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ARTE & CULTURA

CINEMA: AGOSTO FOI O SEGUNDO MELHOR MÊS DO ANO

Agosto foi o segundo melhor mês do ano em receitas e audiência nos cinemas, com 10,3 milhões de euros e 1,6 milhões de espectadores, mas os dados totais de exibição ainda estão abaixo de 2023.

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Agosto foi o segundo melhor mês do ano em receitas e audiência nos cinemas, com 10,3 milhões de euros e 1,6 milhões de espectadores, mas os dados totais de exibição ainda estão abaixo de 2023.

Segundo as estatísticas mensais divulgadas hoje pelo Instituto do Cinema e do Audiovisual (ICA), em agosto as salas de cinema registaram 1,6 milhões de entradas e 10,3 milhões de euros de receita bruta de bilheteira, o que representa uma subida de 10,7% e 16%, respetivamente, face a agosto de 2023.

No entanto, durante este ano, até agosto, a exibição comercial de cinema contou com oito milhões de espectadores e 50 milhões de euros de receitas, quando no mesmo período de 2023 (entre janeiro e agosto) os valores se situavam em 8,6 milhões de entradas e 51,6 milhões de euros de receitas.

Ainda em relação a este ano, os dados de agosto estão muito próximos dos de julho, mês em que se contabilizaram 1,7 milhões de entradas, o que se traduziu em 10,6 milhões de euros de bilheteira.

O ICA revela ainda que, em agosto, o filme português mais visto em sala foi a comédia “Balas & Bolinhos: Só Mais uma Coisa”, de Luís Ismael, quarta longa-metragem de uma série de filmes iniciada em 2000.

“Balas & Bolinhos: Só Mais uma Coisa” estreou-se nos cinemas a 15 de agosto e, segundo o ICA, nesse mês somou 170.160 espectadores e cerca de um milhão de euros de receita.

Em duas semanas de exibição, o filme de Luís Ismael tornou-se no mais visto este ano entre as produções portuguesas estreadas em sala.

Em segundo lugar está a comédia “Podia ter esperado por agosto”, de César Mourão, com 95.353 espectadores, e “Revolução (sem) sangue”, de Rui Pedro Sousa, com 20.932 entradas.

Dos 50 milhões de euros de receita contabilizados até agosto, 2,2 milhões de euros (4,4%) diziam respeito a filmes portugueses.

A quota de mercado do cinema português em termos de espectadores, até agosto, era de 4,7%, ou seja, dos oito milhões de bilhetes emitidos, 376.990 foram para ver filmes portugueses.

No ‘ranking’ geral dos filmes exibidos em sala até agosto, “Divertida-mente 2”, de Kelsey Mann, foi o mais visto, com 360.891 espectadores e 2,1 milhões de euros de receita.

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ARTE & CULTURA

ASSOCIAÇÕES LANÇAM PETIÇÃO PÚBLICA PARA EXIGIR SALAS DE CINEMA INCLUSIVAS

Mais de vinte associações e organizações portuguesas exigem “medidas urgentes e concretas” para que as salas de cinema sejam inclusivas, porque “a experiência cinematográfica ainda permanece inacessível para uma parte significativa da população”.

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Imagem gerada por AI

Mais de vinte associações e organizações portuguesas exigem “medidas urgentes e concretas” para que as salas de cinema sejam inclusivas, porque “a experiência cinematográfica ainda permanece inacessível para uma parte significativa da população”.

Numa petição pública, lançada esta semana e dirigida à Assembleia da República e ao Governo, 22 associações e estruturas apelam “à criação de um plano nacional de acessibilidade ao cinema”, fazendo cumprir a Constituição e a Convenção sobre os Direitos das Pessoas com Deficiência.

As associações signatárias afirmam que não estão “garantidas condições de acesso às salas de cinema portuguesas e aos conteúdos audiovisuais”, porque não está ainda generalizada a utilização de legendas descritivas, audiodescrição e interpretação em língua gestual portuguesa, e falta regulamentação específica aplicada à exibição.

“Assim, perpetuam-se barreiras que excluem pessoas com deficiência sensorial, motora ou intelectual, a comunidade Surda e as pessoas com perda auditiva utilizadoras de tecnologias para ouvir como próteses e implantes auditivos”, lamentam.

Entre as estruturas que assinam esta petição estão a Acesso Cultura, a Associação dos Cegos e Amblíopes de Portugal, a mostra de cinema AMPLA, a Associação Nacional de Desporto para Deficiência Visual, a Associação Promotora de Emprego de Deficientes Visuais, a Santa Casa da Misericórdia de Lisboa, o Centro de Vida Independente e a Confederação Nacional das Organizações das Pessoas com Deficiência.

Esta petição é lançada semanas antes da realização da AMPLA – Mostra de Cinema Premiado, que começa no dia 14 na Culturgest, em Lisboa, e que vai exibir filmes com recursos para todos os tipos de público, e também com sessões mais descontraídas, para famílias com crianças e para espectadores com “de´fice de atenc¸a~o, com deficie^ncia intelectual, com condic¸o~es do espectro autista, com deficie^ncias sensoriais, sociais ou de comunicac¸a~o”.

De acordo com os dados mais recentes do Instituto do Cinema e Audiovisual (ICA), a rede de exibição comercial de cinema em Portugal contava, no final de 2024, com 559 salas e um total de 109.813 lugares. Não estão discriminados dados sobre acessibilidades.

Sobre a criação de um plano nacional de acessibilidade ao cinema, os peticionários defendem a criação de incentivos financeiros para implementar tecnologias nas salas de cinema, querem que se cumpra a lei sobre barreiras arquitetónicas e pedem que haja obrigações legais para que produtores e distribuidoras disponibilizem cópias acessíveis dos filmes.

Formação de profissionais sobre práticas inclusivas e fiscalização são outras duas necessidades a incluir num plano nacional reivindicado nesta petição pública (peticaopublica.com/pview.aspx?pi=acessoaocinema).

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PORTO: CINEMA TRINDADE ASSINALA OITO ANOS DA REABERTURA

Uma conversa, no sábado, entre os realizadores Pedro Costa, Victor Erice e Aki Kaurismaki é um dos pontos altos de uma programação que assinala o oitavo aniversário da reabertura do Cinema Trindade, no Porto.

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Uma conversa, no sábado, entre os realizadores Pedro Costa, Victor Erice e Aki Kaurismaki é um dos pontos altos de uma programação que assinala o oitavo aniversário da reabertura do Cinema Trindade, no Porto.

A celebração de existência deste cinema independente começa esta quarta-feira, assinalando os oito anos de reabertura de portas – a 05 de fevereiro de 2017 -, renovado e com programação regular, depois de 17 anos encerrado.

Em comunicado, o Cinema Trindade explica que “este aniversário convida o público a uma jornada especial pelo passado, presente e futuro do cinema, ancorado em autores e temas específicos”.

Até ao dia 16, haverá cinema português para recordar, como por exemplo “No quarto da Vanda”, de Pedro Costa, “Sob a chama da candeia”, de André Gil Mata, “Cartas telepáticas”, de Edgar Pêra, e “A comédia de Deus”, de João César Monteiro.

Um dos momentos deste aniversário está marcado para sábado, às 16h00, com uma conversa com “três dos maiores cineastas vivos”: O português Pedro Costa, o finlandês Akis Kaurismaki e o espanhol Victor Erice.

A sessão intitula-se “Afinidades Eletivas”, é de entrada gratuita e será seguida da exibição de “Centro Histórico”, filme que reúne quatro curtas-metragens feitas por Kaurismaki, Pedro Costa, Victor Erice e Manoel de Oliveira, produzidas pela Guimarães 2012 Capital Europeia da Cultura.

Destaque ainda para a estreia no Trindade de “The Shrouds”, o mais recente filme do realizador canadiano David Cronenberg.

O Cinema Trindade, um dos poucos cinemas no Porto que existe fora de centros comerciais, já teve várias vidas, desde que foi inaugurado em 1913, então com o nome Salão Jardim da Trindade.

Foi remodelado em 1957 e transformado no início dos anos 1990, com a inclusão de uma sala de bingo. “O Cinema Trindade não conseguiu sobreviver ao abandono e declínio da zona histórica portuense e fechou portas no ano 2000”, lê-se na página oficial.

O Cinema Trindade ganhou nova vida em 2017, com a distribuidora Nitrato Filmes, de Américo Santos, com duas salas de cinema e programação regular, entre estreias e ciclos temáticos.

A reabertura do Cinema Trindade, a 05 de fevereiro de 2017, aconteceu com o filme “Ornamento e Crime”, de Rodrigo Areias.

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