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CIBERATAQUES: LUSA CONTINUA A REFORÇAR E A AJUSTAR INFRAESTRUTURAS

A Lusa continua a “reforçar e a ajustar” as infraestruturas com funcionalidades e metodologias diferentes, na sequência dos ciberataques de que foi alvo, disse hoje o presidente, defendendo a necessidade de “estar sempre” vigilante face a esta nova realidade.

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A Lusa continua a “reforçar e a ajustar” as infraestruturas com funcionalidades e metodologias diferentes, na sequência dos ciberataques de que foi alvo, disse hoje o presidente, defendendo a necessidade de “estar sempre” vigilante face a esta nova realidade.

“Como é sabido, continuámos a ter ataques às nossas infraestruturas tecnológicas, que culminaram com o incidente do dia 25 de maio, à tarde”, começou por dizer Joaquim Carreira, numa nota aos trabalhadores.

Este ataque, acrescentou, “levou a perturbações relevantes” na atividade da agência de notícias Lusa, “provocando períodos de instabilidade e indisponibilidade no acesso” dos serviços “durante cerca de quatro horas e 30 minutos”.

O ciberataque “continuou a ser de Distributed Denial of Service (DDoS), mas com características diferentes, que tem levado a ajustamentos na plataforma de proteção implementada”, referiu o presidente do Conselho de Administração.

“Após esta situação, continuámos a reforçar e ajustar as nossas infraestruturas com funcionalidades e metodologias diferentes, o que levou a intervenções técnicas esta semana, na terça-feira e quarta-feira à noite”, detalhou.

Atualmente, “entrámos numa fase de análise e monitorização das alterações efetuadas”, prosseguiu Joaquim Carreira, que recordou que alcançar a segurança informática “é um objetivo contínuo”.

Nesse sentido, “temos de estar sempre vigilantes com esta nova realidade de ciberataques”, sublinhou.

“Iremos continuar a acompanhar, a monitorizar e a implementar soluções de mitigação, juntamente com os nossos parceiros tecnológicos”, mas, além da empresa, “todos nós devemos estar atentos, sermos prudentes seguindo regras de segurança informática, e alertar os serviços técnicos em caso de comportamentos não habituais ou de tentativas de infiltração no vosso ambiente de trabalho”, defendeu o gestor.

A Lusa é o mais recente alvo de um ciberataque em Portugal, num ano que tem sido marcado por ataques informáticos a empresas como a Impresa, dona da SIC e do Expresso, o grupo Vodafone Portugal, os laboratórios Germano de Sousa, entre outros.

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CIÊNCIA & TECNOLOGIA

MARTE TEVE PERÍODOS QUENTES E ÁGUA DURANTE 40 MILHÕES DE ANOS

Cientistas de Harvard determinaram os mecanismos químicos através dos quais Marte era capaz de manter calor suficiente nos seus primórdios para sustentar água e possivelmente vida.

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Cientistas de Harvard determinaram os mecanismos químicos através dos quais Marte era capaz de manter calor suficiente nos seus primórdios para sustentar água e possivelmente vida.

O facto de atualmente Marte ser frio e seco mas ter tido rios e lagos há vários milhares de milhões de anos intriga os cientistas há décadas.

“Tem sido um verdadeiro mistério que houvesse água líquida em Marte, porque Marte está mais longe do Sol e, além disso, o Sol era mais fraco no início”, explicou, em comunicado, Danica Adams, investigadora de pós-doutoramento da NASA na Escola de Engenharia e Ciências Aplicadas John A. Paulson (SEAS) de Harvard e principal autora do novo artigo publicado na Nature Geoscience.

Anteriormente, existia a teoria de que o hidrogénio era o ingrediente mágico que, quando misturado com o dióxido de carbono da atmosfera marciana, desencadeava episódios de aquecimento global. Mas a vida útil do hidrogénio atmosférico é curta, pelo que foi necessária uma análise mais detalhada.

Agora, Adams, o professor Robin Wordsworth de Ciências Ambientais e Engenharia na SEAS, e a sua equipa realizaram modelação fotoquímica (semelhante aos métodos utilizados hoje em dia para rastrear poluentes atmosféricos) para preencher os detalhes da relação da atmosfera marciana primitiva com o hidrogénio e como este relacionamento mudou ao longo do tempo.

“Marte antiga é um mundo perdido, mas pode ser reconstruído em detalhe se fizermos as perguntas certas”, frisou Wordsworth.

“Este estudo sintetiza a química atmosférica e o clima pela primeira vez para fazer algumas previsões surpreendentes que podem ser testadas quando trouxermos rochas de Marte para a Terra”, acrescentou.

Adams modificou um modelo chamado CINETICA para simular como uma combinação de hidrogénio e outros gases que reagem com o solo e o ar controlavam o clima marciano primitivo.

Descobriu que durante os períodos Noachiano e Hesperian, entre há 4 e 3 mil milhões de anos, Marte passou por períodos quentes episódicos ao longo de cerca de 40 milhões de anos, com cada evento a durar 100.000 anos ou mais.

Estas estimativas são consistentes com as características geológicas de Marte atualmente. Os períodos quentes e húmidos eram causados pela hidratação da crosta, ou perda de água do solo, que fornecia hidrogénio suficiente para se acumular na atmosfera durante milhões de anos.

“Identificámos escalas de tempo para todas estas alternâncias. E descrevemos todas as peças no mesmo modelo fotoquímico”, sublinhou Adams.

O trabalho de modelação fornece novas perspetivas potenciais sobre as condições que sustentaram a química prebiótica (os fundamentos da vida posterior como a conhecemos) durante os períodos quentes, e os desafios para a persistência dessa vida durante os intervalos frios e oxidativos.

Adams e outros cientistas estão a começar a trabalhar para encontrar evidências destas alternâncias utilizando modelos químicos isotópicos e planeiam comparar estes resultados com rochas da próxima missão Mars Sample Return (MRS).

Como Marte não possui placas tectónicas, ao contrário da Terra, a superfície visível atualmente é semelhante à de antigamente, tornando a sua história dos lagos e rios muito mais intrigante, realçou ainda.

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ASTEROIDE BENNU REVELOU EXISTÊNCIA DE MOLÉCULAS DE ADN

Cientistas japoneses detetaram numa amostra do asteroide Bennu as moléculas necessárias para a formação de ADN e ARN, suportando a teoria de que os asteroides podem ter transportado, por impacto, os blocos de construção da vida para a Terra.

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Cientistas japoneses detetaram numa amostra do asteroide Bennu as moléculas necessárias para a formação de ADN e ARN, suportando a teoria de que os asteroides podem ter transportado, por impacto, os blocos de construção da vida para a Terra.

De acordo com o trabalho publicado esta quarta-feira na revista científica Nature Astronomy, as amostras analisadas revelaram a presença das cinco bases nitrogenadas — adenina, guanina, citosina, timina e uracilo — necessárias para a construção de ADN e ARN.

Foram igualmente identificados pelos investigadores da Universidade Hokkaido, no Japão, os compostos xantina, hipoxantina e ácido nicotínico (vitamina B3).

Uma amostra de 121,6 gramas do asteroide Bennu chegou à Terra em 2023 à “boleia” da missão Osiris-Rex, da agência espacial norte-americana (NASA).

Tratou-se da maior amostra extraterrestre recolhida e enviada para a Terra.

Segundo uma das teses, os asteroides (corpos rochosos do Sistema Solar) contribuíram com água e componentes químicos essenciais para a vida na Terra há milhares de milhões de anos.

Embora os meteoritos na Terra provenham de asteroides, a interpretação dos seus dados “é desafiante” face à “exposição à humidade” da atmosfera e a “uma biosfera descontrolada”, refere a Universidade Hokkaido em comunicado, assinalando que “amostras imaculadas recolhidas de asteroides no espaço são os candidatos ideais”.

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