãos Inadaptados de Castanheira de Pera, no distrito de Leiria, vai criar nove quartos de habitação para mulheres vítimas de violência doméstica até abril de 2024.
Aobra, orçada em 272 mil euros, vai ser comparticipada pelo Instituto da Habitação e Reabilitação Urbana (IHRU) em 231 mil euros, de acordo com o contrato assinado esta tarde, numa cerimónia presidida pela ministra da Habitação, Marina Gonçalves, no âmbito da iniciativa Governo+Próximo Leiria 2023.
“As nove unidades de alojamento destinam-se a mulheres vítimas de violência doméstica, com prioridade a pessoas com deficiência, que têm a possibilidade de trazerem os filhos”, disse à agência Lusa a presidente do conselho de administração da instituição.
Segundo Suzel Santos, nesta resposta social “as mulheres vão poder acompanhar os filhos, porque nestas situações são as vítimas que saem de casa e, muitas vezes, separadas dos filhos”.
A Cercicaper já acompanha “bastantes” mulheres vítimas de violência doméstica, mas ainda não tinha resposta residencial para aqueles casos.
A instituição adquiriu, por 170 mil euros, um edifício de quatro pisos no centro da vila da Castanheira de Pera, junto ao quartel dos bombeiros e da GNR, mas apenas vai afetar àquela resposta social um dos pisos.
Os restantes vão ser usados como habitação gerida pela Cercicaper, de forma que os inquilinos sejam vizinhos das vítimas de violência social e ajudem na sua integração na comunidade.
Para a ministra da Habitação, “esta dimensão de resposta temporária permite acreditar que, verdadeiramente, vamos todos viver de forma plena”.
Marina Gonçalves considerou que esta resposta é “fundamental para permitir a automatização e as respostas diferenciadas e permanentes nos vários instrumentos de política habitacional e de política social”.
Destacando o trabalho em rede do setor social, a governante disse que não é possível ao Governo definir uma estratégia e implementá-la “sem este trabalho em rede, com os municípios e o terceiro setor”.
O concelho de Castanheira de Pera é o mais pequeno no distrito de Leiria em termos populacionais, com 2.647 habitantes, de acordo com os Censos de 2021, tendo perdido 15% da população relativamente aos censos anteriores.
REGIÕES
GREVE DOS MÉDICOS DO NORTE COM ELEVADA ADESÃO – SIM
O presidente do Sindicato Independente dos Médicos (SIM) Norte disse hoje que a adesão à greve dos médicos da Administração Regional de Saúde está a ser “muito forte” com blocos operatórios encerrados e centros de saúde praticamente parados.

O presidente do Sindicato Independente dos Médicos (SIM) Norte disse hoje que a adesão à greve dos médicos da Administração Regional de Saúde está a ser “muito forte” com blocos operatórios encerrados e centros de saúde praticamente parados.
“Tal como nós tínhamos expectativa, depois de um ano em que durante o processo negocial não convocámos greves e até nem fomos compreendidos por parte de alguns colegas, esta greve está a ter uma forte adesão”, disse Jorge Roque da Cunha.
Em declarações à agência Lusa, o presidente do SIM avançou que nos centros de saúde a adesão a uma greve que teve inicio às 00:00 de hoje está “muito próxima dos 95%” e que há blocos operatórios encerrados em vários hospitais.
“[A adesão] nos blocos operatórios ronda os 90%, e nas consultas externas hospitalares, cerca de 85%. Em hospitais como Braga, Gaia/Espinho, Santo António [no Porto] a totalidade dos blocos operatórios está encerrada, mas naturalmente que os serviços mínimos de urgência, as hemodialises e tratamentos oncológicos estão totalmente garantidos”, descreveu.
Jorge Roque da Cunha considerou que este “é um sinal claro de que as reivindicações do sindicato são compreendidas pelos médicos que têm grande descontentamento em relação à perda de poder de compra dos últimos 10 anos”.
“Não é aceitável que a perda de poder de compra que representou cerca de 22% possa ser colmatada com um aumento de 3,1%, que foi a proposta que o Governo nos fez. Um Governo que está no poder há oito anos, um Governo com maioria absoluta, um Governo que cobra impostos aos portugueses como nunca cobrou, tem de perceber que não adianta ter palmadinhas nas costas em Bruxelas quando tem pessoas que aguardam consultas e cirurgias mais de dois anos”, referiu.
Sobre as horas extraordinárias, o presidente do SIM disse que “no ano passado os médicos fizeram 5 milhões e 500 mil horas extraordinárias”, algo que considerou “inaceitável”.
Os médicos da Administração Regional de Saúde Norte iniciaram hoje uma greve de dois dias convocada pelo SIM para exigir ao Governo a revisão transversal da grelha salarial de um grupo de profissionais “sempre penalizado”.
Os médicos estão paralisados desde as 00:00 de hoje até às 24:00 de quinta-feira.
Esta greve de 48 horas é a segunda no espaço de menos de um mês.
Estão abrangidos nesta “greve regional” os hospitais e agrupamentos de centros de saúde não abrangidos pela greve que decorreu nos dias 6 e 7 deste mês.
A paralisação, segundo o SIM, terá impacto no Centro Hospitalar Universitário de Santo António, Centro Hospitalar de Vila Nova de Gaia/Espinho, Centro Hospitalar de Entre o Douro e Vouga, Hospital da Senhora da Oliveira — Guimarães, Hospital de Braga, Hospital Santa Maria Maior — Barcelos, Instituto Português de Oncologia do Porto Francisco Gentil, Centro de Medicina Desportiva do Porto e Departamento de Saúde Pública da ARS Norte.
Também estão abrangidos por esta greve agrupamentos de centros de saúde: ACES Alto Ave — Guimarães, Vizela e Terras de Basto, ACES Ave / Famalicão, ACES Cávado I — Braga, ACES Cávado II — Gerês / Cabreira, ACES Cávado III — Barcelos / Esposende, ACES Entre Douro e Vouga I — Feira e Arouca, ACES Entre Douro e Vouga II — Aveiro Norte, ACES Grande Porto II — Gondomar, ACES Grande Porto V — Porto Ocidental, ACES Grande Porto VII — Gaia e ACES Grande Porto VIII — Espinho / Gaia.
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